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Vídeo Digital I - Ricardo Almeida Fava - UNIGRAN 39 Aula 06 O ÁUDIOVISUAL Para vocês entenderem a importância do aúdio em uma obra audiovisual, em uma propaganda, por exemplo, vamos ver um pouco sobre essa linguagem que funde o áudio e o vídeo em uma única obra. A linguagem do audiovisual funde o áudio e o visual para formar uma nova comunicação. Não se trata de uma adição, mas de uma fusão do som e da imagem em movimento, que permite ao cérebro integrar simultaneamente as informações. Os primeiros registros históricos que contêm associação som e imagem são de origem religiosa. Tentava-se juntar os elementos visuais (ritos e encenações) com música (mantras e textos sagrados). Essa associação sempre fez parte da história das artes e do cotidiano, podendo ser considerada uma relação muito natural para o ser humano, ou seja, unir imagem e som, fazendo um conjunto das duas coisas, muito anteriormente ao surgimento do cinema e da TV. Enquanto o telespectador é capaz de distinguir vários elementos visuais em uma cena, o som é percebido como um todo, agindo de forma subliminar. Sabendo disso, quem trabalha com cinema e TV pode induzir sensações nas pessoas através do som. O apelo da televisão advém de vários fatores; o visual com imagens em movimento adicionado ao som é o que a torna especial e com alto poder de persuasão. 40 Vídeo Digital I - Ricardo Almeida Fava - UNIGRAN Ao contrário do cinema que nasceu mudo e depois o som veio como um elemento adicional, a televisão teve som e imagem juntos desde o início. Dessa fusão nasceu uma mídia audiovisual, aonde o som em suas várias manifestações como os diálogos, músicas e efeitos sonoros são partes da televisão. Essas "manifestações sonoras" representam muito na aplicação da estética na mídia audiovisual e se tornam imprescindíveis na televisão. O som assume diversos papéis no audiovisual, transmitindo variadas sensações. Usada de maneira correta uma trilha sonora pode relaxar, inspirar ou excitar os telespectadores, evocando respostas que as imagens não conseguem. A percepção da imagem é alterada pela trilha (som), tendo o poder de reforçar, contradizer ou alterar completamente. Portanto, sabemos que é possível mudar totalmente o contexto de uma imagem escolhendo diferentes trilhas sonoras para seu acompanhamento. DEFINIÇÕES TÉCNICAS SOBRE ÁUDIO E SUAS CONEXÕES Para termos noção de como funciona as qualidades de áudio em diversas mídias, a tabela abaixo descreve brevemente como funciona essa escala de qualidade. O padrão de gravação do DV oferece quatro opções de qualidade. O ideal, logicamente, é nós sempre utilizarmos a melhor qualidade, mas nunca é demais sabermos mais sobre nossas ferramentas de trabalho. Tabelas com modos de aúdio DV: • Estéreo AES/EBU qualidade mais alta. 48 kHz (48.000 Hz); • Estéreo qualidade CD, qualidade média. 44,1 kHz (44.100 Hz); • Estéreo qualidade baixa. (16 bits) 32 kHz (32.000 Hz); • Estéreo qualidade mais baixa (12 bits) 32 kHz (32.000 Hz). Como vimos, a melhor qualidade de áudio que podemos capturar no formato DV é em 48 kHz, que é justamente a qualidade do aúdio do formato DVD. Portanto sempre devemos deixar a câmera nessa qualidade. Mídia Qualidade em Hertz Rádio FM CD DVD Vinil 22.050 Hz 44.100Hz 48.000 Hz 96.000 Hz Vídeo Digital I - Ricardo Almeida Fava - UNIGRAN 41 CONECTORES DE MICROFONE Pode parecer que não, mas o tipo de conector para áudio que uma câmera aceita é muito importante, como veremos a seguir. Miniplugues A maioria das câmeras para o mercado consumidor possuem minientradas de áudio, que aceitam os mesmo plugues que você encontra em um discman. Esses miniplugues possuem quatro problemas: • o miniplugue (minijack) pode oscilar na tomada, interrompendo a conexão; • os minúsculos contatos não conduzem som de alta frequência muito bem. Isso significa que sons de pássaros e as consoantes da fala humana podem não aparecer corretamente na gravação de áudio; • a maioria dos equipamentos de áudio profissionais utilizam plugues e conexões XLR de três pinos de alta qualidade. Se a câmera possui minientradas de áudio, você não poderá ligar esse tipo de equipamento sem um adaptador, e mesmo com esse adapator, as frequências mais altas seriam perdidas pelo conector mini; • os cabos para o mercado consumidor não possuem uma proteção apropriada, captando, assim, ruídos (zumbidos) das fontes elétricas vizinhas, como aparelhos domésticos e cabos de força. Plugues XLR Esse conectores é o que podemos encontrar de melhor em conexão de áudio, mas vocês só irá encontrar esse tipo de conexão em câmeras profissionais. Plugue Minijack Conectores XLR, também chamados de Cannon 42 Vídeo Digital I - Ricardo Almeida Fava - UNIGRAN Plugues RCA Esse é o mais conhecido de todos e é ainda muito usado nas câmeras. Apesar de ser mais antigo que o miniplugue, ele é um pouco melhor para conduzir altas frequências. Mesmo assim não é tão bom quanto o XLR. CONTROLANDO OS NÍVEIS DE ÁUDIO Podemos controlar o volume da entrada de áudio em uma câmera através de controles de níveis de áudio, também chamado ganho de áudio ou REC Level (nível de gravação). A maioria das câmeras oferece um recurso automático (AGC) para ajustar os níveis automaticamente, mas não devemos usá-lo a não ser que seja extremamente necessário. Esse recurso aumentará o ganho quando uma cena estiver silenciosa e diminuirá quando um caminhão passar, por exemplo. Com isso, temos um áudio totalmente irregular e que é quase impossível corrigir na pós-produção do vídeo. Mesmo filmando no estilo jornalístico, evite usar o AGC. ATIVIDADES As atividades referentes a esta aula estão disponibilizadas na ferramenta “Sala Virtual - Atividades”. Após respondê-las, enviem-nas por meio do Portfólio- ferramenta do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual. Em caso de dúvidas, utilize as ferramentas apropriadas para se comunicar com o professor. Conector RCA
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