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Questões - EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER

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CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER
Seção I
Disposições Comuns
Art. 814.  Na execução de obrigação de fazer ou de não fazer fundada em título extrajudicial, ao despachar a inicial, o juiz fixará multa por período de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida.
Parágrafo único.  Se o valor da multa estiver previsto no título e for excessivo, o juiz poderá reduzi-lo.
Seção II
Da Obrigação de Fazer
Art. 815.  Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o executado será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe designar, se outro não estiver determinado no título executivo.
Art. 816.  Se o executado não satisfizer a obrigação no prazo designado, é lícito ao exequente, nos próprios autos do processo, requerer a satisfação da obrigação à custa do executado ou perdas e danos, hipótese em que se converterá em indenização.
Parágrafo único.  O valor das perdas e danos será apurado em liquidação, seguindo-se a execução para cobrança de quantia certa. (Fungibilidade)
Art. 817.  Se a obrigação puder ser satisfeita por terceiro, é lícito ao juiz autorizar, a requerimento do exequente, que aquele a satisfaça à custa do executado. (Fungível)
Parágrafo único.  O exequente adiantará as quantias previstas na proposta que, ouvidas as partes, o juiz houver aprovado.
Art. 818.  Realizada a prestação, o juiz ouvirá as partes no prazo de 10 (dez) dias e, não havendo impugnação, considerará satisfeita a obrigação.
Parágrafo único.  Caso haja impugnação, o juiz a decidirá.
Art. 819.  Se o terceiro contratado não realizar a prestação no prazo ou se o fizer de modo incompleto ou defeituoso, poderá o exequente requerer ao juiz, no prazo de 15 (quinze) dias, que o autorize a concluí-la ou a repará-la à custa do contratante.
Parágrafo único.  Ouvido o contratante no prazo de 15 (quinze) dias, o juiz mandará avaliar o custo das despesas necessárias e o condenará a pagá-lo.
Art. 820.  Se o exequente quiser executar ou mandar executar, sob sua direção e vigilância, as obras e os trabalhos necessários à realização da prestação, terá preferência, em igualdade de condições de oferta, em relação ao terceiro.
Parágrafo único.  O direito de preferência deverá ser exercido no prazo de 5 (cinco) dias, após aprovada a proposta do terceiro.
Art. 821.  Na obrigação de fazer, quando se convencionar que o executado a satisfaça pessoalmente, o exequente poderá requerer ao juiz que lhe assine prazo para cumpri-la.
Parágrafo único.  Havendo recusa ou mora do executado, sua obrigação pessoal será convertida em perdas e danos, caso em que se observará o procedimento de execução por quantia certa.
Seção III
Da Obrigação de Não Fazer
Art. 822.  Se o executado praticou ato a cuja abstenção estava obrigado por lei ou por contrato, o exequente requererá ao juiz que assine prazo ao executado para desfazê-lo.
Art. 823.  Havendo recusa ou mora do executado, o exequente requererá ao juiz que mande desfazer o ato à custa daquele, que responderá por perdas e danos.
Parágrafo único.  Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos, caso em que, após a liquidação, se observará o procedimento de execução por quantia certa.
QUESTÕES
EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER FUNDADAS EM TITULO EXTRAJUDICIAL.
Como é feito o procedimento para execução de fazer ou não fazer.
I – Instauração: O credor apresenta petição inicial
II – O juiz poderá:
Determinar a emenda da petição inicial no prazo de 15 dias;
Fixar prazo para cumprimento da obrigação e arbitrar multa por atraso no cumprimento (astreintes); 
A multa que estiver fixada no título executivo poderá ser reduzida pelo juiz? Explique
Sim, o prazo para cumprimento e valor da multa podem estar previstos no título, podendo haver redução do valor da multa, caso o juiz repute excessivo.
As obrigações fazer são fungíveis ou infungíveis? Justifique.
Em alguns casos será fungíveis e em outros será infungíveis.
Obrigação fungível é aquela que qualquer um pode cumprir. Pintar uma parede, dirigir um carro. O devedor não é necessariamente uma pessoa específica, podendo ser substituído.
Já a obrigação infungível só pode ser cumprida pelo devedor: ter a parede pintada por Tarsila do Amaral, ter o carro dirigido por alguém famoso que dirija carros.
Como é feito o procedimento da execução de prestação da obrigação por um terceiro NOMEADO PELO JUIZ?
I) O terceiro nomeado pelo juiz, deve apresentar proposta, a qual é passível de impugnação por quaisquer das partes;
II) Aprovada a proposta, o terceiro dará início à execução da prestação. Cabe ao credor antecipar quantias necessárias.
III) Concluída a prestação, o juiz ouvirá as partes no prazo de 10 dias;
IV) Não havendo impugnação, o credor cobrará do devedor as despesas que haja adiantado, realizando a liquidação e promovendo execução por quantia nos mesmos autos.
Como é feito o procedimento da execução de prestação da obrigação por um terceiro INDICADO PELO CREDOR?
I) Apresentada a proposta pelo terceiro nomeado pelo juiz, o credor terá a faculdade de, no prazo de 5 dias, manifestar interesse em executar ou mandar executar a prestação. 
II) Caso apresente proposta que esteja em igualdade de condições com a proposta apresentada pelo terceiro indicado pelo juiz, a proposta do credor deverá ter preferência.
III) Concluída a prestação realizada pelo credor ou pelo terceiro por ele indicado, a execução se fará por quantia.
A prestação de tutela especifica é assegurada nos títulos extrajudiciais nas obrigações de fazer e não fazer?
Não, nas obrigações de fazer ou não fazer se a obrigação for fungível ela poderá ser convertida em perdas e danos. Dessa forma não é assegurada a prestação de tutela especifica.
Considerações: É possível verificar que o legislador não teve preocupação a assegurar a prestação da tutela específica no âmbito das execuções dos títulos extrajudiciais, sendo patente a aceitação de que a execução de uma obrigação de fazer ou não fazer converta-se em perdas e danos.
F) Explane sobre a execução de obrigação de não fazer:
A obrigação de não fazer, tendo em vista que se trata sempre de uma obrigação infungível, em face da qual, como já afirmado anteriormente, só cabe aplicação de multa ou conversão em perdas e danos.
O novo CPC, em seus arts. 822 e 823, incorre no erro de tratar a obrigação de não fazer como uma obrigação de desfazer, quando, na verdade, esta última representa uma obrigação de fazer.
No processo de execução de obrigação de fazer INFUNGIVEL poderá valer-se de sub-rogação para prestação da obrigação?
Não, apenas nas obrigações de fazer fungíveis o exequente poderá valer-se de sub-rogação como meio de coerção, só elas autorizam a prestação por um terceiro, às expensas do devedor.
Na execução de obrigação de fazer se o devedor não cumprir com a obrigação o que poderá acontecer?
Se o devedor não cumprir a obrigação fungível, o credor poderá requerer que outra pessoa a cumpra no seu lugar.
O juiz nomeará pessoa idônea que possa prestar o fato às custas do devedor. A nomeação é livre, podendo o juiz determinar que o credor forneça indicações.
Caso o próprio credor queira realizar o serviço, terá direito de preferência sobre os outros, que deverá ser exercido no prazo de cinco dias.
A execução específica por sub-rogação é opção do credor; se ele acha que o procedimento é trabalhoso ou excessivamente oneroso, pode requerer a utilização dos meios de coerção, e se forem ineficazes, a conversão em perdas e danos.
Execução das obrigações de fazer infungíveis podem ser convertidas em perdas e danos?
Sim, caso o devedor se recuse de toda maneira a prestar o serviço, dessa forma será a prestação convertida em perdas e danos. 
Na execução de obrigação de não fazer o que acontece caso o executado não cumpra com a obrigação de desfazer?
A obrigação de não fazer trata-se de uma obrigação fungível, por tanto passível de ser executada por um terceiro, admitindo assim a sub-rogaçãopara prestação da obrigação.

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