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11/12/2017 1 FluviometriaFluviometria Estações Estações fluviométrifluviométricascas Curva-chaveCurva-chave Profa. Jussara Cabral Profa. Jussara Cabral CruzCruz Departamento de engenharia Sanitária e AmbientalDepartamento de engenharia Sanitária e Ambiental UniversiUniversidade Federal de dade Federal de Santa MariaSanta Maria Centro de TecnologiaCentro de Tecnologia Disciplina de HidrologiaDisciplina de Hidrologia Cap. 7 - HidrometriaCap. 7 - Hidrometria Hidrometria • Hidrometria é a ciência que trata da medida e da análise das características físicas e químicas da água, inclusive dos métodos, técnicas e instrumentação utilizados pela Hidrologia. • A Hidrometria dedicou-se a estudar e a medir: – as chuvas, – as vazões dos cursos d’água, – a evaporação e a infiltração, – isto é, as variáveis hidrológicas e hidrometeorológicas que permitem a caracterização hidrológica das bacias hidrográficas. 2 Hidrometria • Para isso são instaladas e operadas redes de observação de postos: – pluviométricos, – fluviométricos e – hidrometeorológicos. • Neste capítulo daremos ênfase a fluviometria. • FLUVIOMETRIAFLUVIOMETRIA ? • Medição de níveis e vazões ao longo do tempo em um rio. 3 4 Fluviometria - Importância • Quais são? – Aproveitamentos hidroenergéticos – Planejamento de uso dos recursos hídricos – Previsão de cheias – Gerenciamento de bacias hidrográficas – Saneamento básico – Abastecimento público e industrial – Navegação – Irrigação – Transporte – Meio ambiente – Muitos outros 4 5 Estação Hidrométrica • O que é?O que é? • Uma estação hidrométrica é uma seção do rioseção do rio, com dispositivos de medição quali-quantitativos da água (réguas linimétricas ou linígrafas, devidamente referidos a uma cota conhecida e materializada no terreno), facilidades para medição de vazão (botes, pontes, etc.) e estruturas artificiais de controle, se for necessário. 5 FLUVIOMETRIAFLUVIOMETRIA 6 Curva-chave • O que é?O que é? • A avaliação diária da vazão por um processo direto (medição e integração do campo de velocidades na seção transversal) seria excessivamente oneroso e complicado, por este motivo opta-se pelo registro dos níveis do rio e determina-se uma relação entre a vazãovazão e o nível nível denominada curva-chave. 6 11/12/2017 2 7 O que é vazão ou descarga? Como medir?Como medir? 7 ÁreaVelocidadeTempo VolumeVazão . Mede-se o tempoMede-se o tempo necessário para que anecessário para que a água preenchaágua preencha completamente umcompletamente umreservatório comreservatório com volume conhecido.volume conhecido. Mede-se: seçãoMede-se: seção transversal do rio e atransversal do rio e a velocidade dovelocidade do escoamento.escoamento. 8 Posto de medição de vazão • Requisitos para uma Boa SeçãoBoa Seção – Lugar de fácil acesso – Forma regular da seção – Trecho retilíneo – Margem e leito não erodíveis – Velocidade entre 0,2 e 2 m/s – Controle por regime uniforme uniforme ou críticocrítico Locais de medição de vazões e Locais de medição de vazões e níveis:níveis: – postos fluviométricos: os níveis são medidos diariamente, às 7 h e às 17 h. –postos fluviográficos: os níveis são registrados continuamente, em papel ou meio magnético. Seção de medição Bacia hidrográfica: convenções importantes em hidrologia: Seção de medição – Leitura de régua 11 Trecho com seção aproximadamente uniforme do rio Trecho em reta, sem curvas Leito fixo, com baixa mobilidade Sem obstrução ou controle de jusante como pontes, estreitamento, lagos e oceano Próximo da residência do observador Seção de fácil medição de vazão Seção de leitura Seção de medição Lance de régua Características • A seção de medição deve ficar referenciada a um datumdatum para permitir avaliar a evolução do leito com o tempo ou entre medições; • A cota mínima da régua deve ser colocada em cota que se espera que nunca deverá ser menor; • A cota máxima deve ser escolhida até um valor que não será ultrapassado e o observador tenha acesso durante os eventos de cheia; • A seção de medição deve ser escolhida a montante ou a jusante da seção de leitura em local que facilite a medida; • O histórico do posto deve registrar qualquer alteração de posição, nível, mudança de observador, etc que de alguma forma possa ser de informação para melhor definição dos dados. 12 11/12/2017 3 Medição de cotas • Duas leituras às 77 e 1717 horas; • A cota média diária é a média aritméticamédia aritmética das cotas de 7 e 17 horas; • As réguas limnimétricas são niveladas periodicamente, partindo-se das cotas da RN; • É usual estabelecer-se a cota altimétrica do zero das réguas, a partir de amarração a um RN altimétrico próximo; 13 14 Estação fluviométrica - Elementos EscalasEscalas LimnimétricasLimnimétricas 15 Escalas Limnimétricas 18 PERÍODO DE ESTIAGEMPERÍODO DE ESTIAGEM PERÍODO DE CHEIASPERÍODO DE CHEIAS 11/12/2017 4 19 Limnígrafos de Bóia 20 Medição de vazão x nível do escoamento • Medição de vazãovazão – não é prático para o registro contínuo, ou mesmo diário; • Busca-se realizar as medições de vazãovazão em condições adequadas – regimeregime uniformeuniforme - para que as mesmas possam ser associadas aos níveisníveis – através da curva- chave; • Curva-chave:Curva-chave: vazões x nível d’água • Nível d’águaNível d’água – mais fácil de ser avaliado - pode ser registrado continuamente ou diariamente. 21 21 Medição da velocidade do escoamento • Medição direta – método volumétrico – Restrito a pequenas vazões • Medições de velocidade e da seção transversal – Onde medir? – Quantos pontos medir? – Qual a profundidade do rio? – Qual a largura do rio? – Quanto pode ser gasto nessas medições? – Qual o melhor equipamento? – A seção escolhida é estável ao longo do tempo? 22 22 Q = Volume / TempoQ = Volume / Tempo Q = Área x VelocidadeQ = Área x Velocidade Medição Direta de Vazão – medição volumétrica – Marca-se o tempo para preencher um volume conhecido; – Aplicável para pequenas vazões; – Aplicável onde a água pode ser recolhida. 23 23 TempoVolumeVazão Comportamento da velocidade em canais naturais 24 24 -Variação da velocidadeVariação da velocidade com a profundidade;com a profundidade; -Variação doVariação do comportamento ao longocomportamento ao longo da seção;da seção; Medições de velocidade e da seção transversal 11/12/2017 5 Medição de velocidade • Como avaliar a velocidade média doComo avaliar a velocidade média do escoamento?escoamento? – Medição de perfis de velocidadeperfis de velocidade para várias seções; – Medição de velocidades em alguns pontosvelocidades em alguns pontos que podem ser relacionados com o valor médio; 25 25 Uso deUso de:: -flutuadores;flutuadores; -Medidores de velocidadeMedidores de velocidade -Molinetes,Molinetes, -ADVADV -ADCPADCP Medição de velocidade expedita - Flutuadores • Flutuadores:Flutuadores: São objetos flutuantes que adquirem a velocidade das águas que os circundam. • Permite estimar a velocidade da corrente que arrasta o corrente que arrasta o flutuadoflutuadorr. • É usado em cursos d’água onde é impraticável a medição direta ou o uso de vertedores, mas tem pouca precisãopouca precisão. 26 26 Flutuador simples:Flutuador simples:garrafagarrafa parcialmente cheia comparcialmente cheia com água para que só o gargaloágua para que só o gargalo fique de fora.fique de fora. ÁreaÁrea AA Flutuadores - tipos • Simples ou de superfície:Simples ou de superfície: – Ficam na superfície e medem a velocidade superficial da corrente. É muito influenciado pelo vento.– Vmédia 0,8 a 0,9. Vsuperficial • Duplos ou de sub-superfícieDuplos ou de sub-superfície: – É um flutuador de superfície ligado a um corpo submerso de volume maior que adquire a velocidade da água ao redor. Fazendo com que o segundo corpo permaneça a 6/10 da profundidade, determina-se a velocidade média. • Bastões flutuantesBastões flutuantes – São tubos metálicos ocos, que tem na parte inferior um lastro mais pesado (chumbo por ex.). Devem flutuar próximo à posição vertical. h Lvv obsmed 1116,102,1. 27 Equação válida para L/hEquação válida para L/h > 3/4> 3/4 L = Comprimento do bastão; h = Profundidade do bastão Flutuadores - tipos 28 hh0,6 h0,6 h LL Flutuador deFlutuador de superfíciesuperfície Duplo ou de sub-Duplo ou de sub- superfíciesuperfície BastãoBastão flutuanteflutuante LL deve ser no máximodeve ser no máximo igual aigual a0,95 h0,95 h Utilizando um flutuador de superfície: • Escolher um trecho retilíneotrecho retilíneo do rio que tenha seção constante; • MarcarMarcar uma distânciadistância de no mínimo 10m10m; • Medir a área média da seção do rioMedir a área média da seção do rio; • Lançar o flutuador e contar o tempo para percorrer a distânciacontar o tempo para percorrer a distância demarcada. • Calcular a vazão com a fórmula – slide seguinte. 29 Escolher um trecho retilíneo do curso d’água cordascordas esticadasesticadasflutuador v = espaço/tempo Ideal que esteja entre 15 a 50mIdeal que esteja entre 15 a 50m Vazão – uso de flutuador 30 LL VolumeVolume 11/12/2017 6 Medição de velocidades na seção transversal do rioMedição de velocidades na seção transversal do rio • Medição pode ser à vau, em barcos, a balsa, emMedição pode ser à vau, em barcos, a balsa, em carros aéreos, ou sobre pontescarros aéreos, ou sobre pontes; • Equipamentos de medição: Molinete, Micromolinete ADV e ADCP 31 Medição de velocidades na seção transversal do rioMedição de velocidades na seção transversal do rio • Medições de velocidade em várias profundidadesvárias profundidades – para definir o perfil de velocidadesperfil de velocidades; 32 média OBS: Usar apenas 1 ponto pode significarOBS: Usar apenas 1 ponto pode significar superestimativa superestimativa ou ou subestimativa.subestimativa. O que ocorre ao medir um único ponto paraO que ocorre ao medir um único ponto para representar a velocidade na seção?representar a velocidade na seção? 33 média OBS: Usar apenas 1 ponto pode significar superestimativa ouOBS: Usar apenas 1 ponto pode significar superestimativa ou subestimativa.subestimativa. Medição de velocidades na seção transversal do rioMedição de velocidades na seção transversal do rio • De forma simplificadasimplificada temos: – H > 0,6 m 20% H e 80% H – H < 0,6 m 60% H 34 Forma simplificada ou detalhadaForma simplificada ou detalhada Distribuição dasVelocidades • Medições detalhadasMedições detalhadas 35 Pontos Pontos Posição Posição nanaverticalvertical Velocidade médiaVelocidade média ProfundidadeProfundidadedo riodo rio 1 0,6 P Vm=V(0,6) 0,15 a 0,6 m 2 0,2 e 0,8 P Vm=[V(0,2)+V(0,8)]/22 0,6 a 1,2 m 3 0,2; 0,6 e 0,8 P Vm=[V(0,2)+2.2.V(0,6)+V(0,8)]/44 1,2 a 2,0 m 4 0,2; 0,4; 0,6 e 0,8 P Vm=[V(0,2)+22.V(0,4)+22.V(0,6)+V(0,8)]/66 2,0 a 4,0 m 6 Sup; 0,2; 0,4; 0,6; 0,8 e Fundo Vm=[Vs+22(V(0,2)+V(0,4)+V(0,6)+V(0,8)) +Vf]/1010 > 4,0 m Número de verticais necessárias >>> largura do rioNúmero de verticais necessárias >>> largura do rio Largura Largura do do rio rio (m) (m) Distância Distância entreentre verticais (m)verticais (m) Número de verticaisNúmero de verticais 33 0,3 100,3 10 3 3 a a 6 6 0,5 0,5 6 6 a a 1212 6 6 a a 15 15 1 1 6 6 a a 1515 15 15 a a 30 30 2 2 7 7 a a 1515 30 30 a a 50 50 3 3 10 10 a a 1616 50 50 a a 80 80 4 4 12 12 a a 2020 80 80 a a 150 150 6 6 13 13 a a 2525 150 150 a a 250 250 8 8 18 18 a a 3030 250250 12 12 > > 2020 36 11/12/2017 7 Número de Verticais 37 Molinetes – medições pontuais • São aparelhos constituídos de palhetas, hélices ou conchas móveis, que são impulsionadas pelo líquido. • O número de rotações em um determinado temponúmero de rotações em um determinado tempo é proporcional à velocidadeé proporcional à velocidade da corrente. 38OTT Molinete Universal C31OTT Molinete Universal C31 Micromolinete. Usado paraMicromolinete. Usado para medir pequenas vazões emmedir pequenas vazões em laboratório.laboratório. Molinetes 39 Molinete GurleyMolinete Gurley Molinetes 40 Pode-se acoplar dispositivos para automatizar as leituras do molinetePode-se acoplar dispositivos para automatizar as leituras do molinete (contador automático).(contador automático). Detalhe do contador de voltasDetalhe do contador de voltas Molinetes • Calibração: associa nº de revoluções/min a velocidade do escoamento (m/s) • A velocidade é conhecida contando o numero de revoluções realizadas em um intervalo de tempo (> 30s em geral); • Onde fazer a calibração? Onde se Onde fazer a calibração? Onde se conhece a velocidade!conhece a velocidade! 41Canal de VelocidadeCanal de Velocidade – – IPH/UFRGS IPH/UFRGS Canal Canal de de VelocidadeVelocidade – – UFSM UFSM Utilização do Molinete 42 11/12/2017 8 Utilização do Molinete - Medição à vau • Para pequenas profundidades ( ~ 1.20 m) • Para pequenas vazões • Molinete preso à uma hastepreso à uma haste 43 Utilização do Molinete - Medição à vau 44 Utilização de molinetes – rios maiores • Barcos, balsas, em carros aéreos Barcos, balsas, em carros aéreos (teleféricos)(teleféricos), ou sobre , ou sobre pontes;pontes; 45 Medição com Barco FixoMedição com Barco Fixo - É a - É a mais freqüentemais freqüente - Barco fixado a um cabo de aço- Barco fixado a um cabo de aço - Cabo preso nas - Cabo preso nas margensmargens - Posições das verticais medidas no cabo- Posições das verticais medidas no cabo Molinetes – medição sobre pontes • Problemas da influências da estrutura • Localização da ponteLocalização da ponte em boa seção paramedição 47 Cálculo da VazãoCálculo da Vazão – – velocidades em várias seções e velocidades em várias seções e profundidadesprofundidades • Velocidades médias • Profundidades 48 Cálculo da área da seção: Cálculo da velocidade média de cada vertical: Em cada vertical é medida uma ou mais velocidades em profundidades diferentes e se calcula a velocidade média de cada vertical (Vi). Assim obtém-se a velocidade média para cada Ai A vazão será A vazão será o somatório das Vi multiplicadas pelas Aio somatório das Vi multiplicadas pelas Ai b h Medição de velocidade 11/12/2017 9 Exercício • 1) Uma medição de vazão em um pequeno rio apresentou os resultados de hidrometria da tabela abaixo. A última vertical foi medida a 0,5 m da margem (a largura total do rio é de 12 metros). • Calcule a vazão. 49 Distância da margem (m) 0,5 1,5 3,5 5,5 7,5 9,5 10,5 11,5 Profundidade (m) 0,5 1,2 2,3 3,0 3,1 2,8 2,0 0,5 Velocidade a 0,2 m (m/s) 0,07 0,10 0,18 0,33 0,40 0,35 0,26 0,10 Velocidade a 0,8 m (m/s) 0,02 0,06 0,10 0,19 0,23 0,19 0,09 0,07 0,2 m 0,8 m Largura doLargura do rio (m)rio (m) DistânciaDistância entreentre verticaisverticais (m)(m) Número deNúmero de verticaisverticais 33 0,3 100,3 10 3 3 a a 6 6 0,5 0,5 6 6 a a 1212 6 6 a a 15 15 1 1 6 6 a a 1515 15 15 a a 30 30 2 2 7 7 a a 1515 30 30 a a 50 50 3 3 10 10 a a 1616 50 50 a a 80 80 4 4 12 12 a a 2020 80 80 a a 150 150 6 6 13 13 a a 2525 150 150 a a 250 250 8 8 18 18 a a 3030 250250 12 12 > > 2020 Rio tem 12 metros de largura Montar a tabela: 51 52 Vazão total =Vazão total = 5,85 5,85 m³/s m³/s -1,1 -1 -0,9 -0,8-0,7 -0,6 -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0 1,3 2,6 3,9 5,2 6,5 7,8 9,1 10,4 11 ,7 13 14,3 PoPontntosos PePerfrf il il (m(m)) PePerfrf il il dedet.t.(m(m)) PrProfof. . (m(m)) ÁrÁrea ea (m(m²)²) VeVel. l. (m(m/s/s)) VaVazãzão o (m(m³/³/s)s) 1 0 0 0 0 0 0 2 1,3 1,3 -0,32 0,208 0 0 3 2,6 1,3 -0,32 0,416 0 0 4 3,9 1,3 -0,38 0,455 0 0 5 5,2 1,3 -0,5 0,572 0 0 6 6,5 1,3 -0,54 0,676 0 0 7 7,8 1,3 -0,8 0,871 0,05 0,042155562 8 9,1 1,3 -0,88 1 ,092 0,13 0,136515854 9 10,4 1,3 -0,88 1, 144 0,14 0 ,156351075 10 11,7 1,3 -1,03 1 ,2415 0,20 0 ,244415732 11 13 1,3 -0,78 1,1765 0,12 0,137765464 12 14,3 0 0 0 0 0 VVeelloocciiddaaddees s ((ggiirrooss)) 11 22 33 44 55 66 77 88 99 1100 1111 1122 20%20% - - - - - - 11 49 62,5 64 37 - 60%60% - 0 0 0 0 0 - - - - - - 80%80% - - - - - - 5,3 20 20 35,5 20,5 - Média(30 s)Média(30 s) 3,22 12,9 14,25 20,6 11,9 Médiapor segundoMédiapor segundo 0,107 0,430 0,475 0,687 0,397 Vazão Vazão total total (m³/s) (m³/s) = = 0,7172036870,717203687 Vazão Vazão total total (L/s) (L/s) = = 717,2036867717,2036867 Outros equipamentos: • ADV e ADCP: Equipamento que utilizam o efeito Doppler A sonda emite uma onda sonora com freqüência padrão e analisa a freqüência que é refletida nas partículas em suspensão na água. • ADV (Acoustic Doppler Velocimeter) – Mede velocidade • ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler) – Mede vazão 54 11/12/2017 10 ADV (Acoustic Doppler Velocimeter) 55EixoBiestático Eixo Biestático Eixo Biestático Receptor Acústico Receptor Acústico Receptor Acústico Transmissor Acústico Transmissor Acústico Transmissor Acústico ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler) 56 57 ADCP:ADCP: é um equipamento acústico de medição de vazão que utiliza o efeito Doppler (mudança observada na freqüência de uma onda qualquer resultante do movimento relativo entre a fonte e o observador) transmitindo pulsos sonoros de freqüência fixa e escutando o eco que retorna das partículas em suspensão (sedimentos e plâncton). ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler)ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler) Estes materiais, na média, movem-se com a mesma velocidade da massa da água em que se encontram. ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler) 59 ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler) 60 11/12/2017 11 Outras estruturas para medição de vazão • Utilização da própria seção transversal do rio quando se verifica que a mesma permanece constante ao longo do tempo; • Em alguns casos, a instalação de uma estruturainstalação de uma estrutura hidráulicahidráulica pode facilitar a avaliação da vazão – escoamento crítico: – Calhas ParshallCalhas Parshall (mais caras) – VertedoresVertedores (criam obstáculos ao fluxo de sedimentos, peixes, …) – Outros tipos de calhas; 62 Calhas e vertedores 63 h Q Calha Parshall 64 Capacidades de descarga de calhas Parshall pré-fabricadas W (largura da garganta) Pol. 1" 2" 3" 6" 9" 12" 18" Vazão Máxima m³/h 20,4120,41 51,00 193,68 397,44 907,30 1.641,24 2.507,762.507,76 Vazão Máxima. l/s 5,67 14,17 53,80 110,40 252,02 455,90 696,6 Vazão Mínima m³/h 0,400,40 1,00 2,88 5,04 9,00 11,16 15,1215,12 Vazão Mínima l/s 0,11 0,28 0,80 1,40 2,55 3,10 4,2 65 VertedoresVertedores • Vazão é função da lâmina de água. 66 11/12/2017 12 Para medida de pequenas vazões (Q < 0,03 m3 /s) é preferível o emprego dos vertedores triangulares, por que, a carga H é medida mais facilmente que nos vertedores retangulares. 68 Vertedor Triangular Vertedor Retangular Qual a Qual a diferença entre os vertedores triangulares e retangulares???diferença entre os vertedores triangulares e retangulares??? Vertedores mais utilizado Limnígrafo com Tubulação Instalado na Margem do CursoLimnígrafo com Tubulação Instalado na Margem do Curso D’ÁguaD’Água 69 Limnígrafo com Tubulação Instalado no Curso D’ÁguaLimnígrafo com Tubulação Instalado no Curso D’Água 70 Limnígrafos de BóiaLimnígrafos de Bóia 71 UltrasonUltrason Transmissão de dadosTransmissão de dados 11/12/2017 13 Transdutores de PressãoTransdutores de Pressão para medição da cota em um para medição da cota em um determinado intervalo de tempodeterminado intervalo de tempo Observação sobre Transdutores de PressãoObservação sobre Transdutores de Pressão O conceito de pressão atmosférica (DNH, 2011) consiste na força exercida pelo peso da atmosfera sobre uma área unitária Logo, a pressão decresce à medida que a altitude aumenta, Existem outros conceitos complementares a este, que tratam sobre a variaçãovariação diurna da pressão atmosféricadiurna da pressão atmosférica. A pressão atmosférica, especialmente em condições de bom tempo, varia de modo regular, apresentando uma dupla oscilação diáriadupla oscilação diária, com máximos às 10 e 22 horas e mínimos às 04 e 16 horas. Assim, o barômetroAssim, o barômetrosobe das 04 até às 10 horassobe das 04 até às 10 horas da manhã e da manhã edesce das 10desce das 10 às16às16 horas; torna a subir, das horas; torna a subir, das16 às 22 horas16 às 22 horas, para baixar, das, para baixar, das22 às 0422 às 04 horashoras Esta variação da pressão é denominadaEsta variação da pressão é denominadamaré barométricamaré barométrica e deve ser e deve ser considerada no monitoramento de vazões.considerada no monitoramento de vazões. Curva-chave • Relação biunívoca entre vazão e nível d’água requer: cada elemento de um corresponda um e só um do outro. - Regime permanente e uniforme ou;Regime permanente e uniforme ou; Regime Crítico;Regime Crítico; 76 Curva-chave 77Pontos: Muitas medições de vazão feitas como visto anteriormente Curva-chave 78 11/12/2017 14 Curva-chave 79 Observação contínua Duas vezes por dia (7:00 e 17:00 horas) verifica o nível na régua. No escritório converte em vazão usando a curva chave. Construção da Curva-chave • Para determinar a Curva-Chave, busca-se ajustarajustar uma equação aos pontos medidos. Equações mais comuns: Eq. Potencial Eq. Potencial - Q = A(h-- Q = A(h-ho)ho)nn Eq. Polinomial - Q = A + Bh + Ch² + Dh³ + ... + KhEq. Polinomial - Q = A + Bh + Ch² + Dh³ + ... + Khnn Onde:QQ é a vazão; hh é a leitura da régua para qualquer vazão; hoho é a leitura da régua para condições de descarga nula; A, n, B, C, D, .... K são constantes próprias de cada seção. 80 Partindo-se da série de valores (h e Q) a determinação da curva-chave pode ser feita de duas formas: gráfica ou analiticamente. A experiência tem mostrado que o nível d´água (h) e a vazão (Q) ajustam-se bem à curva do tipopotencial, que é dada por: a e b podem ser obtidos por a e b podem ser obtidos por regressão linear, e H0 por tentativa e erroregressão linear, e H0 por tentativa e erro ou ajustados com o “solver” do Excel ou ajustados com o “solver” do Excel (MMQ), etc.(MMQ), etc. Curva-chave – Eq. potencial Q = a(h-ho)Q = a(h-ho)bb A estimativa dos parâmetros a e bparâmetros a e b pode ser realizada com base nos mínimos quadrados, transformando a equação numa reta por logarítmicos: lnQ = lna+ b.ln(h-ho) Ou Y = Ax + B onde A = b; Y = lnQ; x = ln(h-h0); B= ln(a) O valor de ho é o nível em que a vazão é nula. 82 a e b podem ser obtidos por a e b podem ser obtidos por regressão linear, e H0 por tentativa e erroregressão linear, e H0 por tentativa e erro ou ajustados com o “solver” do Excel ou ajustados com o “solver” do Excel (MMQ), etc.(MMQ), etc. 11/12/2017 15 Curva-chave – Eq. polinomial • Mais freqüente as representações do polinômio de primeiro grau (reta), segundo grau (parabólica) e de terceiro grau (cúbica). Q = A + Bh + Ch² + Dh³ + ... + KhQ = A + Bh + Ch² + Dh³ + ... + Khnn 85 Extrapolação da Curva-chave• Método das velocidades médias e áreas da seção transversal – Curva chave conhecida cota (H) em função da vazão (Q) – Curva a ser construída cota (H) em função da área (A) – Curva a ser construída cota (H) em função davelocidade (V) 86 Método das velocidades médiasMétodo das velocidades médias e áreas da seção transversale áreas da seção transversal A velocidade média do curso de água tende a seguir uma relação linear com cotas mais elevadas elevadas. Logo, plotando-se cota em função da velocidade, consegue-se estimar novas velocidadesnovas velocidades em cotas ainda não alcançadasem cotas ainda não alcançadas ou sem dados observados. Com isso, se calcula a vazão (Q) para uma determinada cota requerida com a sua área já plotada em gráfico. Q = A . V 87 Métodos de extrapolação • Método de Stevens: – Supor que se pode usar a equação de Chézy; – Supor que a declividade e a rugosidade não variam na faixa superior da curva; – Usar relação entre h, A, e Rh para obter Q. 88 J C Rh AmQ . Q = Vazão Am = Área molhada Rh = Raio Hidráulico C = coeficiente de Rugosidade J = Declividade de superfície Seção TransversalSeção Transversal Raio Hidráulico = Área/Perímetro Perímetro molhadoPerímetro molhadoÁrea molhadaÁrea molhada Extrapolação de Curva Chave 90 A combinação de duas funções, uma conhecida e outra extrapolada pela tendência. O método admite que a rugosidade e a declividade são constantes, o que pode não ocorrer; Limitações para leitos com grande quantidade de vegetação e mudança de forma Qh Extrapolação da curva para valores acima das medições Rh Am.Método de Stevens 11/12/2017 16 Extrapolação de Curva Chave 91 - Conhecendo-se as cotas e suas respectivas áreas molhadas e raios hidráulicos determina-se as vazões para cotas ainda não observadas. Método de Stevens Dados medidos - Análise de consistênciaDados medidos - Análise de consistência Todo dado hidrológico é fruto de uma ou mais observações ou medidas realizadas no campo. O valor observado em geral difere do valor verdadeiro por uma diferença que recebe o nome de “erro de observação”. erros grosseiros, erros sistemáticos e erros fortuitos.erros grosseiros, erros sistemáticos e erros fortuitos. Ø erros de metro inteiro; Ø erro de contagem de dentes; Ø erro de decímetro; Ø leitura em horários dif erentes; Ø erro de leitura de régua; Ø invenção de registro; Ø entupimento de condutos do linígrafo; Ø imprecisão do mecanismo de relógio; Ø bóia furada; Ø escorregamento do cabo da bóia; Ø danificação do equipamento por vandalismo. Entre os erros sistemáticos em f luviometria, os mais comuns são: Ø mudança de zero da régua; Ø mudança do local; Ø influência de pontes ou outras obras no nível da água; Ø laços na curva de descarga, influência de remanso; Ø alterações do leito. Entre os erros fortuitos são:Entre os erros fortuitos são: Ø ondas e oscilações de nível.Ø ondas e oscilações de nível. por ex: maré barométricapor ex: maré barométrica Ø variações inferiores à graduação da régua Ø escorregamento do cabo de aço na roldana Ø variações de nível mais rápidas que a inércia do linígrafo; Quem faz essas medições? Onde estão esses e outros dados? A Lei 9433 e a construção do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos - SNIRH HidroWeb http://www2.snirh.gov.br/home/ 11/12/2017 17 Exercício 2 • Foi realizada a medição de vazão em um rio conforme o desenho abaixo, onde cada quadrado tem 3 metros na horizontal e 1 metro na vertical. Foi realizada apenas uma medição de velocidade por vertical com os valores observados indicados no desenho. 97 15 m15 m 0,1 m/s0,1 m/s 0,7 m/s0,7 m/s 0,9 m/s0,9 m/s 0,6 m/s0,6 m/s 0,1 m/s0,1 m/s O método simplificado, com apenas 1 medição por vertical é adequado para este rio? O número de verticais é suficiente de acordo com as recomendações? Qual é a vazão medida? 120 m120 m Exercício 3 •Durante 3 anos foram realizadas medições de vazão em um pequeno arroio, com os resultados resumidos na tabela ao lado. Defina uma curva chave do tipo Q= a(h-h0)b Qual é a vazão que corresponde a h = 4 m ? – No excel! 98 Cota (m) Vazão (m3/s) 1.98 3.11 1.28 0.37 1.33 0.63 2.41 6.12 2.82 6.28 1.55 0.93 5.21 42.18 3.23 15.58 1.60 1.08 1.42 1.00 4.10 22.80 3.32 10.32 1.54 1.10 1.32 0.38 1.22 0.22 2.45 6.60 4.99 32.91 2.07 2.63 1.91 3.40 1.39 0.87 1.32 0.41 1.70 2.16 4.43 30.77 5.56 34.31 1.30 0.45 2.87 6.20 1.87 2.33 2.09 3.46 2.20 2.85 1.40 0.84 1.81 2.87
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