Buscar

Diário de Campo (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

��
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
ROSA MARIA BARIQUELO, RU - 40183
SIMONE DE MOURA SOARES, RU - 210066
PORTFÓLIO
UTA EDUCAÇÃO E TRABALHO
MÓDULO A - FASE I 
CURITIBA
2018
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A LEI E O DIA A DIA NA ESCOLA
De acordo com as observações realizadas na Escola Municipal Mirazinha Braga – Educação Infantil e Ensino Fundamental, a instituição contempla a educação de alunos com deficiência. A escola atende a um total de seiscentos alunos, e, desse total, doze são alunos em processo de inclusão. 
 Percebeu-se que as professoras promovem um acolhimento ao aluno que apresenta necessidades especiais. Logo no primeiro dia de observação, pode-se perceber o carinho e respeito de uma professora ao se aproximar, sentar e conversar com um dos alunos de inclusão (TDAH) que apresentava muita agitação, acalmando-o pois não queria permanecer na sala de aula. Portanto, conforme a Declaração de Salamanca (1994, p. 03),
As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidos ou marginalizados.
Observou-se que a escola está adaptada para receber alunos com deficiência física que dependem deste aporte para que possam fazer parte da comunidade escolar pois possui banheiros adaptados, rampas para cadeirantes e para pessoas com mobilidade reduzida, escadas com corrimões, portas de salas de aula com espaço suficiente para passar uma cadeira de rodas conforme o disposto no inciso XVI, do artigo 28 da Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Brasil, 2015, p. 04) que garante a “acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino”.
As observações foram realizadas em uma turma do 2º ano, no período da manhã, sendo que de vinte e nove alunos, três são de inclusão. Dois alunos apresentam autismo e um transtorno do desenvolvimento da coordenação, ou seja, disparesia espástica.
Segundo a professora da turma observada, a educação inclusiva dessa instituição tem como meta, promover a integração e o desenvolvimento das potencialidades dos alunos em todos os anos iniciais do Ensino Fundamental, independente das suas necessidades especiais, respeitando assim, em relação à educação, a Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência em seu artigo 27:
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem (BRASIL, 2015, p.04). 
Para isso, de acordo com a professora, adotam-se práticas heterogêneas, transformadoras e críticas, no sentido de respeitar cada aluno, pois ele é único, com as suas especificidades, levando em conta seus interesses, capacidades, potencialidades e necessidades de aprendizagem. Nesta perspectiva, Carvalho (2000, p. 02) afirma que uma escola é inclusiva quando:
Respeita as peculiaridades e/ou potencialidades de cada aluno, organiza o trabalho pedagógico centrado na aprendizagem do aluno, onde este é percebido como sujeito do processo e não mais como seu objeto e o professor torna-se mais consciente de seu compromisso político de equalizar oportunidades, na medida em que a igualdade de oportunidades envolve, também a construção do conhecimento, igualmente fundamental na instrumentalização da cidadania. 
 
Em conversa, a professora destacou que as adaptações curriculares são organizadas pela Equipe Pedagógica-Administrativa da escola, juntamente com professores e especialistas que atendem esses alunos. São identificadas as competências, habilidades e necessidades e, a partir daí, elencados os objetivos a serem atingidos, os conteúdos, a periodicidade e os critérios de acompanhamento e encaminhamentos das ações, seja para apoio escolar, seja trabalho com projetos, tendo em vista a especificidade de cada necessidade. 
Sendo assim, para atender às necessidades especiais dos alunos, a escola e toda a equipe, em conjunto, garante as adaptações curriculares de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2003), no que diz respeito aos objetivos, enfatizando as capacidades e as habilidades; os conteúdos, considerando aquilo que é mais relevante e a temporalidade, modificando o tempo para determinados objetivos e conteúdos previstos. 
O que se afigura de maneira mais expressiva para se pensar na viabilidade da educação inclusiva, segundo a professora, é a capacitação e a formação continuada dos profissionais que participam de cursos, palestras, seminários e orientações com as pedagogas do Departamento de Inclusão e Atendimento Educacional Especializado do Núcleo Regional de Educação segundo o que apresenta o disposto no inciso X, do artigo 28 da Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Brasil, 2015, p. 04), que é assegurar a “adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para atendimento educacional especializado”.
A Declaração de Salamanca (1994, p. 37) também esclarece que “a preparação adequada de todos os profissionais da educação é um dos fatores-chaves para propiciar a mudança”.
A professora da turma, conta com dois estagiários do curso de Psicologia da PUC-PR sendo estes profissionais de apoio, que fazem parte do Programa Direito Inclusivo Assegurado tendo como funções: 
Exercer atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante/criança com deficiência e transtorno global do desenvolvimento; auxiliar em atividades escolares que se fizerem necessárias, sob a orientação e supervisão dos profissionais da instituição; acompanhar e estimular o educando em inclusão na promoção de sua autonomia, independência e acessibilidade (CURITIBA, 2018, p. 07).
Assim, esta iniciativa vem ao encontro do disposto no inciso XVII, do artigo 28 da Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Brasil, 2015, p. 04), implementando a “oferta de profissionais de apoio escolar”.
Em contrapartida a professora aponta que, apesar de toda a estrutura física apropriada, a adequação metodológica, a formação continuada, existem dificuldades em relação a garantia de aprendizagem dos alunos incluídos, não conseguindo lidar com certas limitações, pois muitas vezes eles necessitam da disponibilização de outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção e à comunicação, como a fisioterapia no caso do aluno com transtorno do desenvolvimento da coordenação em vez de frequentar as aulas de Educação Física.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 07 jul. 2015. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em: 18 mar. 2018.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares-Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Especiais. Brasília, 2003. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/serie4.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2018.
CARVALHO, R. E. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2000.
CURITIBA. Programa Direito Inclusivo Assegurado. SME: 2018. Disponível em: < http://multimidia.cidadedoconhecimento.org.br/CidadeDoConhecimento/lateral_esquerda/menu/downloads/arquivos/10656/download10656.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2018.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA.Sobre os princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. 1994. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2018.
�PAGE \* MERGEFORMAT�1�

Outros materiais