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Às fls. 1.105/1.135, constata-se que dentre outras determinações, o MPBA impôs à Recorrente o ônus de adequar o projeto do empreendimento às disposições da Lei da Mata Atlântica (nº 11.428/2006), especialmente ao que recomenda o art. 31, § 1º, do mencionado diploma legal que segue adiante transcrito:
Art. 31. Nas regiões metropolitanas e áreas urbanas, assim consideradas em lei, o parcelamento do solo para fins de loteamento ou qualquer edificação em área de vegetação secundária, em estágio médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, devem obedecer ao disposto no Plano Diretor do Município e demais normas aplicáveis, e dependerão de prévia autorização do órgão estadual competente, ressalvado o disposto nos arts. 11, 12 e 17 desta Lei.
§ 1o Nos perímetros urbanos aprovados até a data de início de vigência desta Lei, a supressão de vegetação secundária em estágio médio de regeneração somente será admitida, para fins de loteamento ou edificação, no caso de empreendimentos que garantam a preservação de vegetação nativa em estágio médio de regeneração em no mínimo 30% (trinta por cento) da área total coberta por esta vegetação.
"Dessa forma, recomendamos que: seja avaliada a questão, levando em conta que a ocupação estabelecida na área do pleito é recente (03/11/2015), como demonstra o próprio texto do Ofício de abertura deste processo e que as ações realizadas sobre o ambiente atentaram contra patrimônio natural protegido por lei (conforme fotos do Anexo 4), com desmatamento irregular de área remanescente de floresta e restinga, representativas do Bioma Mata Atlântica, sem o devido processo de licenciamento ambiental; se considere também que a regularização da ocupação da área deste pleito pode representar, como desdobramento, a indução a processos de ocupação que possam acarretar a banalização e ainstitucionalização de ações geradoras de agressão ao meio ambiente da Ilha, como o caso em questão ." Grifei (Nota Técnica – fls. 238/246)
Nesta esteira, restam noticiados nos autos problemas ocasionados por falhas no projeto da construção, no qual não se observou área ambiental, parte da Mata Atlântica, assim, de preservação permanente, o que culminou em embargos judiciais e intervenção do Ministério Público para efeito de adequação do empreendimento e proteção do meio ambiente.
Portanto, correta a decretação de nulidade do aditivo contratual, já que imposto ao consumidor, ao qual se imputaria o ônus da espera decorrente do atraso, tivesse ou não assinado o termo. Portanto, o aditivo não legitima, justifica ou isenta as Empresas pela responsabilidade decorrente do descumprimento contratual.
Do mesmo modo, sem embargo de dúvidas que o atraso decorrente desta realidade foi ocasionado pela falta de cautela das Acionadas/Recorrentes/Recorridas, se lhes imputa a obrigação de ressarcimento.
“Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.”
Isso porque, não há no laudo técnico ou na prova indireta examinada, qualquer indicativo de haver sido devastada área de vegetação da Mata Atlântica, primária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, o que é exigido pelo tipo penal.
Dessa forma, deve ser mantida a absolvição do apelado, nos exatos termos da sentença de primeiro grau.

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