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Etica e Legisçaão unidade III

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 6 O ACESSO AO MERCADO INTERNACIONAL
Vamos iniciar explicando o que é exportar: é o ato de 
vender os produtos de sua empresa em um mercado fora do 
território nacional. Essa operação de venda, por incluir a saída 
de mercadorias do país, transporte internacional e a “entrada” 
em outro território com leis, procedimentos e hábitos diferentes 
dos nossos, exige o cumprimento de certas exigências em nosso 
país, no transporte internacional da mercadoria e no país de 
destino. Estes trâmites, além dos hábitos e costumes diferentes, 
é que caracterizam o processo de exportação. Com o fenômeno 
de “globalização” da economia, que caracteriza a economia 
moderna, essa alternativa está sendo cada vez mais utilizada.
A exportação, hoje, passou a ser uma saída para quem 
busca se manter vivo, ou mesmo para quem busca ampliar seus 
horizontes, pois, em um mercado cada vez mais competitivo, 
integrado e globalizado, as empresas têm que agir rapidamente 
para quebrar paradigmas e buscar novos nichos de mercado.
Nos últimos dez anos, o comércio internacional de bens 
ganhou uma enorme projeção, somando, hoje, a quantia 
aproximada de US$ 6,5 trilhões, representando, assim, um 
mercado com grandes possibilidades de negócios para os 
exportadores brasileiros.
Exportar também significa a diluição de riscos, ao evitar as 
instabilidades econômicas de um cenário nacional. Ao optar por 
vender os seus produtos em mercados externos, o empresário 
brasileiro minimiza os seus riscos porque a expansão da sua 
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empresa não se condiciona, plenamente, ao ritmo de crescimento 
da economia nacional e às mudanças na política econômica do 
governo. Além disso, a minimização dos riscos abre possibilidade 
para a elaboração de um planejamento de longo prazo, o que 
garante mais segurança nas decisões e assegura receitas em 
moedas fortes.
6.1 O que exportar?
O primeiro passo para exportar é definir o que será vendido no 
mercado externo. A empresa deve identificar uma oportunidade 
de bons negócios e buscar, em sua linha de produtos, aquele 
que atenda melhor a oportunidade analisada, levando em conta 
as preferências dos consumidores estrangeiros e as normas 
técnicas que os produtos devem seguir.
Para isso, é necessário que a empresa reúna todas as 
informações possíveis sobre o mercado para o qual deseja 
exportar. Para ajudar no levantamento dessas informações, 
existe, no Brasil, o Departamento de Promoção Comercial (DPR) 
vinculado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), que, 
dentre muitas funções, é responsável por:
• realizar pesquisas de mercado no exterior;
• colher informações sobre produtos brasileiros com 
potencial para exportação;
• identificar oportunidades de exportação;
• fornecer orientações sobre como exportar.
As empresas brasileiras que desejarem informações 
comerciais sobre as oportunidades para exportar para um 
determinado mercado deverão, inicialmente, cadastrar-se na 
BrazilTradeNet, vinculada ao MRE.
Após conseguir as informações necessárias sobre alguns 
potenciais compradores no exterior, a empresa brasileira deve 
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entrar em contato com eles para informar sobre o interesse 
existente em exportar e sobre o perfil da empresa e dos seus 
produtos.
Por isso, quando se planeja ingressar no mercado internacional, 
é importante que o empresário viaje ao exterior, para explorar 
mercados com potencial para importar seus produtos, além 
de manter contato direto com possíveis importadores e 
consumidores. A participação em feiras internacionais é uma boa 
forma de se aproximar e poder observar todas as oportunidades 
de negócios existentes sem se expor muito. Outra boa sondagem 
de mercado são as missões empresariais, organizadas, geralmente, 
por entidades de classe. E, para auxiliar a agenda de contatos no 
exterior, o governo brasileiro coloca à disposição do empresário 
brasileiro a Divisão de Operações de Promoção Comercial (DOC) 
do DPR.
As feiras e exposições no Brasil, que recebem empresários 
estrangeiros como visitantes, também podem ser muito 
proveitosas, pois podem se estabelecer importantes contatos 
comerciais e resultar em negócios.
Portanto, ao serem identificados os mercados-alvo e o tipo 
de produto que irá atender aos consumidores estrangeiros, a 
empresa deverá reformular sua linha de produção, para poder 
atender essa demanda de forma sistemática, isto é, se ela deseja 
obter sucesso no mercado escolhido.
Abaixo, apresentamos um guia prático para responder o que 
exportar, através das etapas seguintes:
6.2 Promoção comercial
O sistema de promoção comercial coordenado pelo 
Ministério das Relações Exteriores (MRE) tem como objetivo 
aproximar a oferta brasileira da demanda mundial, utilizando a 
BrazilTradeNet como instrumento para captar e disseminar, via 
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Internet, as informações sobre oportunidades para a exportação 
brasileira e sobre investimentos estrangeiros.
O Ministério das Relações Exteriores, através do Departamento 
de Promoção Comercial (DPR), vem desenvolvendo ações de 
promoção comercial no exterior com o objetivo de aumentar e 
diversificar as exportações brasileiras. No exterior, o DPR presta 
assistência aos exportadores brasileiros através de uma rede 
composta por 53 Setores de Promoção Comercial (SECOM’s), 
que integram as Embaixadas e Consulados-Gerais do Brasil.
E onde não há SECOM, a Embaixada ou o Consulado do 
Brasil, utilizando os recursos da BrazilTradeNet, oferece apoio 
aos empresários brasileiros e estrangeiros que têm interesse em 
manter negócios com empresas brasileiras ou investir no país.
O Departamento de Promoção Comercial apoia as empresas 
brasileiras no exterior através das seguintes ações:
• identificar os potenciais importadores estrangeiros;
• identificar oportunidades de negócios;
• coletar e fornecer dados técnicos e econômicos de interesse 
à atividade exportadora;
• divulgar as listas de produtos e serviços exportáveis por 
empresas brasileiras às empresas estrangeiras;
• divulgar no Brasil as pesquisas de mercado elaboradas no 
exterior;
• apoiar a participação brasileira em feiras e exposições no 
exterior;
• organizar missões comerciais e viagens de negócios;
• elaborar e divulgar publicações interessantes ao exportador 
brasileiro.
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6.3 Marketing internacional
O marketing internacional compreende todas as atividades 
que se destinam a satisfazer as necessidades específicas de 
clientes localizados em mercados estrangeiros que possuem 
perfis distintos dos consumidores nacionais, o que implica 
assumir uma nova postura comercial nos mercados externos, 
incluindo divulgação e promoção da empresa exportadora,além 
de seus produtos e serviços.
O êxito nas exportações está relacionado à divulgação das 
empresas e de seus produtos no exterior, motivo pelo qual os 
exportadores brasileiros devem atribuir sua atenção a esta 
atividade.
São condições essenciais para desenvolver com excelência o 
marketing internacional:
a) identificar as necessidades de consumo: antes de 
exportar para um mercado, o exportador deve sondar as 
necessidades desse mercado-alvo;
b) disponibilizar o produto da forma correta: além da 
oferta do produto, o exportador deve estar atento às 
preferências dos consumidores quanto a cor, tamanho, 
design e estilo e aos aspectos técnicos do produto, como 
materiais utilizados (cuidados com saúde e segurança), 
desempenho (manutenção, durabilidade, credibilidade, 
força, imagem, resistência, etc.) e especificações técnicas 
(dimensões, voltagem, durabilidade, etc.);
c) manter a comunicação entre exportador e importador: 
a ausência de comunicação inviabiliza a operação 
comercial.
É essencial aos exportadores brasileiros a atenção com os 
fatores a que as empresas estrangeiras atribuem alta relevância 
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no momento de fechar um contrato. Por exemplo, são fatores 
relevantes:
a) perfil da empresa exportadora: tempo de atuação, 
experiência exportadora, dimensões da fábrica, 
equipamentos utilizados, número de empregados, 
referências bancárias, etc.;
b) descrição dos produtos: folhetos ou catálogos devem 
ser enviados ao importador com endereço completo da 
empresa, fotos dos produtos, descrição detalhada dos 
produtos (dimensão, volume, identificação do material, 
etc.);
c) lista de preços: devem constar os preços de todos os 
produtos, inclusive informando se abrangem a modalidade 
FOB e/ou CIF, mas não devem ser incorporados ao catálogo, 
pois podem oscilar.
6.4 Comércio eletrônico
As transações por meio de transferências eletrônicas de 
dados têm apresentado, nos últimos anos, um volume acima do 
esperado. Via de regra, essas transações ocorrem entre empresas 
privadas, ou entre empresas e órgãos públicos ou dentro de 
grandes corporações.
A grande responsável por esse cenário eletrônico é a Internet, 
que se tornou um elemento indispensável para o comércio sem 
fronteiras que se vê hoje.
Mas mesmo com toda a evolução alcançada pela Internet, 
o incremento ocorrido nas vendas eletrônicas entre produtor 
e consumidor final não deverão alterar as estimativas traçadas 
para o futuro, quando a maior parte das transações comerciais 
via Internet no mundo ainda continuará a ocorrer entre empresas 
e consumidores.
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Nesse contexto, o comércio eletrônico tende a interferir no 
universo das pequenas e médias empresas (PME’s), que, aliás, 
são um mercado que apresenta um dos maiores potenciais de 
ganho em transações eletrônicas.
Vale ressaltar que é através do comércio eletrônico que 
muitas empresas estrangeiras e nacionais são contatadas para 
a realização de vendas. Muitas negociações internacionais 
são iniciadas através da Internet. A difusão de catálogos e 
informações (gerais e técnicas) sobre empresas e produtos na 
Internet alcança, a um baixo custo, os consumidores em todo o 
mundo de uma forma muito rápida.
Logo, a Internet, como um instrumento de rápido 
acesso ao mercado, dará maiores condições aos pequenos e 
microempresários brasileiros para se projetarem pelo mundo. 
Porém, os empresários devem estar atentos para a velocidade 
das mudanças nos padrões de distribuição, pois, com o acesso à 
Internet generalizado no mundo, a demanda gerada poderá ser 
maior e mais pulverizada que o projetado. Portanto, a adequação 
dos empresários aos novos modelos de distribuição mundial é 
inevitável.
6.5 Para onde exportar
A empresa brasileira que deseja exportar seus produtos deve 
definir não somente o que exportar, mas também para onde 
exportar. O grau de dificuldade em sondar a necessidade dos 
consumidores estrangeiros é o mesmo para identificar o mercado 
em que os consumidores estão.
O Departamento de Promoção Comercial (DPR) disponibiliza 
aos exportadores brasileiros a série “Como Exportar para...”, na 
qual constam informações sobre alguns mercados específicos 
a serem explorados. Nessas publicações, as empresas podem 
encontrar estudos detalhados também sobre blocos econômicos, 
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com considerações individuais, como dados básicos e econômicos, 
usos e costumes locais, dados sobre relações comerciais, canais de 
distribuição, condições de acesso ao mercado, regulamentação 
de importações, sistema tarifário, etc.
Outras informações sobre países específicos podem ser 
obtidas através do sistema informatizado do Ministério das 
Relações Exteriores (MRE), a BrazilTradeNet, através do site 
www.braziltradenet.gov.br.
7 A POLÍTICA BRASILEIRA PARA EXPORTAR
Sob o ponto de vista da economia nacional, um dos 
principais motivos para um país exportar é a necessidade que 
ele tem de pagar suas importações. Já analisando sob o ponto 
de vista empresarial, o exportador absorve tecnologia e atinge 
novos mercados, o que provoca maior notoriedade nacional e 
internacionalmente, além de aumentar sua produtividade.
A exportação proporciona ao país uma abertura para o 
mundo e é uma forma de se pôr à prova em outros mercados 
para verificar sua capacidade tecnológica. Dessa maneira, 
as empresas exportadoras assimilam e agregam técnicas e 
conceitos aos seus produtos e à sua estratégia no mercado 
interno; por exemplo:
• maior produtividade – exportar implica aumentar a 
escala de produção existente, através da utilização plena 
da capacidade da empresa, otimizando os processos 
produtivos. Dessa forma, a empresa poderá, inclusive, 
minimizar seus custos de operação e aumentar sua 
margem de lucro, tornando-se mais competitiva e 
rentável;
• diminuição da carga tributária – a empresa pode 
conseguir uma compensação no recolhimento dos 
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impostos devidos internamente, através da exportação, da 
seguinte forma:
a) sobre produtos exportados não incide o Imposto 
sobre Produtos Industrializados (IPI);
b) sobre produtos industrializados, semielaborados, 
primários ou prestação de serviço que forem 
exportados, não incide a cobrança do Imposto sobre a 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
c) para o cálculo da Contribuição para Financiamento 
da Seguridade Social (COFINS), as receitas decorrentes 
da exportação são excluídas;
d) as receitas provenientes da exportação também 
são isentas para o cálculo do Programa de Integração 
Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio 
do Servidor Público (PASEP);
e) o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), 
aplicado também à exportação de produtos e serviços, 
através das operações de câmbio, tem alíquota zero;
• redução da dependência das vendas no mercado 
interno – o ingresso em mercados externos proporciona 
ao exportador maior segurança contrapossíveis oscilações 
na demanda interna;
• aumento da capacidade inovadora – as empresas 
exportadoras tendem a ser mais inovadoras, pois a 
concorrência externa “obriga” a uma constante adaptação 
tecnológica. Com isso, acabam introduzindo novos 
processos de fabricação e padrões de qualidade mais 
rigorosos;
• aprimoramento de recursos humanos – as empresas 
exportadoras destacam-se também por investirem em seus 
funcionários, oferecendo treinamentos, melhores salários 
e oportunidades de ascensão;
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• aperfeiçoamento dos processos industriais e 
comerciais – através da constante melhoria na qualidade 
e na apresentação dos seus produtos, a empresa se torna 
mais competitiva, tanto no mercado interno quanto no 
mercado externo;
• imagem da empresa – o fato de a empresa atuar no 
mercado internacional torna-a uma importante referência 
no Brasil, pois sua imagem passa a ser associada a padrões 
internacionais de qualidade, o que reflete positivamente 
para seus clientes e fornecedores.
Portanto, a exportação é o caminho mais eficaz para uma 
empresa garantir o seu espaço em um mercado globalizado 
e competitivo. Entretanto, existe um preço para a conquista 
desse espaço: as empresas que desejam exportar devem 
estar plenamente capacitadas para enfrentar a concorrência 
internacional, o que implica aporte de recursos financeiros.
Para a economia brasileira, a atividade exportadora também 
possui uma grande importância estratégica: por contribuir com 
a geração de emprego e renda, por gerar divisas para equilibrar a 
balança comercial e por promover o desenvolvimento econômico 
nacional.
7.1 O desenvolvimento das exportações 
brasileiras (1998 a 2007)
O histórico do comércio brasileiro no exterior não é muito 
bem-sucedido ao ser comparado ao resultado mundial. Na 
realidade, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio (MDIC), o Brasil não obteve rendimentos 
significativos em sua balança comercial desde a década de 
cinquenta.
Ao longo do tempo, muitos governos buscaram resolver 
o problema do saldo da balança comercial brasileira através 
de pacotes cambiais. Mas somente nos últimos anos pôde-se 
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constatar que houve uma evolução das exportações brasileiras. 
Notoriamente, de acordo com a tabela abaixo, as exportações 
brasileiras em 2005 superaram quase três vezes as exportações 
de 1998.
Evolução do comércio exterior brasileiro
Janeiro/julho - 1998/2007
US$ milhões
160.000
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
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150.683
87.334
63.349
23.985
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 Corrente de Comércio Exportação Importação Saldo
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC)
Agora, observe na tabela a seguir a participação das 
exportações no PIB (Produto Interno Bruto) no período de 1997 
a 2006.
Participação % das exportações no PIB do Brasil
1997/2006
6,08 6,06
8,18 8,54
10,51
11,98
13,22
14,56
13,43
12,91
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC)
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A seguir, apresentamos a participação das exportações 
brasileiras junto às participações mundiais.
Participação % das exportações brasileiras nas 
exportações mundiais
1997/2006
0,948 0,930
0,840 0,854
0,942 0,931
0,965
1,050
1,138 1,142
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC)
7.2 Tipos de exportação
As exportações de bens podem ocorrer, basicamente, de duas 
formas: direta ou indireta.
• Exportação direta: quando o exportador fatura e remete 
o produto ao importador, mesmo que a venda tenha sido 
realizada por algum intermediário ou representante. Nesse 
tipo de exportação, cabe ao exportador conhecer todo 
o processo de exportação e trâmite legal. Geralmente, 
é necessário que a empresa tenha um departamento 
específico, com pessoal qualificado, para esta atividade. 
Vale ressaltar que o produto exportado, sob essa condição, 
é isento do IPI; ainda, não ocorre a incidência do ICMS, além 
de se beneficiar dos créditos fiscais (ICMS) que incidem 
sobre os insumos utilizados no processo produtivo.
As trading companies são empresas comerciais 
exportadoras que gozam de um tratamento tributário 
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individual. As vendas faturadas por exportadores para elas 
assumem caráter de exportação direta. Logo, o exportador 
conta com a isenção de impostos, previsto em lei para a 
exportação direta, e se exime das responsabilidades sobre a 
continuidade da transação. Essas empresas foram criadas pelo 
Decreto-lei 1.248, de 1972, e têm seus registros concedidos 
pelo Departamento de Operações em Comércio Exterior 
(DECEX) e pela Secretaria da Receita Federal (SRF).
• Exportação indireta: o produtor vende o produto a um 
intermediário estabelecido no mesmo país do produtor, 
com o objetivo de exportá-lo. É necessário que a transação 
seja discriminada em Nota Fiscal. Os impostos não 
incidirão sobre a venda desde que ela seja efetivamente 
realizada; caso contrário, o produtor deverá recolhê-los. O 
intermediário pode ser:
o-uma empresa comercial exclusivamente exportadora;
o-uma empresa que atua com exportação e 
importação;
o-cooperativa ou consórcio de exportadores.
Apesar de os consórcios de exportação serem bem-sucedidos 
em muitos países, no Brasil eles se encontram em fase de 
desenvolvimento. Trata-se de empresas exportadoras que se 
associaram para reduzir seus custos e aumentar a oferta de seus 
produtos aos mercados externos, ampliando suas exportações. 
Esses consórcios são constituídos por empresas que desejem 
exportar e cujos produtos sejam complementares ou até mesmo 
concorrentes.
8 ASPECTOS ADMINISTRATIVOS NA 
EXPORTAÇÃO
Ao tomar a decisão para ingressar na atividade exportadora 
e tendo definido o que e para onde exportar, a empresa deve 
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planejar suas ações, no sentido de otimizar seu desempenho 
como um todo, pois irá deparar-se com todas as exigências 
administrativas que envolvem o processo de exportação.
Inicialmente, o exportador deve se credenciar ao Sistema 
Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), para obter uma 
“senha”, habilitando-o a operar o sistema informatizado. Em 
seguida, de acordo com os produtos definidos para exportação, 
o exportador deve verificar todas as exigências a que estão 
subordinados.
8.1 SISCOMEX
Criado em 25.09.1992 pelo Decreto n° 660, o SISCOMEX é um 
sistema informatizado do comércio exteriorbrasileiro que integra 
todas as atividades que envolvem registro, acompanhamento 
e controle das operações de exportação e importação entre 
empresas nacionais e estrangeiras.
Estas atividades são realizadas pelos órgãos gestores 
do sistema: a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), a 
Secretaria da Receita Federal (SRF) e o Banco Central do 
Brasil (BACEN).
Ainda compõem o SISCOMEX outros órgãos, chamados 
“anuentes”, como o Ministério da Defesa, o Ministério das 
Relações Exteriores, o Ministério da Saúde, o Ministério da 
Agricultura e do Abastecimento, a Polícia Federal, o IBAMA, 
dentre outros. Tais órgãos atuam somente em algumas 
operações específicas.
O acesso das empresas ao SISCOMEX pode ser feito 
a partir de qualquer computador, inclusive do próprio 
estabelecimento, desde que disponha dos requisitos 
necessários. Após o cadastro no sistema e o fornecimento 
da “senha” pela Secretaria da Receita Federal, a empresa 
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poderá registrar suas operações e, ainda, utilizar os seguintes 
serviços:
a) despachantes aduaneiros;
b) salas de contribuintes, disponibilizadas pela Secretaria da 
Receita Federal aos usuários;
c) corretoras e agências bancárias credenciadas para realizar 
operações de câmbio.
Ao utilizar o sistema, as empresas têm a possibilidade de 
trocar informações com os respectivos órgãos encarregados por 
autorizações e fiscalização que dizem respeito aos processos de 
exportação e importação. As empresas, através do SISCOMEX, 
simplificam, agilizam e reduzem seus custos com as transações 
internacionais. Aos órgãos do governo que intervêm no 
comércio exterior brasileiro, o sistema também veio beneficiar o 
acompanhamento e o controle das exportações e importações, 
tornando menos burocráticos os processos.
Abaixo, um demonstrativo da tela do SISCOMEX:
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8.2 Nomenclatura e classificação de 
mercadorias
Para facilitar o comércio internacional, foi necessário criar 
um sistema que reconhecesse internacionalmente todas as 
mercadorias envolvidas em transações comerciais. Para isso, as 
mercadorias foram classificadas de acordo com uma sistemática 
elaborada pela Organização Mundial das Alfândegas (OMA), 
que consiste em uma estrutura de códigos composta por 
seis dígitos em um ordenamento lógico e crescente em que 
especificações como origem, matéria construtiva e aplicação 
são atendidas.
A essa sistemática de classificação foi dado o nome 
de Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de 
Mercadorias, ou somente Sistema Harmonizado (SH), que tem 
como objetivo o aprimoramento da coleta, da comparação e da 
análise estatística referente à movimentação das mercadorias 
entre países.
A composição do SH por seis dígitos implica uma organização 
em seção, capítulo, posição e subposição. Por exemplo: o produto 
amendoim descascado é identificado no SH com o código 
1202.20, pois:
Classificação Descrição
Seção II Produtos do reino vegetal
Capítulo 12 Sementes e frutos oleaginosos: grãos, sementes e 
frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; 
palhas e forragens.
Posição 1202 Amendoins não-torrados, nem de outro modo 
cozidos, mesmo descascados ou triturados.
Subposição 1202.20 Descascados, mesmo triturados.
Derivada do SH, há uma nomenclatura utilizada entre os 
países que compõem o MERCOSUL, chamada Nomenclatura 
Comum do Mercosul (NCM), que é composta por oito dígitos. 
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Os seis primeiros dígitos correspondem ao SH, enquanto os dois 
últimos correspondem a informações específicas de interesse do 
MERCOSUL.
Outra nomenclatura existente, que é de uso específico de um 
bloco econômico, é a Nomenclatura Aduaneira da Associação 
Latino-Americana de Integração da ALADI (NALADI/SH), que 
tem a composição da nomenclatura composta por oito dígitos, 
com os seis primeiros idênticos aos do SH e o restante, de uso 
da ALADI.
A NCM e a ALADI/SH foram instituídas em Bruxelas no ano 
de 1983, com base na Convenção Internacional sobre o Sistema 
Harmonizado (SH), e cada país pode acrescentar até quatro 
dígitos ao SH.
A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) entrou em 
vigor somente em 1997, com o Decreto 2.376, assim como a 
Tarifa Externa Comum (TEC).
A NCM passou a substituir a Nomenclatura Brasileira de 
Mercadorias (NBM), com oito dígitos e uma estrutura de 
classificação que é composta por até seis níveis de especificação: 
capítulo, posição, subposição simples, subposição composta, 
item e subitem:
Classificação Posição Representação
Capítulo xxxx.xx.xx Representado pelos dois primeiros dígitos .
Posição xxxx.xx.xx Representada pelos quatro primeiros dígitos.
Subposição 
Simples xxxx.xx.xx Representada pelo quinto dígito.
Subposição 
Composta xxxx.xx.xx Representada pelo sexto dígito.
Item xxxx.xx.xx Representado pelo sétimo dígito.
Subitem xxxx.xx.xx Representado pelo oitavo dígito.
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Se uma empresa deseja exportar uma máquina abridora de 
fibras de lã, qual seria o seu código na NCM?
Classificação Descrição
Capítulo 84 Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos 
e instrumentos mecânicos e suas partes.
Posição 8445 Máquinas para preparação de matérias têxteis; 
máquinas para fiação, dobagem ou torração de 
matérias têxteis e outras máquinas e aparelhos 
para fabricação de fios têxteis; máquinas de 
bobinar - incluídas as bobinadeiras de trama 
- ou de dobar matérias têxteis e máquinas para 
preparação de fios têxteis para sua utilização nas 
máquinas das posições 8446 ou 8447.
Subposição 
Simples
8445.1 Máquinas para preparação de matérias têxteis.
Subposição 
Composta
8445.19 Outras máquinas para preparação de matérias 
têxteis.
Item 8445.19.2 Máquinas para a preparação de outras matérias 
têxteis.
Subitem 8445.19.24 Máquinas abridoras de fibras de lã.
O código para máquinas abridoras de fibras de lã, de acordo 
com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), é 8445.18.24. 
Todos os códigos na NCM e na NALADI/SH podem ser identificados 
nas tabelas dispostas no SISCOMEX.
8.3 Documentos exigidos para a exportação
Nas operações de exportação, são exigidos, pelos órgãos 
intervenientes no comércio exterior brasileiro, alguns documentos. 
A saber:
• Referentes ao exportador:
o inscrição no Registro de Exportadores e Importadores 
(REI) da SECEX/MDIC.
• Referentes ao contrato de exportação:
o fatura proforma;
o carta de crédito;
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o letra de câmbio;
o contrato de câmbio.
• Referentes à mercadoria (acompanham a mercadoria 
durante todo o processo):
o Registro de Exportação (RE) o SISCOMEX;
o Registro de Operação de Crédito (RC);
o Registro de Venda (RV);
o Solicitação de Despacho (SD);
o nota fiscal;
o conhecimento de embarque (bill of lading);o fatura comercial (commercial invoice);
o romaneio (packing list);
o certificado de origem;
o outros documentos, como: Legalização Consular, 
certificado ou apólice de seguro, borderô ou carta de 
entrega.
É importante que a empresa exportadora tenha ciência 
de três modalidades de exportação especiais que possuem 
regulamentação específica, conforme se verá a seguir:
• exportações temporárias: modalidade em que a empresa 
envia seus produtos ao exterior com o objetivo de exibi-los 
em feiras ou em exposições. Porém, é obrigatória a 
comprovação do retorno dos produtos no prazo máximo 
de 180 dias (a partir da data de embarque) ou do ingresso 
da moeda estrangeira, em caso de venda;
• exportações em consignação: exportação realizada 
sem uma venda concretizada, com a finalidade de 
promoção comercial ou abertura de mercado. Caso 
a mercadoria consignada seja efetivamente vendida, 
emite-se a fatura comercial e liquida-se o câmbio. 
Caso não ocorra a venda em um prazo de 180 dias, a 
mercadoria retorna ao país.
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• exportação simplificada: o governo federal, na 
intenção de facilitar a exportação para o micro e 
pequeno empresário, estabeleceu a sistemática de câmbio 
simplificado para as exportações brasileiras até o limite de 
US$ 10 mil, chamado SIMPLEX, criado através da Circular 
nº 2.836, de 08.09.98. Antes da simplificação, as 
empresas que quisessem realizar este tipo de exportação 
tinham que contratar um despachante aduaneiro, que 
chegava a cobrar até US$ 400 por remessa. A burocracia 
também previa o preenchimento de vários formulários e o 
fechamento de contrato de câmbio de cerca de US$ 80. O 
GERANEGOCIO apresenta para o pequeno empresário que 
queira realizar exportações deste tipo, os procedimentos 
básicos a seguir. Para exportar, as empresas devem se 
dirigir à Secretaria de Comércio Exterior - SECEX 
-, órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio e se cadastrar no Registro de 
Exportadores e Importadores (REI) da SECEX. A inscrição 
no REI é automática, no ato da primeira exportação 
da empresa, sem formalidades. A empresa/entidade/
pessoa física deve efetuar seu credenciamento junto 
à Secretaria da Receita Federal, para habilitar-se ao 
registro informatizado no SISCOMEX e para despacho de 
mercadorias para o exterior. As pessoas físicas (artesãos 
autônomos, fazendeiros, artistas plásticos, entre outras) 
também devem ser registradas como exportadores, 
providenciando o cadastramento diretamente ao 
Departamento de Operações de Comércio Exterior 
(DECEX). O Registro de Exportação Simplificada (RES) 
é utilizado nas exportações no valor de até US$ 10 mil 
ou equivalente em outra moeda. Esse registro também é 
feito através do SISCOMEX. Neste caso, o exportador tem 
cinco dias para embarcar a mercadoria após o registro, e 
o desembaraço é feito em um dia. Esse sistema também 
permite que a operação cambial, isto é, o fechamento ou 
a contratação de câmbio, seja simplificada.
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9 ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA EXPORTAÇÃO
Para manter a sua competitividade no mercado 
internacional, os governos evitam onerar os produtos a serem 
exportados com encargos tributários. Por isso a isenção de 
impostos indiretos sobre os produtos exportados, inclusive 
aqueles que incidem sobre os insumos na composição do 
produto principal, como matéria-prima, embalagem e peças. 
Segundo a regulamentação da Organização Mundial de 
Comércio (OMC), essa opção adotada pelos governos não 
caracteriza subsídio à exportação.
9.1 O IPI e o ICMS nas exportações
Contabilizados como créditos e débitos de acordo com a 
compra de insumos e a venda do produto principal, o Imposto 
sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre a 
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) são tributos que 
incidem sobre o valor adicionado na nota fiscal de venda.
Quando o industrial compra os insumos que irão compor o 
produto final, ou, no caso do comerciante, quando compra o 
produto para revendê-lo, os valores referentes ao IPI e ao ICMS, 
respectivamente, vêm especificados nas notas fiscais de compra 
e são contabilizados como créditos para a empresa. Assim, se 
o produto não for vendido, o crédito permanece e não será 
necessário o recolhimento do tributo.
Mas, na prática, o que ocorre é a venda do produto. Dessa 
forma, ao faturá-lo, sobre o valor da nota fiscal deve ser 
acrescentado o valor do respectivo tributo, de acordo com a 
alíquota vigente, e esse valor referente ao imposto deverá ser 
pago (recolhido) pelo empresário, subtraído do valor de crédito 
obtido quando da compra (entrada) pela empresa.
Como se pode perceber, o tratamento fiscal dado a ambos 
os impostos é o mesmo; porém, o IPI é um tributo federal, 
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enquanto que o ICMS é um tributo estadual. A alíquota de 
cobrança também difere: no caso do IPI, a alíquota é cobrada 
de acordo com o insumo, enquanto que, no caso do ICMS, a 
alíquota é cobrada de acordo com a região ou Estado brasileiro.
No entanto, quando se trata de exportação de produtos 
brasileiros, as empresas nacionais gozam da isenção de IPI e ICMS, 
desde que adotem a modalidade de exportação direta, além de 
serem mantidos os créditos fiscais obtidos sobre a compra dos 
insumos utilizados no processo produtivo. No caso de créditos 
de ICMS acarretados pelas compras de insumos provenientes de 
outros Estados, as autoridades fazendárias estaduais devem ser 
consultadas para saber se o crédito pode ser mantido, como o 
IPI.
Na modalidade de exportação indireta, a isenção do IPI e 
do ICMS pode ser obtida se a operação for realizada por uma 
trading company, por uma empresa comercial exportadora ou 
por um consórcio de exportação.
9.2 Contribuição para Financiamento da 
Seguridade Social (COFINS)
Estão isentas do pagamento da COFINS as exportações de 
produtos (primários, manufaturados e semielaborados) e de 
serviços. A sua alíquota é de 7,6% e incide “por dentro” sobre o 
faturamento das empresas. Essa isenção aplica-se às exportações 
diretas e indiretas.
9.3 Programa de Integração Social (PIS)
Estão isentas de pagamento do PIS as exportações de 
produtos primários, manufaturados e semielaborados, vendidos 
às trading companies. A sua alíquota também é uniforme 
(1,65%) e incide sobre a receita operacional bruta da empresa 
nas vendas ocorridas internamente no Brasil.
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Porém, a isenção não se aplica sobre as vendas realizadas a 
cooperativas, empresas comerciais exportadoras, consórcios ou 
entidades semelhantes.
10 FORMAÇÃO DO PREÇO PARA A 
EXPORTAÇÃO
Um dos problemas mais comuns entre as empresas que 
desejam exportar seus produtos é determinar corretamente o 
preço de exportação do produto. É preciso conhecer não somente 
a composição do produto, mas também todos os custos e as 
peculiaridades do mercado-alvo.
Apesar da inexistência de órgãos fiscalizadores de preços 
no mercadointernacional, a própria concorrência pode ser 
considerada um instrumento com esta finalidade que atua 
de forma invisível, mas rigorosa, pois a condição “preço” 
interfere diretamente nas operações comerciais no exterior. 
Usualmente, quando as empresas estrangeiras desejam 
importar produtos, é realizada uma cotação de preços; vence 
a empresa que oferecer o menor preço e, obviamente, as 
melhores condições (qualidade, prazo de pagamento e de 
entrega, etc.).
10.1 Fatores que influenciam na elaboração 
do preço para exportação
Ao elaborar o preço de venda no mercado internacional, 
é essencial que exista uma orientação do empresário para 
calculá-lo levando em conta, além da margem de lucratividade, 
alguns pontos como:
• os custos de produção e transporte;
• os tributos incidentes sobre a exportação;
• os encargos incidentes sobre os financiamentos à 
exportação;
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• as despesas, vinculadas à exportação, com embalagem, 
despachantes e portos, pessoal especializado, frete, seguro, 
etc.;
• o preço praticado pelos concorrentes no país do 
importador;
• os preços praticados por concorrentes em potencial;
• o comportamento dos consumidores;
• as novas tecnologias envolvidas.
Durante o cálculo do preço do produto, também é necessário 
que sejam considerados os tratamentos fiscais diferenciados 
dados a alguns produtos na comercialização com o mercado 
externo.
Uma prática muito comum entre as empresas exportadoras 
durante a elaboração do preço para o produto, que se configura 
num erro fatal, é tomar o preço de mercado interno como base 
para adequá-lo ao mercado externo.
Caso o empresário não tenha referências do mercado externo 
e resolva adotar esta conduta, o ideal é ter alguns cuidados, 
como:
• excluir todos os impostos e contribuições inclusos no preço 
para o mercado interno e que não incidirão no preço do 
mercado externo;
• recalcular ou deduzir todos os elementos do mercado 
interno que não ocorrerão na exportação; por 
exemplo:
o comissões de vendedores;
o custos com embalagens;
o despesas com distribuição;
o despesas com promoção;
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o margem de lucro (caso se deseje outra para a 
exportação);
• incluir as despesas que não compõem o preço no 
mercado interno, mas comporão o preço de exportação, 
principalmente, na modalidade FOB, como:
o custos com embalagem e rótulo para exportação;
o-custos com deslocamento até o local de 
embarque;
o comissão do intermediário no exterior.
Com a adoção dessas providências, o exportador poderá 
analisar melhor a composição do seu preço e adequá-lo a cada 
mercado que deseja atingir.
Portanto, durante a composição do preço de exportação, 
o exportador brasileiro deve, inicialmente, conhecer e 
utilizar todos os benefícios financeiros e fiscais disponíveis 
à exportação, para obter maior competitividade diante do 
mercado externo. Sem falar no conhecimento da estrutura 
de custos e das margens praticadas, que também são 
imprescindíveis para um posicionamento estratégico em 
mercados internacionais.
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10.2 Formação do preço para exportação na 
prática
Preço bruto do produto no mercado interno (sem IPI) - para 
efeito de cálculo das deduções. R$ 7.000,00 
Preço de mercado interno (inclusive IPI de 14%) R$ 7.980,00 
 
Deduções R$ 3.637,50 
IPI (14% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 980,00 
ICMS (18% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 1.260,00 
COFINS (7,6% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 532,00 
PIS (1,65% sobre o preço de mercado sem IPI) R$ 115,50 
Lucro no mercado interno (10% sobre o preço de mercado 
sem IPI) R$ 700,00 
Embalagem de mercado interno R$ 50,00 
 
Subtotal I R$ 4.342,50 
 
Inclusões referentes ao mercado externo R$ 600,00 
Embalagem de exportação R$ 100,00 
Frete e seguro da fábrica ao local de embarque (FOB) R$ 500,00 
 
Subtotal II R$ 4.942,50 
 
Margem de lucro pretendida (15% sobre o preço FOB) R$ 872,21 
Preço FOB
Cálculo por dentro: R$ 3.252,50 / 1 – margem de lucro 0,15 R$ 5.814,71 
Tomando-se uma taxa de câmbio hipotética de US$ 1,00 
= R$ 1,90, tem-se o preço FOB de US$ 3.060,37
Sobre o cálculo do preço FOB (R$ 5.814,71), deve-se levar 
em conta o percentual de 15% referente à margem de lucro 
que o exportador pretende obter. A partir daí, o cálculo é 
desenvolvido com a aplicação de uma regra de três simples, em 
que o valor de R$ 4.942,50 corresponde a 85% (100%-15%) 
do preço final. Assim, encontra-se o valor de R$ 5.814,71, que 
será o preço final do produto para exportação, já incluída a 
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margem de lucro de 15% pretendida pelo exportador, ou seja, 
R$ 872,21.
Logo,
R$ 4.942,50 – 85%
Preço FOB - 100%
Assim, o preço FOB = 1 x R$ 4.942,50 = R$ 5.814,71.
 0,85
No exemplo, ainda poderiam ser considerados outros 
elementos a serem deduzidos do preço interno, como as 
comissões de vendedores, os gastos com a distribuição do 
produto no mercado brasileiro, as despesas financeiras inerentes 
às operações no Brasil e demais componentes do preço interno 
que não compõem os custos para a exportação.
Por outro lado, poderiam ser acrescentados alguns valores 
que não correspondem às operações no mercado interno, como 
a comissão dos intermediários no exterior, as despesas consulares 
(se necessário) e outros custos e despesas que porventura a 
empresa possa ter ao realizar a exportação.
11 FONTES DE FINANCIAMENTO À 
EXPORTAÇÃO
Os financiamentos destinados à exportação têm o objetivo 
de prover um suporte financeiro aos exportadores brasileiros 
que seja capaz de atender às diversas fases de produção 
e comercialização dos produtos destinados ao comércio 
internacional, assegurando às empresas melhores e maiores 
condições para a competição internacional.
As fontes de financiamentos são amparadas por recursos 
provenientes do governo ou do setor privado. E os requisitos 
necessários para obter o financiamento para a exportação 
dependem da modalidade contratada e dos administradores 
dos recursos, que podem ser o BNDES, o Banco do Brasil ou as 
instituições privadas de financiamento.
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Geralmente, os administradores solicitam aos exportadores 
algumas garantias, que podem ser imóveis, cartas de crédito, 
duplicatas, notas promissórias, caução de título, aval, seguros de 
crédito à exportação, entre outras.
11.1 BNDES-Exim
Trata-se de uma linha de crédito com recursos do Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 
destinada ao financiamento da exportação de bens, produtos e 
serviços brasileiros sob condições que os tornem competitivos.
O BNDES-Exim compreende as modalidadesde:
a) BNDES-Exim pré-embarque: modalidade destinada a 
financiar a produção de produtos para exportação mediante 
o fornecimento de crédito fixo para operações realizadas 
com instituições financeiras que sejam credenciadas ao 
BNDES.
Todos os recursos disponíveis ao BNDES-Exim 
pré-embarque poderão abranger o valor integral (100%) 
necessitado pelo empresário para viabilizar a exportação, com o 
prazo para pagamento de até dezoito meses. Essa modalidade 
beneficia não somente as grandes empresas, mas também as 
médias, as pequenas e as microempresas brasileiras. Os produtos 
que podem ser beneficiados com essa modalidade constam na 
Carta Circular nº 42/2003 (29.09.2003).
b) BNDES-Exim pré-embarque de curto prazo: linha 
de crédito semelhante à anterior, com possibilidade de 
financiamento de até 100% do valor necessitado pelo 
empresário para produção e exportação do bem, desde 
que obedeça a embarques específicos. Outro diferencial 
consiste no prazo, que é reduzido para seis meses, mas 
o benefício desta modalidade não impõe restrição a 
produtos. Essa linha de crédito é regulamentada pela 
Circular nº 174/2002 e pelas Cartas Circulares nos 40/2001 
e 12/2003.
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c)-BNDES-Exim pré-embarque especial: refere-se aos 
financiamentos de produção, de capital de giro e de 
investimentos que sejam destinados à exportação de 
bens. Não há vinculação com embarques específicos, mas 
há com o período para a sua conclusão. Essa operação 
também é realizada por instituições financeiras que sejam 
credenciadas ao BNDES mediante o fornecimento de 
crédito fixo.
O valor a ser financiado pelo BNDES irá considerar a 
estimativa de acréscimo das exportações comparada aos últimos 
doze meses. O prazo para pagamento do financiamento irá 
variar entre doze e trinta meses, de acordo com a complexidade 
da operação. Os produtos beneficiados também constam na 
Carta Circular nº 42/2003.
d)-BNDES-Exim pós-embarque: modalidade de 
financiamento destinada à comercialização de bens 
e serviços já desembarcados no exterior, através de 
refinanciamento ao exportador ou através da modalidade 
de crédito ao comprador (buyer’s credit). O financiamento 
poderá abranger até 100% do valor exportado, com o 
prazo para pagamento em até 144 meses (doze anos). Os 
produtos beneficiados também constam na Carta Circular 
nº 42/2003.
11.2 Adiantamento sobre Contrato de Câmbio 
– ACC
Este financiamento é disponibilizado às empresas 
exportadoras através da rede bancária, a taxa LIBOR 
(London Interbank Offered Rate) – taxa de juros praticada 
internacionalmente –, permitindo ao exportador obter recursos 
financeiros necessários antes do embarque do bem.
Optando por esta modalidade, o exportador contará com 
recursos necessários para a produção do bem antes de ser 
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exportado, tendo até 360 dias, antes do embarque, para efetuar 
o pagamento do ACC.
A taxa de juros reduzida do ACC proporciona às empresas 
custos de produção mais baixos, o que reflete na competitividade 
internacional. Ao contratar essa linha de crédito, o exportador 
deve tomar todas as providências necessárias para que o produto 
seja embarcado no prazo acordado, ou terá que ressarcir o 
valor adiantado pelo banco com a devida correção monetária, 
acrescido das diferenças de câmbio, multa contratual e outros 
encargos.
11.3 Adiantamento sobre Cambiais de 
Exportação – ACE
Também conhecido como Adiantamento sobre Cambiais 
Entregues, este adiantamento à exportação consiste na 
operação de desconto da cambial (letra de câmbio) com o banco 
contratado pelo exportador. Dessa forma, o exportador obtém 
os recursos financeiros após a entrega da documentação que 
comprove o embarque da mercadoria.
Os custos que o exportador terá são semelhantes aos custos 
do ACC, mas a letra de câmbio sacada contra o importador tem 
a exigência por garantias complementares atenuada pelo fato 
de a liberação do crédito ser feita após o embarque do bem.
11.4 Programa de Financiamento às 
Exportações – PROEX
O PROEX, criado pelo governo federal e administrado pelo 
Banco do Brasil, tem o objetivo de proporcionar aos exportadores 
brasileiros linhas de crédito que lhes deem condições para a 
competição internacional.
O programa tem como diferencial das demais linhas a 
concessão de crédito ao exportador (supplier’s credit) e ao 
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importador (buyer’s credit). Na condição de financiamento ao 
exportador, a empresa emite a letra de câmbio e a desconta em 
uma agência do Banco do Brasil autorizada, enquanto que na 
condição de financiamento destinado ao importador a liberação 
do crédito é destinada ao exportador, com o aval do importador 
e contra o seu recebimento da mercadoria.
O PROEX apresenta as seguintes modalidades de operação: 
PROEX Financiamento e PROEX Equalização.
a)-PROEX Financiamento: programa destinado ao 
financiamento direto ao exportador com recursos do 
Tesouro Nacional com prazo para pagamento que 
varia entre 360 dias e dez anos. As parcelas podem ter 
vencimentos trimestrais ou semestrais, ser consecutivas 
e de mesmo valor. O crédito pode abranger até 85% do 
valor da operação. A relação dos produtos beneficiados 
por esta modalidade é ampla e consta na Portaria nº 
58/2002, do MDIC.
b) PROEX Equalização: modalidade que tem o objetivo 
de cobrir parte dos encargos financeiros provenientes 
da operação de exportação financiada por instituições 
financeiras nacionais e estrangeiras, proporcionando 
condições compatíveis com os cobrados no mercado 
internacional. A amortização também pode ser feita em 
parcelas trimestrais ou semestrais, em um prazo que varia 
entre 360 dias e dez anos. Os produtos que podem ser 
beneficiados também constam na Portaria nº 58/2002, do 
MDIC.
Mesmo os produtos que não constam na Portaria relacionada 
ao PROEX podem ser beneficiados com as mesmas condições, 
desde que tenham natureza conexa e que sejam exportados em 
conjunto com os bens elegíveis. A esta operação dá-se o nome 
de “pacote”, e é importante ressaltar que o valor dos produtos 
adicionais não deverá exceder 20% do total dos produtos 
elegíveis.
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11.5 Letras de exportação (export notes)
Prática que consiste na emissão, por parte do exportador, 
de uma nota promissória com valor indexado ao câmbio e 
com o resgate (vencimento) para 30 a 720 dias – geralmente 
é superior ao prazo do ACC. A garantia do pagamento é o 
contrato de exportação. Os bancos, nessa modalidade, podem 
ser intermediadores, avalistas e importadores finais.
11.6 Passo a passo para a exportação
Fluxograma de exportação
Por que exportar?
A exportação aumenta 
a competitividade 
da empresa tanto no 
exterior como no Brasil.
Planejamento
- A empresa deve adaptar os seus 
produtos para atender aos mercados no 
exterior;
- a atividade exportadora deve fazer 
parte da estratégia da empresa.
O que exportar e para onde 
exportar?- Pesquisa de mercado 
(BrazilTradeNet);
- oportunidades de negócios 
(BrazilTradeNet);
- participação em feiras;
- marketing.
Contato com 
potenciais 
importadores.
Tratamento tributário e financiamento
Os exportadores devem conhecer e saber 
utilizar plenamente os mecanismos fiscais e 
financeiros colocados à sua disposição.
Determinação do 
preço de exportação.
Como exportar?
Acesso ao SISCOMEX.
Definição das condições 
de venda (INCOTERMS) e 
contratação do frete e do 
seguro.
Definição da forma de 
pagamento.
Registro de Exportação (RE) e 
preparação dos demais documentos de 
exportação.
Câmbio
 A contratação do câmbio 
pode ser feita antes ou 
depois do embarque da 
mercadoria.
Preparação e 
embarque da 
mercadoria.
Averbação do embarque 
do SISCOMEX.
Remessa dos 
documentos de 
exportação ao 
importador.
Recebimento do 
pagamento em reais por 
intermédio do banco 
autorizado.
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1º passo: preparar a empresa. Efetuar o registro de 
exportador na Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC) ou na 
Delegacia da Receita Federal mais próxima.
2º passo: selecionar um canal para a exportação dos 
produtos. Caso a exportação não seja direta, a empresa poderá 
utilizar consórcios de exportação, tradings companies, agentes 
de comércio exterior, empresas comerciais exportadoras, etc.
3º passo: identificar os mercados. Estabelecer contato 
com compradores (importadores) no exterior. Ao identificar o 
importador, fornecer informações sobre quantidade disponível, 
aspectos técnicos, condições de venda, prazo de entrega e preço 
unitário da mercadoria.
4º passo: análise de mercado para avaliar a viabilidade 
da exportação. Uma vez identificado o mercado, a empresa 
deve efetuar uma análise com relação a preços praticados no 
país, diferenças cambiais, nível de demanda, sazonalidades, 
embalagens, exigências técnicas e sanitárias, custo de transporte 
e outras informações que influenciarão a operação.
5º passo: contato inicial com o importador. Identificado o 
cliente, é imprescindível que seja enviado a ele o maior número 
possível de informações sobre o produto; pode-se utilizar 
catálogo, lista de preços, amostra.
6º passo: confirmado o fechamento do negócio, o 
exportador deve formalizar a negociação enviando uma 
fatura pró-forma. Não existe um modelo de fatura pró-
forma. Nela devem constar informações sobre o importador 
e o exportador, descrição da mercadoria, peso líquido e 
bruto, quantidade e preço unitário e total, condição de venda 
e modalidade de pagamento, meio de transporte e tipo de 
embalagem.
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7º passo: caso não haja mercadoria em estoque, o 
exportador deve agilizar a produção; atentar às questões 
como controle de qualidade, embalagem, rotulagem e 
marcação de volumes.
8º passo: confirmação da carta de crédito. Embora haja 
outras formas de pagamento, o grau de segurança oferecido 
pela modalidade carta de crédito torna o instrumento o mais 
utilizado no comércio internacional. O exportador deverá 
pedir ao importador a abertura da carta de crédito. Ao final do 
processo, o banco enviará cópia ao exportador.
9º passo: o exportador deverá providenciar a emissão dos 
documentos de exportação ou embarque:
• documentos necessários para circulação da mercadoria 
no país de origem: romaneio de embarque - nota fiscal 
- certificados adicionais, quando necessários;
• documentos necessários para o embarque ao exterior: 
romaneio de embarque - nota fiscal - Registro de 
Exportação- certificados - conhecimento de embarque 
(emitido após o embarque).
10º passo: efetuar a contratação da operação de câmbio, 
ou seja, negociar com a instituição financeira autorizada o 
pagamento em reais ou a conversão da moeda estrangeira 
recebida pela aquisição das mercadorias exportadas. Essa 
operação é formalizada mediante um contrato de câmbio.
11º passo: embarque da mercadoria e despacho aduaneiro. 
Após todos esses procedimentos, deverá ser efetuado o 
embarque da mercadoria e o desembaraço na aduana 
(alfândega). O embarque aéreo ou marítimo da mercadoria é 
efetuado por agentes aduaneiros mediante o pagamento da 
taxa de capatazia.
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O embarque rodoviário é efetuado no próprio 
estabelecimento do produtor, ou em local pré-estabelecido pelo 
importador.
A liberação da mercadoria para embarque é feita mediante a 
verificação física e documental realizada por agentes da Receita 
Federal nos terminais aduaneiros. Todas as etapas do despacho 
aduaneiro são feitas através do SISCOMEX.
12º passo: preparação dos documentos pós-embarque: 
• documentos para negociação junto ao banco (pagamento): 
fatura comercial - conhecimento de embarque - letra 
cambial ou saque- carta de crédito (original) - fatura e/ou 
visto consular- certificados adicionais (quando necessário) 
- apólice ou certificado de seguro (caso a condição seja 
CIF) - borderô ou carta de entrega;
• documentos contábeis (arquivamento) - fatura comercial 
- conhecimento de embarque - nota fiscal - apólice ou 
certificado de seguro - contrato de câmbio.
13º passo: apresentação dos documentos ao banco do 
importador. No caso de a operação ter sido efetuada com 
carta de crédito, deve-se apresentar ao banco indicado pelo 
importador os documentos que comprovem que a transação foi 
efetuada conforme combinado.
14º passo: liquidação do câmbio. Após a transferência para 
o banco do exportador, deverá ser feita a liquidação do câmbio 
conforme as condições descritas no contrato de câmbio. O 
recebimento deverá ser em reais (R$).
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