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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – FATECS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL RELATÓRIO MECÂNICA DOS SOLOS I BRASÍLIA-DF, 05 DE ABRIL DE 2018. Pró-Reitoria Acadêmica Diretoria Acadêmica Assessoria Pedagógica da Diretoria Acadêmica CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – FATECS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL PROF.: RENATA CONCIANI NUNES DETERMINAÇÃO DE LIMITES DE LIQUIDEZ E PLASTICIDADE Notas de aula para os alunos de Engenharia Civil como complementação para entendimento da disciplina de Mecânica dos Solos I no que tange o relatório do ensaio realizado. BRASÍLIA-DF, 05 ABRIL DE 2018. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – FATECS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL PROF.: RENATA CONCIANI NUNES DETERMINAÇÃO DE LIMITES DE LIQUIDEZ E PLASTICIDADE NOME DOS INTEGRANTES Diego Maurício - RA: 21500621 Jessé Carlos - RA: 21483494 Hélio Junior - RA: 21506574 Pedro Azevedo - RA: 21504821 Wallace Leonel – RA: 21507611 BRASÍLIA-DF, 05 DE ABRIL DE 2018. INTRODUÇÃO No início do século XX, o cientista sueco Atterberg realizou um estudo que descreve a consistência de solos granulares finos com variados teores de umidade. Dependendo da quantidade de água, o solo pode se apresentar nos estados líquido, plástico, semissólido ou sólido. Este relatório descreve os experimentos, feitos em laboratório, de determinação do limite de liquidez e de determinação do limite de plasticidade que fornecem informações sobre a natureza dos solos coesivos. A determinação do limite de liquidez foi feita com o aparelho de Casagrande, que consiste em procedimentos preconizados pela norma, NBR-6459. A determinação do limite de plasticidade se da pelo percentual de umidade para o qual o solo começa a apresentar trincas ou fissuras, após obter-se rolinhos com 3 mm de espessura. A plasticidade é uma propriedade dos solos, que consiste na maior ou menor capacidade de ser moldado, em certas condições de umidade, sem variação de volume, procedimento descrito na norma, NBR-7180. OBJETIVOS Foram realizados nos dias 23 e 28 de Março de 2018, por intermédio o presente relatório objetivando determinar os limites de consistência de um solo ou limites de Atterberg sendo eles: Limite de liquidez, por meio do aparelho de Casa grande, preconizado pela NBR 6459, que fornecem informações sobre a estrutura dos solos e os parâmetros geotécnicos, e determinação do limite de plasticidade, de acordo com a NBR 7180/1984. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O Comportamento dos solos irá depender de diversos fatores, os finos, por exemplo, dependerão de fatores tais como sua composição química e mineralógica, sua umidade, sua estrutura e seu grau de saturação. Quanto menor a partícula de um solo, maior sua superfície específica e, portanto, maior a plasticidade. Podemos definir a plasticidade dos solos, como uma propriedade que consiste na capacidade maior ou menor de poder se modelar o material em determinadas condições de umidade sem que ocorra variação de volume, como no caso de um material argiloso. Tal comportamento plástico tem como base de suas características, a relação tensão-deformação, que pode ser representada graficamente. Assim, pode-se determinar o quanto tal material pode ou não ser considerado plástico. Na representação gráfica abaixo, pode-se notar o estado plástico de um sólido após ele romper o estado elástico e não poder retornar ao seu estado inicial, diferente de quando o material ainda se encontra no estado elástico. Assim, pode-se citar a teoria do Limite de Consistência ou limite de Atterberg, que correlaciona a relação da quantidade de água presente no solo, podendo assim obter resultados de consistência como: Líquido, Plástico, Semi-sólido e Sólido. O estado líquido pode ser caracterizado pela ausência de resistência ao cisalhamento e o solo demonstra a aparência de um liquido. Quando o solo começa de perder umidade, ele passa a apresentar o comportamento plástico, deformando-se com a variação volumétrica sem apresentar fissuras ao ser trabalhado. Ao perder mais água, o material torna-se quebradiço (semi-sólido) e por fim, no estado sólido, não ocorrem variações volumétricas pela secagem do solo. Com isto, podemos denominar os teores de umidade correspondentes às mudanças de cada estado, sendo eles: Limite de Liquidez (LL), estado que correlaciona a fronteira entre o estado liquido e plástico, Limite de Plasticidade (LP) que correlaciona o estado plástico do semi-solido e Limite de Contração (LC) que correlaciona o estado semi-solido do sólido. De uso mais continuo nas Engenharias, podemos citar os Limites de Liquidez e os de Plasticidade, que demonstrarão através de cálculos, o índice de plasticidade do solo, definindo parâmetros para analises de obras. MATERIAIS Para realização do ensaio de Limite de Liquidez foram utilizados os seguintes materiais: - Estufa; - Espátula oval e espátula pintor; - Balança com precisão de 0,1g; - Gabarito cilíndrico para comparação, com 3 mm de diâmetro e cerca de 100mm de comprimento; - Placa de vidro de superfície esmerilhada; - Aparelho de Casagrande; - Cinzel; - Capsulas metálicas; - Pinceta com água destilada; METODOLOGIA Para iniciar os procedimentos do ensaio de Limite de Liquidez em laboratório, primeiramente verifica-se o estado e a calibração do aparelho de Casagrande, preconizada com uma velocidade constante de dois golpes por segundo e com uma altura de queda de 10 mm. - Separou-se 200g de amostra de solo, previamente secado ao ar e passante na peneira de 0,42mm. - Coloca-se a amostra na placa de vidro e aos poucos homogeneizou-se e adicionou-se água ao solo por um período de 15 a 30 minutos, tornando-a consistente. - Após homogeneização da massa, transfere-se a uma quantidade de amostra para a concha do aparelho de Casagrande, aplainando-a com a espátula, até que não exista ar entre as partículas, atentando-se para que a altura da amostra não ultrapasse 10 mm. - Faz-se com o cinzel uma ranhura no meio da massa, no sentido do maior comprimento do aparelho. - Na primeira tentativa obteve-se resultado de 36 golpes, constatando assim o fechamento de 13 mm da ranhura. - Retira-se uma pequena quantidade do material no local onde as bordas da ranhura se tocaram para a determinação da umidade. - Transfere-se o restante do material de volta a placa de vidro, adicionando mais um pouco d’água e repete-se o procedimento por mais quatro vezes, ate que se obtiveram as quantidades de 36, 27, 25, 20 e 15 golpes para o mesmo fechamento de 13 mm da ranhura. - Separou-se uma pequena quantidade de solo utilizado no aparelho de Casa Grande para obter os 36 golpes, molda-se uma esfera com essa amostra de solo e a resguarda para ser utilizado na determinação do limite de plasticidade. Concluíram-se os procedimentos para obter o limite de liquidez e deu-se inicio as etapas para determinar o limite de plasticidade do solo. - Com a amostra armazenada anteriormente, tentou-se moldar rolinhos de solo com aproximadamente 3 mm de diâmetro e 100 mm de comprimento, com um gabarito de metal como referência. - Após varias tentativas sem êxito, não foi possível moldar os rolinhos com a amostra de solo estudada. Com todos os procedimentos descritos anteriormente e os dados obtidos no ensaio, iniciou-se os cálculos e análise dos resultados. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS - Tabela referente aos resultados encontrados em laboratório para umidade do solo. LIMITE DE LIQUIDEZ Tabela1. Dados para obtenção do Limite de Liquidez para a amostra coletada a. N° da capsula H110 7 16 50 46 N° de golpes 36 27 25 20 15 tara (g) 15,8 13,23 12,92 14,02 13,04 tara + SH (g) 30,36 21,32 24,06 24,82 21,56 tara + SS (g) 28,11 20 22,20 22,95 19,98 Umidade (%) 18,28 19,5 20,04 20,94 22,77 WL (%): 20,01 - Gráfico do Limite de Liquidez. Onde a umidade pode ser estabelecida pela equação: E o cálculo do Limite de Liquidez através da Equação: Onde, Y -> Limite de Liquidez X -> Numero de golpes no aparelho de Casa Grande - Tabela referente aos resultados para determinar Limite de Plasticidade: LIMITE DE PLASTICIDADE Tabela 2. Dados para obtenção do Limite de Plasticidade para a amostra coletada a. N° da capsula 69 104 67 79 56 tara (g) 5,61 5,55 5,76 5,96 5,17 tara + SH (g) - 7,93 - - 8,1 tara + SS (g) - - - - - Umidade (%) - - - - - WP(%): - O Índice de Plasticidade se dá pela seguinte equação, considerando os valores obtidos no relatório de Limite de Liquidez e Plasticidade: INDICE DE PLASTICIDADE (%): Não Plástico Pode-se observar que, como não foi possível obter os rolinho com diâmetro de 3 mm e 10mm de comprimento, o solo foi caracterizado como não plástico, constituindo-se de: 80% areia; 7% argila; 13% silte. CONCLUSÃO O ensaio de determinação dos limites de liquidez e plasticidade se mostrou um experimento simples, porém trabalhoso, tendo em vista a dificuldade de se ajustar o teor de umidade necessário para atender ao fechamento da ranhura no modelo proposto aos 25 golpes (limite de liquidez), bem como a rápida perda de umidade ao se tentar moldar os rolinhos em forma de cilindro (limite de plasticidade), apesar de ser realizado em recinto climatizado. Observou-se a nítida diferença entre um solo que na presença de água se comporta de forma plástica, como por exemplo, a argila, e um solo que não se comporta de forma plástica na presença de água, como por exemplo, o silte ou areia. Diante disso, como estávamos lidando com um solo do tipo Arenoso com aproximadamente 80% de areia em sua composição, constatou-se que se tratava de um solo não plástico, pois, durante o ensaio de limite de plasticidade, não foi possível moldar o solo até chegasse às dimensões preconizadas na NBR 7180/1984, pois a amostra se quebrava bem antes de atingir os 13 mm de diâmetro e os 100 mm de comprimento. Portanto, não foi possível determinar o Índice de Plasticidade, pois o mesmo se da através da diferença entre o LL e LP. Logo, conclui-se que por se tratar de um solo arenoso, o solo não apresentou características de solos coesivos e sim comportamentos de solos com alta compressibilidade. Tais solos são utilizados em obras distintas na engenharia geotécnica, mas para definir com uma melhor precisão a sua aplicação, faz-se necessário ensaios para determinar a sua capacidade de suporte e definir se e muito ou pouco compacto, e assim determinar o melhor uso do material na construção civil. . REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS NBR 6457: Amostras de Solos – Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. ABNT, 1986. NBR 6459: Determinação do limite de Liquidez. ABNT, 1984. NBR 7180: Determinação do limite de plasticidade. ABNT, 1984. Pinto, Carlos de Sousa, Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 Aulas /3° Edição- São Paulo: Oficina de Textos, 2006. PINTO, Carlos de Sousa, Curso básico de mecânica dos solos, Oficina de Textos, 2006. STANCATI, G. NOGUEIRA, J.B. e VILAR, O.M., Ensaios de Laboratório em mecânica dos Solos, EESC/USP. 1981. CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações, LTC, 1979. ANEXOS
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