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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS TATUAPÉ CAROLINE ANDRADE BEZERRA E SILVA – RA: D09905-1 CASSIANE MACIEL RODRIGUES – RA: C9907F-0 MALU RIBEIRO CAMPOS – RA: C88240-2 MELISSA BITTENCOURT DA SILVA – RA: D014BC-0 PALOMA SOUZA DE JESUS – RA: N831AG-6 COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES SÃO PAULO 2018 CAROLINE ANDRADE BEZERRA E SILVA – RA: D09905-1 CASSIANE MACIEL RODRIGUES – RA: C9907F-0 MALU RIBEIRO CAMPOS – RA: C88240-2 MELISSA BITTENCOURT DA SILVA – RA: D014BC-0 PALOMA SOUZA DE JESUS – RA: N831AG-6 COMPORTAMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES Trabalho acadêmico, apresentado ao Curso de Psicologia, como parte dos requisitos para obtenção de nota na matéria APS, sob supervisão do Prof. Me. Guilherme Julliani de Carvalho SÃO PAULO 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................04 2. TEORIAS MOTIVACIONAIS.......................................................05 2.1. Teoria X e Y.........................................................................06 2.2. Teoria de Maslow.................................................................10 2.3. Teoria dos dois fatores.........................................................13 3. APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO......................................16 4. ANÁLISE......................................................................................19 5. CONSIDERAÇÕES.....................................................................20 6. CONCLUSÃO..............................................................................21 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................22 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho aborda os temas sobre o Comportamento Humano nas Organizações proposto pela disciplina Atividades Práticas Supervisionadas, que tem por método trazer à prática o que é ministrado nas aulas, obtendo-se assim um conhecimento teórico e prático sobre o assunto. Primeiramente realizou-se a pesquisa bibliográfica, embasando o estudo nas normas científicas. No campo da observação, e experiência prática utilizou-se a técnica de coleta de dados da empresa visitada, por meio de observação, questionário e entrevista sobre o tema em questão. O objetivo do trabalho está centrado em explorar sobre como os fatores motivacionais relacionam-se com a dinâmica organizacional e como afetam a estrutura, a estratégia e o funcionamento dessa organização. A empresa escolhida para a realização da pesquisa de campo e análise foi a VAGAS.com, localizada na cidade de São Paulo – SP. 5 2. TEORIAS MOTIVACIONAIS A definição de "motivo" encontrada em dicionários indica ser ele "algo que impulsiona uma pessoa a atuar de uma certa maneira". Logo, o estudo da "motivação" compreende essencialmente o estudo "da direção e persistência da ação". As teorias motivacionais objetivam identificar e analisar os fatores que estimulam o comportamento das pessoas. No geral, a base para elaboração dessas hipóteses são as teorias hedônicas desenvolvidas pelos filósofos gregos que enxergavam o comportamento humano como atitudes voltadas para a realização de algum prazer. Elas consideram três estímulos principais do comportamento humano: ganho material, reconhecimento social e realização pessoal. O estudo da motivação no trabalho recebe interesse considerável na literatura internacional devido, provavelmente, à sua estreita relação com a produtividade individual e organizacional. Muitas teorias motivacionais foram elaboradas para analisar as necessidades internas que influenciam o comportamento humano. Elas são utilizadas por diversas áreas como ferramentas para compreender, prever e influenciar as atitudes das pessoas. Isso não é diferente na gestão empresarial, que se utiliza desses estudos para atrair talentos, estimular a alta produtividade e garantir a satisfação dos atuais colaboradores com o objetivo de retê-los. Apesar das divergências de opinião, pode-se observar que existe consenso generalizado em considerar o fenômeno da motivação, representado por um processo de tomada de decisões que, na situação de trabalho, leva os indivíduos a executarem suas tarefas e a desempenharem suas atribuições na medida de suas melhores capacidades e esforços. A compreensão desse fenômeno permitirá, às organizações, chegarem a determinações mais efetivas e acertadas em suas decisões, no sentido de que as mesmas sejam tomadas com melhor conhecimento de seus recursos e de seu eficaz aproveitamento, com previsão de seus resultados. 6 Tipos de motivação Observamos uma divisão no tipo de motivação sabendo que são diversas as causas motivacionais do indivíduo, suas necessidades e expectativas. Chamamos a motivação de intrínseca quando ela está relacionada com recompensas psicológicas: reconhecimento, respeito, status e esse tipo motivacional estão intimamente ligados as ações individuais dos gerentes em relação aos seus subordinados. Por outro lado chamamos de extrínseca quando as causas estão baseadas em recompensas tangíveis: salários, benefícios, promoções, sendo que estas causas independem da gerencia, pois geralmente são determinadas pela alta administração. A motivação pode conter ainda uma mistura dos elementos intrínsecos e extrínsecos, e ser mesclada. Assim, um profissional ao mesmo tempo em que realiza uma tarefa que lhe foi determinada pelo gestor, pode também realizá-la com prazer e satisfação. 2.1. Teoria X e Y A Teoria X e a Teoria Y foram identificadas por Douglas McGregor, em seu principal livro "Aspectos Humanos da Empresa", somente publicado em português pela Livraria Clássica Editora, de Portugal. Tinha o sentido de evidenciar como provavelmente ocorreria a influência de uma pessoa sobre a outra no dia a dia de trabalho. McGregor somente se refere à teoria, chamando-as de X e de Y. Não pretendia lhes dar quaisquer conotações de valor, de certo ou de errado, de bom ou de mau, de melhor ou de pior, de verde ou de maduro, de amarelo ou de azul. Evitou, assim, qualquer julgamento valorativo ou expressão de preferência. McGregor procurou denominações as mais neutras possíveis. Apenas identificou que existe um grupo de pessoas que pensam, sentem e, portanto, agem segundo os pressupostos do que chamou de Teoria X; e que outro grupo se movimenta segundo os pressupostos do que chamou de Teoria Y. 7 Esses pressupostos, que orientam as pessoas e fazem-nas tentar influenciar os outros, raramente são testados ou mesmo reconhecidos como tal por aqueles que os praticam. Constituem-se, assim, no conjunto de concepções e de percepções não conscientizadas ou mesmo explicitas que condicionam o comportamento humano no cotidiano das organizações. As pessoas agem como se as suas crenças sobre a natureza humana estivessem necessariamente corretas, fossem verdades absolutas que não requeressem qualquer revisão em particular ou que não pudessem ser submetidas a questionamento ou mesmo confrontadas. Em geral, as pessoas nem se dão conta de que podem existir outros feixes de ideias, com repercussões distintas no comportamento humano nas organizações. Em virtude de o nosso comportamento tender a ser coerente com as nossas suposições ou pressupostos, as tentativas para influenciar os outros geralmente revelam algumas indicações, muitasvezes sutis e não necessariamente perceptíveis ou conscientizadas, de que pressupostos sejam esses. As nossas suposições, crenças ou pressupostos sobre a natureza humana no trabalho são muito bem comunicados pela nossa linguagem corporal, posturas, pela maneira de dizer e olhar, pela tonalidade de voz e de acentuação de frases, bem mais até do que pelas próprias palavras que utilizamos. As implicações dessas nuances, principalmente de que não confiamos nas pessoas, afetam o desempenho individual e coletivo. Os nossos pressupostos, aplicados à realidade concreta do trabalho, exigem submissão e proporcionam poucas oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional. Na verdade, a nossa descrença nas pessoas frequentemente conduz ao que McGregor chamou de profecia autorrealizável, isto é, a baixa expectativa leva ao desempenho baixo e o baixo desempenho reduz ainda mais a 8 expectativa, que redunda em pior desempenho, e, assim a espiral de perda de qualidade cai cada vez mais no desempenho individual e em equipe. A baixa expectativa se confirma no baixo desempenho, o que gera maior redução de expectativa e a consequente perda ainda maior de desempenho. A profecia autorrealizável gera uma consequência que tende a ocorrer apenas por ter sido enunciada. A própria enunciação, ou seja, a profecia transforma-se na causa da ocorrência do que se prevê ocorrer. O supervisor consciente ou não termina por profetizar o próprio desempenho de seus subordinados em função da expectativa de desempenho que tenha deles. Teoria X “O trabalho é em si mesmo desagradável para a maioria das pessoas.” Nesta teoria, chamada por McGregor de “Hipótese da mediocridade das massas”, parte-se do pressuposto de que os trabalhadores possuem uma aversão nata à responsabilidade e às tarefas do trabalho, necessitando sempre de ordens superiores para render alguma coisa no trabalho. Estas ordens vêm sempre acompanhadas de punição, elogios, dinheiro, coação etc.; artifícios utilizados pelos gestores para tentar gerar um empenho maior do colaborador. McGregor acreditava que as necessidades de ordem inferior dominavam as pessoas nesta Teoria. Assim, as organizações precisavam colocar a ênfase de sua gestão na satisfação dos fatores higiênicos dos trabalhadores, estudados na Teoria dos Dois Fatores de Herzberg. Os princípios básicos da Teoria X são: Um indivíduo comum, em situações comuns, evitará sempre que possível o trabalho; Homus Economicus, conceito onde sua ideia central era baseada na ideologia do homem motivado pelo capital; Alguns indivíduos só trabalham sob forte pressão. Eles precisam ser coagidos, forçados, controlados e às vezes ameaçados com punições 9 severas para que se esforcem em cumprir os objetivos estabelecidos pela organização; O ser humano ordinário é preguiçoso e prefere ser dirigido, evita as responsabilidades; Deseja sua própria segurança a cima de tudo; Geralmente pouca ambição e criatividade. Teoria Y “O trabalho é tão natural como o lazer, se as condições forem favoráveis”. Nesta teoria a coisa muda de figura. Aqui os trabalhadores são encarados como pessoas altamente competentes, responsáveis e criativas, que gostam de trabalhar e o fazem como diversão. Sendo necessário que as empresas proporcionem meios para que estas pessoas possam dar o seu melhor, com mais desafios, participações e influências na tomada de decisão. McGregor acreditava que as necessidades de ordem superior dominavam as pessoas nesta teoria. Os princípios básicos da Teoria Y são: O esforço físico e mental empregado no trabalho são tão naturais quanto o empregado em momentos de lazer; O atingimento dos objetivos da organização está ligado às recompensas associadas e não ao controle rígido e às punições; O indivíduo comum não só aceita a responsabilidade do trabalho, como também as procura. Os indivíduos são criativos, proativos e inventivos, buscam sempre a solução para os problemas da empresa; Os trabalhadores tem maior autonomia nas tarefas que visam atingir objetivos pessoais e estratégicos da organização; O trabalhador normalmente não faz aquilo que não acredita. Por isso exige cada vez mais benefícios para compensar o incômodo de desempenhar uma função desagradável. 10 As Teorias criadas por McGregor apresentam diferentes abordagens e são reflexos de fenômenos históricos, culturais, econômicos, tecnológicos e sociais de uma época onde não havia estudos específicos sobre o comportamento humano. Muitas teorias novas foram criadas, vários estudos foram realizados, mas fica claro o uso ainda das teorias criadas por Mc Gregor em várias organizações. Em algumas organizações é utilizado o sistema X, enquanto que em outras, fica evidente o sistema Y, ou ainda, em outras, notamos fortes traços das duas teorias. Certamente não existe uma fórmula perfeita para se obter resultados positivos com os recursos humanos, mas os estudos realizados apontam que, para se obter uma administração de qualidade, necessita-se de recursos bem aplicados. O maior capital existente em uma organização está intrinsecamente ligado aos recursos humanos e a sua capacidade de se desenvolver. 2.2. Teoria de Maslow Abraham Harold Maslow é um psicólogo americano muito conhecido pelas pesquisas que fazia sobre as necessidades humanas, nos mostrando como cada necessidade pode influenciar na motivação e gerando também outras necessidades, este pensamento foi construído através de uma pirâmide que ficou conhecida como a pirâmide de Maslow que é empregada em sistemas de TQC (controle de qualidade total) é usada dentro das empresas, principalmente pelo setor de Recursos Humanos que procura seguir essa ordem para o desenvolvimento e o bem estar dos funcionários, com isso nos mostra as necessidades em cinco fases. Necessidades fisiológicas (básicas) Necessidades de segurança Necessidades sociais Necessidades de estima Necessidades de auto realização 11 Fonte: ebiografia Necessidades Fisiológicas: necessidades de sobrevivência - alimento, água, oxigênio, sono, sexo – e também são instintivas, uma vez que nascem com o homem; Necessidades de Segurança: busca de proteção contra ameaças e privações. Mantém as pessoas em estado de dependência seja com a empresa, seja com outras pessoas; Necessidades Sociais: relacionadas ao convívio social – amizade, afeto, amor; Necessidade de Estima: desenvolvimento de sentimentos de autoconfiança e de ser útil e necessário para os outros. Sua frustração produz sentimentos de inferioridade e impotência; Necessidade de Auto-Realização: tendência de explorar suas potencialidades. Maslow diz que as três primeiras fases são de carência, sendo assim devem ser satisfeitas para que o indivíduo se sinta seguro e saudável, as duas últimas são de crescimento, pois está relacionada ao crescimento e para a realização pessoal de cada indivíduo, sendo assim quanto as necessidades básicas que são consideradas que nascem com a gente de sobrevivência são supridas, a pessoa passa a se preocupar com o abrigo e em seguida vem o 12 desejo de fazer parte de um grupo social, o homem em si deve se relacionar pois ele não sabe viver sozinho e isolado, mais de certa forma sempre o sujeito irá sentir um vazio em algumas das áreas pois é muito difícil ser completo em todos. Em seguida nesta etapa sente-se a necessidade de se sentir amado e reconhecido pelo os feitos e atitudes e no final da pirâmide vem a continuidade do autodesenvolvimento alcançando a plenitude, sabendo que elanunca é saciada que quanto mais se sacia mais a necessidade aumenta. Mais para alcançar uma nova etapa a anterior deve ter sido concluída sendo satisfeita ela deixa de ser o fator motivacional do comportamento, fazendo com que outra necessidade tenha destaque como motivação, e o sujeito sempre irá se motivar mais pelas necessidades que são de mais importância a ele. No dia a dia a partir deste entendimento é possível se aplicar no dia a dia, a primeira necessidade a ser suprida seria o salário, pois qualquer funcionário que trabalha em uma empresa necessita do dinheiro para suprir suas necessidades suas despesas e para sobreviver, depois o funcionário necessita de algo que o motive, incentivos que o leva crescer desempenhando melhor assim a sua função dentro da organização, pode ser um curso, plano de carreira, a oportunidade de crescimento, já os que estão no topo da pirâmide busca reconhecimento e status, é um momento apto para desafiar as competências contribuindo assim com os resultados da empresa e se sentir parte do time. Quando as fases da pirâmide não são atingidas o funcionário pode se frustrar e não possui o desejo de evoluir dentro da organização e contribuir com os resultados da empresa. O estudo de Maslow são pesquisas recentes que contribuiram muito para a psicologia organizacional que atua nos problemas organizacionais que estão ligados a gestão de recursos humanos, quem trabalha nesta área tem como intuito de promover um ambiente adequado se preocupando com o desenvolvimento dos funcionários, em um lugar que eles se sintam bem e satisfeitos em exercer sua função. Para que esta pirâmide funcione de forma produtiva é necessário que tenha pessoas que estejam alinhadas ao objetivo da organização, desta maneira conseguira avaliar se realmente os funcionários estão com o mesmo propósito que a empresa possui, e analisando se terá necessidade de realizar alguma alteração para que o funcionário evolua, sendo assim investindo na motivação e 13 realização dos funcionários é investir no crescimento da empresa, só deste modo é possível desenvolver uma equipe produtiva, eficaz, se destacando de maneira mais qualitativa e quantitativa, direcionando as pessoas no caminho certo, sendo assim o líder deve adotar uma postura flexível a cada incentivo de cada pessoa, evitando assim o sofrimento e o desconforto, um exemplo muito interessante que se liga a algumas etapas da pirâmide de Maslow é o estagiário ele está ali em busca do ganho e da experiência que atenda suas necessidades básicas, agora um profissional formado que possui mais experiência no mercado de trabalho e certa estabilidade financeira pode estar em busca de auto realização e desenvolvimento, e o profissional pós-graduado, busca por novos desafios o que estaria no topo da pirâmide. Apesar de a teoria ter gerado melhorias, houve críticas, e a principal foi que é possível uma pessoa estar auto realizada e não conseguir uma total satisfação de suas necessidades fisiológicas, outras teorias que dependem da teoria de Maslow, Wahba e Bridgewell acharam mesmo assim poucas evidências desta hierarquia de necessidades, outro filósofo argumenta que as necessidades humanas fundamentais não são hierárquicas e são ontologicamente universais e cheias de variedades em sua natureza. Outros críticos desta teoria afirmam que nem todas as pessoas são iguais, e por isso um aspecto que se mostra importante para uma pessoa, pode não ter a mesma importância para as demais, outras críticas se dão que essa teoria avalia somente o desenvolvimento da pessoa, mas não considera em momento algum os incentivos que deve ser dado pela organização, alguns outros afirmaram que Maslow comtemplou as necessidades de uma forma muito rígida e que não possui a possibilidade de troca ou inversão. 2.3. Teoria dos dois fatores A proposta de Herzberg era criar uma teoria no qual abordasse a situação de motivação e satisfação das pessoas, com o principal objetivo de entender quais eram os fatores que causavam insatisfação e os que seriam responsáveis pela satisfação no seu ambiente de trabalho. Em sua teoria o mesmo afirma que havia dois fatores que afetavam o indivíduo, fatores estes chamados higiênicos e motivacionais. 14 Os fatores motivacionais eram aqueles que estavam associados ao próprio indivíduo, ou seja, a satisfação em um cargo condiz com atividades que sejam desafiadoras e estimulantes deste cargo. Fatores que se relacionam com o que a pessoa faz e desempenha em determinada função, envolvem sentimentos de reconhecimento profissional, crescimento individual, responsabilidades, sonhos e auto realização. O nível de rendimento dos profissionais varia de acordo com sua satisfação no trabalho, depende de como se sentem neste ambiente e dos fatores que influenciam em sua motivação e desmotivação. As teorias da motivação foram desenvolvidas na segunda metade do século XX, e estão em constante pesquisa. Muitos estudiosos caracterizam a teoria de Herzberg como o estudo da “Satisfação”, pois visam medir o índice de motivação das pessoas, baseadas em suas necessidades e aspirações. Fatores estes que quando presentes causam motivação e quando ausentes levam a insatisfação, são os responsáveis por resultarem em aumento de produtividade e satisfação. Já os fatores higiênicos são os que se relacionam com a empresa e, quando ausentes, causam insatisfação, mas quando presentes, apesar de satisfatórios, não causam necessariamente a motivação do funcionário. Eles estão relacionados com o ambiente que o rodeia e a conduta da empresa do que com as funções do funcionário em si. São eles: o salário, ambiente empresarial, política da empresa e etc. Fatores de higiene operam independentemente dos fatores de motivação. “Um indivíduo pode ser altamente motivado em seu trabalho e estar insatisfeito com seu ambiente de trabalho”. Com essa teoria, Herzberg concluiu que o que causa a insatisfação nos funcionários são questões ambientais, que não são ligadas a seus cargos ou funções desempenhadas. Ele também constatou que o que leva à motivação de um colaborador é o que diz respeito às suas atividades e seu cargo. Herzberg chamou os fatores instintivos de fatores de manutenção, pois apenas mantêm a satisfação quando se encontram presentes ou então causam insatisfação quando ausentes, mas não é gerado nenhum aumento de satisfação. Esses fatores incluem aspectos extrínsecos ao trabalho, isto é, que compõem o ambiente de trabalho tais como salário, condições de trabalho, supervisão, benefícios e etc. Fazendo uma analogia com um hospital ele os 15 chamou de fatores higiênicos e funcionam como a higiene no hospital, não faz com que o paciente venha a melhorar, somente evitam que ele fique ainda mais doente. Ou seja, são fatores que não geram satisfação mas evitam a insatisfação, por isso é preciso que estejam presentes, caso contrário não teremos motivação. Fonte: ibccoaching Podemos afirmar que a insatisfação no cargo é função do contexto: se os fatores higiênicos estiverem ausentes, geram total insatisfação, mas se estiverem presentes não geram grande satisfação. Por outro lado, a satisfação no cargo é função do próprio trabalho: se os fatores motivacionais estiverem presentes geram muita satisfação, mas se estiverem ausentes não geram total insatisfação. A teoria de Herzberg, ao contrário da visão tradicional, divide os conceitos de satisfação e insatisfação em dois conjuntos separados e com efeitos unidirecionais, ou seja, os fatores motivacionais têm pouco efeito na insatisfação do trabalho, quando qualquer deles não ocorre. Emcontrapartida, os fatores higiênicos não geram efeito significativo sobre a satisfação dos trabalhadores quando estão presentes. Em outras palavras, um estado de insatisfação pode ser gerado pela ausência de fatores extrínsecos ao trabalho como qualidade da supervisão, relações interpessoais, salário, condições de trabalho, mas sua presença não gera grande satisfação. 16 3. APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO A empresa VAGAS.com, é fornecedora de um software para gestão de processos seletivos de empresas e também possessora do site VAGAS.com.br, no qual os usuários podem cadastrar seus currículos para concorrer a vagas de emprego postadas pelas empresas. A VAGAS.com é uma empresa de tecnologia criada em 1999, responsável pelo desenvolvimento e comercialização do software de gestão de processos seletivos, chamado VAGAS e-partner, direcionado para profissionais de Recrutamento e Seleção. Sua missão é ser tecnológica para que as empresas encontrem e selecionem as melhores pessoas para trabalhar. Por esse motivo, também em 1999, criou o site www.vagas.com.br, que suporta todas as vagas que as empresas publicam, abrindo um espaço gratuito para cadastramento de currículos e candidaturas ás vagas disponíveis. O diferencial do site www.vagas.com.br é que ele conta com uma equipe de atendimento aos candidatos cadastrados, com o objetivo de prestar suporte técnico aqueles que estão com alguma dificuldade (problemas na atualização de dados cadastrais, dúvidas sobre o funcionamento dos testes, necessidade de recuperação de senha, entre outros). Devido à alta demanda de mais de 8 milhões de currículos atualmente a empresa necessita da criação de um FAQ, em formato de blog, para automatizar os processos mais comuns de dúvidas dos candidatos. Estrutura da empresa As equipes trabalham com metas que são ditas no PE (Planejamento Estratégico) o grupo VAGAS elabora direcionadores das principais metas que precisam ser alcançadas durante o ano. Tudo o que ocorre dentro da empresa é disparado nos e-mails personalizados pela equipe de endomarketing, isso com certeza é um recurso motivador para os funcionários, pois o salário dos tem aumento caso consigam desenvolver um projeto que beneficiem os clientes e funcionários internos. 17 Organograma A empresa VAGAS.com utiliza gestão horizontal, onde não há hierarquia. O organograma acima está estruturado da seguinte forma: Primeiro encontramos no grupo VAGAS o fundador da empresa e os seus sócios, logo depois vemos ás células de mercado, equipes que atendem as células de mercado e logo após as equipes que recebem demandas de todas as áreas internas da empresa. Setor de RH A empresa possui a equipe de RH composta por oito funcionários, que zelam pelo desenvolvimento de cada profissional dentro da organização, o desempenho de cada membro da VAGAS.com é acompanhado anualmente. 18 Portanto, o método que trouxe melhoras significativas para a organização foi o ciclo de feedback que é realizado com cada um dos funcionários. Antes que ocorra o feedback, é necessário que o indivíduo que irá o receber, preencha um formulário registrando as entregas realizadas durante o período de um ano. A equipe juntamente com o RH também participa e inclui em outro modelo de formulário os pontos de melhora e a desenvolver, relatando fatos que aconteceram para que chegasse aquele elogio ou aquele ponto de melhora. Perfil das equipes Por conta das metas que cada equipe precisa alcançar ao decorrer do ano cada uma tem um perfil, pois possuem equipes mais operacionais, outras mais estratégicas, isso depende do cargo a qual foi contratado mais todas devem ter olhares estratégicos. 19 4. ANÁLISE Na VAGAS.com existem pontos/situações que ocorrem devido ao modelo de gestão horizontal. Por exemplo: Ponto negativo Não se tem plano de carreira. O fato da empresa não possuir chefes, dificulta que alguém seja reconhecido pelo trabalho/esforço e assim, conseguir uma nova posição e, consequentemente um aumento salarial é muito dificultoso. Ponto positivo Os funcionários realizam diversos papéis; não se limitam às funções para as quais foram contratados; são "chefes" de seus colegas bem como subordinados destes; são parte do RH que contrata e desliga; pensam de forma estratégica e têm autonomia para realização de tarefas, sempre considerando a opinião dos colegas; são gestores e responsáveis pela empresa, zelam por ela como se fosse deles próprios. Tudo isso possibilita a ampliação da visão e os permite amadurecer como profissionais. Ponto de melhoria Seria importante repensar a questão da promoção salarial e plano de carreira. Isso, infelizmente, ainda não foi feito. 20 5. CONSIDERAÇÕES Verificamos na empresa pesquisada um setor de RH bem atuante, sendo que a maioria dos funcionários do setor eram voltados ao desenvolvimento do pessoal, participando do processo de feedback da equipe e de cada funcionário, focando sempre no comportamento humano, sendo que cinco dos profissionais da área de recursos humanos são psicólogos, que trabalham em conjunto com o resto da equipe para promover o bem estar dos funcionários, intervindo até mesmo na resolução de conflitos. Foi obsevado também que é parte da atuação do RH em questão proporcionar a integração e interação dos funcionários e equipes, buscando sempre a participação destes na tomada de decisões que afetam direta ou indiretamente cada indivíduo. O que apontamos aqui como uma melhoria, é apresentar um plano de carreira mais claro, para que o funcionário tenha uma ideia de onde ele está e onde pode chegar dentro da empresa, através de processos seletivos internos. Para isso seria usado o sistema de feedback já implantado na empresa, onde é acompanhado o desenvolvimento individual de cada funcionário. 21 6. CONCLUSÕES Se uma organização depende diretamente do comportamento das pessoas que pra ela prestam serviços é imprescindível que mantenha as pessoas treinadas, preparadas e altamente motivadas para as tarefas. A busca pela qualidade total antes voltada apenas para o aspecto organizacional, já volta sua atenção para a qualidade de vida no trabalho, buscando uma participação maior por parte dos funcionários; descentralização de decisões; ambiente físico seguro e confortável; oportunidade de crescimento e desenvolvimento pessoal. Visamos então, com este trabalho, identificar e explicar a importância da motivação como fator principal e decisivo no êxito da ação de todo indivíduo ou ação coletiva. Foi possível concluir que a motivação é um elemento essencial na vida de cada indivíduo, sendo discutidas aqui as diversas posições teóricas que existem a respeito da motivação no trabalho. A possibilidade de relacionar motivação no trabalho com o perfil motivacional dos trabalhadores preenche diversas lacunas deixadas pelos programas que se baseiam nas abordagens exógenas ou endógenas de motivação, por isso observamos que a tarefa de uma organização, não é a de motivar seus funcionários, mas sim induzir comportamentos positivos por parte deles. E por fim, toda teoria tenta explicar como se dá o comportamento humano e qual a maneira ideal de justá-lo para uma maior eficiência e eficácia. 22 7. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS SPECTOR, P. E. Psicologia das organizações. São Paulo: Saraiva, 2002. BERGAMINI C. W. Motivação. São Paulo, Atlas, 2ª ed.,1989. GOMES, J. F. Comportamento organizacional. REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS. v. 27, n.2, p.30-35, abr/jun., 1987. BUENO, Marcos. As teorias de motivação humana e sua contribuição para a empresa humanizada: um tributo a Abraham Maslow. Disponível em: <http://sinop.unemat.br/site_antigo/prof/foto_p_downloads/fot_10529as_teobias _de_motivayyo_humana_e_sua_contbibuiyyo_paba_a_empbesa_humanizada_ pdf.pdf> Acesso em 15 de abril de 2018 LOBOS, Julio. Teorias sobre a motivação no trabalho. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034- 75901975000200002&script=sci_arttext#nota2> Acesso em 15 de abril de 2018 TAMAYO, Alvaro; PASCHOAL, Tatiane. A relação da motivação para o trabalho com as metas do trabalhador. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415- 65552003000400003&script=sci_arttext&tlng=es> Acesso em 15 de abril de 2018 TODOROV, J. C.; MOREIRA, Marcio B. O conceito de motivação na psicologia. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517- 55452005000100012> Acesso em 22 de abril de 2018 MARQUES, José R. Conheça a teoria de Herzberg. Disponível em: <http://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/teorias-da- motivacao-2/> Acesso em 23 de abril de 2018
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