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Asma Brônquica Prof. Ana Luiza Braga de Macêdo Lombardi UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA CASO CLÍNICO Identificação: Lactente, 11 meses, natural e procedente de Natal. Informante: Mãe – Ana Queixa Principal: Crises de tosse e falta de ar desde os 2 meses. HDA: Mãe relata que desde os 2 meses o paciente já apresentou 3 episódios de tosse seca, preferencialmente noturna e ao amanhecer, associado dispneia com duração média de 7 dias, relata coriza, febre e espirros no inicio dos quadros, inclusive que aos 4 meses, internou por 5 dias para tratar pneumonia (SIC), nega internações em unidade de terapia intensiva. Inicialmente foi prescrito nebulização com fluibron® (ambroxol), sem melhora, sendo necessário procurar novamente o PA, quando então fez uso de nebulização com Berotec e Prednisolona, com melhora parcial do quadro. ISDA: Nega queixas. Definição Principalmente a noite ou ao amanhecer Reversível espontaneamente ou com tratamento Desencadeados ou Agravados: Alérgenos, Tabagismo, Exercício, Estresse e Infecções Virais G IN A lobal itiative for sthma © Global Initiative for Asthma Definição de asma Epidemiologia -300 milhões mundo; -Brasil:20 milhões Estudo ISAAC: -Ocorrência de sintomas:0-30% várias regiões do mundo(Inglaterra, Reino Unido e Austrália); -Prevalência Brasil(2002-2003): 24,3%(6-7 anos) 19%(13-14ª) ISAAC - Brazilian Group. Prevalence of symptoms of asthma, rhinitis, and atopic eczema among Brazilian children and adolescents identified by the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) - Phase 3. J Pediatr (Rio J). 2006;82(5):341 Epidemiologia 4ª Causa de internação, em 2011 DATASUS, 2011 disponível emhttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012 Taxa de Hospitalização: Em >20anos, < 49% entre 2000 e 2010 O impacto da asma Prevalência de asma em crianças de 13 a 14 anos de idade O impacto da asma no Brasil Fisiopatologia Inflamação vias aéreas inferiores Hiperresponsividade brônquica Desbalanço TH1/TH2 Fisiopatologia Fisiopatologia RESPOSTA BRONCOCONSTRITORA EXAGERADA: CONTRAÇÃO DO M. LISO, EDEMA DE MUCOSA E HIPERSECREÇÃO DA MUCOSA Fisiopatologia RESPOSTA BRONCOCONSTRITORA EXAGERADA: CONTRAÇÃO DO M. LISO, EDEMA DE MUCOSA E HIPERSECREÇÃO DA MUCOSA Estreitamento brônquico intermitente e reversível Fisiopatologia Remodelamento das vias aéreasInflamação crônica - ciclo contínuo de agressão e reparo que pode levar a alterações estruturais irreversíveis CASO CLÍNICO 1 Identificação: Lactente, 11 meses, natural e procedente de Natal. Informante: Mãe – Ana Queixa Principal: Crises de tosse e falta de ar desde os 2 meses. HDA: Mãe relata que desde os 2 meses o paciente já apresentou 3 episódios de tosse seca, preferencialmente noturna e ao amanhecer, associado dispneia com duração média de 7 dias, relata coriza, febre e espirros no inicio dos quadros, inclusive que aos 4 meses, internou por 5 dias para tratar pneumonia (SIC), nega internações em unidade de terapia intensiva. Inicialmente foi prescrito nebulização com fluibron®, sem melhora, sendo necessário procurar novamente o PA, quando então fez uso de nebulização com Berotec® e Prednisolona, com melhora parcial do quadro. ISDA: Nega queixas. Antecedentes Pessoais Fisiológicos: Nasceu de parto normal, a termo, PN:3050g, CN:48cm, nega intercorrências gestacionais ou perinatais. DNPM: Sentou sem apoio aos 6 meses, já engatinha e anda com apoio. Apresenta lalação. Alimentação: Aleitamento materno exclusivo até os 2 meses e após iniciou leite de vaca integral. Iniciou alimentos complementares aos 6 meses, atualmente, toma cerca 1000ml de leite de vaca integral/dia, come fruta, verdura e legumes, porém a mãe costuma passar alimentação no liquidificador. Vacinação em dia. Nunca fez suplementação com sulfato ferroso. Antecedentes Pessoais Patológicos: Afirma que fez uso de corticoide oral por 3 vezes nos últimos 4 meses, além de NBZ com B2 agonista. Atualmente sem medicações em uso. Nega cirurgias/traumas/alergias. Antecedentes Pessoais Fisiológicos: Nasceu de parto normal, a termo, PN:3050g, CN:48cm, nega intercorrências gestacionais ou perinatais. DNPM: Sentou sem apoio aos 6 meses, já engatinha e anda com apoio. Apresenta lalação. Alimentação: Aleitamento materno exclusivo até os 2 meses e após iniciou leite de vaca integral. Iniciou alimentos complementares aos 6 meses, atualmente, toma cerca 1000ml de leite de vaca integral/dia, come fruta, verdura e legumes, porém a mãe costuma passar alimentação no liquidificador. Vacinação em dia. Nunca fez suplementação com sulfato ferroso. Antecedentes Pessoais Patológicos: Afirma que fez uso de corticoide oral por 3 vezes nos últimos 4 meses, além de NBZ com B2 agonista. Atualmente sem medicações em uso. Nega cirurgias/traumas/alergias. Antecedentes Familiares: Mãe, 25 anos, do lar, hígida, relata história de asma pregressa. Pai, 40 anos, auxiliar de pedreiro, tabagista, Irmão, 10 anos, rinite alergica. Condições de Vida e Moradia: Mora em uma casa com 2 cômodos, com cortina, tapete e bichinhos de pelúcia. Colchão comprado há mais de 10 anos e sem capa. Afirma ambiente rico em poeira (rua sem calçamento), tem hábito de varrer a casa. Nega contato com animais no domicilio. Renda familiar média: R$600,00 Exame Físico: BEG, hipocorado, hidratado, afebril, acianótico, anictérico, ativo e reativo. Oroscopia: Leve hiperemia de orofaringe. Sem outras alt. Otoscopia: MT translúcida, brilhante, sem abaulamentos. Pele: Xerófita, presença de placas hiperemiadas e crostosas em fase extensora dos MMSS e face. ACV: RCR, 2T, BNF, sem sopros. FC: 110bpm AR: Tórax sem deformidades. MV+ em AHT, sem RA. Sem desconforto. FR: 32irpm ABD: flácido, indolor, sem vmgs. RHA+ e normoativos. Genitália típica masculina testículos tópicos. TEC<3seg. Pulsos periféricos + e simétricos. Exame Físico: BEG, hipocorado, hidratado, afebril, acianótico, anictérico, ativo e reativo. Oroscopia: Leve hiperemia de orofaringe. Sem outras alt. Otoscopia: MT translúcida, brilhante, sem abaulamentos. Pele: Xerófita, presença de placas hiperemiadas e crostosas em face extensora dos MMSS e face. ACV: RCR, 2T, BNF, sem sopros. FC: 110bpm AR: Tórax sem deformidades. MV+ em AHT, sem RA. Sem desconforto. FR: 32irpm ABD: flácido, indolor, sem vmgs. RHA+ e normoativos. Genitália típica masculina testículos tópicos. TEC<3seg. Pulsos periféricos + e simétricos. Hipóteses Diagnósticas Diagnóstico Clínico Dispnéia, tosse crônica, sibilância, opressão ou desconforto torácico, sobretudo à noite ou nas primeiras horas da manhã; Confirmação com método objetivo espirometria (antes e após o uso de broncodilatador), testes de broncoprovocação e medidas seriadas de PFE, teste terapêutico com corticoide oral. SIBILOS - =obstrução ao fluxo aéreo; Pode NÃO ocorrer. (“tórax silencioso”) Diagnóstico Espirometria: Estabelecer o diagnóstico; Documentar a gravidade da obstrução ao fluxo aéreo; Monitorar o curso da doença e as modificações decorrentes do tratamento. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012 Traçados espirométricos típicos Diagnóstico Espirometria: VEF1/CVF<80% Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012 NORMAL:NÃO exclui o diagnóstico RESPOSTA ao broncodilatador é considerada significativa e indicativa de asma quando o VEF1 aumenta, pelo menos: Diagnóstico Verificação da hiper-responsividade das vias aéreas: Espirometria normal ou sem resposta broncodilatadora significativa; Inalação de substâncias broncoconstritoras (metacolina, carbacol e histamina) ou pelo teste da broncoprovocação pelo exercício; Aumenta sensibilidade e valor preditivo negativo. Diagnóstico Medidas seriadas de PEF: Medidas matinais e vespertinas do PFE duas semanas; Positiva > 20%; Avalia grandes vias aéreas, é esforçodependente, produz medidas de má qualidade, e seus valores variam entre os diversos aparelhos. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012 Diagnóstico Diagnóstico Diagnóstico em Menores 5 anos Fatores indicativos de asma em crianças ≤ 5 anos Nem tudo que sibila é asma... Diagnósticos diferenciais comuns de asma em crianças ≤ 5 anos Diagnósticos diferenciais comuns de asma em crianças ≤ 5 anos Classificação Obs: Comportamento da doença nas últimas 04 semanas GINA – avaliação do controle dos sintomas 39 Avaliação dos fatores de risco para desfechos ruins de asma Fatores de risco para pior evolução de asma em crianças ≤ 5 anos Tratamento ambulatorial Tratamento ambulatorial Objetivo Redução dos Riscos – Exacerbações, Limitação Fixa do Fluxo Áereo, Efeitos Colaterais das Medicações. Melhora da qualidade de vida – Controle dos Sintomas Relação Médico Paciente Identificação e Controle dos Fatores de Risco Avaliar, Tratar e Manter o Controle da Asma Prevenção e Controle dos Riscos Futuros Identificação e controle de fatores de risco TABAGISMO MEDICAÇÕES, ALIMENTOS E ADITIVOS ÁCAROS PELOS DE ANIMAIS DOMÉSTICOS BARATAS MOFO POLENS E FUNGOS AMBIENTAIS POLUIÇÃO AMBIENTAL Abordagem por etapas - pontos importantes (crianças ≤ 5 anos) Etapa 1 (crianças ≤ 5 anos) - SABA inalatório conforme necessário "Baixa dose" de corticosteroides inalatórios (mcg/dia) para crianças ≤ 5 anos Escolha do tipo inalador para crianças ≤ 5 anos Avaliação da gravidade da asma Como distinguir a asma não controlada da asma grave Tratamento de Resgate Crise Asmática “Exacerbações” Identificar os pacientes com risco de morte relacionada à asma Avaliação inicial de exacerbações agudas de asma em crianças ≤ 5 anos Indicações de transferência imediata para o hospital para crianças ≤ 5 anos Tratamento de exacerbações nos serviços de atenção primária Tratamento inicial de exacerbações de asma em crianças ≤ 5 anos Tratamento inicial de exacerbações de asma em crianças ≤ 5 anos Salbutamol ou Fenoterol: 0,1 a 0,15mg/kg/dose – dose máxima de 20 gotas 20 gotas Acompanhamento após uma exacerbação Asma no PS Peak flow (pico de fluxo expiratório) Espirometria Oximetria de pulso Exames complementares? ? ? ? ? ? ? Cates CJ, Welsh EJ, Rowe BH. Holding chambers (spacers) versus nebulisers for beta-agonist treatment of acute asthma. Cochrane Database Syst Rev 2013. DÚVIDAS???? FIM
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