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Material - Resumo Suhel Júnior

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RESUMO DE DIREITO EMPRESARIAL 
SUHEL SARHAN JÚNIOR 
Advogado. Professor de Direito Empresarial do Damásio Educacional e da 
Faculdade de Direito Damásio de Jesus. Professor de Direito Empresarial nos 
cursos de graduação e pós-graduação do Unisal – Lorena. Especialista em 
Direito Empresarial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Autor da obra 
Direito Empresarial: Manual Teórico e Prático. 
 
 
 
 
 Conceito de Empresário (art.966, do CC): Empresário é quem exerce 
atividade econômica, de forma profissional e organizada para a produção ou 
circulação de bens ou serviços. Conceito subjetivo extraído pela Teoria Italiana 
da Empresa (1942). Para essa teoria, para se conceituar o empresário, não 
importa o que se faz, mas como se faz, se com profissionalismo e com 
organização, a atividade será empresária. Art.966, § único, do CC: Não será 
considerado empresário quem exerce atividade intelectual, salvo se a mesma 
constituir elemento de empresa. O elemento de empresa está presente quando 
o profissional perde o caráter de pessoalidade no atendimento como, por 
exemplo, uma clinica médica que cresce muito e vira um hospital, de modo que 
os pacientes procuram o hospital e não um médico determinado. Obs: A 
atividade de advocacia jamais será considerada empresária (artigos 15 e 16, 
da Lei 8906/94). 
 
EIRELI (LEI Nº. 12441/11): Até o início de 2012, o empresário 
individual não ganhava personalidade jurídica, sendo a própria pessoa física 
exercendo a empresa em seu próprio nome, possuindo, dessa maneira, 
responsabilidade ilimitada pelas dívidas sociais. Isso significa dizer que todo o 
patrimônio pessoal do empresário fica sujeito ao resultado da empresa. Em 
janeiro de 2012, entrou em vigor o Empresário Individual de Responsabilidade 
Limitada, segundo o qual o empresário individual passa a ganhar 
personalidade jurídica (art. 44, do CC), desde que integralize, no mínimo, cem 
salários mínimos no início da atividade (art. 980-A, do CC). Note que para 
ganhar essa proteção é preciso integralizar cem salários mínimos. 
 
Capacidade (artigo 972, do CC): Podem exercer a empresa quem 
estiver em pleno gozo de sua capacidade e não esteja impedido. O incapaz 
não pode iniciar uma atividade empresária, mas pode continuá-la nos casos em 
que a receba por herança ou no caso de incapacidade superveniente (artigo 
974, do CC). Poderá o incapaz continuá-la, desde que tenha alvará judicial, de 
modo que os bens que já possuía não ficam sujeitos ao resultado da atividade. 
Tal regra existe para dar atendimento ao principio da “Preservação da 
Empresa”./ Os impedimento para o exercício da atividade empresarial dizem 
respeito a profissões que sejam incompatíveis com essa atividade como, por 
exemplo, o magistrado e o membro do MP. 
 
Registro (artigos 1150 e seguintes, do CC): O empresário e a 
sociedade empresária são registrados na Junta Comercial, regulamentada pela 
Lei nº. 8934/94 (Lei de Registro Público das Empresas Mercantis). Ao registrar 
a empresa, seja ela individual ou coletiva, deve-se dar a ela um nome 
empresarial, o qual pode existir na modalidade firma ou denominação. A 
modalidade firma é composta pelo nome civil do empresário ou de um ou de 
todos os sócios da sociedade empresária. Caso tenha o nome de todos os 
sócios, deve ser acrescido com a partícula “& CIA”. A modalidade 
denominação, por sua vez, utiliza um elemento fantasia. Ambas as 
modalidades de nome devem obedecer aos princípios da novidade e 
veracidade (art. 34, da Lei nº. 8934/94). Obs: O empreendedor rural não 
precisa se registra na junta, mas caso queira poderá perfeitamente e será 
considerado empresário (art. 971, do CC). 
O empresário individual de responsabilidade ilimitada deve adotar a 
modalidade firma de nome empresarial, o EIRELI pode optar pela firma ou 
denominação. 
 
Prepostos (artigos 1169 a 1178, do CC): O empresário, no curso da 
atividade, contrata prepostos para o exercício da mesma, de modo que esse 
não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da 
preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e 
pelas obrigações por ele contraídas. O preposto, salvo autorização expressa, 
não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora 
indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob 
pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os 
lucros da operação. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores 
ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo 
nos casos em que haja prazo para reclamação. 
 
Livros (artigos 1179 a 1195, do CC): Todo empresário é obrigado a 
escriturar livros, dependendo a quantidade da natureza da atividade que 
exercer. No entanto, todo empresário ou sociedade empresária estão 
obrigados a manter o livro diário. Assim, o livro diário é obrigatório a todas as 
empresas. 
Estabelecimento Empresarial (artigos 1142 a 1149, do CC): 
Estabelecimento Empresarial é o complexo de bens organizados pelo 
empresário para o exercício de sua atividade. Não confunda ponto comercial 
com estabelecimento, pois aquele é apenas mais um elemento deste. Todos os 
bens corpóreos e incorpóreos reunidos pelo empresário para o exercício da 
atividade compõem o estabelecimento. Por exemplo, numa pastelaria, compõe 
o estabelecimento o ponto comercial (local físico em que a empresa é 
exercida), os bancos, as geladeiras, a maquina de fritar pastel, o nome 
empresarial etc. O ponto é apenas mais um elemento do estabelecimento, 
muito embora seja um elemento imprescindível que ganha proteção na Lei 
8245/91, ao preceituar a ação renovatória de aluguel, em seu artigo 51 (Ler 
esse dispositivo). 
O estabelecimento empresarial pode ser alienado pelo seu empresário, 
de modo que a esse ato se dá o nome de trespasse. No trespasse, o alienante 
não pode fazer concorrência ao adquirente pelo prazo de 05 anos (art.1147, do 
CC), a não ser que o comprador (adquirente) renuncie a esse direito. Para que 
a venda seja válida, caso não sobre bens no patrimônio do alienante para 
pagar os credores, necessário se faz que exista a concordância expressa ou 
tácita desses credores no prazo de trinta dias. 
Obs: Aviamento é o sobrevalor dado ao estabelecimento, consistente 
na capacidade que ele possui de gerar lucros em virtude da organização dos 
bens pelo empresário. Não é um elemento do estabelecimento, mas, sim, um 
atributo. 
 
Sociedade (artigos 981 e seguintes do CC): Sociedade é a união de 
duas ou mais pessoas para o exercício de uma atividade econômica. Obs: 
Toda sociedade pratica atividade econômica, embora nem toda sociedade seja 
empresária. Se não praticar atividade econômica não será sociedade, mas, sim 
outra espécie de pessoa jurídica prevista no Código Civil, como fundação ou 
associação. 
 
Sociedades Despersonificadas: São aquelas que não possuem 
personalidade jurídica por não possuírem registro. Note que o registro é ato 
que regulariza a atividade e atribui a ela personalidade jurídica, mas não a 
constitui, pois existem sociedades sem personalidade jurídica. São elas: 
Sociedade em Comum e Sociedade em Conta de Participação. 
Sociedade em Comum (artigos 986 a 990, do CC): Não possui 
personalidade jurídica porque não foi registrada. Também é conhecida como 
sendo irregular. A responsabilidade dos sócios é ILIMITADA, mas há o 
benefício de ordem (art. 1024, do CC), perdendo esse benefício apenas o sócio 
que contrata pela sociedade (artigo 990, do CC). Não possui nome 
empresarial. 
 
Sociedade em Conta de Participação (artigos 991 a 996, do CC): 
Possui duas modalidades de sócio: o ostensivo que aparece perante terceiros 
e o participante que não aparece perante terceiro, sendo também conhecido 
como oculto. Apenas o sócio ostensivo responde perante terceiros,de modo 
que o participante responde perante o ostensivo. 
 
Sociedades Personificadas: São aquelas que possuem 
personalidade jurídica por terem sido registradas. Elas se subdividem, por sua 
vez, em simples ou empresária. A sociedade empresária será aquela que 
exerce atividade econômica de forma profissional e organizada. O que 
diferencia a sociedade simples da empresária não é o exercício da atividade 
econômica, pois ambas praticam, mas a empresária a pratica com 
profissionalismo e organização. A sociedade simples é registrada no Ofício de 
Registro Civil das Pessoas Jurídicas e a sociedade empresária na Junta 
Comercial. A S.A. será sempre empresária, a sociedade cooperativa será 
sempre simples (artigos 982, § único, do CC). A limitada, a nome coletivo e a 
comandita simples pode ser simples ou empresária, dependendo de como 
exerce seu objeto social. 
 
Sociedade em Nome Coletivo (artigos 1039 a 1044, do CC): Tipo 
societário mais simples que existe. Todos os sócios respondem de forma 
ilimitada pelas dívidas sociais. Apenas sócios podem ser administradores. O 
nome empresarial deve ser necessariamente a modalidade firma. 
 
Sociedade em Comandita Simples (artigos 1045 a 1051, do CC): 
Tipo societário que consagra duas modalidades de sócios: Comanditado, 
aquele que pratica atos de gestão e, por isso, responde ilimitadamente pelas 
dívidas sociais; Comdanditário, também conhecido como investidor, que não 
pratica atos de gestão e, por isso, responde de forma limitada pelas obrigações 
sociais. O nome empresarial deve ser necessariamente a modalidade firma, 
composta apenas com o nome dos sócios comanditados. 
 
Sociedade LTDA (artigos 1052 a 1087, do CC): Traz 
responsabilização limitada para os sócios, mas todos respondem pela 
integralização do capital (art. 1052, do CC). O capital social é dividido por 
cotas, de modo que os sócios apenas podem integralizá-lo com bens ou 
dinheiro (artigo 1055, §2º, do CC), sendo proibida a integralização com 
prestação de serviços, ou seja, é proibido o sócio de indústria. Pode utilizar a 
modalidade firma ou denominação de nome empresarial. O administrador pode 
ser sócio ou não. Os sócios deliberarão por meio de assembleia geral, caso o 
número de sócios seja maior que dez, ou poderão optar por deliberarem por 
meio de reunião, caso o número de sócios seja de até 10. O sócio minoritário 
poderá ser excluído de forma extrajudicial, desde que atendidos os requisitos 
do artigo 1085, do CC (imprescindível a leitura desse dispositivo). 
 
Sociedade Anônima (Lei nº. 6404/76): Tipo societário voltado às 
grandes empresas. Será sempre uma sociedade empresária (art. 1º); Seu 
capital social é dividido por ações, de modo que os sócios apenas podem 
integralizá-los com bens ou dinheiro (art.7º), sendo proibido nesse tipo 
societário o sócio de indústria; O nome empresarial deve ser sempre 
denominação, mas o nome do fundador ou de um sócio importante pode figurar 
no nome da empresa, mas isso não descaracteriza a denominação (art. 3º); A 
S.A pode ser classificada em aberta ou fechada (art. 4º). S.A. Fechada: É 
aquela que não negocia seus valores mobiliários no mercado de capitais; S.A 
Aberta: É aquela que negocia seus valores mobiliários no mercado de capitais; 
Mercado de Capitais: O mercado de capitais é o ambiente composto pela bolsa 
de valores e pelo mercado de balcão, onde serão vendidos os valores 
mobiliários de uma S.A Aberta; Valores Mobiliários: São papeis emitidos pela 
S.A para captação de recursos. Os principais valores mobiliários que uma S.A 
emite são: Ações; Debêntures; Partes Beneficiárias e Bônus de Subscrição: 
Ações: Valores Mobiliários que compõem o capital de uma sociedade anônima. 
Pode ser ordinária, preferencial ou de gozo ou fruição; Debêntures: São 
empréstimos feitos às Sociedades Anônimas; Partes Beneficiárias: São valores 
mobiliários que atribuem a seu titular direito de crédito eventual contra a 
companhia, consistente na participação dos lucros: Obs: Apenas a S.A 
Fechada pode emitir partes beneficiárias (art. 47, §único); Bônus de 
Subscrição: Emitidos pela S.A. de capital autorizado, que confere ao seu titular 
direito de comprar ações no momento de sua emissão; Órgãos de 
Administração da S.A: Uma S.A pode ter como órgãos de administração a 
Assembléia Geral, a Diretoria, o Conselho de Administração e o Conselho 
Fiscal. 
 
Falência e Recuperação de Empresas (Lei nº. 11.101/05): Institutos 
que regulam as empresas e as sociedades empresárias quando as mesmas 
estão passando por crises. A falência se volta para a empresa que passa por 
uma crise sem solução ao passo que a recuperação se volta para aquela 
atividade que passa por crise, mas que ainda é viável. 
Não se sujeitam a essa lei a sociedade simples, tampouco a empresa 
pública ou a sociedade de economia mista (artigo 2º). A falência ou a 
recuperação de empresas será instaurada no foro do principal estabelecimento 
econômico da empresa, e não no local de sua sede (artigo 3º); Administrador 
Judicial (artigos 21 e seguintes). Nomeado pelo juiz e auxiliar na falência ou na 
recuperação. Pode ser qualquer profissional idôneo, preferencialmente 
advogado, contador ou administrador. Note que não é preciso, 
necessariamente, ser um profissional dessas três áreas para ser administrador 
judicial. É remunerado, com valor correspondente que varia entre 1 a 5 %. 
 
Falência: Execução concursal do devedor empresário. Ocorre quando 
de forma presumida o passivo de uma empresa supera seu ativo. A falência 
será decretada se existir algumas das situações do artigo 94 (imprescindível ler 
esse artigo). 
Os credores na falência serão pagos obedecendo uma ordem de 
classificação, de modo que em primeiro lugar serão pagos os créditos 
extraconcursais (artigo 84) para depois se pagar os concursais (artigo 83). 
Imprescindível ler esses artigos; Ler artigo 85 (Pedido de Restituição); Ler 
artigos 129 e 130. 
As obrigações do falido são extintas quando ele paga todo o crédito, ou 
até 50% dos créditos quirografários, ou após cinco anos o término do processo 
falimentar caso não tenha cometido nenhum crime, ou após 10 anos o término 
do processo falimentar caso tenha cometido crime. 
 
Recuperação de Empresas: Instituto voltado para a empresa que 
passa por crise, mas que ainda é viável. Será elaborado um plano que será 
submetido à aprovação dos credores. Caso esses o aprovem, instaurada 
estará a recuperação, que poderá ser judicial ou extrajudicial. O 
descumprimento do plano acarretará na falência da empresa. 
 
Títulos de Crédito: Documento necessário para o exercício do direito 
literal e autônomo nele representado (art. 887, do CC). Seus princípios são o 
da cartularidade, o da literalidade e o da autonomia das obrigações cambiárias. 
Os títulos de crédito são regidos, em caráter subsidiário, pelo Código Civil, isso 
significa que esse diploma só aplica no caso de inexistência de lei especifica ou 
na omissão desta em algum assunto; Atos Cambiários: Endosso: transfere e 
garante o pagamento de um título de crédito. Endosso Impróprio é aquele que 
não transfere a propriedade do título, mas tão somente a posse, são eles: 
Endosso mandato e Endosso caução; Aval: ato cambiário de garantia, pelo 
qual o avalista se obriga da mesma maneira que se avalizado. Trata-se de uma 
garantia pessoa dada em título de crédito; Protesto: Ato formal e solene pelo 
qual se comprova o inadimplemento de um título de crédito (Lei 9492/97). O 
protesto é necessário para se cobrar os endossantes e os avalistas destes, 
mas optativo para se cobrar o devedor principal e seu avalista. No cheque é 
protesto é sempre facultativo. 
 
Letra de Câmbio (Decreto 57663/66): Ordem de pagamento segundo 
a qual o sacador (emitente) ordena o sacado pagar o beneficiário. O aceite na 
letra de cambio é facultativo, ou seja, o sacadoaceita se quiser a ordem. Caso 
aceite, torna-se o devedor principal do título. 
 
Nota Promissória (Decreto 57663/66) Promessa de pagamento em 
que o promitente promete pagar o beneficiário na data aprazada. Não se fala 
em aceite na nota promissória, pois ela já nasce aceita. 
 
Cheque (Lei 7357/85): Título de crédito não causal, de modelo 
vinculado, em que o emitente ordena que a instituição financeira pague o 
beneficiário. Não se fala em aceite no cheque, pois a instituição financeira 
pagará ou não referido título se o emitente tiver ou não fundos em sua conta 
corrente. 
Duplicata Mercantil (Lei 5474/68): Título de crédito causal, de modelo 
vinculado, podendo ser emitida em virtude de uma compra e venda mercantil 
ou em virtude de uma prestação de serviços; O aceite na duplicata é 
obrigatória, com exceção das hipóteses previstas no artigo 8, da LD 
(imprescindível fazer a leitura desse dispositivo). 
 
Propriedade Industrial (Lei 9279/96): Trata-se de bens incorpóreos 
cuja propriedade confere ao seu titular o direito de explorar econômica e 
exclusivamente por um determinado período de tempo. O direito à Propriedade 
Industrial é conferido pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), 
uma autarquia federal. A Propriedade Industrial protege a Patente, o Modelo de 
Utilidade, a Marca e o Desenho Industrial. O registro é ato constitutivo, assim 
não interessa quem criou ou inventou, mas, sim, quem registrou no INPI. 
 
Patente de Invenção: Poderá requerer a patente de invenção o criador 
de algo novo, que não esteja compreendido no estado da técnica. Os requisitos 
para se requerer a carta patente são o da novidade, o da atividade inventiva e 
o da aplicação industrial (artigo 8º). Não poderão ser patenteados tudo aquilo 
previsto no artigo 10, da LPI. (Imprescindível a leitura desse artigo). A patente 
de invenção, caso atenda aos requisitos supra, será concedida para seu titular 
explorá-la economicamente e de forma exclusiva pelo prazo de 20 anos, 
contados do depósito ou 10 anos, contados da efetiva concessão. Esse 
período não poderá ser prorrogado. Ler artigo 88, da LPI, que fala sobre 
invenção realizada por funcionário. 
 
Modelo de Utilidade. Trata-se de um aperfeiçoamento da invenção, 
como, por exemplo, o controle remoto, o câmbio automático etc. Os requisitos 
para se requerer a concessão do modelo de utilidade são os mesmos da 
patente de invenção, de modo que o prazo assegurado para exploração é de 
15 anos, contados do depósito ou 07 anos, contados da efetiva concessão. 
 
Marca: É todo sinal visualmente perceptível utilizado para distinguir 
produto ou serviço de outro semelhante ou idêntico (artigo 122, da LPI). A 
marca serve para identificar um produto ou serviço, como, por exemplo, 
produtos da marca Mc’Donalds, perfumes da marca Natura etc. Os requisitos 
para se registrar a marca são os da novidade relativa (a marca tem que ser 
nova no seu ramo de atividade), salvo as marcas de alto renome, que ganham 
proteção em todos os ramos de atividade, não colidência com marca 
notoriamente conhecida (aquela que não possui registro no Brasil, mas a 
proteção lhe é dada por ser conhecida no exterior) e ausência de impedimentos 
(ler artigo 124, da LPI). A proteção à marca se estende pelo prazo de 10 anos, 
contados da concessão, podendo ser renovada sucessivas e indefinidas vezes. 
 
Desenho Industrial: Considera-se desenho industrial a forma plástica 
ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa 
ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na 
sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial 
(art. 95, da LPI). Os requisitos para se obter o registro do Desenho Industrial 
são os da novidade e o da originalidade. O prazo conferido para assegurar o 
registro é de 10 anos, contados do depósito, podendo ser renovado por três 
vezes, pelo período de 05 anos cada

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