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Responsabilidade Social Corporativa e Direitos Humanos

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RSC E DIREITOS HUMANOS
Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e dos Direitos Humanos são categorias que se encontram imbricadas a partir
dos novos padrões do capitalismo globalizado;
 Exigência do exercício da RSC nas empresas
transnacionais.
 Conceitos Centrais: direitos humanos, democracia e meio ambiente .
 Cenário Mundial: conexões e interdependências crescentes entre
forças econômicas privadas, transnacionais e estados nacionais.
Fonte: Mathias & Mathias, 2012.
Com o processo de globalização, registra-se uma
reorganização da economia mundial e uma
internacionalização da produção e das relações de
trabalho. E, nesse sentido, cabe ressaltar que as mudanças advindas do processo de reestruturação do
capital, marcadas pela introdução das novas
tecnologias, pelas novas exigências de mercado, pelas mudanças de hábito de consumo, pelas novas
formas de contratação do trabalho e de
gerenciamento da força de trabalho extrapolam a
esfera da produção propriamente dita e se expandem para todas as relações sociais.
Em 2003, na tentativa de limitar e combater as
práticas corporativas abusivas das TCNs e elaborar um projeto de instrumento internacional que contemplasse a responsabilidade das empresas e os direitos humanos, foram apresentadas as normas das
Nações Unidas sobre RSC.
Dentre as normas estabelecidas pela
ONU registram-se às seguintes:
 a) obrigações gerais relativas ao respeito e proteção aos direitos humanos;
 b) direito à igualdade de oportunidade e tratamento não discriminatório;
 c) direito à segurança das pessoas;
 d) direito dos trabalhadores (particularmente com relação à proibição de formas de trabalho compulsório que vão contra os direitos humanos
internacionais, assim como, a corporação deve prover trabalho seguro e saudável ambientalmente e a remuneração deve levar em conta as necessidades
dos trabalhadores);
 e) respeito à soberania nacional e os direitos humanos;
 f) obrigações com respeito à proteção ambiental;
 g)implementação de cláusulas gerais relativas à operacionalização e monitoramento por organismos credenciados, bem como, avaliação dos impactos das atividades das empresas.
Fonte: Mathias & Mathias, 2012.
Embora os Estados sejam os principais sujeitos de
deveres, agentes empresariais também possuem obrigações perante o direito internacional; estas obrigações se aplicam de maneira universal e dizem respeito a um leque amplo de direitos; os governos precisam tomar as medidas para proteger os indivíduos contra abusos perpetrados por empresas; e, por fim, o caráter transnacional deste problema exige que haja monitoramento de práticas empresariais e mecanismos de controle de normas internacionais além do âmbito nacional, para assegurar que as empresas respeitem as normas e outros instrumentos nacionais pertinentes, quando realizarem atividades em outros países (UNITED NATIONS, 2003)
Norma SA 8000, NBR 16000 e ISO
Gestão da Responsabilidade Social, é focada ao incremento da capacidade competitiva de qualquer organização que voluntariamente garanta a componente ética do seu processo e ciclo produtivo, prevendo a adequação à legislação nacional, através do cumprimento de requisitos associados ao trabalho infantil, trabalho forçado, segurança e saúde, liberdade de associação e direito à negociação coletiva, discriminação, práticas disciplinares, horário de trabalho, remuneração e sistema de gestão.
Tanto a SA 8000 quanto a ISO 26000 e a NBR 16000 são padrões normativos de referência que estabelecem requisitos para uma Gestão da Responsabilidade Social e são de adoção e escolha voluntária de cada organização.
SA 8000
A SA 8000 é um padrão normativo internacionalmente reconhecido de responsabilidade social em prol das boas condições de trabalho, desenvolvida e supervisionada pela organização Social Accountability International (SAI). Esta norma é baseada nos princípios internacionais dos direitos humanos e nas convenções da Organização Internacional do Trabalho (International Labour Organization – ILO em inglês), os quais incentivam a gerência a implementar mudanças sistemáticas e sustentáveis nas operações comerciais e que tem como objetivo melhorar as condições de trabalho nas organizações ao redor do mundo ao melhorar as condições dos colaboradores nas empresas.
ISO 26000
A ISO 26000 surge para ser a primeira norma internacional de Responsabilidade Social Empresarial. Ela começou a ser desenvolvida em 2005 e sua versão final foi publicada no final 2010. O documento tem como objetivo traçar diretrizes para ajudar empresas de diferentes portes, origens e localidades na implantação e desenvolvimento de políticas baseadas na sustentabilidade
Além dos princípios, os temas centrais do documento envolvem as áreas de Direitos Humanos; Práticas de Trabalho; Meio Ambiente; Práticas Leais de Operação; Combate à Corrupção e Propina; Consumidores e Desenvolvimento aliado a participação comunitária. As empresas terão de aplicar ações de cada área citada em suas gestões.
NBR 16001
A ABNT NBR 16001 – Responsabilidade social – Sistema de gestão – Requisitos teve sua primeira edição publicada em novembro de 2004 e a sua segunda versão em julho de 2012.
A versão de 2012 foi baseada na diretriz internacional ISO 26000 publicada em novembro de 2010.
A revisão da ABNT NBR 16001 ocorreu no âmbito da Comissão Especial de Estudos de Responsabilidade Social da ABNT, tendo ficado em consulta nacional.
Outros países também têm desenvolvido normas nacionais com o propósito de certificação à luz da ISO 26000.
A NBR 16001 é uma norma de sistema de gestão, passível de auditoria, estruturada em requisitos verificáveis, permitindo que a organização busque a certificação por uma terceira parte, o que não ocorre com a ISO 26000 que é uma norma de diretrizes.
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos relativos a um sistema da gestão da responsabilidade social, permitindo à organização formular e implementar uma política e objetivos que levem em conta os requisitos legais e outros, seus compromissos éticos e sua preocupação com a:
promoção da cidadania
promoção do desenvolvimento sustentável
transparência das suas atividades
Benefícios
As principais vantagens na sua implementação são:
melhoria do relacionamento organizacional interno através da demonstração da preocupação com o trabalhador
aumento do envolvimento dos trabalhadores
diminuição de eventuais conflitos laborais
aumento de informação e, portanto, maior confiança por parte dos clientes
melhoria da gestão dos processos chave da empresa
consequente aumento de produtividade;
diferenciação positiva face à concorrência;
credibilização da marca;
maior segurança para a empresa e para os seus accionistas;
consolidação da imagem e reputação da empresa como socialmente responsável

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