Buscar

Aula DRENAGEM-INBEC-ESBAVIII_mar24

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 206 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 206 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 206 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Gestão de Águas Pluviais Urbanas e 
Sistemas de Drenagem
Pós-graduação em Engenharia de Saneamento Básico e Ambiental
Profª: Monique de Faria Marins
08, 09 e 10 de março de 2024
Contato: mfmarins@gmail.com
QUEM EU SOU
• Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela UFF (2009), 
e em Engenharia Civil pela Anhanguera (2016);
• Mestrado em Meio Ambiente pela COPPE/UFRJ (2013);
• Doutorado no Programa de Pós-graduação em Dinâmica dos 
Oceanos e da Terra – DOT/UFF (2022);
• Sócia-diretora da empresa Nascente Soluções Ambientais e de 
Recursos Hídricos;
2
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
• Professora PUC-Rio – Hidrologia;
• Professora CCE PUC-Rio - Módulo Drenagem – Curso Novo Marco Regulatório do 
Saneamento Básico: Panorama Geral;
• Experiência no desenvolvimento de projetos e planos voltados para o controle de 
inundações, recursos hídricos, saneamento ambiental, modelagem hidrodinâmica de 
rios e canais, estudos hidrológicos, hidráulica de canais, drenagem urbana, drenagem 
de rodovias, licenciamento ambiental e monitoramento hidrometeorológico.
EMENTA
❑ Histórico da ocupação urbana e os desdobramentos para a 
drenagem urbana; 
❑ Ciclo hidrológico; 
❑ Impactos da urbanização no ciclo hidrológico; 
❑ Tipos de drenagem: 
▪ Drenagem clássica/tradicional;
▪ Drenagem alternativa/sustentável (SuDS);
▪ Soluções baseadas na natureza (SbN); 
❑ Dispositivos de microdrenagem e macrodrenagem; 
❑ Dimensionamento de dispositivos de drenagem: estudos 
hidrológicos e hidráulicos; 
❑ Medidas estruturais e não estruturais para controle de 
inundações. 3
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
ESTRUTURA DO CURSO
• Apresentação do módulo; 
• Histórico da urbanização e da drenagem; 
• Aspectos legais da drenagem; 
• Ciclo hidrológico e os impactos da urbanização 
(inundação, enchente, alagamento e enxurrada); 
• Hidrologia aplicada a projetos de drenagem; 
4
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Sexta-feira: 
Sábado: 
MANHÃ: 
• Tipos de drenagem: 
• Clássica/tradicional;
• Alternativa/sustentável – SuDS;
• Soluções baseadas na Natureza – SbN; 
• Microdrenagem – dispositivos e metodologias 
de dimensionamento; 
• Atividade 01.
TARDE: 
• Macrodrenagem - dispositivos e 
metodologias de dimensionamento;
• Atividade 02. 
• Controle de inundações; 
• Medidas estruturais e não estruturais; 
• Reservatórios de detenção/retenção; 
• HEC-RAS como ferramenta de simulação 
hidrodinâmica para projetos de 
macrodrenagem.
• Atividade 03.
Domingo: 
❑ AZEVEDO NETO, M. F. Fernandez, R. Araujo, A. E. Ito. Manual de Hidráulica. São Paulo, Edigar Blucher, 8ª ed. 669p. 1998.
❑ BAPTISTA, M.; NASCIMENTO, N.; BARRAUD, S. Técnicas Compensatórias em Drenagem Urbana. ABRH, 266 p. Porto Alegre, 
2005.
❑ BERTONI, J.C.; TUCCI, C. M. Hidrologia: Ciência e Aplicação. 4ª ed., Porto Alegre/ABRH, 2012.
❑ BRASIL. Lei Federal 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Lei de Parcelamento do Solo Urbano.
❑ ___. Lei Federal 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Lei das Águas.
❑ ___. Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001. Estatuto da Cidade
❑ ___. Lei Federal 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Lei Federal do Saneamento Básico.
❑ ___. Lei Federal 12.608, de 10 de abril de 2012. Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC..
❑ ___. Lei Federal 12.651, de 25 de maio de 2012. Proteção da Vegetação Nativa (Novo Código Florestal).
❑ ___. Lei Federal 14.285, de 29 de dezembro de 2021. Altera a Lei Federal 12.651 e dá outras providências.
❑ ___. Lei Federal 11.026, de 15 de julho de 2020. Novo Marco Regulatório do Saneamento Básico.
❑ ___. Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Manual para Apresentação de Propostas para Sistemas de 
Drenagem Urbana Sustentável e de Manejo de Águas Pluviais. Programa – 2218. Gestão de Riscos e Desastres, Brasília, DF, 
2020.
❑ ___. Ministério do Desenvolvimento Regional. Guia para Elaboração e Revisão de Planos Diretores. Brasília, DF, 2022.
❑ CIRILO, J. A.; BAPTISTA, M. B.; COELHO, M. M. L. P.; MASCARENHAS, F. C. B. Hidráulica aplicada. 2. ed. Porto Alegre: ABRH, 
2011.
❑ DNIT. IS-203: Estudos Hidrológicos - Anexo B3 - Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários. 
Brasília, 2006.
❑ ___. Manual de Drenagem de Rodovias. 2ª Ed. - Publicação IPR – 724 - RJ, 2006.
❑ ___. Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem. 2ª Ed. - Publicação IPR – 715 - RJ, 2005.
❑ PFAFSTETTER, O. Chuvas Intensas no Brasil. 2ª edição. Rio de Janeiro, DNOS, 426p. 1982.
5
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Referências Bibliográficas:
ESTRUTURA DO CURSO
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
6
Conceituação
➢ Definição pela Lei 14.026/2020, Art. 3º, d): drenagem e manejo das águas 
pluviais urbanas: constituídos pelas atividades, pela infraestrutura e pelas 
instalações operacionais de drenagem de águas pluviais, transporte, detenção ou 
retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição 
final das águas pluviais drenadas, contempladas a limpeza e a fiscalização 
preventiva das redes.
SDMAPU - Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas 
Fonte: https://www.deltares.nl/en/software/sobek/
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
7
A DRENAGEM E O MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS DEVE pensar em 
uma gestão dos impactos causados pelo meio urbano nos sistemas 
hídricos, que transcende um simples receituário de obras padrão e remete 
a uma abordagem complexa que inclui aspectos técnicos de engenharia, 
aspectos sanitários, ambientais, legais e econômicos, e exige uma 
conexão muito estreita com a concepção e gestão dos espaços urbanos.
Conceituação
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
8
Conceituação
➢ GESTÃO DO SDMAPU
• Realizados pelas Prefeituras de forma direta, em geral, e descentralizada: 
secretaria de obras, de infraestrutura, de planejamento, dentre outras;
• Serviços executados com foco na reparação dos danos, e de forma localizada: 
instalação de tubulações, canaletas, caixas, desobstrução dos dispositivos, etc;
• Ausência de planejamento e de estudos hidrológicos e hidráulicos, bem como 
de projetos a fim de avaliar a capacidade dos dispositivos, os impactos de 
eventuais inundações e as transferências para jusante;
• Ausência de cadastro das redes de drenagem e do mapeamento dos cursos 
d´água;
• Ausência de planejamento (Plano Diretor, Plano de Drenagem, Plano de 
Saneamento).
• Serviço com maior déficit e baixa arrecadação, não despertando interesse de 
empresas;
• Necessidade de ações não só de operação, mas de planejamento e gestão 
integrada aos planos de bacias.
Fonte: Diagnóstico Temático Drenagem e Manejo das Águas Pluviais 
Urbanas. Ano de referência: 2021
Total municípios 
Brasil: 5570
Conceituação
➢ COBRANÇA
A sustentabilidade econômico-financeira dos serviços de DMAPU no Brasil 
deriva diretamente dos recursos do orçamento público local.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
9
Nome do Município UF Setor Responsável Natureza Jurídica
CB001 - Existe alguma forma 
de cobrança pelos serviços 
de Drenagem e Manejo das 
Águas Pluviais Urbanas?
CB002 - Qual é a forma de cobrança 
adotada?
CB004 - Valor cobrado 
pelos serviços de 
Drenagem e Manejo das 
Águas Pluviais Urbanas por 
imóvel urbano:
Estrela de Alagoas AL
Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo, 
Serviço Público e Meio Ambiente
Administração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 0,75
Manaquiri AM
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 
E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Administração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 9,00
Marcionílio Souza BA marcionilio souza Administração pública direta Sim Cobrança de taxa específica 2,10
Bicas MG Secretaria Municipal de Obras Administração pública direta Sim Cobrança de taxa específica 18,00
Ipiaçu MG IpiacuAdministração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 15,00
São João 
Nepomuceno
MG
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO 
URBANO
Administração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 78,30
Confresa MT AGUAS DE CONFRESA S.A
Sociedade de economia mista com 
administração privada
Sim Cobrança de taxa específica 35,40
São José do Povo MT Gerente de Agua Administração pública direta Sim Cobrança de taxa específica 22,80
Antonina PR Secretaria Municipal de Obras e Planejamento. Administração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 80,00
Bituruna PR Secretaria de Desenvolvimento Urbano Administração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 40,00
Cândido de Abreu PR
SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E 
DESENVOLVIMENTO
Administração pública direta Sim Cobrança de taxa específica 45,00
Encanto RN secretaria de obras Administração pública direta Sim Cobrança de taxa específica 0,20
Tenente Ananias RN
SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA 
RECURSOS HIDRICOS E MEIO AMBIENTE
Administração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 20,00
Estância Velha RS Secretaria de Obras, Viação e Serviços Urbanos Administração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 10,00
Montenegro RS
Secretaria Municipal de Viação e Serviços 
Urbanos e Secretaria Municipal de Gestão e 
Planejamento
Administração pública direta Sim Cobrança de taxa específica 72,26
Nova Santa Rita RS
secretaria municipal de transporte e serviços 
publicos
Administração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 87,00
Porto Alegre RS Departamento Municipal de Água e Esgotos Autarquia Sim Cobrança de tarifa ou preço público 32,25
São Leopoldo RS Serviço Municipal de Água e Esgoto Administração pública direta Sim Cobrança de taxa específica 13,56
Cafelândia SP Secretaria Municipal de Obras e Engenharia Administração pública direta Sim Cobrança de taxa específica 20,35
Colômbia SP
PREFEITURA MUNICIPAL DE COLÔMBIA - 
SUPERINTENDÊNCIA DA AGRICULTURA E 
MEIO AMBIENTE
Administração pública direta Sim Cobrança de taxa específica 50,00
Florínia SP
Secretaria Municipal de Obras e Serviços 
Urbanos
Administração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 13,51
Pedro de Toledo SP Departamento de Obras e Engenharia Administração pública direta Sim Cobrança de tarifa ou preço público 35,00
Santo André SP
Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos - 
SMSU
Autarquia Sim Cobrança de taxa específica 2,29
Mateiros TO Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento Administração pública direta Sim Cobrança de taxa específica 43,78
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
10
Conceituação
➢ COBRANÇA
Lei 14.026/2020 - Art. 4º-A: A ANA instituirá normas de referência para a regulação dos 
serviços públicos de saneamento básico por seus titulares e suas entidades 
reguladoras e fiscalizadoras, observadas as diretrizes para a função de regulação 
estabelecidas na Lei nº11.445, de 5 de janeiro de 2007.
 
§ 1º Caberá à ANA estabelecer normas de referência sobre:
XI - normas e metas de substituição do sistema unitário pelo sistema separador 
absoluto de tratamento de efluentes;
XII - sistema de avaliação do cumprimento de metas de ampliação e universalização da 
cobertura dos serviços públicos de saneamento básico;
XIII - conteúdo mínimo para a prestação universalizada e para a sustentabilidade 
econômico-financeira dos serviços públicos de saneamento básico;
• Criação da Superintendência de Regulação de Serviços e Coordenação de 
Drenagem (DRU) na ANA com o Novo Marco.
Conceituação
➢ REGULAÇÃO
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
11
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
12
Conceituação
https://anais.abrhidro.org.br/events.php
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
13
https://www.youtube.com/watch?v=s9lrWYi1II4
https://www.youtube.com/watch?v=glmGdj5FZGA
Conceituação
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
14
Conceituação
https://www.youtube.com/playlist?list=PL69hbSPM3INsDktfaBf4BLXXRztaLjw0M
15
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
❖ A ocupação urbana estabeleceu-se às margens dos rios, lagos e mares, pois a partir 
deles era possível extrair água para o consumo e higiene humana, alimento através 
da pesca, serviam como meios de navegação e como locais de despejo dos 
efluentes;
❖ Porém essa ocupação se deu, em geral, de forma não planejada e, com o aumento 
da população, do avanço da agricultura e das atividades industriais, os corpos 
hídricos começaram a perder a sua capacidade de autodepuração. Tornaram-se 
poluídos, deixando de ser os “mocinhos” e tornando-se os “vilões”;
Histórico da ocupação urbana e os desdobramentos 
para a drenagem urbana
Margem direita do rio Tamanduateí no fim do século XIX
16
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
❖ Com o aumento das doenças e grandes epidemias de cólera e tifo que assolaram a 
Europa no século XIX, ocorreu uma alteração significativa do tratamento da 
drenagem urbana, com o advento dos princípios do “higienismo”;
❖ PRECEITOS HIGIENISTAS: rápida evacuação das águas das áreas urbanas através 
de condutos, de preferência subterrâneos, facilitando a circulação viária e o 
desenvolvimento urbano, sem a presença da água na superfície das ruas, 
prevenindo doenças de veiculação hídrica;
Ruas de Paraty construídas como calhas para entrada 
da maré e limpeza das ruas
Vídeo: https://www.instagram.com/p/CkT-7NAgKog/
17
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
❖ No Brasil, as inundações naturais das várzeas traziam doenças para a população 
que vivia perto do rio. Na década de 40 muitos canais artificiais foram 
construídos pelo extinto DNOS - Departamento Nacional de Obras e 
Saneamento, alterando áreas onde naturalmente existiam lagoas, brejos e 
canais naturais, além de retificações de rios;
Projeto de Retificação do Rio Tietê elaborado em 1893
Fonte: Rosa, 2013
18
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
❖ A implantação desses canais resultaram na modificação da dinâmica das águas 
dessas áreas e, com a falta de manutenção esses canais, outros problemas 
começaram a surgir, principalmente ligados à inundação; 
❖ Foi então que, a partir da década de 60, ao perceber as deficiências e 
consequências negativas nos sistemas naturais de drenagem, começou-se a 
olhar com mais cuidado para as ações do homem sobre o meio e a se pensar em 
medidas mais integradas de drenagem e manejo das águas urbanas.
19
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Consequências da retificação dos rios
Fonte: Árvore Água (instagram: @arvoreagua)
➢ Constituição Federal de 1988: 
➢ Título III - Capítulo II - Art. 21. XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra 
as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
➢ Título III - Capítulo II - Art. 21. XX – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, 
inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
➢ Título III - Capítulo II - Art. 23. IX – promover programas de construção de moradias e 
a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
➢ Título VIII - Capítulo II - Art. 200. IV – participar da formulação da política e da 
execução das ações de saneamento básico;
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Aspectos Legais da Drenagem
Para um manejo eficiente das águas pluviais em áreas urbanas é necessário 
dispor de dois recursos principais: (1) legislações, para definir as exigências 
para o controle e incentivo da drenagem urbana sustentável; (2) 
gerenciamento municipal, para garantir a aplicabilidade das legislações.
➢ Parcelamento e Uso do Solo Urbano - Lei Federal nº 6.766/1979 – Faixa Não Edificável / 
Faixa Non Aedificandi (FNA) - Art. 3º - Não será permitido o parcelamento do solo: I - em 
terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antesde tomadas as providências para 
assegurar o escoamento das águas;
20
o Inciso II - mapeamento contendo as áreas suscetíveis à ocorrência de 
deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos 
geológicos ou hidrológicos correlatos (Lei nº 12.608/2012);
o Inciso IV - medidas de drenagem urbana necessárias à prevenção e à 
mitigação de impactos de desastres (Incluído pela Lei nº 12.608/2012);
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
21
➢ Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) - Lei Federal nº 9.433/1997:
➢ Capítulo II - art. 2º, inciso IV - incentivar e promover a captação, a 
preservação e o aproveitamento de águas pluviais (Incluído pela Lei nº 13.501, 
de 2017);
➢ Estatuto da Cidade - Lei Federal nº 10.257/2001 – Regulamenta os arts. 182 e 183 da 
Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências: 
• Capítulo III - Art. 41. O Plano Diretor é obrigatório para cidades: 
o Inciso VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à 
ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou 
processos geológicos ou hidrológicos correlatos (Incluído pela Lei nº 
12.608/2012 - Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC);
▪ Capítulo III - Art. 42-A. Além do conteúdo previsto no art. 42, o Plano Diretor dos 
Municípios incluídos no cadastro nacional de municípios com áreas suscetíveis à 
ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos 
geológicos ou hidrológicos correlatos deverá conter:
Aspectos Legais da Drenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
22
➢ Planos de Saneamento Básico - Lei Federal nº 11.445/2007; Lei nº 14.026/2020;
• Universalização do acesso aos serviços de Saneamento Básico, do qual faz parte a 
drenagem urbana;
• Descreve como parte do saneamento básico os serviços, infraestruturas e instalações 
operacionais de “[...] detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, 
tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas [...]” ;
• Possibilidade de cobrança pelos serviços de manejo de águas pluviais urbanas, a fim de 
manter a sustentabilidade econômico-financeira dos serviços prestados;
• As cobranças devem considerar “[...] os percentuais de impermeabilização e a existência 
de dispositivos de amortecimento ou de retenção de água de chuva [...]
Aspectos Legais da Drenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
23
➢ Áreas de Preservação Permanente – APP / Demarcação de Faixa Marginal de 
Proteção (FMP)*
➢ Lei Federal nº 12.651/2012 (Código Florestal);
➢ Lei Federal nº 14.285/2021 - alterou dispositivos do Código Florestal referentes à 
proteção de Áreas de Preservação Permanente (APPs) em áreas urbanas 
consolidadas. 
*no estado do Rio de Janeiro, a Faixa Marginal de Proteção (FMP) é um tipo específico de Área de 
Preservação Permanente (APP) - art. 268, inciso III, da Constituição Estadual 
Aspectos Legais da Drenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
24
➢ Áreas de Preservação Permanente – APP / Demarcação de Faixa Marginal de 
Proteção (FMP)*
➢ Lei Federal nº 12.651/2012 (Código Florestal) 
Aspectos Legais da Drenagem
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 
(cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa 
definida na licença ambiental do empreendimento; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
§ 1º Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento 
ou represamento de cursos d’água naturais
§ 4º Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um) hectare, fica dispensada a reserva da faixa de 
proteção prevista nos incisos II e III do caput , vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa, salvo autorização do órgão ambiental 
competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. 
Art. 5º Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, 
desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu 
entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) 
metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana. 
 Art. 62. Para os reservatórios artificiais de água destinados a geração de energia ou abastecimento público que foram registrados ou 
tiveram seus contratos de concessão ou autorização assinados anteriormente à Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, a 
faixa da Área de Preservação Permanente será a distância entre o nível máximo operativo normal e a cota máxima maximorum . 
LAGOS, LAGOAS E RESERVATÓRIOS
➢ Áreas de Preservação Permanente – APP / Demarcação de Faixa Marginal de 
Proteção (FMP)*
➢ Lei Federal nº 12.651/2012 (Código Florestal) 
Aspectos Legais da Drenagem
LAGOS, LAGOAS E RESERVATÓRIOS
Tipo Zona
Área de 
Superfície
FMP (m)
Reservatórios artificiais de água que não 
decorram de barramento ou represamento 
de cursos d’água naturais
- - Dispensada
Acumulações naturais ou artificiais de água 
com superfície inferior a 1 (um) hectare
- < 1 ha Dispensada
< 20 ha 50
> 20 ha 100
Urbana - 30
Rural - 30 - 100
Urbana - 15 - 30
-
Medida Provisória 
nº 2.166-67/2001
Distância entre o nível 
máximo operativo normal e a 
cota máxima maximorum 
Reservatório d’água artificial destinado a 
geração de energia ou abastecimento 
público
Lagos e Lagoas Naturais
Rural
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
25reservatórios artificiais de água destinados a geração de energia ou abastecimento público que foram registrados ou tiveram seus 
contratos de concessão ou autorização assinados anteriormente à Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001
*
*
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
26
Ciclo Hidrológico
• Evapotranspiração da água 
do solo, do mar, das água 
continentais e da vegetação;
• Condensação em forma de 
nuvens;
• Precipitação;
• Degelo;
• Acumulação no solo ou em 
corpos d’água;
• Escoamento superficial;
• Infiltração no solo.
Ciclo Hidrológico: Fenômeno global de circulação fechada da água entre a 
superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia 
solar associada à gravidade e à rotação terrestre (ANA, 2015).
Ciclo Hidrológico
Fonte: MMA, 2017
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
27E
fe
it
o
s
 d
a
 u
rb
a
n
iz
a
ç
ã
o
 n
o
 b
a
la
n
ç
o
 h
íd
ri
c
o
F
o
n
te
: 
A
d
a
p
ta
d
o
 d
e
 F
IS
R
W
G
, 
2
0
0
1
 
Impactos da Urbanização no Ciclo Hidrológico
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
28
➢ Redução das taxas de infiltração no solo e 
da evapotranspiração;
➢ Aumento das taxas de escoamento superficial;
➢ Redução da recarga dos lençóis freáticos e do escoamento subterrâneo;
➢ Aumento da temperatura devido à produção das ilhas de calor, 
principalmente nos centros urbanos;
➢ Aumento da produção de sedimentos e consequente assoreamento da rede 
de drenagem e redução da capacidade hidráulica;
➢ Aumento da poluição devido ao transporte de poluentes agregados aos 
sedimentos;
➢ Redução da qualidade da água das redes pluviais e dos corpos hídricos.
Dica de documentário: ENTRE RIOS. Conta a história da cidade de São Paulo sob a perspectiva de seus rios e 
córregos, abordando o processo de transformaçãosofrido pelos cursos d’água paulistanos e as motivações sociais, 
políticas e econômicas que orientaram a cidade a se moldar como se eles não existissem.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=Xi9c_N8uFvY
Impactos da Urbanização no 
Ciclo Hidrológico
29
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
ENCHENTE
INUNDAÇÃO
ALAGAMENTO
Como você 
Classificaria esses 
Impactos? ENXURRADA
Link quiz
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe
sLGiZ9mA7ZAwNcCVMF0wrtkm0j5knM8Zp6-
Q-ZTRa0d1IWw/viewform?usp=sf_link
30
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Principais Impactos
ENCHENTE
1
Elevação do nível d’água no rio, 
atingindo sua capacidade máxima, 
sem extravasamento.
INUNDAÇÃO
2
Transbordamento do rio 
atingindo as planícies de 
inundação ou várzea.
Diferença entre inundação, enchente e 
alagamento. Fonte: Defesa Civil de São 
Bernardo do Campo, 2015
Fonte: Marchezini, et. al, 2020
Diferença entre inundação, enchente e 
alagamento. Fonte: Defesa Civil de São 
Bernardo do Campo, 2015
31
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Principais Impactos
Fonte: Marchezini, et. al, 2020
ALAGAMENTO ENXURRADA
3
4
Acúmulo momentâneo da água por 
deficiência do sistema de 
drenagem.
Escoamento superficial concentrado 
e com alta energia de transporte, 
que pode estar ou não associado 
aos rios.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
32
Principais Impactos
Condado de Yanjin, Província de Yunnan/China - 
construído às margens do rio Nanxi.
A cidade mais estreita do mundo (400m de largura)
https://www.linkedin.com/posts/monique-marins_recebi-esse-
v%C3%ADdeo-do-raphael-lima-um-v%C3%ADdeo-activity-
6728800965819944960-Ixcv
Província de 
Yunnan/China
Província de 
Yunnan/China
Afonso Cláudio, ES
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
33
Principais Impactos
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
34
Principais Impactos
Resíduos sólidos x drenagem:
https://www.linkedin.com/posts/monique-
marins_engenhariaambiental-engenharia-sustentabilidade-activity-
6701672278687662080-zePj
https://www.linkedin.com/posts/monique-marins_engenhariaambiental-engenharia-sustentabilidade-activity-6701672278687662080-zePj
https://www.linkedin.com/posts/monique-marins_engenhariaambiental-engenharia-sustentabilidade-activity-6701672278687662080-zePj
https://www.linkedin.com/posts/monique-marins_engenhariaambiental-engenharia-sustentabilidade-activity-6701672278687662080-zePj
35
Principais Impactos
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
35
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
36
Principais Impactos
"Dispositivo" desenvolvido por 
morador para que a água do rio, 
nas cheias, não entre na sua casa. 
Situação corriqueira no nosso país 
- residências às margens de rios, 
despejando efluentes domésticos 
e sendo afetadas pelas elevações 
de níveis dos rios.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
37
Principais Impactos
Principais Impactos
38
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
39
Principais Impactos
PERCEPÇÃO DE RISCO
Os mais impactados são 
os mais vulneráveis.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
40
Hidrologia aplicada a projetos de drenagem
Hidrologia é a ciência que trata da água na Terra, sua ocorrência, 
circulação e distribuição, suas propriedades físicas e químicas, e 
suas reações com o meio ambiente, incluindo suas relações com as 
formas vivas. (U.S. Federal Council for Science and Technology)
Aplicações:
▪ Gestão de recursos hídricos;
▪ Irrigação;
▪ Dimensionamento de dispositivos de drenagem urbana;
▪ Estudos de inundações;
▪ Drenagem de rodovias;
▪ Geração de energia;
▪ Obras hidráulicas;
▪ Saneamento.
➢ Estudos hidrológicos: quantificação dos volumes de água.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
41
Hidrologia aplicada a projetos de drenagem
➢ Objetivo dos Estudos Hidrológicos
• Determinação das chuvas de projeto e das vazões de 
contribuição dos dispositivos de drenagem;
• Vazões de projeto associadas a um determinado tempo de 
recorrência, a ser definido em função do tipo de obra a ser 
executada;
• Fornecer subsídios e informações necessárias para a 
avaliação adequada do regime pluviométrico da região 
estudada, visando estabelecer a influência das condições 
climáticas sobre o terreno natural, a terraplenagem, a 
pavimentação e sobre a concepção e dimensionamento 
das estruturas de drenagem, bem como sobre o 
estabelecimento do cronograma físico correspondente às 
etapas construtivas do projeto.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
42
Hidrologia aplicada a projetos de drenagem
➢ Etapas
43
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
43
Hidrologia aplicada a projetos de drenagem
➢ Etapas
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
44
Conceitos Importantes
Elementos de uma bacia hidrográfica
44
Bacia Hidrográfica
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
45
Forma da Bacia
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
46
Rede de Drenagem
• Ordem dos cursos d’água: grau de ramificação 
ou bifurcação dentro de uma bacia.
• Densidade de drenagem (Dd): relação entre 
o comprimento total dos cursos d’água de 
uma bacia (L) e a sua área total (A).
• Extensão média do escoamento superficial: 
distância média de escoamento da água 
considerando uma linha reta desde o ponto 
de incidência da chuva até o curso d’água.
• Sinuosidade do curso d’água principal (IS): 
relação entre o comprimento do rio principal 
(Lc) e a distância entre a nascente e a foz 
(Dc) medida em linha reta.
IS = Lc/Dv 
Fonte: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4641489/mod_resource/c
ontent/1/aula%203_LOB1233.pdf
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
47
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
48
Dados Topográficos da Bacia
Definição: Modelo Digital de Elevação (MDE) é um modelo digital que representa as 
altitudes da superfície topográfica agregada aos elementos geográficos existentes sobre 
ela, como cobertura vegetal e edificações. 
Fonte: CAMPOS (2019)
MDE – Modelo Digital de Elevação
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
49
Dados Topográficos da Bacia
IBGE: Disponível nos formatos TIF e ASCII
Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/modelos-
digitais-de-superficie/modelos-digitais-de-superficie/10856-mde-
modelo-digital-de-elevacao.html?=&t=downloads
SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) EMBRAPA: 
https://www.cnpm.embrapa.br/projetos/relevobr/
EMBRAPA: feita com 
imagens do 
satélite Landsat 7 de 
2000/2001
MDE – Modelo Digital de Elevação
http://srtm.usgs.gov/
http://www.sat.cnpm.embrapa.br/satelite/landsat.html
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
50
Dados Topográficos da Bacia
Levantamento de seções topobatimétricas
• Dois receptores GNSS – um fixo e 
um móvel (RTK);
• Estação total;
• Drone.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
VIDEO DRONE – LINKEDIN: https://www.linkedin.com/posts/monique-marins_star-wars-que-nada-e-voc%C3%AA-
j%C3%A1-activity-6927352280392323073-i-T8?utm_source=linkedin_share&utm_medium=member_desktop_web
Dados Topográficos da Bacia
51
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
52
Dados Topográficos da Bacia
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
53
Análise do lençol freático
Dados Geotécnicos
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
54
▪ Dados registrados em estações de monitoramento: chuva e vazão;
▪ Fontes: ANA, INEA, INMET.
HIDROWEB/ANA: http://www.snirh.gov.br/hidroweb/
INMET: 
• https://bdmep.inmet.gov.br
• https://portal.inmet.gov.br/normais
HIDROWEB/ANA INMETDados Hidrológicos
http://www.snirh.gov.br/hidroweb/
https://bdmep.inmet.gov.br/
https://portal.inmet.gov.br/normais
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Dados Hidrológicos
55
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
56
Dados de Uso e Cobertura do Solo
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
57
Delimitação da Bacia Hidrográfica
• Cartas Topográficas (IBGE);
• Levantamento Planialtimétrico;
• Shapes de curvas de nível;
• Arquivos raster (MDE).
• GOOGLE EARTH PRO
• AUTOCAD
• ARCGIS/QGIS
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
ARCGIS/QGIS
Delimitação da Bacia Hidrográfica
58
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
59
GOOGLE EARTH PRO
Delimitação da Bacia Hidrográfica
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
AUTOCAD/MANUAL
Delimitação da Bacia Hidrográfica
60
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
61
GOOGLE EARTH PRO
ARCGIS AUTOCAD
Delimitação da Bacia Hidrográfica
61
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Delimitação da Bacia Hidrográfica
62
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
63
Exemplo: Delimitação de bacia hidrográfica
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
64
• Também chamado de Tempo de Recorrência;
• Representado pela sigla “TR”;
• Significa o intervalo de tempo (geralmente em anos) esperado para 
que um determinado evento seja igualado ou superado;
• Ocorrência de eventos naturais como chuvas, secas, furacões não 
seguem um periodicidade;
• Os eventos são cíclicos – vão acontecer, mas não sabe-se quando;
• Uma forma de estimar a ocorrência de um evento natural é através 
do uso de estatísticas aplicadas a dados de eventos passados;
Período de Retorno
Representa o risco a ser assumido no dimensionamento de um dispositivo 
hidráulico, considerando a frequência com que a chuva de projeto será 
igualada ou ultrapassada num ano qualquer.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
65
PROBABILIDADE
Período de Retorno
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
66
• Sendo p a probabilidade de ocorrência do evento num ano e q a probabilidade 
de não-ocorrência do evento, então (q = 1- p);
• Logo, a probabilidade de não ocorrer em um ano qualquer será q = 1-p = 1-
1/TR;
• Os eventos são independentes, então a probabilidade de não ocorrência em n 
anos seguidos = q = (1-p).(1-p). ... .(1-p) = (1-p)n
• Logo, a probabilidade de não-ocorrência em n anos seguidos é q = (1-1/TR)n
PROBABILIDADE
Período de Retorno
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
67
RISCO DE FALHA
Período de Retorno
Aula sobre Tempo de Recorrência: https://www.youtube.com/watch?v=U0jYErVqYX8&t=18s
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
68
Período de Retorno
Drenagem/Dispositivo TR (anos) Fonte
Aproveitamento de rede existente - microdrenagem 5 RIO-ÁGUAS (RJ)
Microdrenagem - dispositivos de drenagem superficial, 
galerias de águas pluviais
10 ISF-208 (DNIT) / RIO-ÁGUAS (RJ)
Drenagem Subsuperficial 10 IS-203 (DNIT)
Canais de macrodrenagem não revestidos 10 RIO-ÁGUAS (RJ)
Canais de macrodrenagem revestidos, com verificação 
para TR = 50 anos sem considerar borda livre
25 RIO-ÁGUAS (RJ)
Canais abertos 25 INEA-RJ
Bueiros (dimens. como canal), com verificação para TR = 
50 anos
25 ISF-208 (DNIT)
Canais fechados/Bueiros 50 INEA-RJ
Pontilhão 50 IS-203 (DNIT)
Ponte 100 ISF-208 (DNIT) / INEA-RJ
Microdrenagem
Macrodrenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
69
Tempo necessário para a água precipitada no ponto 
mais distante da bacia deslocar-se até a seção 
principal (exutório). 
Tc = tempo de concentração, em minutos; 
L = comprimento do curso d’água, em km; 
S = declividade do curso d’água, em m/m. 
385,0
2
989,3








=
S
L
TcKIRPICH
Tempo de Concentração
▪ Fatores que influenciam o tempo de concentração
➢ Características da Bacia: Forma, área, declividade...;
➢ Características do curso d'água principal: Comprimento e declividade; 
➢ Tipo de cobertura vegetal e rugosidade das superfícies;
➢ Distância entre o ponto mais afastado da bacia e o exutório. 
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
70
tp = tempo de percurso, em minutos; 
Li = comprimento do dispositivo/talvegue, em km; 
Vi = velocidade no trecho considerado, em m/s. 
MÉTODO 
CINEMÁTICO
A aplicação do método cinemático deve ser realizada com base na velocidade 
correspondente ao escoamento em regime permanente e uniforme. As velocidades 
poderão ser estimadas pela fórmula de Manning, adotando-se o valor de 0,50 para o raio 
hidráulico em canais retangulares, 0,61 para canais trapezoidais e 1/4 do diâmetro para 
seções circulares, conforme a seguinte equação: 
Tempo de Percurso
➢ Tempo decorrido entre o início e o fim da precipitação;
➢ Para o dimensionamento de estruturas de microdrenagem, onde as vazões 
são determinadas pelo Método Racional ou Racional Modificado, o tempo de 
duração da chuva é igual ao tempo de concentração; 
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
71
Duração da Chuva
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
72
Resumo 
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Chuva de Projeto
73
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
c
a
bt
TRK
i
)( +

=
 )1log(. ctbatTP T ++








=
+



➢ Abrangência Nacional:
• Software Pluvio, GPRH (UFV) - 
http://www.gprh.ufv.br/?area=softwares
• Estudo de Chuvas Intensas do Otto Pfafstetter, 1957
• Chuvas Intensas e Equações IDF - Produtos por Estado 
(CPRM)
 
http://www.cprm.gov.br/publique/Hidrologia/Estudos-
Hidrologicos-e-Hidrogeologicos/Produtos-por-Estado---
Chuvas-Intensas-e-Equacoes-IDF-6605.html
Equação de Chuva Intensa
https://www.abder.org.br/wp-content/uploads/2020/07/apostila_2019.pdf;
Quantidade de chuva que ocorre na unidade de tempo adotada (mm/h), para 
uma dada frequência (TR) e para um determinado tempo de concentração.
74
http://www.gprh.ufv.br/?area=softwares
http://www.cprm.gov.br/publique/Hidrologia/Estudos-Hidrologicos-e-Hidrogeologicos/Produtos-por-Estado---Chuvas-Intensas-e-Equacoes-IDF-6605.html
http://www.cprm.gov.br/publique/Hidrologia/Estudos-Hidrologicos-e-Hidrogeologicos/Produtos-por-Estado---Chuvas-Intensas-e-Equacoes-IDF-6605.html
http://www.cprm.gov.br/publique/Hidrologia/Estudos-Hidrologicos-e-Hidrogeologicos/Produtos-por-Estado---Chuvas-Intensas-e-Equacoes-IDF-6605.html
https://www.abder.org.br/wp-content/uploads/2020/07/apostila_2019.pdf
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
75
Equação de Chuva Intensa
PLUVIO
OTTO PFAFSTETTER
c
a
bt
TRK
i
)( +

=  )1log(. ctbatTP T ++








=
+



GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
76
Equação de Chuva Intensa
IDF - CPRM
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
77
➢ Estado do Rio de Janeiro:
• Estudo de Chuvas Intensas – CPRM, 2001
http://cprm.gov.br/publique///Projetos/Projeto-Rio-de-Janeiro-315.html
➢ Estado de São Paulo:
• DAEE/SP, 2016 
http://www.daee.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=743%3Aplu
viografia&catid=43%3Ahidrometeorologia&Itemid=30
➢ Cidade do Rio:
• Manual Rio-Águas, 2019 (para a cidade do Rio)
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/8940582/4244719/InstrucaoTecnicaREVISAO1.pdf
Equação de Chuva Intensa
http://cprm.gov.br/publique/Projetos/Projeto-Rio-de-Janeiro-315.html
http://www.daee.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=743%3Apluviografia&catid=43%3Ahidrometeorologia&Itemid=30
http://www.daee.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=743%3Apluviografia&catid=43%3Ahidrometeorologia&Itemid=30
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/8940582/4244719/InstrucaoTecnicaREVISAO1.pdf
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAISURBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
78
Equação de Chuva Intensa
2 10 25 50 2 10 25 50
5 min 77,36 112,32 129,43 142,82 6,45 9,36 10,79 11,90
10 min 66,54 96,61 111,32 122,84 11,09 16,10 18,55 20,47
15 min 58,90 85,51 98,54 108,73 14,72 21,38 24,63 27,18
30 min 45,02 65,37 75,32 83,11 22,51 32,68 37,66 41,56
1 h 32,21 46,77 53,90 59,47 32,21 46,77 53,90 59,47
2 h 21,99 31,93 36,79 40,60 43,98 63,85 73,58 81,19
4 h 14,58 21,17 24,40 26,92 58,33 84,69 97,59 107,68
8 h 9,52 13,82 15,92 17,57 76,13 110,54 127,38 140,56
14 h 6,70 9,73 11,21 12,37 93,82 136,22 156,96 173,20
24 h 4,77 6,92 7,98 8,80 114,40 166,10 191,40 211,20
P x D X F
mm
TR (ANOS)TR (ANOS)
I x D X F
mm/h
Duração
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 4 8 12 16 20 24
In
te
n
s
id
a
d
e
 (
m
m
/h
)
Tempo (h)
Posto 2242012 - Represa do Paraíso
TR 2
TR 10
TR 25
TR 50
mm
hh
mm
p 36,9
min/
min
60
5
32,112 ==
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
79
▪ Fatores que determinam a escolha da metodologia a ser utilizada:
➢ Disponibilidade de dados fluviométricos e do número de anos de observação;
➢ Tamanho da bacia.
Fonte: NOP33 (INEA-RJ)
Vazões Máximas
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
80
▪ Ausência de dados fluviométricos → Modelos chuva-vazão 
Método Racional:
• INEA-RJ: A ≤ 1 km² 
• DER/SP: A ≤ 2 km² 
• DNIT: A ≤ 4km² 
Método Racional Corrigido/Modificado:
• INEA-RJ: 1 km² < A ≤ 2 km² 
• DNIT: 4 km² < A ≤ 10 km² 
Método Hidrograma Unitário (HUT):
• INEA-RJ: A > 2 km²
• DNIT: A > 10 km² 
Vazões Máximas
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
81
Método Racional Método Racional Corrigido/Modificado
• Q = Vazão, em m3/s; 
• C = Coeficiente de escoamento superficial (runoff) (adimensional); 
• i = Intensidade pluviométrica, em mm/h; 
• A = Área de drenagem, em Km²;
• n = Coeficiente de distribuição 
RIO-ÁGUAS:
Para A ≤ 1 km² → n=1
Para A > 1km² → n=A-0,15
DNIT:
Para projetos rodoviários → n=A-0,10
Para obras urbanas (Coeficiente definido por Burkli-Ziegler) → n=A-0,15
Vazões Máximas
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Vazões Máximas
Valores de Coeficiente de Runoff (C)
• C = 1: escoamento total
• C = 0: infiltração total
[...] coeficiente de escoamento 
superficial chamado de coeficiente de 
runoff que é o quociente entre a água 
que escoa superficialmente pelo total 
da água precipitada. Usa-se a letra C 
para o coeficiente de runoff (Tomaz, 
2009).
Coeficiente de Escoamento 
Superficial (Runoff)
VALOR MÉDIO
82
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
83
Vazões Máximas
Valores de Coeficiente de Runoff (C)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
84
• Procedimento desenvolvido pelo SCS, no qual a lâmina escoada (isto é, a altura 
de precipitação efetiva) é uma função da altura total de chuva e de um 
parâmetro de abstração denominado CN (Curva Número);
• Determina a descarga de uma bacia hidrográfica através do hidrograma 
triangular composto = resultado da somatória das ordenadas de histogramas 
unitários, para cada intervalo temporal de discretização da chuva;
• Para cada intervalo temporal obtém-se o escoamento correspondente à chuva 
excedente neste período, em função das curvas de deflúvio – CN. A partir dos 
escoamentos obtidos, são definidos os hidrogramas para cada intervalo. Da 
composição dos hidrogramas, por convolução, resulta o hidrograma final de 
cheia, cujo pico corresponde ao valor da vazão de projeto.
Método Hidrograma Unitário do U. S. Soil Conservation (atual NRCS)
Vazões Máximas
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
85
Método Hidrograma Unitário do U. S. Soil Conservation (atual NRCS)
Vazões Máximas
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
86
Método Hidrograma Unitário do U. S. Soil Conservation (atual NRCS)
Vazões Máximas
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
87
❖ Curva Número (CN): parâmetro de abstração relacionado ao tipo de solo e 
cobertura vegetal da bacia;
❖ Tabelado e varia de 1 a 100;
❖ Os tipos de solos foram classificados em quatro grupos hidrológicos (A, B, C e 
D) de acordo com sua taxa de infiltração, conforme descritos a seguir:
• Grupo A: solos com alta infiltração e que produzem baixo escoamento 
superficial são solos arenosos profundos, com pouco silte e argila;
• Grupo B: solos menos permeáveis que o anterior, arenosos e menos 
profundos que o solo tipo A, com permeabilidade superior à média;
• Grupo C: solos com capacidade de infiltração abaixo da média e que geram 
escoamento superficial acima da média, contendo considerável percentagem 
de argila e são pouco profundos;
• Grupo D: solos contendo argilas expansivas e pouco profundos com baixa 
capacidade de infiltração, gerando a maior proporção de escoamento 
superficial do grupo de solos.
Método Hidrograma Unitário do U. S. Soil Conservation (atual NRCS)
Vazões Máximas
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
88
Método Hidrograma Unitário do U. S. Soil Conservation (atual NRCS)
Vazões Máximas
Valores de CN (Tucci, 2004)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Método Hidrograma Unitário do U. S. Soil Conservation (atual NRCS)
Vazões Máximas
89
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
90
Método Hidrograma Unitário do U. S. Soil Conservation (atual NRCS)
Vazões Máximas
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Método Hidrograma Unitário do U. S. Soil Conservation (atual NRCS)
Vazões Máximas
91
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Método Hidrograma Unitário do U. S. Soil Conservation (atual NRCS)
Vazões Máximas
92
SOFTWARES HIDROLOGIA/HIDRÁULICA
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
93
Software Hidro (ANA) http://www.gprh.ufv.br/?area=softwares
https://www.pimentadeavila.com.br/sisccoh/Software SisCCoH (UFMG)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
94
Download de Softwares GRATUITOS
Softwares Canal e Pluvio (UFV) http://www.gprh.ufv.br/?area=softwares
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
95
Download de Softwares GRATUITOS
Software HEC-RAS (U.S. Army Corps of 
Engineers - USACE)
https://www.hec.usace.army.mil/software/h
ec-ras/download.aspx
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
96
Download de Softwares GRATUITOS
Google Earth Pro
https://support.google.com/earth/
answer/21955?hl=pt-BR
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
97
Download de Softwares
AutoCad Free Student
https://www.autodesk.com.br/content/autodesk/global/en/education/
edu-software/overview.html?sorting=featured&filters=individual
QGis
https://www.qgis.org/pt_BR/sit
e/forusers/download.html
GRATUITOS
GEOSETTER https://geosetter.de/en/download-en/
Download de Softwares GRATUITOS
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
98
WINDY
Download de Softwares
https://www.windy.com/
GRATUITO
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
99
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
MACRODRENAGEM 
cursos d’água naturais (hidrografia), 
canais abertos, grandes galerias
MICRODRENAGEM
vias locais, pequenos lotes, praças, 
estacionamentos
Drenagem Clássica/ 
Tradicional
Drenagem 
Alternativa/ 
Sustentável (SuDS)
Soluções Baseadas 
na Natureza (SbN)
Tipos de Drenagem
SDMAPU
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
103
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
GALERIA
CAIXAS 
COLETORAS
/ MEIO-FIO
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
104
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Sarjeta
• Faixas formadas pelo limite da via pública com a guia ou meio-fio, 
formando uma calha que coleta as águas pluviais oriundas da via;
• Podem estar conjugadas com meio-fio ou independentes, e devem 
apresentar declividade de 20%.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAISURBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
105
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
106
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
107
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
108
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Boca de Lobo
• Dispositivo utilizado nas vias com meio-fio e passeio, cuja finalidade é 
captar as águas pluviais que escoam pelas sarjetas e conduzi-las às 
galerias subterrâneas (bueiros de greide ou rede coletora).
109
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
110
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
111
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Valetas 
• Evitar a erosão no pé dos taludes através da captação e condução das águas 
que escoam pelo terreno a montante e pelas áreas adjacentes;
• Geometria: retangulares, trapezoidas ou triangulares; 
• Revestimento: grama, solo compactado*, pedra arrumada, pedra argamassada, 
concreto, solo-cimento, alvenaria de tijolo e pedra, etc. Adotado com base na 
velocidade de erosão. 
112
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
113
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
114
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Sarjetão
• Utilizados em vias dentro da área urbana;
• Canais auxiliares utilizados para guiar o fluxo de água na travessia de 
ruas transversais ou desviar o fluxo de um lado para outro da rua.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
115
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Caixas
• Caixa Coletora: coletar águas provenientes de outros dispositivos;
• Caixa de Inspeção e Limpeza: permitir a inspeção das tubulações e 
limpeza de uma determinada rede de drenagem;
• Caixa de Passagem: possibilitar mudanças de direção de bueiros, 
declividade e dimensão, bem como o recebimento de mais de um 
bueiro na mesma caixa.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
116
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
Brasília, nov/2022
Fonte: @water.eau.agua_urbana
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
117
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Galerias
• As galerias de drenagem pluvial são condutos destinados aos 
transporte das águas captadas nas bocas de lobo, conduzindo-as até o 
ponto de lançamento determinados em projeto (deságue final).
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
118
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Travessias
• Transpor um corpo hídrico (córrego, lagos, açudes, entre outros), 
permitindo que o escoamento ocorra naturalmente, sem comprometer a 
estrutura da estrada e o curso d’água em questão.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
119
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Travessias
• A travessia nos cursos d’água pode ser realizada com a introdução de uma 
ou mais linhas de bueiros sob os aterros ou com a implantação de 
pontilhões ou pontes, que irão transpor os cursos d’água.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
120
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Travessias
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
121
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Travessias
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
122
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Travessias
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
123
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Travessias
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
124
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Travessias
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
125
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Travessias
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
126
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Descidas d’água
• Conduzir as águas captadas por dispositivos de drenagem como valeta, 
sarjeta, entre outros, pelos talude até o ponto de deságue;
• Dispositivos instalados em taludes com desníveis acentuados e que tem a 
função de coletar e conduzir a água para pontos mais baixos, dissipando a 
energia do fluxo e reduzindo a velocidade de escoamento.
VÍDEO DESCIDA D’ÁGUA EM DEGRAUS: 
https://www.youtube.com/watch?v=SIHIP8hsExI
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
127
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
Fonte: Prof. José Costa
https://www.linkedin.com/in/engjosecosta/
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
128
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
129
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
• Dissipadores de energia
• Tem como objetivo reduzir a energia do fluxo d’água concentrado por 
outros dispositivos, reduzindo sua velocidade de escoamento tanto no 
deságue para o terreno natural, quanto ao longo de dispositivos de 
drenagem;
• Com o uso do dissipador, os efeitos erosivos são minimizados, 
principalmente na disposição final junto ao terreno natural.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Tipos de Drenagem - Microdrenagem
Má conservação dos dispositivos de microdrenagem
130
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
133
Tipos de Drenagem - Macrodrenagem
• Rede de drenagem natural
• Formada por cursos d’água (córrego, riachos e rios) que não 
sofreram a intervenção humana;
• Tem a função de realizar o escoamento superficial e a condução das 
águas dentro de uma bacia hidrográfica.
Rio Muriaé, RJ
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
134
Tipos de Drenagem - Macrodrenagem
• Rede de drenagem artificial/modificada
• Canais de drenagem artificiais construídos, ou naturais que tiveram 
que ser modificados para atender aos parâmetros de 
projeto/necessidade local.
Córrego Ermitage, Teresópolis, em fase de obra 
para exceção de canalização
Obra de canalização em Magé
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Fonte: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4641489/mod_resource/content/1/
aula%203_LOB1233.pdf
Tipos de Drenagem - Macrodrenagem
• Rede de drenagem artificial/modificada
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
135
Tipos de Drenagem - Macrodrenagem
• Rede de drenagem artificial/modificada
Má conservação dos dispositivos de 
macrodrenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
136
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
Capacidade de Vazão do Dispositivo
mh AIR
n
Q 2/13/21
=
Onde,
Q - vazão, em m³/s;
V – velocidade, em m/s;
n - coeficiente de rugosidade de Manning;
RH - raio hidráulico (Am /Pm ), em m;
Am – área molhada 
Pm – perímetro molhado
I - declividade longitudinal do dispositivos, em m/m.
Velocidade
𝑉 =
1
𝑛
𝑅ℎ
2/3𝐼1/2
mAVQ .=e
FÓRMULA DE 
MANNING
EQUAÇÃO DA 
CONTINUIDADE
Manning:
n = 0,015 dispositivos em concreto
n = 0,030 dispositivos em grama
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
137
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
Capacidade de Vazão do Dispositivo
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
138
• REVESTIMENTO X VELOCIDADE
 Tabela 31 do Manual de Drenagem de Rodovias do DNIT
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
139
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
Coeficiente de Manning
 
• Ou Coeficiente de Rugosidade: Representa a rugosidade da superfície e 
é um dos principais parâmetros para descrição da vazão sobre uma 
superfície;
• Reflete os fatores de atrito, que traduzem a perda de carga de um 
escoamento;
• Está relacionado com o revestimento utilizado (concreto, grama, pedra 
arrumada, etc.) 
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANASE SISTEMAS DE DRENAGEM
140
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
141
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
142
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
143
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
144
Para dimensionamento das sarjetas deve ser considerada as mesmas
fórmulas utilizadas para canais, tendo como base um escoamento em conduto livre, a
equação de Manning é as mais utilizadas para este dimensionamento.
Ou ainda, para uma sarjeta triangular, quando se tem todos os dados sobre
declividade, rugosidade e comprimento de uma sarjeta, calcula-se a capacidade
máxima que a sarjeta pode transportar para esta lâmina. Este cálculo pode ser feito
com a fórmula de Izzard, é uma adaptação da fórmula de manning para sarjetas com
forma triangular, conforme figura abaixo:
Logo, para obter a área da sarjeta, vazão, velocidade, tempo de percurso
e declividade do trecho pode-se calcular por:
Ɵ
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
145
Área da sarjeta
Vazão
= inverso da declividade transversal (S0)
S0 = declividade transversal (S0) (m/m)
Ɵ
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
146
Velocidade
Tempo de Percurso
Declividade do trecho
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
147
Qproj = Q0 x FR
*usar declividade 
longitudinal da sarjeta 
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
148
• No dimensionamento hidráulico, a capacidade de vazão do dispositivo deverá 
ser maior que a vazão de contribuição; 
• Em terrenos de baixa declividade, muito planos, os dispositivos devem ser 
projetados com declividade mínima de 0,50%; 
• Os dispositivos devem ser projetadas com a declividade adaptada ao terreno 
natural; 
• Quando a declividade longitudinal não puder acompanhar a declividade natural 
do terreno, porque a velocidade do escoamento seria superior à permissível, ela 
deverá ser escalonada em trechos de menor declividade (2%, no máximo); 
• A velocidade não deve superar o limite máximo estabelecido em função do 
revestimento. 
Critérios Gerais
DIMENSIONAMENTO (Estudos Hidráulicos)
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
149
• Lâmina d’água máxima no dispositivo (y/D) ou (y/H) entre 0,80 e 0,95;
• Diâmetro mínimo igual a 300 mm para ligação entre a Boca de Lobo e a Galeria;
• Diâmetro mínimo igual a 400 mm para tubulações da Galeria;
• Altura de recobrimento mínimo da tubulação igual a 0,6 m;
• Profundidade máxima igual a 1,2 m acima do nível do lençol freático;
• Velocidade máxima igual a 4,5 m/s em tubos de concreto;
• Velocidade mínima igual a 0,6 m/s.
Critérios Gerais
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
151
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
➢ ETAPA 1: Levantamento e análise de dados;
➢ ETAPA 2: Definição de critérios técnicos;
➢ ETAPA 3: Projeto Básico do Sistema de Drenagem;
➢ ETAPA 4: Definição de ações estruturais;
➢ ETAPA 5: Projeto Executivo do Sistema de Drenagem.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
152
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
▪ ETAPA 1: Levantamento e análise de dados;
LEVANTAMENTO:
a) Bases cartográficas contendo hidrografia, curvas de nível, uso e cobertura 
do solo, geologia, pedologia, dentre outros, na menor escala possível 
(1:25.000, 1:10.000);
b) Bases cartográficas regionais (1:5.000);
c) Planos diretores, de drenagem e de saneamento do(s) município(s);
d) Projeto urbano e mapas de zoneamento municipal;
e) Cadastro da rede de drenagem da área estudada, se houver;
f) Levantamento topográfico planialtimétrico (1:2.000; 1:1.000);
g) Levantamento aerofotogramétrico (ortofotomosaico);
h) Levantamento topobatimétrico (seções transversais aos cursos d’água, 
quando houver).
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
153
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
▪ ETAPA 1: Levantamento e análise de dados;
ANÁLISE:
a) Definição da poligonal da área a ser implantado o projeto;
b) Identificação dos lotes de uso privativo e seus tipos de ocupação;
c) Identificação das áreas verdes públicas;
d) Identificação conjunta de ruas e calçadas;
e) Delimitar as bacias hidrográficas que contenham toda a área urbana a ser 
implantada e definir na bacia hidrográfica:
• área urbanizada de projeto;
• área de expansão urbana;
• áreas de proteção e conservação ambiental;
• áreas rurais;
• áreas antropizadas e drenadas para outras bacias.
f) Definir os canais de escoamento das águas, perenes ou intermitentes;
g) Dividir a bacia hidrográfica em sub-bacias com área aproximada de 2 km²;
h) Calcular para cada sub-bacia a área e a declividade média;
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
154
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
▪ ETAPA 2: Definição dos critérios técnicos;
a) Definição da Tempo de Retorno (TR) - definidos considerando os tipos de 
ocupações e os riscos a serem assumidos pela sociedade;
b) Cálculo dos coeficientes de escoamento superficial (runoff) considerando 
todos os usos dentro da bacia;
Lotes privativos:
• taxa de interceptação vegetal;
• taxa de infiltração e percolação;
• taxa de reuso de águas pluviais;
• taxa de detenção.
Áreas verdes públicas:
• coeficiente de escoamento 
superficial considerando o tipo de 
cobertura/vegetação;
Estacionamentos públicos para 
veículos leves:
• taxa de detenção por utilização de 
pavimento permeável;
• taxa de interceptação vegetal.
Ruas e calçadas:
• coeficiente de escoamento 
superficial de acordo com o 
pavimento utilizado.
Importância da participação 
social nesse processo
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
155
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
▪ ETAPA 3: Projeto Básico;
a) Definição da equação de chuva intensa que melhor representa as 
condições pluviométricas da região;
b) Cálculo das vazões pelo Método Racional, considerando:
• as sub-bacias hidrográficas definidas na Etapa 1;
• tempo de concentração médio inicial igual a 5 ou 10 minutos (valor 
inicial para a iteração);
• o valor médio do coeficiente de escoamento superficial da bacia de 
drenagem;
• o índice de retardamento da vazão (n), quando necessário, com base 
na declividade e na área da bacia de drenagem;
• o tempo de retorno (TR) definido na Etapa 1;
• a equação de chuva intensa
c) Definição dos diâmetros da rede com base nas vazões a serem escoadas e 
nas características topográficas do terreno (declividade).
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
156
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
▪ ETAPA 3: Projeto Básico;
d) Dimensionamento das estruturas hidráulicas a serem utilizadas na rede 
(boca de lobo, sarjeta, sarjetão, galerias e dissipadores):
e) Elaboração de um Memorial Descritivo contendo todas as metodologias e 
critérios adotados no projeto.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
157
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
▪ ETAPA 4: Definição das ações estruturais;
Avaliação das vazões resultantes do sistema de drenagem implantado, e dos 
pontos de lançamento da rede nos corpos d’água locais, considerando:
a) O cálculo da vazão máxima para a sub-bacia do lançamento, com base no 
uso e cobertura do solo e o tempo de concentração calculado;
b) O cálculo da vazão máxima para a sub-bacia do lançamento, 
considerando a cobertura anterior à urbanização e o tempo de 
concentração calculado;
c) O cálculo da área de contribuição para o lançamento;
d) O cálculo da vazão a ser adicionada ao ponto de lançamento em função 
de áreas nãoatendidas pela microdrenagem (áreas rurais ou de 
preservação permanente).
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
158
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
▪ ETAPA 4: Definição das ações estruturais;
a) Alternativa 1: Dimensionamento de Reservatórios de Detenção, com 
elaboração de um mapa para a localização dos reservatórios de detenção 
na bacia hidrográfica. 
b) Alternativa 2: Aceitação dos valores excedentes como não 
degradadores ambientais e não propositura de reservatórios de 
detenção;
c) Alternativa 3: Alteração dos parâmetros e revisão do projeto.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
159
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
▪ ETAPA 5: Projeto Executivo;
Fase de detalhamento técnico do Projeto Básico, considerando:
a) Plantas contendo:
• Traçado dos perfis das redes de microdrenagem, garantindo que as 
profundidades estabelecidas no Projeto Básico sejam respeitadas, 
tanto com relação ao mínimo recobrimento da rede como com 
relação ao nível de água do lençol freático;
• Detalhamento dos dispositivos hidráulicos do sistema: bocas de lobo, 
galerias, poços de visita, caixas de ligação, dissipadores de energia e 
reservatórios de detenção;
b) Planilhas de dimensionamento dos dispositivos projetados, de 
quantidades e de custos;
c) Memorial Descritivo contendo todas as metodologias e critérios adotados 
no projeto.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
160
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
161
Etapas para Elaboração do Projeto de Drenagem
Metodologia convencional para elaboração de projetos de drenagem
Fonte: Projeto de Sistemas de Drenagem Urbana - Uma Metodologia com Participação 
Social (Wilde Cardoso Gontijo Júnior)
➢ A partir de 1970, especialmente na Europa e na América do Norte, 
surgiu o conceito de “tecnologias alternativas” ou “compensatórias”;
➢ Principal objetivo: neutralizar os efeitos de urbanização sobre os 
processos hidrológicos, com benefícios para a qualidade de vida e 
preservação ambiental;
➢ Uso de técnicas que facilitam a infiltração das águas pluviais, 
contribuem para a redução dos volumes de escoamento superficial, 
compensando as perdas de recarga das reservas de água subterrânea 
decorrentes da impermeabilização do solo decorrente da urbanização.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
162
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
163
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
164
DRENAGEM URBANA CLÁSSICA
Fonte: https://www.thames21.org.uk/sustainable-drainage-systems/
165
DRENAGEM URBANADRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL
Fonte: https://www.thames21.org.uk/sustainable-drainage-systems/
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
166
BIORRETENÇÃO URBANA
• Não se destina a grandes áreas comerciais, nem deve ser utilizada para 
tratar pequenas subáreas de uma grande área de drenagem, como um 
estacionamento;
• Deve ser incorporada em pequenas áreas de drenagem fragmentadas, 
como shopping ou praças de pedestres dentro de um desenvolvimento 
urbano maior;
• Devem ser construídas em fundo natural, para permitir a infiltração do 
escoamento no subleito, mas geralmente são instalados drenos 
subterrâneos.
• Instalada dentro de uma 
paisagem urbana ou via urbana, 
canteiros de paisagismo urbano, 
praças, ou outros locais dentro 
de uma área urbana;
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
167
• Construções que têm o objetivo de 
ampliar a permeabilidade urbana e 
minimizar os efeitos do escoamento 
superficial;
• Captação e retenção das águas, 
contribuindo para a minimização dos 
efeitos de enchentes e alagamentos;
Jardins de Chuva 
BIORRETENÇÃO URBANA
• Filtragem dos poluentes da água da chuva por meio da vegetação, evitando, 
assim, que entre nos bueiros sem tratamento;
• Instalados nas calçadas para gerenciar o escoamento;
• Gerenciam as águas pluviais fornecendo armazenamento, infiltração e 
evapotranspiração do escoamento;
• O excesso de escoamento é direcionado para um tubo de transbordamento 
conectado ao tubo de esgoto combinado existente.
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Fonte: 
https://water.phila.go
v/gsi/tools/stormwat
er-planter/
Link para vídeo: https://www.linkedin.com/posts/city-of-vancouver_raincitystrategy-
parksvancouver-parkrenewal-ugcPost-6935363931968270336-Hsx-
?utm_source=linkedin_share&utm_medium=member_desktop_web
Jardins de Chuva 
BIORRETENÇÃO URBANA
168
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
169
• Depressões lineares que absorvem 
a água da chuva;
• A água pode ser encaminhada ao 
sistema urbano de drenagem ou a 
jardins de chuva;
• Promovem uma limpeza da água 
da chuva e, em simultâneo, 
aumentam seu tempo de 
escoamento.
Biovaletas
Fonte: https://www.ugreen.com.br/
BIORRETENÇÃO URBANA
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
170
• Transformação de vagas de estacionamento de veículos em espaços 
com jardins, bancos, mesas e estacionamentos para bicicletas;
• Nestes espaços, são plantadas árvores, inseridas em um jardim de 
chuva para armazenar as águas na cidade e minimizar os efeitos de 
alagamentos e poluição nas vias públicas.
Vagas Verdes
BIORRETENÇÃO URBANA
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
Exemplo mundial de Projeto de Restauração de Rios Urbanos, trouxe de volta à 
superfície o rio Cheonggyecheon e mais qualidade de vida à área urbana em Seul, na 
Coréia do Sul.
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
171
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
172
"Nós não podemos reconstruir completamente 
os rios naturais, não importa o quanto 
tentemos. Por isso é melhor não danificá-los 
em primeiro lugar." 
(Rutherfurd et al., 2000) 
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
173
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
174
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
175
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
Os pavimentos permeáveis são 
técnicas compensatórias em drenagem 
urbana que podem ser utilizadas 
principalmente em estacionamentos e 
ruas de tráfego leve (condomínios 
residenciais), bem como em armazéns 
e arenas de esporte, por exemplo 
(PINTO, 2011).
PAVIMENTOS PERMEÁVEIS
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
176
Vantagem: pavimento permeável age como 
dois elementos em um só: elemento
de pavimentação e de drenagem.
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
PAVIMENTOS PERMEÁVEIS – BLOCOS DE CONCRETO INTERTRAVADOS
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
177
• A verificação do nível da água é de grande importância, pois pode afetar a 
capacidade de suporte do subleito;
• O projeto de pavimentação deve considerar um estudo de tráfego nos pátios 
do estacionamento.
Solo natural; reforço: mistura de 
solo argiloso com 50% de areia
brita graduada simples; 
sub-base: saibro arenoso
assentamento
revestimento
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
PAVIMENTOS PERMEÁVEIS – BLOCOS DE CONCRETO INTERTRAVADOS
178
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / SustentávelCOLCHÃO DRENANTE / DRENOS SUBSUPERFCIAIS
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
179
Tipos de Drenagem – Drenagem Alternativa / Sustentável
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
180
Tipos de Drenagem – Soluções Baseadas na Natureza
Fonte: Soluções baseadas na Natureza: elementos para a tradução do conceito às políticas públicas 
brasileiras (Fraga, 2020) 
Conceito: 
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
181
Tipos de Drenagem – Soluções Baseadas na Natureza
Fonte: https://www.cgee.org.br/documents/10195/6240679/CGEE_III_Sem_Int_SBN_P02_Dial_Set_Lana.pdf
Soluções intersetoriais e multidisciplinares.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
182
Tipos de Drenagem – Soluções Baseadas na Natureza
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
183
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
186
Controle de Inundações
As inundações em área urbanas são consequência de dois processos, que podem 
ocorrer de forma isolada ou integrada (TUCCI, 2005): 
• Inundações de áreas ribeirinhas: Os rios, em geral, são formados por dois leitos: o 
leito menor e o leito maior. O espaço por onde o fluxo ocorre na maior parte do 
tempo é chamado de leito menor. Quando a precipitação é intensa e o solo não 
tem capacidade de infiltrar, grande parte do volume escoa para os rios, superando
Fonte: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4641489/
mod_resource/content/1/aula%203_LOB1233.pdf
sua capacidade natural de 
escoamento. O volume de 
água excedente, que não 
consegue ser drenado, 
ocupa a o leito maior, 
atingindo, eventualmente, a 
planície de inundação, de 
acordo com a topografia 
das áreas próximas aos 
rios. 
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
187
Controle de Inundações
As inundações em área urbanas são consequência de dois processos, que podem 
ocorrer de forma isolada ou integrada (TUCCI, 2005): 
• Inundações devido à urbanização: O desenvolvimento urbano resulta na 
impermeabilização do solo, acelerando o escoamento através de condutos 
e canais, e aumentando a quantidade de água que chega na rede de 
drenagem. Os sistemas de drenagem, muitas vezes ineficientes, não 
conseguem escoar o volume de água recebido, resultando em inundações. 
Nessa condições, as inundações ocorrem com maior frequência e 
magnitude. 
Impactos do desenvolvimento urbano sobre os rios e inundações: resposta da 
geometria do rio. (Modificado de SCHUELER, 1995). 
Controle de Inundações
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
188
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
189
Controle de Inundações
OBJETIVOS
• Redução da probabilidade de inundação;
• Retenção na bacia e infiltração de água no solo;
• Diminuição do volume escoado superficialmente;
• Melhorias na qualidade da água.
APLICAÇÃO
• Pequenas parcelas – microescala (microdrenagem);
• Grandes áreas (bacias) – meso e macroescala (macrodrenagem).
CARACTERÍSTICAS
• Medidas estruturais;
• Medidas não estruturais.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
190
Controle de Inundações
Comparação entre o volume e a duração do escoamento de águas pluviais, antes 
e depois do desenvolvimento. (Adaptado de SCHUELER, 1987). 
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
191
CORONAVÍRUS
DRENAGEM
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
193
Controle de Inundações
PROJETO MOSE - VENEZA
• Veneza é composta pela união de mais de 100 ilhas, 
 e fica localizada em uma lagoa de água doce, à beira do mar Adriático.
• Pela cidade é comum sentir o mau cheiro devido à poluição dos 
canais em diversos pontos, além da grande quantidade de insetos.
• Por não possuir ruas que permitam a passagem de caminhões de coleta de lixo, estes 
são recolhidos por trabalhadores através de carrinhos, e depois são destinados ao 
tratamento através de barcaças.
• O sistema de esgoto é composto por galerias subterrâneas de alvenaria chamadas 
"gatoli", e por fossas sépticas que realizam o tratamento antes do despejo nos canais. 
Porém as fossas não abrangem toda a cidade, e o que faz com as águas do canais sejam 
renovadas e fiquem menos poluídas é a subida da maré, que ocorre duas vezes ao dia. 
• Outro grande problema são as inundações. Atualmente há um sistema de diques em 
construção chamado Mose (Modulo Sperimentale Elettromeccanico = Módulo 
Experimental Eletromecânico), com 78 comportas projetadas para proteger a cidade 
das marés altas. As comportas localizam-se nos três acessos da lagoa ao mar 
Adriático, e têm como função proteger a cidade de inundações de até 3 metros. 
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
194
Controle de Inundações
PROJETO MOSE - VENEZA
• Outro grande problema são as inundações. Atualmente há um sistema de diques em 
construção chamado Mose (Modulo Sperimentale Elettromeccanico = Módulo Experimental 
Eletromecânico), com 78 comportas projetadas para proteger a cidade das marés altas. As 
comportas localizam-se nos três acessos da lagoa ao mar Adriático, e têm como função 
proteger a cidade de inundações de até 3 metros. 
Vídeo Projeto Mose: 
https://www.youtube.com/watch?v=bYAysXU0r7o
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
195
Controle de Inundações
PROJETO MOSE - VENEZA
a - A altura das marés em Veneza é influenciada
principalmente pela intensidade dos ventos e pelas fases da
Lua, além do volume das chuvas e dos rios que deságuam na
lagoa
b - A maré acima de 1 metro iniciará o alerta para a elevação
das barreiras
c - Todas as barreiras terão 20 metros de largura, com altura
variando de 18,5 a 29,6 m e espessura de 3,6 a 5 m,
dependendo das dimensões de cada uma das bocas da lagoa
d - Em repouso no fundo do mar, os escudos pesarão de 250
a 300 toneladas
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
196
Controle de Inundações
MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS
• Planos de Drenagem e Planos de Bacias Hidrográficas;
• Sistema de alerta e plano de emergência, junto à Defesa Civil;
• Educação ambiental, junto às escolas, universidades, agentes comunitários, 
dentre outros;
• Mapeamento das áreas de risco, com base em estudos hidrológicos e 
hidráulicos;
• Medidas de prevenção contra inundações;
• Demarcação de Faixa Marginal de Proteção (FMP), junto ao órgão licenciador;
• Autorizações ambientais/outorgas para intervenção em cursos d’água, junto 
ao órgão licenciador.
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
197
Controle de Inundações
MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS
SACE-CRPM
SISTEMA DE ALERTA DE 
EVENTOS CRÍTICOS
https://www.cprm.gov.br/sace/
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
Controle de Inundações
MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS
198
• Acompanhamento de cotas no rio Negro: https://cotadorionegro.herokuapp.com/
Meteorologista e professor: 
https://www.linkedin.com/in/willyhagi/
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
199
Controle de Inundações
MEDIDAS ESTRUTURAIS
• Controle na fonte (pontuais): 
• Armazenamento próximo à formação do escoamento direto, 
disposição local, controle de entrada e detenção local. Ex.: 
poços de infiltração, valas, valetas de armazenamento e ou 
infiltração, microrreservatórios, telhados verdes;
• Técnicas lineares: 
• Implantados junto aos sistemas viários – pátios, estacionamento 
e arruamentos: pavimentos porosos, valas de detenção e/ou 
infiltração, trincheiras de infiltração; 
• Controle centralizado (bacias): 
• Bacias de retenção, detenção e infiltração, geralmente 
associadas a bacias de porte mais significativo.
200Medidas de controle de inundação. (Adaptado de WILSON, et al., 2004).
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
200
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS 
URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM
201
Controle de Inundações
MEDIDAS ESTRUTURAIS
RJ: Lei Estadual nº 9.164 ,de 28/12/2020:

Mais conteúdos dessa disciplina