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ANA PATRICIA SILVA CARUARU 2020 ANA PATRICIA SILVA O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR NO PERÍODO DA PANDEMIA (COVID19) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 1.1 Problemática ...................................................................................................... 5 1.2 Hipóteses ............................................................................................................ 5 1.3 Justificativa ........................................................................................................ 5 1.4 Objetivos ............................................................................................................. 6 1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 6 1.4.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 6 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 7 2.1 Violência Contra Mulheres ................................................................................ 7 2.2 Abuso Emocional ou Psicológico ..................................................................... 8 2.3 Abuso Físico ...................................................................................................... 9 2.4 Abuso Sexual ................................................................................................... 10 2.4 Pandemia e Violência Doméstica .................................................................... 12 4 METODOLOGIA ................................................................................................. 28 5 CRONOGRAMA ................................................................................................. 29 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 30 4 1 INTRODUÇÃO Durante a pandemia do Covid-19, doença causada pelo coronavírus o cenário atual mundialmente é de caos na saúde pública e privada, com impacto nos setores da economia, educação e familiar, desde o dia 15 de março de 2020, afetando assim a vida de bilhões de pessoas mundialmente. O coronavírus e a COVID-19 têm sido motivo de se discutir em todos os campos de diversas áreas para a segurança de padrões mínimos da população em geral, especialmente no Brasil. Em tempo dessa pandemia é discutido também a implantação de verbas governamentais de várias áreas para garantir no mínimo boas condições de vida para milhões de brasileiros que se encontram desempregados devido à pandemia atual. Desta forma, relatam o índice de crescimento, juntamente com a frequência nos casos de denúncias de violência domestica e familiar, trazendo para um lado histórico da ciência dando ênfase na própria explicação, o porquê de existir essa causa, esse problema. Portanto, deve-se analisar os casos referentes a cada família nos seus ambientes domiciliares que passam por esse problema, para que possa mostrar as possíveis soluções que o direito reserva para cada uma delas, as suas punições destinadas para os agressores que pratica o ato de violência domestica e familiar e identificar as causas que a vítima apresenta relacionada aos seus direitos como cidadãos, e suas lesões de maus tratos. Com isso o isolamento social atribuído à pandemia da COVID-19 causa uma maneira preocupante de alguns indicadores a bordo da violência doméstica e familiar, contra a mulher. Infelizmente o problema da violência domestica e familiar, não são novos, mas com a pandemia que exigiu rigorosamente o isolamento social aumentou os casos de agressão no âmbito familiar. As agressões contra as mulheres é uma pandemia global, é uma violência que merece uma atenção especial, pois esse tipo de agressão acontece muitas vezes de maneira silenciosa, especialmente por se dar no espaço privado e doméstico, porém um problema incurável, de atitude histórica, que ocorre não só em tempo de pandemia mais constante. Portanto para proteção da mulher se tem da constituição da Lei Maria da Penha de n.º 11.340/2006, que é o princípio da igualdade material, e dignidade do ser humano. 5 1.1 Problemática A Lei Maria da Penha esta relacionada à mulher que sofre diversos tipos de agressões por parte do seu companheiro, além da tentativa de assassinato. No entanto, não adianta apenas existir a lei, é preciso ter uma conscientização sobre a composição de proteção como saber a quem recorrer e que a justiça e o Poder Público se façam sempre presentes diante das ocorrências. Portanto a mulher deve ter o direito de não sofrer agressões, tanto no espaço público, quanto no privado. Ser respeitada diante das suas particularidades e especificidades, como também a garantia aos acessos a serviços de enfrentamento contra a violência a mulher, independentemente de qual seja a forma de violência. Portanto diante desse contexto se elabora um questionamento que norteará este estudo como: Qual o problema da violência doméstica no período da pandemia “COVID19”? 1.2 Hipóteses Embora o isolamento social seja necessário para a contenção da pandemia do Covid-19, podem estar tendo assim oportunidade para a gravidade da violência doméstica e familiar; A possibilidade de aumento da violência doméstica e familiar no período da pandemia (COVID19). 1.3 Justificativa O desenvolvimento deste projeto é sobre o problema da violência domestica no período da pandemia “COVID 19”, com resultados deste para o mundo jurídico, através de julgamentos referentes o desempenho estatal no processo das acusações das vítimas, como também da própria efetividade dos recursos legais na atenção total e exclusiva do crime de violência doméstica. Diante disso, é notório que o presente estudo tenha um olhar direcionado, aos números de violações dos direitos, e das agressões que as mulheres acabam 6 passando, seja ele no direito civil ou na parte da violência pelo qual apresenta o lado penal, pois a maioria da população não vem sendo respeitada na sociedade e no âmbito jurídico. Entretanto, também onde podemos ver o elevado número de violações pelo qual vem ganhando uma dimensão muito grande nos números, relacionados ao COVID-19 em plena pandemia. São necessários que tenha métodos para combater a violência domestica e que essa notícia triste desapareça da sociedade brasileira. Portanto pretende-se com a realização deste estudo tenha grande resultado na formação profissional dos acadêmicos, estimulando os mesmos para novas pesquisas que contribuam nas questões de assuntos referentes ao tema estudado. 1.4 Objetivos 1.4.1 Objetivo Geral Entender o problema da violência doméstica no período da pandemia “COVID19” 1.4.2 Objetivos Específicos Analisar o aumento das violências domésticas durante o isolamento social em tempos de pandemia. Evidenciar as relações dinâmicas que atravessam o aumento da violência, a partir do tensionamento entre gênero e outras ações. Pesquisar sobre a violência domestica durante a pandemia da COVID19. 7 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Violência Contra Mulheres A violência ou maus-tratos contra as mulheres afetam milhões delas em todo o mundo, independentemente de sua situação socioeconômica e cultural. Diversas pesquisas afirmam que os atos de violência contra as mulheres no lar ocorrem tanto em países desenvolvidos como em países subdesenvolvidos (OLIVEIRA, 2016). Diante disso Romero (2014, p.373)diz que: Por muito tempo, foi considerado um assunto privado por quem testemunhou os maus-tratos às mulheres, principalmente vizinhos, a comunidade e o governo. No entanto, esses assuntos privados muitas vezes se transformam em tragédias públicas. Por exemplo, uma mulher apanha a cada 18 minutos, a violência doméstica é a principal causa de lesões sofridas por mulheres em idade reprodutiva. Entre 22 e 35% das visitas femininas aos serviços de emergência se devem a isso. Em virtude do exposto, a declaração feita na IV Conferência Mundial da Mulher, definiu a violência contra a Mulher como: Qualquer ato de violência com base no pertencimento ao sexo feminino que tenha ou possa resultar em dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico para a mulher, bem como ameaças de tais atos, coerção ou privação arbitrária de liberdade, quer ocorram na vida pública ou na vida privada (PINHEIRO, 2003). As mulheres vivenciaram formas de violência em maior ou menor grau. Como por exemplo, quando se afirmam que o trabalho da mulher não é reconhecido, a sua opinião não tem importância e quando as tratam como objetos sexuais, isso acontece pelo simples fato de ser mulher. O que embora não aconteça assim em todos os países, mas em muitas partes do mundo acontece (OPAS, 2017). Atualmente existem condições do tipo de vida que podem favorecer o comportamento agressivo ou violento, mas precisamos de dados para afirmar que está aumentando ou diminuindo, também pode ser que enquanto alguns casos de violência aumentam, outros diminuem e outros nunca são conhecidos. E se fosse 8 um erro pensar que hoje ocorrem com maior frequência. Hoje são conhecidos, mas não sabemos se são mais frequentes (BERTON, 2020). Os espaços de um e de outro familiar são continuamente violados, também por meio de formas violentas, dessa forma transmitimos diariamente o abuso, a violência, ou seja, aprendemos a ser violentos dentro de casa. Existem diferentes formas de manifestação de maus-tratos à mulher, dentre as quais as mais comuns são: abuso emocional ou psicológico, abuso físico e abuso sexual. 2.2 Abuso Emocional ou Psicológico Está vinculada a ações ou omissões destinadas a degradar ou controlar as ações, comportamentos, crenças e decisões das mulheres, por meio de intimidação, manipulação, ameaças diretas ou indiretas, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que envolva danos à saúde desenvolvimento psicológicos, autodeterminação ou pessoal (DIAS, 2008). São atos que levam à desvalorização ou ao sofrimento das mulheres. Manifesta-se na exigência de obediência, tentando convencer a mulher de que ela é culpada de qualquer problema, inclui agressões verbais como insultos, gritos, por exemplo: "Que inútil tu és", "tu és burra olha o que acabaste de fazer” Aqui também se usa o desprezo pela vida passada da mulher, pela sua pessoa, pelo modo como se veste. O abuso emocional é aplicado ao sexo feminino quando a isolamos, suas saídas de casa são controladas, sua opinião é desqualificada ou ridicularizada, humilhação em público, entre outros. Deve-se ter em mente que a expressão verbal dos sentimentos nas relações de casais é a pedra angular da intimidade. A intimidade é a chave em um mundo de relacionamentos onde os indivíduos tecem complicadas redes de amizade, minimizam as diferenças, procuram chegar a um consenso e evitam dar uma imagem de superioridade (CAVALCANTI, 2007). Outra forma que caracteriza o abuso emocional é limitar ou reter o dinheiro, ou seja, não é compartilhado com iguais possibilidades e nível de decisão entre ambos os cônjuges. Segundo Cunha (2014), se tem outras formas de abuso emocional ou psicológico em mulheres, que é parar de falar, silêncios prolongados, fingir não 9 ouvir ou entender o que dizem, faz um gesto de rejeição, que não te interessa nada, olhares agressivos, gesticula como se fosse bater nela, escolhe a roupa que vai vestir, se ela corta o cabelo ou o deixa comprido, se está solto ou arrepiado, questioná-lo sobre colegas de trabalho, perguntar quem ligou ao telefone proibi-la de participar de atividades sociais, familiares ou de trabalho, agressões verbais ou com gestos de desprazer, fazendo-a pensar que é louca, ou dizer-lhe isso, ou que ela está confusa, que não sabe fazer nada, a provoca, ri dela e, por fim, não participa de nenhuma decisão doméstica. 2.3 Abuso Físico Afirma-se na literatura que em mais da metade dos países capitalistas avançados existem relações de abuso físico contra as mulheres. Nos Estados Unidos, cerca de dois milhões de mulheres são gravemente atacadas por seus maridos e precisam de proteção física imediata, e 1.700 mulheres são mortas anualmente por seus maridos. Gomes, (2017) em seu estudo mostra que as mulheres casadas são vítimas de violência física, mas que quando ocorre o divórcio ou a separação, o número de abusos contra ela é 10 vezes maior nas uniões estável do que nos casamentos oficial. Foi demonstrado que existem fatores que não são determinantes, mas se são viáveis risco de sofrer violência física na mulher quando há situações de aumento da ingestão de álcool e dependência de drogas. Este tipo de abuso é a forma mais clara e óbvia de maltratar as mulheres, embora devamos salientar que às vezes é negado e encoberto pela maioria delas. Geralmente, atos violentos de natureza física estão associados a empurrá- las, puxar seus cabelos, bater-lhes no rosto, com a mão aberta ou com o punho fechado, atirar objetos nelas, ou acertá-las com qualquer objeto, e até mesmo pegar uma arma, faca ou objeto, pontiaguda para causar lesões corporais e até a morte. Este tipo de violência contra a mulher é a mais evidente e difícil de ocultar os dados que se reflete na sua aparência física. As mulheres que sofrem determinada agressão física, na maioria das vezes, conhecem numerosas ações de violência com o passar do tempo (DALBOSCO, 2019, p. 62). 10 Diante disso, Cunha (2014) explica que a violência física o agressor usa da força com a intenção de ferir o corpo da vítima, deixando-a com marcas visíveis. Já Porto (2014) diz que está violência é um insulto à vida e a saúde. Enquanto Dias (2019) narra que apesar de visíveis os sinais de violências sejam mais fáceis de identifica-los. Na maioria das vezes, ocorrem eventos relacionados ao "amor apaixonado ou ciúme" que levam os homens a cometer ações ou atos hediondos com as mulheres. Muitos homens costumam dizer “faço o que quero com minha esposa e ninguém interfere”, se somarmos a isso o ditado popular ou a crença de que entre marido e mulher ninguém deve interferir, torna-se mais difícil a violência contra a mulher. Enquanto as mulheres ficarem caladas e encobrirem esses tipos de violência, será difícil fazer cálculos precisos de como o fenômeno se comporta. A violência contra a mulher deve ser atribuída a fatores culturais e não biológicos, as estruturas sociais e não a diferenças fisiológicas entre homens e mulheres. 2.4 Abuso Sexual Ao contrário do que alguns pensam que o abuso sexual é o menos frequente, há pesquisas que mostram que é tão frequente quanto outras formas de expressão da violência. O que acontece é que as mulheres escondem isso e principalmente se esse tipo de abuso é entre o casal. Segundo Zanatta e Schneider (2017), um estudo realizado nos Estados Unidos estima que uma em cada 8 esposas seja estuprada pelo marido. Em estudos de outros países, verificou-se que entre as formas de abuso sexual de homens contra suas esposas, podem incluir: assédio sexual, zombar da sexualidade de mulheres, criticar seu corpo ou seu caminho para o amor, o acusando-a de forma contínua infidelidade sem razão, ignorar ou negar seus sentimentos e necessidades sexuais, exigindo apenas satisfação sexual, forçando - a ter relações sexuais com outros homens por interesses comerciais,a demanda para o sexo depois de ter fisicamente bater ou ter abusado dela. Segundo Santos (2007), muitas esposas agredidas enfrentam situações de violência contínua, geradas por seus maridos pelos seguintes motivos: 11 Elas têm noções muito negativas de seu próprio valor pessoal e autoestima prejudicada; Elas pensam que podem sofrer rejeição dos pais e amigos que podem culpá-las por não serem boas esposas e mães; Elas pensam que se separarem de seus cônjuges os matarão; Elas esperam que seus maridos mudem ou se reformem; Consideram que sua situação econômica seria crítica se separassem deles; por terem filhos pequenos, elas pensam que precisam dos pais financeiramente e emocionalmente; Elas duvidam que possam ser financeiramente independentes; elas acreditam que uma mulher divorciada não vale nada; Consideram que se denunciarem à polícia não vai dar certo e talvez te digam "entre marido e mulher ninguém deve se envolver"; Elas temem enfrentar a divisão dos bens materiais e fundamentalmente o problema da habitação. Violência contra a mulher e os maus-tratos sofridos por elas atingem as crianças quando existem, constituindo-se no fator de risco mais importante para o abuso infantil, uma vez que as crianças maiores, ao tentarem proteger a mãe, podem ser feridas, podem ser vítimas de crime lesivo quando objetos são jogados entre os pais, perturbação dos padrões de alimentação e sono de crianças, podendo causar sofrimento e nutrição inapropriado, pode gerar neles um sentimento de culpa por amar ou odiar o agressor, culpar-se por ser a causa da violência ou por não poderem defender suas mães, impede que se concentrem nas aulas, nos deveres de casa ou ao realizá-los, o que prejudica o seu rendimento escolar, os filhos que vivem em lares violentos encontram na violência a solução para os conflitos e problemas, podem ser muito agressivos e difíceis de controlar ou podem ser muito passivos e egocêntricos, correm mais risco de usar drogas, álcool, escolher o caminho do crime e o que é pior, podem se tornar pais que maltratam os próprios filhos (BIANQUINI, 2020). Fez-se referência à forma mais geral de abuso ou maus-tratos contra as mulheres, mas deve-se considerar que tudo isso abrange quatro formas ou tipos que não são mutuamente exclusivos: abuso físico, abandono, abuso emocional e abuso sexual. Partindo dos aspectos gerais mencionados e considerando a área de nosso interesse, nos limitamos a partir de agora ao aspecto do abuso sexual. 12 2.4 Pandemia e Violência Doméstica A violência doméstica é um assunto especialmente relevante nesse período de pandemia, porque a situação socioeconômica de hoje tende a aumentar. O desemprego em decorrência da crise que atinge principalmente as mulheres, em relação aos seus trabalhos, tornando-se assim o público mais afetado pela crise. No país, as mulheres são mais submetidas à informalidade do que os homens. Se sabe que as mulheres são mais de 80% da classe trabalhadoras domesticas, que tem mais vulnerabilidade econômica diante a crise, e se consta que mais de 65% são negras, e que aponta a maior insegurança do emprego da mulher negra (IBGE, 2019). O acumulo de trabalho doméstico e de responsabilidades de cuidado também pode confundir o desempenho das mulheres que conseguiram acompanhar a modalidades dos trabalhos dos tempos antigos. Portanto, a situação do resultado da pandemia possivelmente prejudicará de maneira desproporcional grande partes das trabalhadoras, que podem ser mal avaliadas e com isso ser demitidas. Pesquisam apontam outras crises econômicas, como por exemplo, o acontecimento no ano de 2010 em que no Brasil, foram demitas mais mulheres do que homes (GOMES, 2010). Diante disso observa-se que devido à crise que hoje o país se encontra as mulheres estão mais financeiramente dependentes de seus companheiros. Como também por causa do COVID-19, as mulheres convivem mais com o companheiro por está cumprindo a quarentema passando assim o dia todo no mesmo ambiente sendo forçadas a um convívio que pode causar conflitos de ambas as partes, sendo então um dos fatores que colabora para a violência domestica nesta pandemia. Observa-se então que se torna difícil à mulher se livrar dessa violência devido o isolamento social e a quarentema, pela provável redução de renda, como também pelo convívio do dia a dia e contínua com o agressor (THE GUARDIAN, 2020). No país, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos confirmou alta de aproximadamente 9% nas acusações feitas no Disque 180, destinada a acusações de violência doméstica (MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS, 2020). A Justiça Estadual do Rio de Janeiro noticiou que foram anotados 50% a mais dos casos de violência 13 doméstica nesse tempo de pandemia quando foi informado o período da quarentema (G1, 2020). Segundo Butler (2015), a condição difícil indica a situação política motivada, em que certas populações passam, devido às redes sociais e econômicas de apoio insuficientes e estão expostas de maneira distinta às violações, à agressão e à morte. Sendo que essa população está mais sujeita a doença, pobreza, fome e violência, sem qualquer assistência. Portanto a situação precária dessa população não tem escolha a não ser apelar ao próprio Estado contra o qual necessitam de assistência. Já a violência contra a mulher Saffioti (2002), diz que, o homem detém o domínio de decidir a conduta das classes sociais nomeadas, tendo permissão e tolerância da sociedade para castigar o que se lhes expõe como irregularidade. Embora não exista qualquer tentativa, por parte das vítimas possíveis, de trilhar caminhos diferentes do prescrito pelas regras sociais, a efetivação do projeto de dominação/exploração da classe social homens determina que sua aptidão de chefia seja amparada pela agressão. Os serviços domésticos e cuidados prejudica a função de mulheres que aceitaram maneiras remotas de trabalho. Devido a isso, a condição resultante da pandemia, é a penalização desproporcional de muitas mulheres que trabalham, ocasionando um número maior de mulheres desempregada ficando assim submissa ao seu companheiro. Silva (2014) descreve em 2008 no Brasil acontecia uma crise econômica e que as mulheres eram as que mais sofreram ações demissionárias. Assim sendo, devido a esta crise as mulheres se tornam mais dependentes dos companheiros financeiramente é nesse período de quarentena que as famílias permanecem mais tempo juntas contribuindo assim para a violência doméstica. Conforme a jornalista Letycia Bond (2020), se registra a cada cinco minutos um caso de violência. No ano de 2018 foram registrados 135 mil casos de agressão, física, psicológica, sexual, em que as vítimas escaparam. Diante disso foi atualizado o relatório entre março e abril de 2020 em 13 estados do Brasil e foi indicado o crescimento de 23,1% a mais do que o ano passado, esse relatório foi pedido pelo Banco Mundial onde o mesmo autorizo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública a fazer a atualização em relação à violência domestica em tempo de pandemia do Covid-19. 14 Para se entender melhor o cenário atual em relação a violência em tempo de pandemia, imprescindível pensar que o crime deve ser avaliado não apenas como um caso pessoal, mas também como um caso social, uma vez que acompanhante ao caso pessoal, precisar analisar diversos fatores sociais, culturais, econômicos. Exposto este importância preliminar, no cenário contemporâneo da pandemia do coronavírus/Covid-19, e seu consequente isolamento social, observa-se visivelmente que o fato pessoal do crescimento da violência contra a mulher, está conectado a fatores sociais, culturais e econômicos, que refletem no convívio familiar. Conforme com relatório da Organização das Nações Unidas, publicado no dia 09 de maio de 2020,têm dados nos outros países de um aumento nos casos de violência domestica, de 25%. Observa-se então que esses números confirmam o espelho da pandemia e do isolamento social. Desta maneira, as pessoas continuam em suas casas, para que seja evitado o desenvolvimento do risco de contágio, e, por esse motivo, a maioria das mulheres passa a ter o convívio integral com seus agressores. Além disso, por causa deste isolamento, pode existir uma grande dificuldade das vítimas prestarem queixa, buscando ajuda aos órgãos públicos de segurança a mulher. De acordo com o Tribunal de Justiça do Acre, se confirmou um crescimento de 26,6% na concessão de conceitos protetivos de urgência neste Estado, comprovando um aumento nos números de violência doméstica e familiar. Diante disso observa-se com clareza que o problema da violência e da criminalidade está crescendo, devido a vários fatores, tais como diferença social, desemprego, falta de controle em relação à gravidez, consumo de drogas, além de outros. Como também em consequência da quarentena cresce a violência contra a mulher por motivos banais. Observa-se também um aumento dos números de violência, em decorrência a crise resultante da pandemia, que causa dano na saúde física e psicológica do ser humano, como também na economia, desemprego, falência das microempresas além de outros. Entretanto é imprescindível lembrar que o sistema penal não é capaz de deliberar tais demandas. Por isso sempre se questiona a capacidade do Estado para contestar com conceitos oportunos e relacionados ao desenvolvimento da criminalidade. 15 Portanto, é preciso buscar alternativas, inclusive nos cenários das famílias, ou seja, dissipando conflitos e violências, que resultam em condutas inadequadas ao princípio legal, muitos deles de caráter criminoso. No entanto, sempre que possível, quando as partes confirmam importância, precisa-se buscar uma resposta, fazendo algo melhor do que o Direito Penal, e não fazendo do Direito Penal algo melhor (SANTANA, 2007). Nesta afinação, acompanhando as normas da Justiça Restaurativa, se faz preciso a concepção de grupos de intervenção, composto por equipes multidisciplinares, viabilizando a pacificação de confusões, precaução de delitos, e a restauração das relações de convivência, quando se é possível. Em conformidade com as demandas Christie (1976) publicou em seu artigo, a obrigação de constituir uma opção ao princípio penal clássico que permita uma diferente solução relativa aos conflitos. Esse artigo teve resultados de grande importância que causaram melhorias legais no país onde foi publicado como também em outros países. No País, as regras para lidar com esse tipo de agressão são realizadas com mais urgência, a posição diante dos números elevados mundialmente em relação a violência doméstica e o feminicídio. O departamento do feminicídio é responsável por 3,4 mortes entre 100.000 mulheres mundialmente e 3 mortes por 100.000 mulheres no país ou seja a taxa no Brasil é 73% superior à média no mundo em geral. A América Latina é a mais grave para as mulheres, conforme a ONU (BIANQUINI, 2020). Sendo que em cada três vítimas de feminicídio no país, duas são assassinadas na sua residência, ainda assim com a regra rígida da Lei N.º 11.340/06 – Maria da Penha a qual se refere ao feminicídios - Lei n.º 13.104 / 2015 o Estado não conseguiu parar o avanço de violência contra as mulheres. Portanto observa-se que a maioria do sexo feminino são disciplinada pela macheza (FOUCAULT, 2016). Na década de 70 foi utilizado um espaço feminicídio nomear o crime contra as mulheres feito de maneira violenta pelos companheiros. e atualmente se denomina o feminicídio como homicídio causado por ódio, indignação e sentido de domínio do corpo da mulher (RUSSELL 2006). Segundo Lagarde (2006) escolhe em suas pesquisas a impunidade, em benefício de faltas advocatícias e de políticas do governo, que causam um 16 convívio inseguro para as mulheres, colocando as mesmas em risco e beneficiando o conjunto de crimes cometidos pelos homens contra as mulheres, pois o feminicídio não é somente uma violência praticada por homens contra mulheres e sim por homem em posição de superioridade social, sexual e de todo tipo, em relação às mulheres em classe de diversidade, de dependência, de abuso ou de exploração, e com a característica da eliminação. O Feminicídio se forja na diferença estrutural entre homens e mulheres, como também na superioridade dos homens em relação às mulheres, que estão na violência doméstica, uma construção para a reprodução do abuso das mesmas. Portanto a violência doméstica contra a mulher é um acontecimento histórico. Por mais que se lute para não tenha diversidade entre homens e mulheres, como aponta à própria Constituição Federal, é formada ainda a ideia de desigualdade entre homem e mulher, assim sendo, em decorrência disso a criança que em sua convivência vê sua mãe sendo vítima da violência doméstica, o mesmo entende que o que está acontecendo naquele momento é natural. Ainda assim depois das lutas causadas pelo movimento feminista, a relação da mulher no mercado de trabalho desempenhando cargos que antes competiam somente aos homens, como também a invenção de métodos anticoncepcionais, a maioria das mulheres ainda têm medo, timidez, receio de não serem compreendidas, se sentindo assim impossibilitadas, inúteis, e deste modo não fazem nada para que a violência sofrida por elas não continue. 17 3 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A violência doméstica violência familiar todos os atos violentos, desde o uso de força física, ao assédio ou intimidação, que ocorrem dentro de casa e que perpetram, pelo menos, um membro da família contra outro parente. Dentre os termos que se referem à violência doméstica, vale destacar aqueles que se referem especificamente à violência conjugal ou no interior do casal, evitando, portanto, aquela exercida sobre outros membros vulneráveis da família, como crianças e idosos. No âmbito da violência conjugal, a maioria dos casos corresponde à violência exercida por homens contra mulheres. Expressões como "violência contra a mulher” e "violência de gênero” são frequentemente utilizadas. A existência desse tipo de violência indica um atraso cultural no que se refere à presença de valores como consideração, tolerância, empatia e respeito pelo outro, independentemente do sexo. Abuso doméstico inclui agressões físicas, psicológicas ou sexuais perpetradas em casa por uma família que vulnerabilizem a liberdade de outra pessoa e causem danos físicos ou psicológicos. Os sinais de violência são mais fáceis de esconder se for emocional, visto que as mulheres não aceitam o abuso de forma "passiva"; de acordo com estudos, a maioria das mulheres agredidas não aceitava e resistia. Essas ações de defesa fizeram com que a violência psicológica parecesse agressão mútua e algumas instituições a classificaram como conflito de casal. A violência familiar inclui toda a violência exercida por um ou mais membros da família. A violência contra a criança, à violência contra a mulher e a violência contra dependentes e idosos são as formas de violência mais frequentes na família. A violência contra a mulher por seu companheiro é generalizada no mundo, ocorrendo em todos os grupos sociais, independentemente de sua condição econômica, cultural ou qualquer outra. Embora seja difícil quantificar, uma vez que nem todos os casos extrapolam o âmbito do casal, pressupõe-se que um grande número de mulheres sofra ou já tenha sofrido esse tipo de violência. A maioria das vítimas esconde a existência desses problemas por medo de serem julgadas pela sociedade. 18 Inclui também o aspecto da educação e do meio social que vive desde a infância, um homem que é mentalmente ou fisicamente abusadopor sua parceira, é considerado um homem “fraco”, ou é atacado por seus amigos ou colegas. Uma das consequências da violência doméstica é a depressão. Mulheres que sofrem violência doméstica correm maior risco de desenvolver transtorno de estresse e ansiedade, particularmente transtornos resultantes do transtorno de estresse pós-traumático. A tentativa de suicídio e a depressão estão intimamente ligadas à violência no namoro. A violência contra as mulheres as impede de participar plenamente em suas comunidades nos níveis econômico e social. Mulheres vítimas de violência têm menos probabilidade de serem empregadas. Em todos os relacionamentos humanos surgem conflitos e também nos relacionamentos. Argumentos, mesmo argumentos fortes, podem fazer parte de um relacionamento. Em relacionamentos conflitivos, podem surgir brigas e levar à agressão física entre os dois. Isso, que poderia atingir níveis de violência que seriam repreensíveis e processáveis, faria parte das dificuldades que os casais enfrentam. 3.1 Violência a Mulher e a Proteção da Lei Maria da Penha Muito se tem discutido sobre a violência contra as mulheres, onde as mesmas continuam vivendo em uma sociedade patriarcal, machista, sendo na maioria das vezes submetidas a várias formas de humilhação, diminuindo sua autoestima, visando um desequilíbrio emocional, psicológico, regredindo sua imagem, principalmente quando esses atos de violência vêm seguidos de força física e abusos sexuais. A violência contra a mulher tornou-se um fato alarmante dentro da nossa realidade. Diariamente presenciamos vários casos que nos desnorteiam, o preconceito, a discriminação, as relações de desigualdade econômica, social e política, propiciam a atos inconsequentes, além de expor a vida íntima da mulher, tirar sua liberdade, fazê-la achar que está errada, distorcendo os fatos no momento de uma denúncia. Infelizmente, a conduta machista faz com que a mulher se torne um ser inferior perante a sociedade, em vista disto, podemos relatar o fato de muitas delas serem culpabilizadas pelos atos de violência 19 sofridos, devido a roupa que está vestindo, por exemplo, comportamentos que a sociedade julgam incentivos a violência, dentre os mais variados casos de estupro. A questão da desvalorização da mulher vem desde os primórdios, pois elas não tinham o direito ao livre arbítrio. Submissa à opressão machista, onde desempenhava apenas a função de mãe, esposa e gerar filhos, além da total obediência ao seu genitor ou cônjuge, nada mais era lhe permitido. A partir disso veio a importância das políticas públicas, que busca a conquista de direitos feministas, a prevenção a violência contra a mulher, deixando para trás a hierarquia exercida pelo homem. Com isso, a mulher adquiriu seu espaço no meio social, como o direito ao voto, sua integração ao mercado de trabalho, sua autonomia, impondo igualdade e respeito. Atualmente, se faz necessário compreender que as condições de subordinação à mulher não estão relacionado ao fator biológico, mais sim, uma questão construída socialmente. Essa prática envolve uma série de violação aos direitos humanos: tráfico, estupro, abusos sexuais contra mulheres e crianças, resultando até casos de morte incluindo suicídio e mortalidade relacionados a abortos, contaminação de infecções sexualmente transmissíveis como HIV (AIDS). A maioria das mulheres que sofrem agressões convive com o companheiro dentro de sua própria casa, e são agredidas pelo mesmo. A vítima precisa está em situação vulnerável em relação ao agressor, que não precisa necessariamente ser o marido ou companheiro. Outro ponto relevante foi à implementação da Lei Maria da Penha, considerada como uma das melhores do mundo para combater a violência contra a mulher, sendo que nem todas recorrem a essa lei quando precisam, seja por falta de informações, medo do agressor ou até mesmo por vergonha. Depois de apresentada a queixa, a justiça tem 48 horas para analisar quais as melhores medidas de proteção a serem tomadas, que variam de acordo com o caso, que determinará o afastamento do agressor, não se aproximar e não se comunicar ou frequentar os mesmos lugares da vítima, e em casos extremos até mesmo a prisão do mesmo. A lei também garante o mesmo atendimento para mulheres héteros, lésbicas, transexuais, transgênero, e a melhor forma de se defender de qualquer tipo de violência é fazendo a denúncia. 20 A Lei Maria da Penha esta relacionada a uma mulher que sofreu a várias agressões por parte do seu companheiro, além da tentativa de assassinato com um tiro de espingarda deixando-a paraplégica. Porém, não adianta apenas existir a lei, é necessário haver uma conscientização sobre a estrutura de proteção a quem recorrer e que a justiça e o Poder Público se façam sempre presente diante das ocorrências. Contudo, conclui-se que a mulher deve possuir o direito de não sofrer agressões, tanto no espaço público, quanto no privado. Ser respeitada diante das suas particularidades e especificidades, como também a garantia aos acessos a serviços de enfrentamento contra a violência a mulher, independentemente de qual seja a forma de violência. A Lei Maria da Penha N.º 11.340/2006 foi designada para proteger, e impedir o desenvolvimento da violência doméstica e familiar contra as mulheres. E cria estruturas para conter essas violências, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, do Acordo sobre o Cancelamento de todas as formas de preconceitos contra as Mulheres e do Acordo Interamericano para Precaver, Punir e Eliminar a Violência contra a Mulher. Assim, além da Constituição Federal, há duas combinações de direitos humanos e das mulheres onde se fundamenta a Lei Maria da Penha: o comitê CEDAW (eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher) e o comitê de Belém do Pará. Com isso, a lei expressamente acionou os dispositivos desses instrumentos no que se refere à violência doméstica e familiar. Vimos que o comitê CEDAW expande a inclusão à sua proteção para além do sexo, contendo os aspectos de gênero, sexualidades e anseios. A acepção de gênero aceitado pelo comitê rompe com a discrição de que sexo e gênero são adequados. Segundo Nações Unidas (2015, p. 4) diz que sua definição é “a identidade, atributos e papéis socialmente construídos para mulheres e homens e ao significado cultural imposto pela sociedade às diferenças biológicas, que se reproduzem constantemente no sistema de justiça e suas instituições”. Esse mesmo ponto de vista é adotado pela Lei Maria da Penha em sua opinião sobre a violência fundamentada no gênero. Segundo o art. 5º da lei, a violência doméstica e familiar contra a mulher é algum ato ou eliminação 21 fundamentada no gênero que ocasione morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. A importância da violência fundamentada no gênero é um desenvolvimento do gênero, referindo-se assim a identidades, qualidades e papeis socialmente estabelecidos que não essencialmente corresponda ao sexo, e em benefício do gênero as mulheres lésbicas, bissexuais, transgêneros ou indivíduos intersexuais podem ser vitimas, sendo assim não há redução do conteúdo legal da importância da violência fundamentada no gênero para excluir as mulheres trans., bissexuais ou intersexuais. Portando, o parágrafo único do art. 5º da lei já inclui as mulheres lésbicas, onde as relações pessoais pronunciadas neste artigo não dependem de orientação sexual. Sendo assim a violência fundamentada no gênero prognosticada na lei Maria da Penha é exclusivo e não restritivo. No ordenamento jurídico brasileiro existe lei específica abordando a temática da violência contra a mulher. Desta forma, a conduta esta disciplinada na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que aduz no seu artigo 5º, o conceito deviolência doméstica. Vejamos: Art. 5º Para finalidades desta Lei configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ato ou omissão fundamentada no gênero que lhe ocasione morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: I - no âmbito da unidade doméstica, entendida como o lugar de convivência permanente as pessoas, com ou sem vínculo familiar, até mesmo as agregadas; II - no âmbito familiar, entende como a comunidade composta por pessoas que são ou se consideram parentes, ligados por vínculos naturais, por semelhança ou por vontade expressa; III - em alguma relação pessoal de afeto, na qual o agressor more ou tenha convivência com a vítima, involuntariamente de coabitação. Parágrafo único: As relações pessoais emitidas neste trabalho independem de orientação sexual. No artigo 7º da Lei Maria da Penha menciona-se objetivamente as maneiras de violência contra a mulher que consistem na violência física, violência psicológica, violência sexual, a violência patrimonial e a violência moral. O artigo 7º aduz: Art. 7º São maneiras de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 22 I - a violência física, compreendida como algum comportamento que injurie sua integridade ou saúde física; II - a violência psicológica, compreendida como algum comportamento que lhe ocasione dano emocional e diminuição da altivez ou que lhe danifique e perturbe o desenvolvimento geral ou que vise humilhar ou controlar seus atos, condutas, confianças e coragens, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularizarão, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe ocasione dano à saúde /psicológica e à autodeterminação (Redação dada pela Lei nº 13.772, de 2018). III - a violência sexual, compreendida como algum comportamento que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não almejada, mediante ameaça, ou uso da força; que a induza a comercializar ou a usar, de algum modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; IV - a violência patrimonial, compreendida como algum comportamento que configure retenção, subtração, destruição injusta ou total de seus elementos, instrumentos de trabalho, dados pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas obrigações; V - a violência moral, compreendida como algum comportamento que configure mentira, difamação ou ofensa. No país mulheres são agredidas constantemente. A maioria das ocorrências essas mulheres não denuncia devido ter medo das agressões com isso as quais ficam em silencio escondendo assim uma realidade muito triste já que tem um convívio amedrontado perante as ameaças de seus companheiros. O machismo ultimamente tem destruído o direito dessas mulheres de sonhar, silenciando sua voz e destruindo lares. Foi na tentativa de acabar com essa situação que as mulheres vivem que foi constituída a Lei Maria da Penha, encorajando-as a pedir ajuda, como também acabar com a violência que passa na família. Percebe-se que toda agressão doméstica e familiar cometida contra a mulher que cause injúria à integridade física ou a saúde, é reconhecida como dano físico. Para que fique configurada a lesão física é necessário que a vítima 23 tenha sofrido alguma lesão no seu corpo, podendo assim sua saúde ser prejudicada, acarretando até abalos psicológicos (NUCCI, 2019). Apesar de que as mulheres de violência doméstica tenha proteção, sendo que esta situação não podem apenas ficar a função do Direito Penal, precisando assim o Estado implantar um sistema para que os agressores venham a ser obrigado a fazer tratamentos (FERNANDES, 2012). Para que isso aconteça o Código Penal Brasileiro escreveu algumas penas limitadas de direito, para os homens que agridem as mulheres praticando violência doméstica e familiar contra a mesma. Para Dias (2019, p.63) Uma dessas limitações é o de final de semana (Código Penal, art. 43, VI). Sua execução incide no comprometimento do réu ficar, aos sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa de albergue ou outra instituição adequada (Código Penal, art. 48). Durante esse tempo respeita a lei e que sejam ministradas cursos e palestras com atribuição a atividades educacionais. (Código Penal, art. 48, parágrafo único; LEP, art. 152). Bianchini (2014) diz que conforme o Código Penal, art. 43, II, IV, V e VI. Após a aplicação da pena é determinado às limitações dos finais de semana, em que a Lei Maria da Penha permite que o juiz ordene ao réu a sua presença nos programas de recuperação e reeducação, sendo assim sua presença obrigatória. Deverá também o magistrado ordenar a aplicação de diversas medidas ao acusado, como prestação de serviço a instituições públicas, além da interdição passageira de direitos e prejuízo de bens e custos. 3.2 Medidas Tomadas ao Agressor Devem-se tomar medidas para que o agressor tenha consciência que não se podem cometer tais atos, pois os mesmos não são donos das mulheres, diminuindo assim com um crime que está sendo cometido de maneira constante no dia a dia por um grande período (CERQUEIRA, 2018). Diante disso se entende que o Estado é falho já que as penas estão de acordo com o Código Penal para serem usadas, entretanto não têm número suficiente de profissionais nas áreas psicossociais. Compete assim o Estado adotar ações diretamente aos agressores e as mulheres agredidas, garantindo a 24 capacitação constante aos profissionais que cuidam com vítimas de violência doméstica como também aos agressores (CUNHA, 2014). A Lei Maria da Penha n.º 11.340/06 que previ a violência doméstica e familiar decreta algumas regras de proteção à mulher. Portanto diante das medidas posta pela lei citada acredita-se que se pode prevenir e impedir, todas as maneiras de violência contra as mulheres. Devido a isso, foram debatidas ações para reduzir a violência contra a mulher entre os órgãos governamentais e os não governamentais, onde se adotou medidas de precaução (DIDIER, 2008). Promover o conhecimento e a observação do direito da mulher a uma convivência sem violência e o direito da mulher com respeito e proteção seus direitos humanos. Alterar os padrões socioculturais de comportamento de homens e mulheres, aumentando a construção de programas de educação formais e não formais adequados a todo grau do método educacional. Promover a educação e habilitação do pessoal na direção da justiça, policial e demais servidores encarregados da atenção da lei deste modo como o pessoal encarregado das políticas de prevenção, pena e eliminação da violência domestica e familiar (CUNHA, 2014, p. 67). Portanto podem-se usar os serviços especializados adequados para o atendimento preciso à mulher, através de entidades dos departamentos público e privado, principalmente proteções, serviços de orientação para toda a família. Promover e recomendar programas educacionais Oferecendo à mulher, entrada a programa eficaz de reabilitação e habilitação lhe permitindo a participação da convivência com a sociedade em geral (PEREIRA, 2013). A Lei n.º 11.340/06 constitui que as autoridades policiais deverão tomar providências legais admissíveis, diante da notícia do ato da violência contra a mulher. Como também assegurar à proteção policial a mulher encaminhando a mesma a uma instituição de saúde caso seja necessário; fornecendo amparo colocando-a em lugar protegido quando se comprova risco de vida; acompanhando-a ao local do caso ocorrido,com a finalidade de garantir a remoção dos seus objetos; informando também os direitos a ela garantidos nessa Lei e os serviços a sua disposição, quando as mesmas procuram as os órgãos competentes, buscando segurança (PIMENTEL, 2014). Diante disso Souza (2007) explana que a batalha para reduzir à violência domestica e familiar depende primeiramente, de grandes medidas sociais e uma intensa mudança estrutural da sociedade principalmente extrapenais. Afirma-se 25 então que a lei está nessa direção, o que é um bom inicio positivo. Espera-se, portanto que o Poder Público e a sociedade realizem as alterações precisa para que se possa construir uma sociedade mais justa para todos em geral, independente do gênero. Dessa maneira, a atitude simbólica das medidas penais da Lei Maria da Penha não terá sido em inútil, e sim terá estimulado de acordo com o sistema de ideias conceitos efetivos para solução de problemas graves de discriminações contra a mulher. As medidas protetivas são exatamente para proteger a vítima, dominando o agressor. Atualmente não é essa a realidade, uma vez que a mulher fica no convívio com o agressor. Portanto a Lei n.º 11.340/06 foi designada para proteger a mulher do seu companheiro agressivo. Só que essa lei tem aplicabilidade eficiente como também tem suas falhas junto aos órgãos competentes como, por exemplo, a falta de estruturas desses órgãos (SOUZA, 2008). Diante disso Tenório (2018) cita o exemplo da cabelereira a senhora Maria Islaine de Morais de Belo Horizonte em que a mesma denunciou o agressor e ex- marido cinco vezes, e que mesmo com as denuncia ele o agressor ficou rondando o salão da vitima, para intimidar e de maneira ameaçadora, portanto observa-se que teve falha em relação à medida protetiva em que não se aplicou corretamente de acordo com a Lei Maria da Penha. 3.3 A Pandemia e os Descasos no Ambiente Familiar Por meio da decretação da pandemia, ocorreu uma repentina necessidade na mudança dos hábitos diários, isso vem impactando de forma direta na rotina da população e no convício de cárter social e familiar. Um exemplo muito claro disso se dá pelo fato dos estados brasileiros, fletindo as orientações médicas para conter o avanço e disseminação da doença, acabando por suspender de forma gradual as aulas em escolas, universidades e dar orientações para que as demais instituições tomem as mesmas atitudes. Fora essa mudança no contexto educacional, também houve suspenção de eventos esportivos, musicais, de lazer ou de outra natureza, os centros comunitários também foram temporariamente fechados (VIAPIANA, 2020). Seguindo esse aspecto, pode-se ressaltar que a imposição de medidas drásticas, como as que já foram adotadas pela China e por alguns países 26 europeus, envolvendo a quarentena coletiva, com uma série de regras restritivas de circulação de pessoas, deve ser encarada como uma possibilidade, almejando a facilidade e identificação de casos, bem como a contenção dos números de pessoas infectadas. Por meio dessa nova dinâmica de reduzir o convívio social, acabam surgindo novas dúvidas no âmbito do Direito de Família, como, por exemplo, sobre a realização de visitas as crianças, jovens e idosos, mormente nos casos envolvendo litígio judicial, permeados por beligerância e disputas entre as partes nas quais, muitas vezes, se utiliza de qualquer elemento externo para opor ao outro litigante, ainda que não tenha efetiva relevância ou signifique proteção ao superior interesse dos principais envolvidos em tais disputas (CASSOL, 2020). Por meio do que foi citado anteriormente, pode-se dizer que com base nas diversas mudanças eventuais realizadas na rotina de convivência familiar durante o período de pandemia do covid-19 acabam surgindo uma série de problemáticas no que diz respeito ao convício, sendo assim, se faz necessário que se faça certo esforço externo em prol da obtenção de melhores soluções caso a caso, sempre pautadas pelo bom-senso e pelos princípios morais e jurídicos, salientando que as partes envolvidas em litígios familiares deverão mitigar as diferenças e efetivamente dialogar e implementar a colaboração em função de bem maior. O momento, muito embora de afastamento físico seja, sem dúvida, de união. 3.4 Medidas Protetivas As medidas protetivas são exatamente para proteger a vítima, dominando o agressor. Atualmente não é essa a realidade, uma vez que a mulher fica no convívio com o agressor. Portanto a Lei n.º 11.340/06 foi designada para proteger a mulher do seu companheiro agressivo. O art. 1º da Lei observa-se o objetivo de criar estruturas efetivas para reduzir a violência. Art. 1. Esta Lei cria mecanismos para reduzir e prevenir a violência doméstica e familiar, nos termos do § 8º do art. 226 da C. F. da Convenção sobre o cancelamento de todas as maneiras de violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais aprovados pela República Federativa do Brasil; prepara sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar; e constitui medidas de assistência e proteção às mulheres em caso de violência doméstica e familiar. 27 Essas medidas tendem a dar efetividade à intenção da Lei 11.340/06, que é garantir à mulher o direito a uma convivência sem agressão, como também dominar o agressor garantindo a vítima a sua segurança, pois as ameaças da violência e seu exercício dentro da família são comportamentos apreendidos e reforçados pela violência na mídia e na sociedade e pela estrutura tradicional de dominação na família (DIAS, 2019). Com isso Porto (2014) destaca como medida preventiva o afastamento do agressor da residência e que esta medida está diretamente conectada as que constam no art. 23 da Lei 11.340/06, no que se refere ao afastamento dos corpos, lembrando que essa medida, ocorrerá antes de acontecer determinado crime no qual a vitima venha se prejudicar, como por exemplo, agressões físicas, concluindo então que o afastamento do agressor do seu convívio domiciliar é uma das prevenções mais eficaz, pois previne resultados danosos de uma convivência sob o mesmo teto. 28 4 METODOLOGIA O presente trabalho adotará a metodologia de revisão de literatura na modalidade integrativa, sobre a temática abordada. Este método é o mais viável por ser determinado como mais amplo e abrangente, pois o mesmo permite a inclusão de diversos estudos com diferentes abordagens metodológicas tanto quantitativas, quanto qualitativas. Além disso, analisa a definição de conceitos, revisão de teorias e evidências análises de problemas metodológicos através de ampla amostra que possibilita uma síntese do conhecimento de determinado assunto, sem perder de vista os objetivos propostos. Onde a coleta de dados, será uma pesquisa bibliográfica com obras, revistas, Lei, entre diversas fontes atuais com a finalidade de construir uma abordagem sobre a violência domestica e familiar no decorrer deste trabalho. 29 5 CRONOGRAMA ATIVIDADES AGO SET OUT NOV DEZ 1 Montagem do Projeto X 2 Levantamento de literatura X 3 Entrega do Capitulo 1 X 4 Levantamento e Tratamento dos dados X X 5 Elaboração e Entrega do Capitulo 2 X 6 Entrega do texto para Revisão x X 7 Entrega do trabalho X 30 REFERÊNCIAS BERTON, E. França colocará vítimas de violência doméstica em hotéis. Agência Brasil, 30 mar. 2020. Disponível em: https://ebc.com.br/saude/noticia/2020-03/- em-hoteis. Acesso em: 20 Set. 2020. BIANQUINI. H. 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