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PSICOLOGIA ENQUANTO CIÊNCIA E PROFISSÃO NO BRASIL - Psicologia Organizacional

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE-UNICENTRO
Setor de Ciências da Saúde
Departamento de Psicologia
ANGELICA STEFANIAK
THAYSE CRISTINA SCHERY
PSICOLOGIA ENQUANTO CIÊNCIA E PROFISSÃO NO BRASIL
Trabalho apresentado à prof.ª Paula Marques, na disciplina de Introdução a Psicologia, como requisito parcial de avaliação semestral.
IRATI
2014
	As preocupações com os fenômenos psicológicos já existiam muito antes da Psicologia ser reconhecida como ciência e profissão. Alguns pensadores da Grécia Antiga procuravam definir a relação do homem com o mundo através de sua percepção, tentando explicar um pouco mais sobre o ser humano.		
	Mas foi a partir das necessidades da modernidade, que surgiram após acontecimentos como a Terceira Revolução Industrial, que a individualidade se desenvolveu consideravelmente e o que o sentimento de “eu” passou a acompanhar o indivíduo. A subjetividade tornou-se privatizada, levando o indivíduo a se reconhecer como livre, a desejar agir e pensar independentemente dos demais membros da sociedade. O modo de vida desses indivíduos também apresentou diferenças notáveis pois o aumento na demanda do setor de serviços transformou as estruturas das grandes e depois, das pequenas cidades.	
	A nova forma de vida social trouxe com ela uma exigência de saberes e fazeres fundamentais na institucionalização da busca interior, tornando necessário o surgimento de uma nova ciência que fosse qualificada para falar e atuar sobre os conflitos relacionados a esse assunto, dando uma precondição a uma sistematização da Psicologia enquanto ciência e profissão.	
	A partir desse processo histórico a ciência psicológica vai se instituindo e começa a se especializar, conforme vai se instalando e se inserindo na sociedade, tendo como seu objeto, em sentido mais amplo, o homem. Ao longo desse processo histórico a Psicologia também vai se diversificando, dando origem à todas as suas áreas de saber. Com o surgimento dessas diversas áreas surgem também vários objetos de estudo, fazendo da psicologia não uma, mas várias ciências psicológicas.
	Como trazem os autores do livro Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia, apesar da fragmentação causada pelo número de escolas que constituem a Psicologia pode-se considerar como matéria-prima dessa ciência, como um todo, o homem em relação a todas as suas expressões, tanto as visíveis quanto as invisíveis. Todas essas escolas estão preocupadas na constituição do indivíduo, como ele vivência suas experiências e desenvolve a sua subjetividade a partir da cultura e da sociedade na qual está inserido, buscando desvendar as relações entre o histórico, o político, o econômico e o cultural para a compreensão da totalidade da vida humana (BOCK, Ana B.; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lurdes, 1988).	
	Depois de ter se desenvolvido na Europa e depois nos Estados Unidos, a Psicologia é consolidada no Brasil e passa a se estabelecer como profissão. Foi regulamentada no Brasil no ano de 1962, após a aprovação da Lei n.4.119/62, pois a elite brasileira daquela época acreditava que isso seria uma possibilidade de um projeto de modernização para o país. Mesmo assim a Psicologia ainda não estava classificada como sendo científica e não fazia parte de nenhum dos cursos de formação existentes no país. Essa situação só mudou em 1890, com a Reforma Benjamim Constant, que transformou a disciplina de Filosofia em Psicologia e Lógica, o que posteriormente desencadeou na introdução das disciplinas de Psicologia e Pedagogia nas Escolas Normais, um importante marco histórico que estabeleceu a Psicologia como disciplina autônoma. Mas o período fundamental para a expansão do ensino de Psicologia no Brasil foi no século XX, quando bases para os futuros cursos dessa área foram criadas, possibilitando a formação profissional do psicólogo em bases institucionais legais. 		
	Atualmente os profissionais da Psicologia passaram a exercer suas funções nos mais diversos campos de atuação, embora inicialmente essa profissão estivesse ligada apenas a problemas do trabalho e educação. O encaixe da Psicologia em áreas como a hospitalar, a social, a clínica, trânsito e nas questões da terra, além da organizacional e educacional, é necessário para que seja possível fazer críticas capazes de entender e transformar a vida do ser humano, com base em um conjunto que possibilita compreender as ações, os gestos e a fala dos indivíduos. O conhecimento obtido através desses profissionais visa uma melhor compreensão do mundo que cerca o homem e, consequentemente, uma melhor compreensão sobre si mesmo.	 
	A atuação na área das organizações, por exemplo, tem como função estudar e facilitar a relação entre os indivíduos e as organizações através do estudo dos fenômenos psicológicos, dando uma contribuição para o desenvolvimento de ambos os lados. A Psicologia das organizações, antes chamada de Psicologia Industrial, se formou no período das duas guerras mundiais, onde os países industrializados contratavam indivíduos que contribuiriam para um avanço da industrialização e maior produção de renda. Obteve reconhecimento no ano de 1924, através da introdução do estudos das Relações Humanas. A psicologia organizacional surge no momento em que os psicólogos deixam de estudar apenas os postos de trabalho, e passam a contribuir também na discussão das estruturas da organização, sendo assim uma ampliação da psicologia industrial.	
	O papel do psicólogo dentro das organizações é atuar como facilitador e conscientizador do papel dos vários grupos que compõem a instituição, considerando a saúde e a subjetividade dos indivíduos, a dinâmica da empresa e a sua inserção no contexto mais amplo da organização (CAMPOS et al 2011). Esse campo permite ao psicólogo atuar no aperfeiçoamento e melhoria das condições de vida, trabalho e saúde de trabalhadores nos diferentes setores da economia. 
	Na maior parte das corporações, os psicólogos são contratados como analistas de Recursos Humanos, consultores internos de Recursos Humanos e atuam em todos os subsistemas de gestão de pessoas, principalmente no recrutamento e seleção, tendo como outras possibilidades de atuação os Programas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). São os Psicólogos organizacionais participam de processos como a seleção, treinamento, padrões de comunicação e desenvolvimento pessoal do indivíduo na instituição, além do aconselhamento psicológico, desenvolvimento organizacional por meio de diagnóstico de problemas e planejamento de mudanças e ainda atuação no campo da legislação trabalhista e relação com sindicatos intervindo nos conflitos.	
	Em um planejamento de recursos humanos realizado com outros profissionais, ocorre o que pode ser chamado de Análise do Trabalho, que seria a ocorrência da análise das situações em que o possível contratado se encontra e a análise de qual será seu possível e provável desempenho em uma função determinada. Nessa análise são observadas as características do trabalho e as condições de execução do trabalho.	
	Numa organização, o papel do psicólogo organizacional se divide em três planos: o primeiro é o plano técnico, onde se realiza o trabalho de forma sistemática utilizando instrumentos e procedimentos disponíveis. O segundo é o plano estratégico, onde o psicólogo fica responsável por manter uma equipe íntegra, e para isso precisa elaborar estratégias de ações. E por terceiro, o plano político que em suma seria a junção dos dois outros planos.	
	O psicólogo organizacional também fica responsável pelo recrutamento e seleção. Pode ser que o recrutamento aconteça de forma interna, onde os candidatos que são recrutados já fazem parte da organização, ou ainda externo que é quando a busca torna se ampla ao mercado de trabalho. Analisando curriculum, entrevistando e fazendo alguns testes psicológicos, o psicólogo deve selecionar dentre todos os candidatos os que apresentarem uma melhor qualificação ao cargo, que demonstrarem maior comprometimento, e que provavelmente tornarãoa empresa mais reconhecida. Para que isso aconteça, o psicólogo precisa “conhecer a organização, seu posicionamento no mercado, bem como seus produtos e serviços” (NAGUEL, 2007, p.28).	
	O profissional organizacional pode também resolver conflitos existentes entre os funcionários, gerados por problemas rotineiros dentro da própria organização, dentro do próprio ambiente de trabalho. Uma melhor convivência entre os funcionários torna a rotina de tais menos fatigante e os impulsiona a render no que fazem. 
	Mais uma das funções do psicólogo organizacional é promover o treinamento e desenvolvimento de pessoal. Onde primeiramente o psicólogo detecta a necessidade de treinamento. A partir disso ele planeja programas de treinamento, adaptação, formação e aperfeiçoamento de pessoal e depois aplica esses programas, divulga, relaciona candidatos e etc. E por fim analisa o programa de treinamento aplicado, faz a análise dos dados recolhidos e relata a eficácia e eficiência.
	Pode-se concluir que os psicólogos das organizações são essenciais, pois observam os fenômenos que acontecem dentro da organização e trazem tudo aquilo que não se pode ver para que haja uma melhor comunicação entre as classes da empresa, tudo isso para preservar a totalidade e a subjetividade do ser zelando pelo bem-estar dentro do seu ambiente de trabalho.
Referências:
NAGUEL, Marta. Série Técnica: Manual de psicologia organizacional. 2007. Curitiba. Disponível em: <http://crppr.org.br/download/168.pdf>. Acesso em: 02/12/2014 às 18:40
Martins, Ana Helena Caldeira Galvão. O que pode fazer o psicólogo organizacional. 1999. Brasília. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141498931990000100005> Acesso em: 02/12/2014 às 19:25
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. 
CARPIGIANI, B. Psicologia: das Raízes aos Movimentos Contemporâneos, Ed. Pioneira, 2002, p. 93-104. 
CAMPOS, D. C. de. Atuando em psicologia do trabalho, psicologia organizacional e recursos humanos. Rio de Janeiro: Editora LTC-Gen, 2008

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