Buscar

O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR NO PERÍODO DA PANDEMIA (COVID19)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANA PATRICIA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARUARU 
2020 
 
 
 
ANA PATRICIA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR NO PERÍODO DA 
PANDEMIA (COVID19) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 
1.1 Problemática ...................................................................................................... 5 
1.2 Hipóteses ............................................................................................................ 5 
1.3 Justificativa ........................................................................................................ 5 
1.4 Objetivos ............................................................................................................. 6 
1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 6 
1.4.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 6 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 7 
2.1 Violência Contra Mulheres ................................................................................ 7 
2.2 Abuso Emocional ou Psicológico ..................................................................... 8 
2.3 Abuso Físico ...................................................................................................... 9 
2.4 Abuso Sexual ................................................................................................... 10 
2.4 Pandemia e Violência Doméstica .................................................................... 12 
4 METODOLOGIA ................................................................................................. 28 
5 CRONOGRAMA ................................................................................................. 29 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Durante a pandemia do Covid-19, doença causada pelo coronavírus o 
cenário atual mundialmente é de caos na saúde pública e privada, com impacto 
nos setores da economia, educação e familiar, desde o dia 15 de março de 2020, 
afetando assim a vida de bilhões de pessoas mundialmente. 
O coronavírus e a COVID-19 têm sido motivo de se discutir em todos os 
campos de diversas áreas para a segurança de padrões mínimos da população 
em geral, especialmente no Brasil. Em tempo dessa pandemia é discutido também 
a implantação de verbas governamentais de várias áreas para garantir no mínimo 
boas condições de vida para milhões de brasileiros que se encontram 
desempregados devido à pandemia atual. 
Desta forma, relatam o índice de crescimento, juntamente com a frequência 
nos casos de denúncias de violência domestica e familiar, trazendo para um lado 
histórico da ciência dando ênfase na própria explicação, o porquê de existir essa 
causa, esse problema. 
 Portanto, deve-se analisar os casos referentes a cada família nos seus 
ambientes domiciliares que passam por esse problema, para que possa mostrar 
as possíveis soluções que o direito reserva para cada uma delas, as suas 
punições destinadas para os agressores que pratica o ato de violência domestica 
e familiar e identificar as causas que a vítima apresenta relacionada aos seus 
direitos como cidadãos, e suas lesões de maus tratos. 
Com isso o isolamento social atribuído à pandemia da COVID-19 causa 
uma maneira preocupante de alguns indicadores a bordo da violência doméstica e 
familiar, contra a mulher. Infelizmente o problema da violência domestica e 
familiar, não são novos, mas com a pandemia que exigiu rigorosamente o 
isolamento social aumentou os casos de agressão no âmbito familiar. 
As agressões contra as mulheres é uma pandemia global, é uma violência 
que merece uma atenção especial, pois esse tipo de agressão acontece muitas 
vezes de maneira silenciosa, especialmente por se dar no espaço privado e 
doméstico, porém um problema incurável, de atitude histórica, que ocorre não só 
em tempo de pandemia mais constante. Portanto para proteção da mulher se tem 
da constituição da Lei Maria da Penha de n.º 11.340/2006, que é o princípio da 
igualdade material, e dignidade do ser humano. 
5 
 
1.1 Problemática 
 
 A Lei Maria da Penha esta relacionada à mulher que sofre diversos tipos de 
agressões por parte do seu companheiro, além da tentativa de assassinato. No 
entanto, não adianta apenas existir a lei, é preciso ter uma conscientização sobre 
a composição de proteção como saber a quem recorrer e que a justiça e o Poder 
Público se façam sempre presentes diante das ocorrências. 
Portanto a mulher deve ter o direito de não sofrer agressões, tanto no 
espaço público, quanto no privado. Ser respeitada diante das suas 
particularidades e especificidades, como também a garantia aos acessos a 
serviços de enfrentamento contra a violência a mulher, independentemente de 
qual seja a forma de violência. 
Portanto diante desse contexto se elabora um questionamento que norteará 
este estudo como: Qual o problema da violência doméstica no período da 
pandemia “COVID19”? 
 
1.2 Hipóteses 
 
 Embora o isolamento social seja necessário para a contenção da pandemia 
do Covid-19, podem estar tendo assim oportunidade para a gravidade da violência 
doméstica e familiar; 
 
 A possibilidade de aumento da violência doméstica e familiar no período da 
pandemia (COVID19). 
 
1.3 Justificativa 
 
O desenvolvimento deste projeto é sobre o problema da violência 
domestica no período da pandemia “COVID 19”, com resultados deste para o 
mundo jurídico, através de julgamentos referentes o desempenho estatal no 
processo das acusações das vítimas, como também da própria efetividade dos 
recursos legais na atenção total e exclusiva do crime de violência doméstica. 
Diante disso, é notório que o presente estudo tenha um olhar direcionado, 
aos números de violações dos direitos, e das agressões que as mulheres acabam 
6 
 
passando, seja ele no direito civil ou na parte da violência pelo qual apresenta o 
lado penal, pois a maioria da população não vem sendo respeitada na sociedade e 
no âmbito jurídico. 
Entretanto, também onde podemos ver o elevado número de violações pelo 
qual vem ganhando uma dimensão muito grande nos números, relacionados ao 
COVID-19 em plena pandemia. São necessários que tenha métodos para 
combater a violência domestica e que essa notícia triste desapareça da sociedade 
brasileira. Portanto pretende-se com a realização deste estudo tenha grande 
resultado na formação profissional dos acadêmicos, estimulando os mesmos para 
novas pesquisas que contribuam nas questões de assuntos referentes ao tema 
estudado. 
 
1.4 Objetivos 
 
1.4.1 Objetivo Geral 
 
Entender o problema da violência doméstica no período da pandemia 
“COVID19” 
 
1.4.2 Objetivos Específicos 
 
 Analisar o aumento das violências domésticas durante o isolamento social 
em tempos de pandemia. 
 Evidenciar as relações dinâmicas que atravessam o aumento da violência, 
a partir do tensionamento entre gênero e outras ações. 
 Pesquisar sobre a violência domestica durante a pandemia da COVID19. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Violência Contra Mulheres 
 
A violência ou maus-tratos contra as mulheres afetam milhões delas em 
todo o mundo, independentemente de sua situação socioeconômica e cultural. 
Diversas pesquisas afirmam que os atos de violência contra as mulheres no lar 
ocorrem tanto em países desenvolvidos como em países subdesenvolvidos 
(OLIVEIRA, 2016). 
Diante disso Romero (2014, p.373)diz que: 
 
Por muito tempo, foi considerado um assunto privado por quem 
testemunhou os maus-tratos às mulheres, principalmente vizinhos, 
a comunidade e o governo. No entanto, esses assuntos privados 
muitas vezes se transformam em tragédias públicas. Por exemplo, 
uma mulher apanha a cada 18 minutos, a violência doméstica é a 
principal causa de lesões sofridas por mulheres em idade 
reprodutiva. Entre 22 e 35% das visitas femininas aos serviços 
de emergência se devem a isso. 
 
Em virtude do exposto, a declaração feita na IV Conferência Mundial da 
Mulher, definiu a violência contra a Mulher como: Qualquer ato de violência com 
base no pertencimento ao sexo feminino que tenha ou possa resultar em dano ou 
sofrimento físico, sexual ou psicológico para a mulher, bem como ameaças de tais 
atos, coerção ou privação arbitrária de liberdade, quer ocorram na vida pública ou 
na vida privada (PINHEIRO, 2003). 
As mulheres vivenciaram formas de violência em maior ou menor 
grau. Como por exemplo, quando se afirmam que o trabalho da mulher não é 
reconhecido, a sua opinião não tem importância e quando as tratam como objetos 
sexuais, isso acontece pelo simples fato de ser mulher. O que embora não 
aconteça assim em todos os países, mas em muitas partes do mundo acontece 
(OPAS, 2017). 
Atualmente existem condições do tipo de vida que podem favorecer o 
comportamento agressivo ou violento, mas precisamos de dados para afirmar que 
está aumentando ou diminuindo, também pode ser que enquanto alguns casos de 
violência aumentam, outros diminuem e outros nunca são conhecidos. E se fosse 
8 
 
um erro pensar que hoje ocorrem com maior frequência. Hoje são conhecidos, 
mas não sabemos se são mais frequentes (BERTON, 2020). 
Os espaços de um e de outro familiar são continuamente violados, também 
por meio de formas violentas, dessa forma transmitimos diariamente o abuso, a 
violência, ou seja, aprendemos a ser violentos dentro de casa. 
Existem diferentes formas de manifestação de maus-tratos à mulher, dentre 
as quais as mais comuns são: abuso emocional ou psicológico, abuso físico e 
abuso sexual. 
 
2.2 Abuso Emocional ou Psicológico 
 
Está vinculada a ações ou omissões destinadas a degradar ou controlar as 
ações, comportamentos, crenças e decisões das mulheres, por meio de 
intimidação, manipulação, ameaças diretas ou indiretas, humilhação, isolamento 
ou qualquer outra conduta que envolva danos à saúde desenvolvimento 
psicológicos, autodeterminação ou pessoal (DIAS, 2008). 
São atos que levam à desvalorização ou ao sofrimento das 
mulheres. Manifesta-se na exigência de obediência, tentando convencer a mulher 
de que ela é culpada de qualquer problema, inclui agressões verbais como 
insultos, gritos, por exemplo: "Que inútil tu és", "tu és burra olha o que acabaste de 
fazer” Aqui também se usa o desprezo pela vida passada da mulher, pela 
sua pessoa, pelo modo como se veste. 
O abuso emocional é aplicado ao sexo feminino quando a isolamos, suas 
saídas de casa são controladas, sua opinião é desqualificada ou ridicularizada, 
humilhação em público, entre outros. Deve-se ter em mente que a expressão 
verbal dos sentimentos nas relações de casais é a pedra angular da intimidade. A 
intimidade é a chave em um mundo de relacionamentos onde os indivíduos tecem 
complicadas redes de amizade, minimizam as diferenças, procuram chegar a um 
consenso e evitam dar uma imagem de superioridade (CAVALCANTI, 2007). 
Outra forma que caracteriza o abuso emocional é limitar ou reter o dinheiro, 
ou seja, não é compartilhado com iguais possibilidades e nível de decisão entre 
ambos os cônjuges. 
Segundo Cunha (2014), se tem outras formas de abuso emocional ou 
psicológico em mulheres, que é parar de falar, silêncios prolongados, fingir não 
9 
 
ouvir ou entender o que dizem, faz um gesto de rejeição, que não te interessa 
nada, olhares agressivos, gesticula como se fosse bater nela, escolhe a roupa que 
vai vestir, se ela corta o cabelo ou o deixa comprido, se está solto ou arrepiado, 
questioná-lo sobre colegas de trabalho, perguntar quem ligou ao telefone proibi-la 
de participar de atividades sociais, familiares ou de trabalho, agressões verbais ou 
com gestos de desprazer, fazendo-a pensar que é louca, ou dizer-lhe isso, ou que 
ela está confusa, que não sabe fazer nada, a provoca, ri dela e, por fim, não 
participa de nenhuma decisão doméstica. 
 
2.3 Abuso Físico 
 
Afirma-se na literatura que em mais da metade dos países capitalistas 
avançados existem relações de abuso físico contra as mulheres. 
Nos Estados Unidos, cerca de dois milhões de mulheres são gravemente 
atacadas por seus maridos e precisam de proteção física imediata, e 1.700 
mulheres são mortas anualmente por seus maridos. 
Gomes, (2017) em seu estudo mostra que as mulheres casadas são vítimas 
de violência física, mas que quando ocorre o divórcio ou a separação, o número 
de abusos contra ela é 10 vezes maior nas uniões estável do que nos casamentos 
oficial. Foi demonstrado que existem fatores que não são determinantes, mas se 
são viáveis risco de sofrer violência física na mulher quando há situações de 
aumento da ingestão de álcool e dependência de drogas. 
Este tipo de abuso é a forma mais clara e óbvia de maltratar as mulheres, 
embora devamos salientar que às vezes é negado e encoberto pela maioria delas. 
Geralmente, atos violentos de natureza física estão associados a empurrá-
las, puxar seus cabelos, bater-lhes no rosto, com a mão aberta ou com o punho 
fechado, atirar objetos nelas, ou acertá-las com qualquer objeto, e até mesmo 
pegar uma arma, faca ou objeto, pontiaguda para causar lesões corporais e até 
a morte. 
Este tipo de violência contra a mulher é a mais evidente e difícil de 
ocultar os dados que se reflete na sua aparência física. As 
mulheres que sofrem determinada agressão física, na maioria das 
vezes, conhecem numerosas ações de violência com o passar do 
tempo (DALBOSCO, 2019, p. 62). 
 
 
10 
 
Diante disso, Cunha (2014) explica que a violência física o agressor usa da 
força com a intenção de ferir o corpo da vítima, deixando-a com marcas visíveis. 
Já Porto (2014) diz que está violência é um insulto à vida e a saúde. Enquanto 
Dias (2019) narra que apesar de visíveis os sinais de violências sejam mais fáceis 
de identifica-los. 
Na maioria das vezes, ocorrem eventos relacionados ao "amor apaixonado 
ou ciúme" que levam os homens a cometer ações ou atos hediondos com as 
mulheres. Muitos homens costumam dizer “faço o que quero com minha esposa e 
ninguém interfere”, se somarmos a isso o ditado popular ou a crença de que entre 
marido e mulher ninguém deve interferir, torna-se mais difícil a violência contra a 
mulher. 
Enquanto as mulheres ficarem caladas e encobrirem esses tipos de 
violência, será difícil fazer cálculos precisos de como o fenômeno se comporta. 
A violência contra a mulher deve ser atribuída a fatores culturais e não 
biológicos, as estruturas sociais e não a diferenças fisiológicas entre homens e 
mulheres. 
 
2.4 Abuso Sexual 
 
Ao contrário do que alguns pensam que o abuso sexual é o menos 
frequente, há pesquisas que mostram que é tão frequente quanto outras formas 
de expressão da violência. O que acontece é que as mulheres escondem isso e 
principalmente se esse tipo de abuso é entre o casal. 
Segundo Zanatta e Schneider (2017), um estudo realizado nos Estados 
Unidos estima que uma em cada 8 esposas seja estuprada pelo marido. Em 
estudos de outros países, verificou-se que entre as formas de abuso sexual de 
homens contra suas esposas, podem incluir: assédio sexual, zombar 
da sexualidade de mulheres, criticar seu corpo ou seu caminho para o amor, o 
acusando-a de forma contínua infidelidade sem razão, ignorar ou negar seus 
sentimentos e necessidades sexuais, exigindo apenas satisfação sexual, forçando 
- a ter relações sexuais com outros homens por interesses comerciais,a demanda para o sexo depois de ter fisicamente bater ou ter abusado dela. 
Segundo Santos (2007), muitas esposas agredidas enfrentam situações de 
violência contínua, geradas por seus maridos pelos seguintes motivos: 
11 
 
Elas têm noções muito negativas de seu próprio valor pessoal e autoestima 
prejudicada; 
Elas pensam que podem sofrer rejeição dos pais e amigos que podem 
culpá-las por não serem boas esposas e mães; 
Elas pensam que se separarem de seus cônjuges os matarão; 
Elas esperam que seus maridos mudem ou se reformem; 
Consideram que sua situação econômica seria crítica se separassem deles; 
por terem filhos pequenos, elas pensam que precisam dos pais financeiramente e 
emocionalmente; 
Elas duvidam que possam ser financeiramente independentes; elas 
acreditam que uma mulher divorciada não vale nada; 
Consideram que se denunciarem à polícia não vai dar certo e talvez te 
digam "entre marido e mulher ninguém deve se envolver"; 
Elas temem enfrentar a divisão dos bens materiais e fundamentalmente o 
problema da habitação. 
Violência contra a mulher e os maus-tratos sofridos por elas atingem as 
crianças quando existem, constituindo-se no fator de risco mais importante para o 
abuso infantil, uma vez que as crianças maiores, ao tentarem proteger a mãe, 
podem ser feridas, podem ser vítimas de crime lesivo quando objetos são jogados 
entre os pais, perturbação dos padrões de alimentação e sono de crianças, 
podendo causar sofrimento e nutrição inapropriado, pode gerar neles um 
sentimento de culpa por amar ou odiar o agressor, culpar-se por ser a causa da 
violência ou por não poderem defender suas mães, impede que se concentrem 
nas aulas, nos deveres de casa ou ao realizá-los, o que prejudica o seu 
rendimento escolar, os filhos que vivem em lares violentos encontram na violência 
a solução para os conflitos e problemas, podem ser muito agressivos e difíceis de 
controlar ou podem ser muito passivos e egocêntricos, correm mais risco de 
usar drogas, álcool, escolher o caminho do crime e o que é pior, podem se tornar 
pais que maltratam os próprios filhos (BIANQUINI, 2020). 
Fez-se referência à forma mais geral de abuso ou maus-tratos contra as 
mulheres, mas deve-se considerar que tudo isso abrange quatro formas ou tipos 
que não são mutuamente exclusivos: abuso físico, abandono, abuso emocional e 
abuso sexual. Partindo dos aspectos gerais mencionados e considerando a área 
de nosso interesse, nos limitamos a partir de agora ao aspecto do abuso sexual. 
12 
 
2.4 Pandemia e Violência Doméstica 
 
A violência doméstica é um assunto especialmente relevante nesse período 
de pandemia, porque a situação socioeconômica de hoje tende a aumentar. O 
desemprego em decorrência da crise que atinge principalmente as mulheres, em 
relação aos seus trabalhos, tornando-se assim o público mais afetado pela crise. 
No país, as mulheres são mais submetidas à informalidade do que os homens. Se 
sabe que as mulheres são mais de 80% da classe trabalhadoras domesticas, que 
tem mais vulnerabilidade econômica diante a crise, e se consta que mais de 65% 
são negras, e que aponta a maior insegurança do emprego da mulher negra 
(IBGE, 2019). 
O acumulo de trabalho doméstico e de responsabilidades de cuidado 
também pode confundir o desempenho das mulheres que conseguiram 
acompanhar a modalidades dos trabalhos dos tempos antigos. Portanto, a 
situação do resultado da pandemia possivelmente prejudicará de maneira 
desproporcional grande partes das trabalhadoras, que podem ser mal avaliadas e 
com isso ser demitidas. Pesquisam apontam outras crises econômicas, como por 
exemplo, o acontecimento no ano de 2010 em que no Brasil, foram demitas mais 
mulheres do que homes (GOMES, 2010). 
Diante disso observa-se que devido à crise que hoje o país se encontra as 
mulheres estão mais financeiramente dependentes de seus companheiros. Como 
também por causa do COVID-19, as mulheres convivem mais com o companheiro 
por está cumprindo a quarentema passando assim o dia todo no mesmo ambiente 
sendo forçadas a um convívio que pode causar conflitos de ambas as partes, 
sendo então um dos fatores que colabora para a violência domestica nesta 
pandemia. Observa-se então que se torna difícil à mulher se livrar dessa violência 
devido o isolamento social e a quarentema, pela provável redução de renda, como 
também pelo convívio do dia a dia e contínua com o agressor (THE GUARDIAN, 
2020). 
No país, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos 
confirmou alta de aproximadamente 9% nas acusações feitas no Disque 180, 
destinada a acusações de violência doméstica (MINISTÉRIO DA MULHER, DA 
FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS, 2020). A Justiça Estadual do Rio de 
Janeiro noticiou que foram anotados 50% a mais dos casos de violência 
13 
 
doméstica nesse tempo de pandemia quando foi informado o período da 
quarentema (G1, 2020). 
Segundo Butler (2015), a condição difícil indica a situação política motivada, 
em que certas populações passam, devido às redes sociais e econômicas de 
apoio insuficientes e estão expostas de maneira distinta às violações, à agressão 
e à morte. Sendo que essa população está mais sujeita a doença, pobreza, fome e 
violência, sem qualquer assistência. Portanto a situação precária dessa população 
não tem escolha a não ser apelar ao próprio Estado contra o qual necessitam de 
assistência. 
Já a violência contra a mulher Saffioti (2002), diz que, o homem detém o 
domínio de decidir a conduta das classes sociais nomeadas, tendo permissão e 
tolerância da sociedade para castigar o que se lhes expõe como irregularidade. 
Embora não exista qualquer tentativa, por parte das vítimas possíveis, de trilhar 
caminhos diferentes do prescrito pelas regras sociais, a efetivação do projeto de 
dominação/exploração da classe social homens determina que sua aptidão de 
chefia seja amparada pela agressão. 
Os serviços domésticos e cuidados prejudica a função de mulheres que 
aceitaram maneiras remotas de trabalho. Devido a isso, a condição resultante da 
pandemia, é a penalização desproporcional de muitas mulheres que trabalham, 
ocasionando um número maior de mulheres desempregada ficando assim 
submissa ao seu companheiro. 
Silva (2014) descreve em 2008 no Brasil acontecia uma crise econômica e 
que as mulheres eram as que mais sofreram ações demissionárias. Assim sendo, 
devido a esta crise as mulheres se tornam mais dependentes dos companheiros 
financeiramente é nesse período de quarentena que as famílias permanecem mais 
tempo juntas contribuindo assim para a violência doméstica. 
Conforme a jornalista Letycia Bond (2020), se registra a cada cinco minutos 
um caso de violência. No ano de 2018 foram registrados 135 mil casos de 
agressão, física, psicológica, sexual, em que as vítimas escaparam. Diante disso 
foi atualizado o relatório entre março e abril de 2020 em 13 estados do Brasil e foi 
indicado o crescimento de 23,1% a mais do que o ano passado, esse relatório foi 
pedido pelo Banco Mundial onde o mesmo autorizo o Fórum Brasileiro de 
Segurança Pública a fazer a atualização em relação à violência domestica em 
tempo de pandemia do Covid-19. 
14 
 
Para se entender melhor o cenário atual em relação a violência em tempo 
de pandemia, imprescindível pensar que o crime deve ser avaliado não apenas 
como um caso pessoal, mas também como um caso social, uma vez que 
acompanhante ao caso pessoal, precisar analisar diversos fatores sociais, 
culturais, econômicos. Exposto este importância preliminar, no cenário 
contemporâneo da pandemia do coronavírus/Covid-19, e seu consequente 
isolamento social, observa-se visivelmente que o fato pessoal do crescimento da 
violência contra a mulher, está conectado a fatores sociais, culturais e 
econômicos, que refletem no convívio familiar. 
Conforme com relatório da Organização das Nações Unidas, publicado no 
dia 09 de maio de 2020,têm dados nos outros países de um aumento nos casos 
de violência domestica, de 25%. Observa-se então que esses números confirmam 
o espelho da pandemia e do isolamento social. Desta maneira, as pessoas 
continuam em suas casas, para que seja evitado o desenvolvimento do risco de 
contágio, e, por esse motivo, a maioria das mulheres passa a ter o convívio 
integral com seus agressores. Além disso, por causa deste isolamento, pode 
existir uma grande dificuldade das vítimas prestarem queixa, buscando ajuda aos 
órgãos públicos de segurança a mulher. 
De acordo com o Tribunal de Justiça do Acre, se confirmou um crescimento 
de 26,6% na concessão de conceitos protetivos de urgência neste Estado, 
comprovando um aumento nos números de violência doméstica e familiar. 
Diante disso observa-se com clareza que o problema da violência e da 
criminalidade está crescendo, devido a vários fatores, tais como diferença social, 
desemprego, falta de controle em relação à gravidez, consumo de drogas, além de 
outros. Como também em consequência da quarentena cresce a violência contra 
a mulher por motivos banais. Observa-se também um aumento dos números de 
violência, em decorrência a crise resultante da pandemia, que causa dano na 
saúde física e psicológica do ser humano, como também na economia, 
desemprego, falência das microempresas além de outros. 
Entretanto é imprescindível lembrar que o sistema penal não é capaz de 
deliberar tais demandas. Por isso sempre se questiona a capacidade do Estado 
para contestar com conceitos oportunos e relacionados ao desenvolvimento da 
criminalidade. 
15 
 
Portanto, é preciso buscar alternativas, inclusive nos cenários das famílias, 
ou seja, dissipando conflitos e violências, que resultam em condutas inadequadas 
ao princípio legal, muitos deles de caráter criminoso. No entanto, sempre que 
possível, quando as partes confirmam importância, precisa-se buscar uma 
resposta, fazendo algo melhor do que o Direito Penal, e não fazendo do Direito 
Penal algo melhor (SANTANA, 2007). 
Nesta afinação, acompanhando as normas da Justiça Restaurativa, se faz 
preciso a concepção de grupos de intervenção, composto por equipes 
multidisciplinares, viabilizando a pacificação de confusões, precaução de delitos, e 
a restauração das relações de convivência, quando se é possível. 
Em conformidade com as demandas Christie (1976) publicou em seu artigo, 
a obrigação de constituir uma opção ao princípio penal clássico que permita uma 
diferente solução relativa aos conflitos. Esse artigo teve resultados de grande 
importância que causaram melhorias legais no país onde foi publicado como 
também em outros países. 
No País, as regras para lidar com esse tipo de agressão são realizadas com 
mais urgência, a posição diante dos números elevados mundialmente em relação 
a violência doméstica e o feminicídio. O departamento do feminicídio é 
responsável por 3,4 mortes entre 100.000 mulheres mundialmente e 3 mortes por 
100.000 mulheres no país ou seja a taxa no Brasil é 73% superior à média no 
mundo em geral. A América Latina é a mais grave para as mulheres, conforme a 
ONU (BIANQUINI, 2020). 
Sendo que em cada três vítimas de feminicídio no país, duas são 
assassinadas na sua residência, ainda assim com a regra rígida da Lei N.º 
11.340/06 – Maria da Penha a qual se refere ao feminicídios - Lei n.º 13.104 / 
2015 o Estado não conseguiu parar o avanço de violência contra as mulheres. 
Portanto observa-se que a maioria do sexo feminino são disciplinada pela 
macheza (FOUCAULT, 2016). 
Na década de 70 foi utilizado um espaço feminicídio nomear o crime contra 
as mulheres feito de maneira violenta pelos companheiros. e atualmente se 
denomina o feminicídio como homicídio causado por ódio, indignação e sentido de 
domínio do corpo da mulher (RUSSELL 2006). 
Segundo Lagarde (2006) escolhe em suas pesquisas a impunidade, em 
benefício de faltas advocatícias e de políticas do governo, que causam um 
16 
 
convívio inseguro para as mulheres, colocando as mesmas em risco e 
beneficiando o conjunto de crimes cometidos pelos homens contra as mulheres, 
pois o feminicídio não é somente uma violência praticada por homens contra 
mulheres e sim por homem em posição de superioridade social, sexual e de todo 
tipo, em relação às mulheres em classe de diversidade, de dependência, de abuso 
ou de exploração, e com a característica da eliminação. 
O Feminicídio se forja na diferença estrutural entre homens e mulheres, 
como também na superioridade dos homens em relação às mulheres, que estão 
na violência doméstica, uma construção para a reprodução do abuso das 
mesmas. 
Portanto a violência doméstica contra a mulher é um acontecimento 
histórico. Por mais que se lute para não tenha diversidade entre homens e 
mulheres, como aponta à própria Constituição Federal, é formada ainda a ideia de 
desigualdade entre homem e mulher, assim sendo, em decorrência disso a 
criança que em sua convivência vê sua mãe sendo vítima da violência doméstica, 
o mesmo entende que o que está acontecendo naquele momento é natural. 
Ainda assim depois das lutas causadas pelo movimento feminista, a relação 
da mulher no mercado de trabalho desempenhando cargos que antes competiam 
somente aos homens, como também a invenção de métodos anticoncepcionais, a 
maioria das mulheres ainda têm medo, timidez, receio de não serem 
compreendidas, se sentindo assim impossibilitadas, inúteis, e deste modo não 
fazem nada para que a violência sofrida por elas não continue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 3 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
 
A violência doméstica violência familiar todos os atos violentos, desde 
o uso de força física, ao assédio ou intimidação, que ocorrem dentro de casa e 
que perpetram, pelo menos, um membro da família contra outro parente. 
Dentre os termos que se referem à violência doméstica, vale destacar 
aqueles que se referem especificamente à violência conjugal ou no interior do 
casal, evitando, portanto, aquela exercida sobre outros membros vulneráveis 
da família, como crianças e idosos. No âmbito da violência conjugal, a maioria dos 
casos corresponde à violência exercida por homens contra mulheres. Expressões 
como "violência contra a mulher” e "violência de gênero” são frequentemente 
utilizadas. 
A existência desse tipo de violência indica um atraso cultural no que se 
refere à presença de valores como consideração, tolerância, empatia 
e respeito pelo outro, independentemente do sexo. Abuso doméstico inclui 
agressões físicas, psicológicas ou sexuais perpetradas em casa por uma família 
que vulnerabilizem a liberdade de outra pessoa e causem danos físicos ou 
psicológicos. 
Os sinais de violência são mais fáceis de esconder se for emocional, visto 
que as mulheres não aceitam o abuso de forma "passiva"; de acordo com estudos, 
a maioria das mulheres agredidas não aceitava e resistia. Essas ações de defesa 
fizeram com que a violência psicológica parecesse agressão mútua e 
algumas instituições a classificaram como conflito de casal. 
A violência familiar inclui toda a violência exercida por um ou mais membros 
da família. A violência contra a criança, à violência contra a mulher e a violência 
contra dependentes e idosos são as formas de violência mais frequentes na 
família. 
A violência contra a mulher por seu companheiro é generalizada no mundo, 
ocorrendo em todos os grupos sociais, independentemente de sua condição 
econômica, cultural ou qualquer outra. Embora seja difícil quantificar, uma vez que 
nem todos os casos extrapolam o âmbito do casal, pressupõe-se que um grande 
número de mulheres sofra ou já tenha sofrido esse tipo de violência. 
A maioria das vítimas esconde a existência desses problemas por medo de 
serem julgadas pela sociedade. 
18 
 
Inclui também o aspecto da educação e do meio social que vive desde a 
infância, um homem que é mentalmente ou fisicamente abusadopor sua parceira, 
é considerado um homem “fraco”, ou é atacado por seus amigos ou colegas. Uma 
das consequências da violência doméstica é a depressão. 
Mulheres que sofrem violência doméstica correm maior risco de 
desenvolver transtorno de estresse e ansiedade, particularmente transtornos 
resultantes do transtorno de estresse pós-traumático. A tentativa de suicídio e a 
depressão estão intimamente ligadas à violência no namoro. A violência contra as 
mulheres as impede de participar plenamente em suas comunidades nos níveis 
econômico e social. Mulheres vítimas de violência têm menos probabilidade de 
serem empregadas. 
Em todos os relacionamentos humanos surgem conflitos e também nos 
relacionamentos. Argumentos, mesmo argumentos fortes, podem fazer parte de 
um relacionamento. Em relacionamentos conflitivos, podem surgir brigas e levar à 
agressão física entre os dois. Isso, que poderia atingir níveis de violência que 
seriam repreensíveis e processáveis, faria parte das dificuldades que os casais 
enfrentam. 
 
3.1 Violência a Mulher e a Proteção da Lei Maria da Penha 
 
Muito se tem discutido sobre a violência contra as mulheres, onde as 
mesmas continuam vivendo em uma sociedade patriarcal, machista, sendo na 
maioria das vezes submetidas a várias formas de humilhação, diminuindo sua 
autoestima, visando um desequilíbrio emocional, psicológico, regredindo sua 
imagem, principalmente quando esses atos de violência vêm seguidos de força 
física e abusos sexuais. 
 A violência contra a mulher tornou-se um fato alarmante dentro da nossa 
realidade. Diariamente presenciamos vários casos que nos desnorteiam, o 
preconceito, a discriminação, as relações de desigualdade econômica, social e 
política, propiciam a atos inconsequentes, além de expor a vida íntima da mulher, 
tirar sua liberdade, fazê-la achar que está errada, distorcendo os fatos no 
momento de uma denúncia. Infelizmente, a conduta machista faz com que a 
mulher se torne um ser inferior perante a sociedade, em vista disto, podemos 
relatar o fato de muitas delas serem culpabilizadas pelos atos de violência 
19 
 
sofridos, devido a roupa que está vestindo, por exemplo, comportamentos que a 
sociedade julgam incentivos a violência, dentre os mais variados casos de 
estupro. 
 A questão da desvalorização da mulher vem desde os primórdios, pois elas 
não tinham o direito ao livre arbítrio. Submissa à opressão machista, onde 
desempenhava apenas a função de mãe, esposa e gerar filhos, além da total 
obediência ao seu genitor ou cônjuge, nada mais era lhe permitido. A partir disso 
veio a importância das políticas públicas, que busca a conquista de direitos 
feministas, a prevenção a violência contra a mulher, deixando para trás a 
hierarquia exercida pelo homem. Com isso, a mulher adquiriu seu espaço no meio 
social, como o direito ao voto, sua integração ao mercado de trabalho, sua 
autonomia, impondo igualdade e respeito. 
 Atualmente, se faz necessário compreender que as condições de 
subordinação à mulher não estão relacionado ao fator biológico, mais sim, uma 
questão construída socialmente. Essa prática envolve uma série de violação aos 
direitos humanos: tráfico, estupro, abusos sexuais contra mulheres e crianças, 
resultando até casos de morte incluindo suicídio e mortalidade relacionados a 
abortos, contaminação de infecções sexualmente transmissíveis como HIV (AIDS). 
A maioria das mulheres que sofrem agressões convive com o companheiro 
dentro de sua própria casa, e são agredidas pelo mesmo. A vítima precisa está em 
situação vulnerável em relação ao agressor, que não precisa necessariamente ser 
o marido ou companheiro. 
 Outro ponto relevante foi à implementação da Lei Maria da Penha, 
considerada como uma das melhores do mundo para combater a violência contra 
a mulher, sendo que nem todas recorrem a essa lei quando precisam, seja por 
falta de informações, medo do agressor ou até mesmo por vergonha. 
 Depois de apresentada a queixa, a justiça tem 48 horas para analisar quais 
as melhores medidas de proteção a serem tomadas, que variam de acordo com o 
caso, que determinará o afastamento do agressor, não se aproximar e não se 
comunicar ou frequentar os mesmos lugares da vítima, e em casos extremos até 
mesmo a prisão do mesmo. 
A lei também garante o mesmo atendimento para mulheres héteros, 
lésbicas, transexuais, transgênero, e a melhor forma de se defender de qualquer 
tipo de violência é fazendo a denúncia. 
20 
 
 A Lei Maria da Penha esta relacionada a uma mulher que sofreu a várias 
agressões por parte do seu companheiro, além da tentativa de assassinato com 
um tiro de espingarda deixando-a paraplégica. Porém, não adianta apenas existir 
a lei, é necessário haver uma conscientização sobre a estrutura de proteção a 
quem recorrer e que a justiça e o Poder Público se façam sempre presente diante 
das ocorrências. 
 Contudo, conclui-se que a mulher deve possuir o direito de não sofrer 
agressões, tanto no espaço público, quanto no privado. Ser respeitada diante das 
suas particularidades e especificidades, como também a garantia aos acessos a 
serviços de enfrentamento contra a violência a mulher, independentemente de 
qual seja a forma de violência. 
A Lei Maria da Penha N.º 11.340/2006 foi designada para proteger, e 
impedir o desenvolvimento da violência doméstica e familiar contra as mulheres. E 
cria estruturas para conter essas violências, nos termos do art. 226 da 
Constituição Federal, do Acordo sobre o Cancelamento de todas as formas de 
preconceitos contra as Mulheres e do Acordo Interamericano para Precaver, Punir 
e Eliminar a Violência contra a Mulher. 
Assim, além da Constituição Federal, há duas combinações de direitos 
humanos e das mulheres onde se fundamenta a Lei Maria da Penha: o comitê 
CEDAW (eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher) e o 
comitê de Belém do Pará. Com isso, a lei expressamente acionou os dispositivos 
desses instrumentos no que se refere à violência doméstica e familiar. 
Vimos que o comitê CEDAW expande a inclusão à sua proteção para 
além do sexo, contendo os aspectos de gênero, sexualidades e anseios. A 
acepção de gênero aceitado pelo comitê rompe com a discrição de que sexo e 
gênero são adequados. 
Segundo Nações Unidas (2015, p. 4) diz que sua definição é “a 
identidade, atributos e papéis socialmente construídos para mulheres e homens e 
ao significado cultural imposto pela sociedade às diferenças biológicas, que se 
reproduzem constantemente no sistema de justiça e suas instituições”. 
Esse mesmo ponto de vista é adotado pela Lei Maria da Penha em sua 
opinião sobre a violência fundamentada no gênero. Segundo o art. 5º da lei, a 
violência doméstica e familiar contra a mulher é algum ato ou eliminação 
21 
 
fundamentada no gênero que ocasione morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico e dano moral ou patrimonial. 
A importância da violência fundamentada no gênero é um 
desenvolvimento do gênero, referindo-se assim a identidades, qualidades e papeis 
socialmente estabelecidos que não essencialmente corresponda ao sexo, e em 
benefício do gênero as mulheres lésbicas, bissexuais, transgêneros ou indivíduos 
intersexuais podem ser vitimas, sendo assim não há redução do conteúdo legal da 
importância da violência fundamentada no gênero para excluir as mulheres trans., 
bissexuais ou intersexuais. 
Portando, o parágrafo único do art. 5º da lei já inclui as mulheres lésbicas, 
onde as relações pessoais pronunciadas neste artigo não dependem de 
orientação sexual. Sendo assim a violência fundamentada no gênero 
prognosticada na lei Maria da Penha é exclusivo e não restritivo. 
No ordenamento jurídico brasileiro existe lei específica abordando a 
temática da violência contra a mulher. Desta forma, a conduta esta disciplinada na 
Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que aduz no seu artigo 5º, o conceito deviolência doméstica. Vejamos: 
Art. 5º Para finalidades desta Lei configura violência doméstica e familiar 
contra a mulher qualquer ato ou omissão fundamentada no gênero que lhe 
ocasione morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou 
patrimonial: I - no âmbito da unidade doméstica, entendida como o lugar de 
convivência permanente as pessoas, com ou sem vínculo familiar, até mesmo as 
agregadas; II - no âmbito familiar, entende como a comunidade composta por 
pessoas que são ou se consideram parentes, ligados por vínculos naturais, por 
semelhança ou por vontade expressa; III - em alguma relação pessoal de afeto, na 
qual o agressor more ou tenha convivência com a vítima, involuntariamente de 
coabitação. Parágrafo único: As relações pessoais emitidas neste trabalho 
independem de orientação sexual. 
No artigo 7º da Lei Maria da Penha menciona-se objetivamente as maneiras 
de violência contra a mulher que consistem na violência física, violência 
psicológica, violência sexual, a violência patrimonial e a violência moral. O artigo 
7º aduz: 
Art. 7º São maneiras de violência doméstica e familiar contra a mulher, 
entre outras: 
22 
 
I - a violência física, compreendida como algum comportamento que injurie 
sua integridade ou saúde física; 
II - a violência psicológica, compreendida como algum comportamento que 
lhe ocasione dano emocional e diminuição da altivez ou que lhe danifique e 
perturbe o desenvolvimento geral ou que vise humilhar ou controlar seus atos, 
condutas, confianças e coragens, mediante ameaça, constrangimento, 
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, 
chantagem, violação de sua intimidade, ridicularizarão, exploração e limitação do 
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe ocasione dano à saúde 
/psicológica e à autodeterminação (Redação dada pela Lei nº 13.772, de 2018). 
III - a violência sexual, compreendida como algum comportamento que a 
constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não almejada, 
mediante ameaça, ou uso da força; que a induza a comercializar ou a usar, de 
algum modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método 
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à 
prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite 
ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
IV - a violência patrimonial, compreendida como algum comportamento que 
configure retenção, subtração, destruição injusta ou total de seus elementos, 
instrumentos de trabalho, dados pessoais, bens, valores e direitos ou recursos 
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas obrigações; 
V - a violência moral, compreendida como algum comportamento que 
configure mentira, difamação ou ofensa. 
No país mulheres são agredidas constantemente. A maioria das 
ocorrências essas mulheres não denuncia devido ter medo das agressões com 
isso as quais ficam em silencio escondendo assim uma realidade muito triste já 
que tem um convívio amedrontado perante as ameaças de seus companheiros. 
O machismo ultimamente tem destruído o direito dessas mulheres de 
sonhar, silenciando sua voz e destruindo lares. Foi na tentativa de acabar com 
essa situação que as mulheres vivem que foi constituída a Lei Maria da Penha, 
encorajando-as a pedir ajuda, como também acabar com a violência que passa na 
família. Percebe-se que toda agressão doméstica e familiar cometida contra a 
mulher que cause injúria à integridade física ou a saúde, é reconhecida como 
dano físico. Para que fique configurada a lesão física é necessário que a vítima 
23 
 
tenha sofrido alguma lesão no seu corpo, podendo assim sua saúde ser 
prejudicada, acarretando até abalos psicológicos (NUCCI, 2019). 
Apesar de que as mulheres de violência doméstica tenha proteção, sendo 
que esta situação não podem apenas ficar a função do Direito Penal, precisando 
assim o Estado implantar um sistema para que os agressores venham a ser 
obrigado a fazer tratamentos (FERNANDES, 2012). Para que isso aconteça o 
Código Penal Brasileiro escreveu algumas penas limitadas de direito, para os 
homens que agridem as mulheres praticando violência doméstica e familiar contra 
a mesma. 
Para Dias (2019, p.63) 
Uma dessas limitações é o de final de semana (Código Penal, art. 
43, VI). Sua execução incide no comprometimento do réu ficar, aos 
sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa de albergue ou 
outra instituição adequada (Código Penal, art. 48). Durante esse 
tempo respeita a lei e que sejam ministradas cursos e palestras 
com atribuição a atividades educacionais. (Código Penal, art. 48, 
parágrafo único; LEP, art. 152). 
 
Bianchini (2014) diz que conforme o Código Penal, art. 43, II, IV, V e VI. 
Após a aplicação da pena é determinado às limitações dos finais de semana, em 
que a Lei Maria da Penha permite que o juiz ordene ao réu a sua presença nos 
programas de recuperação e reeducação, sendo assim sua presença obrigatória. 
Deverá também o magistrado ordenar a aplicação de diversas medidas ao 
acusado, como prestação de serviço a instituições públicas, além da interdição 
passageira de direitos e prejuízo de bens e custos. 
 
3.2 Medidas Tomadas ao Agressor 
 
Devem-se tomar medidas para que o agressor tenha consciência que não 
se podem cometer tais atos, pois os mesmos não são donos das mulheres, 
diminuindo assim com um crime que está sendo cometido de maneira constante 
no dia a dia por um grande período (CERQUEIRA, 2018). 
Diante disso se entende que o Estado é falho já que as penas estão de 
acordo com o Código Penal para serem usadas, entretanto não têm número 
suficiente de profissionais nas áreas psicossociais. Compete assim o Estado 
adotar ações diretamente aos agressores e as mulheres agredidas, garantindo a 
24 
 
capacitação constante aos profissionais que cuidam com vítimas de violência 
doméstica como também aos agressores (CUNHA, 2014). 
A Lei Maria da Penha n.º 11.340/06 que previ a violência doméstica e 
familiar decreta algumas regras de proteção à mulher. Portanto diante das 
medidas posta pela lei citada acredita-se que se pode prevenir e impedir, todas as 
maneiras de violência contra as mulheres. Devido a isso, foram debatidas ações 
para reduzir a violência contra a mulher entre os órgãos governamentais e os não 
governamentais, onde se adotou medidas de precaução (DIDIER, 2008). 
Promover o conhecimento e a observação do direito da mulher a 
uma convivência sem violência e o direito da mulher com respeito 
e proteção seus direitos humanos. Alterar os padrões 
socioculturais de comportamento de homens e mulheres, 
aumentando a construção de programas de educação formais e 
não formais adequados a todo grau do método educacional. 
Promover a educação e habilitação do pessoal na direção da 
justiça, policial e demais servidores encarregados da atenção da 
lei deste modo como o pessoal encarregado das políticas de 
prevenção, pena e eliminação da violência domestica e familiar 
(CUNHA, 2014, p. 67). 
 
Portanto podem-se usar os serviços especializados adequados para o 
atendimento preciso à mulher, através de entidades dos departamentos público e 
privado, principalmente proteções, serviços de orientação para toda a família. 
Promover e recomendar programas educacionais Oferecendo à mulher, entrada a 
programa eficaz de reabilitação e habilitação lhe permitindo a participação da 
convivência com a sociedade em geral (PEREIRA, 2013). 
A Lei n.º 11.340/06 constitui que as autoridades policiais deverão tomar 
providências legais admissíveis, diante da notícia do ato da violência contra a 
mulher. Como também assegurar à proteção policial a mulher encaminhando a 
mesma a uma instituição de saúde caso seja necessário; fornecendo amparo 
colocando-a em lugar protegido quando se comprova risco de vida; 
acompanhando-a ao local do caso ocorrido,com a finalidade de garantir a 
remoção dos seus objetos; informando também os direitos a ela garantidos nessa 
Lei e os serviços a sua disposição, quando as mesmas procuram as os órgãos 
competentes, buscando segurança (PIMENTEL, 2014). 
Diante disso Souza (2007) explana que a batalha para reduzir à violência 
domestica e familiar depende primeiramente, de grandes medidas sociais e uma 
intensa mudança estrutural da sociedade principalmente extrapenais. Afirma-se 
25 
 
então que a lei está nessa direção, o que é um bom inicio positivo. Espera-se, 
portanto que o Poder Público e a sociedade realizem as alterações precisa para 
que se possa construir uma sociedade mais justa para todos em geral, 
independente do gênero. Dessa maneira, a atitude simbólica das medidas penais 
da Lei Maria da Penha não terá sido em inútil, e sim terá estimulado de acordo 
com o sistema de ideias conceitos efetivos para solução de problemas graves de 
discriminações contra a mulher. 
As medidas protetivas são exatamente para proteger a vítima, dominando o 
agressor. Atualmente não é essa a realidade, uma vez que a mulher fica no 
convívio com o agressor. Portanto a Lei n.º 11.340/06 foi designada para proteger 
a mulher do seu companheiro agressivo. Só que essa lei tem aplicabilidade 
eficiente como também tem suas falhas junto aos órgãos competentes como, por 
exemplo, a falta de estruturas desses órgãos (SOUZA, 2008). 
 Diante disso Tenório (2018) cita o exemplo da cabelereira a senhora Maria 
Islaine de Morais de Belo Horizonte em que a mesma denunciou o agressor e ex-
marido cinco vezes, e que mesmo com as denuncia ele o agressor ficou rondando 
o salão da vitima, para intimidar e de maneira ameaçadora, portanto observa-se 
que teve falha em relação à medida protetiva em que não se aplicou corretamente 
de acordo com a Lei Maria da Penha. 
 
3.3 A Pandemia e os Descasos no Ambiente Familiar 
 
 Por meio da decretação da pandemia, ocorreu uma repentina necessidade 
na mudança dos hábitos diários, isso vem impactando de forma direta na rotina da 
população e no convício de cárter social e familiar. Um exemplo muito claro disso 
se dá pelo fato dos estados brasileiros, fletindo as orientações médicas para 
conter o avanço e disseminação da doença, acabando por suspender de forma 
gradual as aulas em escolas, universidades e dar orientações para que as demais 
instituições tomem as mesmas atitudes. Fora essa mudança no contexto 
educacional, também houve suspenção de eventos esportivos, musicais, de lazer 
ou de outra natureza, os centros comunitários também foram temporariamente 
fechados (VIAPIANA, 2020). 
 Seguindo esse aspecto, pode-se ressaltar que a imposição de medidas 
drásticas, como as que já foram adotadas pela China e por alguns países 
26 
 
europeus, envolvendo a quarentena coletiva, com uma série de regras restritivas 
de circulação de pessoas, deve ser encarada como uma possibilidade, almejando 
a facilidade e identificação de casos, bem como a contenção dos números de 
pessoas infectadas. 
 Por meio dessa nova dinâmica de reduzir o convívio social, acabam 
surgindo novas dúvidas no âmbito do Direito de Família, como, por exemplo, sobre 
a realização de visitas as crianças, jovens e idosos, mormente nos casos 
envolvendo litígio judicial, permeados por beligerância e disputas entre as partes 
nas quais, muitas vezes, se utiliza de qualquer elemento externo para opor ao 
outro litigante, ainda que não tenha efetiva relevância ou signifique proteção ao 
superior interesse dos principais envolvidos em tais disputas (CASSOL, 2020). 
 Por meio do que foi citado anteriormente, pode-se dizer que com base nas 
diversas mudanças eventuais realizadas na rotina de convivência familiar durante 
o período de pandemia do covid-19 acabam surgindo uma série de problemáticas 
no que diz respeito ao convício, sendo assim, se faz necessário que se faça certo 
esforço externo em prol da obtenção de melhores soluções caso a caso, sempre 
pautadas pelo bom-senso e pelos princípios morais e jurídicos, salientando que as 
partes envolvidas em litígios familiares deverão mitigar as diferenças e 
efetivamente dialogar e implementar a colaboração em função de bem maior. O 
momento, muito embora de afastamento físico seja, sem dúvida, de união. 
 
3.4 Medidas Protetivas 
 
As medidas protetivas são exatamente para proteger a vítima, dominando o 
agressor. Atualmente não é essa a realidade, uma vez que a mulher fica no 
convívio com o agressor. Portanto a Lei n.º 11.340/06 foi designada para proteger 
a mulher do seu companheiro agressivo. O art. 1º da Lei observa-se o objetivo de 
criar estruturas efetivas para reduzir a violência. 
Art. 1. Esta Lei cria mecanismos para reduzir e prevenir a violência 
doméstica e familiar, nos termos do § 8º do art. 226 da C. F. da 
Convenção sobre o cancelamento de todas as maneiras de 
violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para 
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros 
tratados internacionais aprovados pela República Federativa do 
Brasil; prepara sobre a criação dos Juizados de Violência 
Doméstica e Familiar; e constitui medidas de assistência e 
proteção às mulheres em caso de violência doméstica e familiar. 
27 
 
Essas medidas tendem a dar efetividade à intenção da Lei 11.340/06, que é 
garantir à mulher o direito a uma convivência sem agressão, como também 
dominar o agressor garantindo a vítima a sua segurança, pois as ameaças da 
violência e seu exercício dentro da família são comportamentos apreendidos e 
reforçados pela violência na mídia e na sociedade e pela estrutura tradicional de 
dominação na família (DIAS, 2019). 
Com isso Porto (2014) destaca como medida preventiva o afastamento do 
agressor da residência e que esta medida está diretamente conectada as que 
constam no art. 23 da Lei 11.340/06, no que se refere ao afastamento dos corpos, 
lembrando que essa medida, ocorrerá antes de acontecer determinado crime no 
qual a vitima venha se prejudicar, como por exemplo, agressões físicas, 
concluindo então que o afastamento do agressor do seu convívio domiciliar é uma 
das prevenções mais eficaz, pois previne resultados danosos de uma convivência 
sob o mesmo teto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
4 METODOLOGIA 
 
O presente trabalho adotará a metodologia de revisão de literatura na 
modalidade integrativa, sobre a temática abordada. Este método é o mais viável 
por ser determinado como mais amplo e abrangente, pois o mesmo permite a 
inclusão de diversos estudos com diferentes abordagens metodológicas tanto 
quantitativas, quanto qualitativas. Além disso, analisa a definição de conceitos, 
revisão de teorias e evidências análises de problemas metodológicos através de 
ampla amostra que possibilita uma síntese do conhecimento de determinado 
assunto, sem perder de vista os objetivos propostos. 
Onde a coleta de dados, será uma pesquisa bibliográfica com obras, 
revistas, Lei, entre diversas fontes atuais com a finalidade de construir uma 
abordagem sobre a violência domestica e familiar no decorrer deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
5 CRONOGRAMA 
 
ATIVIDADES AGO SET OUT NOV DEZ 
1 Montagem do Projeto X 
2 Levantamento de literatura X 
3 Entrega do Capitulo 1 X 
4 Levantamento e 
Tratamento dos dados 
 X
 X 
 
5 Elaboração e Entrega do 
Capitulo 2 
 
X 
 
6 Entrega do texto para 
Revisão 
 
 
x
X 
7 Entrega do trabalho X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
REFERÊNCIAS 
 
BERTON, E. França colocará vítimas de violência doméstica em hotéis. Agência 
Brasil, 30 mar. 2020. Disponível em: https://ebc.com.br/saude/noticia/2020-03/-
em-hoteis. Acesso em: 20 Set. 2020. 
 
BIANQUINI. H. Ação contra a violência doméstica em tempos de pandemia: 
Direito. Consultor Jurídico, 2020. Disponível em: https://www./2020combate-violencia-domestica-tempos-pandemia. Acesso em: 20 Set. 2020. 
 
BIANCHINI, A. Lei Maria da Penha: Lei n. 11.340/2006: perspectivas 
assistenciais, protetivas e criminais da violência de gênero. 2. Ed. S. P. Saraiva 
2014. 
 
BUTLER, J. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? R. J. 
Civilização Brasileira, 2015. 
 
CARNEIRO, A. A. K Lei Maria da Penha e a proteção legal à mulher vítima em 
São Borja no R. G. S. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 110, p. 369-397, jun. 2012. 
 
CERQUEIRA, D. Atlas da violência 2018. Rio de Janeiro: Fórum Brasileiro de 
Segurança Pública, 2018. 
 
CUNHA, R. S. Violência doméstica: Lei Maria da Penha comentada artigo por 
artigo. 5. Ed. São Paulo: Rev. dos Tribunais, 2014. 
 
CAVALCANTI, S. V. S. F. Violência Doméstica: Análise da Lei “Maria da Penha”, 
Nº 11.340/06. Salvador, BA: Editora Jus Podium, 2007. 
 
DIAS, M. B. A Lei Maria da Penha na Justiça: a efetividade da Lei 11.340/2006. 
De combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Editora Rev. dos 
Tribunais, São Paulo, 2008. 
 
______ Lei Maria da Penha na Justiça. Salvador: Editora JusPodivm, 2019. 
 
DIDIER J. R. F. Aspectos Processuais Civis da Lei Maria da Penha (Violência 
Doméstica e familiar Contra a Mulher). Rev. Magister de Direito das Famílias e 
Sucessões, n. 4, jun./jul. 2008. 
 
FERNANDES, M. P. M. Sobrevivi: posso contar. 2. Ed. Fortaleza: Armazém da 
Cultura, 2012. 
 
FOUCAULT, M. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 
2016. 
 
GOMES, C. E. Mudanças no mercado de trabalho brasileiro e as implicações 
imediatas da crise econômica dos anos 2010. Economia e sociedade 481-511, 
2019. 
 
31 
 
GOMES, L. F. Aspectos Criminais da Lei de Violência contra a Mulher. Set. 
2017, disponível em: http://jus2.uol.com.br/ doutrina/texto.asp?id=8916. Acesso 
em: 20 Set. 2020. 
 
GUARDIAN. H. E. W. domestic abuse cases linked to coronavirus. Disponível 
em: https://www.theguardian.com/society/2020/mar/26/warning-over-rise-in-uk-
domestic-abuse-cases-linked-to-coronavirus. Acesso em: 20 Set. 2020. 
 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA IBGE. Composição 
de indicadores sociais: um julgamento das qualidades de vida da população 
brasileira. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br//liv101678.pdf. Acesso em: 
20 Set. 2020. 
 
LAGARDE, M. Del femicidio al feminicidio. Desde el jardín de Freud. Bogotá: n. 6, 
p. 216-225, 2006. 
 
MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS. Corona 
vírus: violência doméstica na quarentena. Disponível em: 
http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2020/03/ONU-MULHERES-
COVID19_LAC.pdf. Acesso em: 20 Set. 2020. 
 
NUCCI, G. S. Considerações iniciais sobre a Lei 13.827/2019 – Proteção à 
Mulher. 2019. Disponível em: https:// jusbrasil.com.br/artigos/consideracoes-
iniciaissobre-a-lei-13827-2019-protecao-a-mulher. Acesso em: 19 Nov. 2020. 
 
OLIVEIRA, A. C. G. Feminicídio e violência de gênero: aspectos sociojurídicos. 
TEMA-Rev. Eletr. Ciências v. 16, n. 24; 25 2016. Disponível em: 
http://revistatema.facisa.edu.br/index.php/revistatema/article/view/236. Acesso em: 
03 Out. 2020. 
 
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS) / OMS. Folha informativa: 
COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus). Atualizada em 03 de maio de 
2020. Disponível em: 
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:c
ovid19&Itemid=875. Acesso em 03 Out.2020. 
 
PEREIRA, R. C. B. R. O fenômeno da violência patrimonial contra a mulher: 
percepções das vítimas. Oikos: Rev. Bras. de Economia Doméstica. Viçosa, v. 
24, n.1, p. 207-236, 2013. 
 
PIMENTEL, S. A Lei Maria da Penha na perspectiva da responsabilidade 
internacional do Brasil. In: CAMPOS, Carmen Hein de (org.). Lei Maria da Penha 
comentada em uma perspectiva jurídico-feminista. 2014. Rio de Janeiro: Ed. 
Lumen Juris, p. 101-118. 2014. 
 
ROMERO, T. I. Sociología y política del feminicidio: algunas claves interpretativas 
a partir de caso mexicano. Rev. Soc. Est., Brasília, v. 29, n. 2, p. 373, maio/ago. 
2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/se/v29n2/04.pdf. Acesso em: 03 Out. 
2020. 
 
32 
 
RUSSELL, D. E. H. Violência de gênero no Brasil atual. Rev. Estudos 
Feministas, n. esp., p. 443-461, 2006. Disponível em: DOI: 
https://doi.org/10.30715/doxa.v22i1.13976. 03 Out. de 2020. 
 
SANTANA, L. F. G. La Justicia Restaurativa y la Mediación Penal. Iustel: 
Madrid, 2007. Disponível em: file:///C:/Users/SAUDE-PMC/Downloads/Dialnet-
LaMediacionPenalYElNuevoModeloDeJusticiaRestaurati-6056868.pdf. Acesso em: 
03 Out. 2020. 
 
SILVA, F. J. F. Efeitos da crise financeira de 2008 sobre o desemprego nas 
regiões metropolitanas brasileiras. Nova Econ., B. H. v. 24, n. 2, 2014. Disponível 
em: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/novaeconomia/article/view/1355. 
Acesso em: 03 Out. 2020. 
 
SOUZA, B. P. Violência doméstica – Lei “Maria da Penha”: Solução ou mais 
uma medida paliativa? Presidente Prudente, SP, 2008. 62 f. (Trabalho de 
conclusão de curso). Faculdade de Direito de Presidente Prudente “Faculdades 
Integradas Antônio Eufrásio de Toledo”. 
 
SOUZA, S. R. Comentários à Lei de Combate à Violência Contra a Mulher. 
Curitiba: Juruá, 2007. 
 
TENORIO, E. M. Lei Maria da Penha e Medidas de Proteção: entre a polícia e 
as políticas. Campinas: Papel Social, 2018. 
 
ZANATTA, M. C.; SCHNEIDER, V. M. Violência contra as mulheres: a 
dependência do gênero, do corpo e da alma. In: BAGGENSTOSS, Grazielly 
Alessandra (org.). Direito das Mulheres. Florianópolis: Lumen Juris Direito, 2017.

Outros materiais