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RESPONSABILIDADE SOCIAL UNIDADE 4

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RESPONSABILIDADERESPONSABILIDADE
SOCIAL CORPORATIVASOCIAL CORPORATIVA
Esp. Carolina Braz Pimentel
IN IC IAR
introdução
Introdução
A Responsabilidade Social Empresarial é importante porque permite perceber que todos
fazem parte de uma grande comunidade no planeta, que sofre ou se bene�cia conforme as
decisões tomadas pelo poder público, as empresas e outras organizações.
Para que as empresas tenham um papel positivo nesse cenário, nesta unidade será possível
entender como a responsabilidade social pode ser aplicada nas empresas, trazendo diretrizes
a serem seguidas, normas, instrumentos, indicadores e ferramentas de gestão. Ainda que cada
empresa trace suas ações de acordo com seus negócios e os impactos produzidos, esse
direcionamento é importante para facilitar a implantação da responsabilidade social nas
empresas.
Nas atividades humanas, é interessante notar como tudo depende da interação com outros
indivíduos e como cada ação, por mais especí�ca que seja, impacta na vida de outras pessoas
com quem nunca se teve um contato direito. É possível tomar como exemplo negativo da
inter-relação das atividades humanas e seus impactos no mundo, o buraco na camada de
ozônio localizado na atmosfera sobre o Pólo Sul - onde não existe vida humana. Como é
possível que na Antártida haja esse tipo de impacto se lá não existe atividade humana? É
simples: todo o cloro�uorcarboneto (CFC) presente em aerossóis utilizados pelo resto do
mundo chegou lá.
Reafirmando conceitos de Responsabilidade
Social
Segundo a ABNT NBR ISO 26.000 de 2010, a responsabilidade pode ser de�nida como:
A responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na
sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que:
● contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e bem-estar da
sociedade;
● leve em consideração as expectativas das partes interessadas;
● esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com as
As organizações voltadasAs organizações voltadas
para objetivos solidáriospara objetivos solidários
normas internacionais de comportamento;
● esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações. (NBR,
2010, p. 4).
Em termos gerais, é possível dizer que responsabilidade social é o modo como uma
organização responde aos impactos gerados por suas atividades de operação em todos os
níveis, assumindo primeiramente que gera esses impactos e, posteriormente, traçando
estratégias para mitigá-los.
A ISO 26.000 trás 7 princípios norteadores para se aplicar a responsabilidade social nas
organizações:
1. Accountability: princípio que diz respeito à responsabilização das organizações. Ele
diz que toda empresa deve se responsabilizar pelos impactos que causar na
sociedade, na economia e no meio ambiente, e ainda tomar medidas para prevenir a
reincidência desses impactos.
2. Transparência: esse princípio prega que as organizações devem ser transparentes
na tomada de decisão e divulgar de forma verdadeira, acessível e su�ciente suas
políticas, planos, resultados e impactos conhecidos e prováveis.
3. Comportamento ético: O princípio fomenta, basicamente, o comportamento ético
das organizações em suas atividades e tomada de decisão, além do compromisso em
responsabilizar-se pelos impactos dessas atividades e decisões.
4. Respeito pelos interesses das partes interessadas: segundo esse princípio, a
organização deve identi�car, reconhecer, se comunicar, considerar os direitos e
interesses das partes interessadas, impactadas, pelas atividades e decisões da
empresa.
5. Respeito pelo estado de direito: o objetivo desse princípio é rea�rmar a
obrigatoriedade do estado de direito e que nenhum indivíduo, grupo, organização
ou governo está acima da lei. A organização deve obedecer à todos os
regulamentos, normas e leis aplicáveis.
6. Respeito pelas normas internacionais de comportamento: concomitante ao estado
de direito, as organizações deve cumprir as novas internacionais de
comportamento, principalmente nos casos em que as leis nacionais forem omissas.
7. Respeito pelos direitos humanos: toda organização deve garantir, respeitar e
compreender a universalidade dos direitos humanos e demonstrar isso nas suas
atividades e tomada de decisão (NBR, 2010, p. 10-14).
É imprescindível reconhecer que a Responsabilidade Social passa por um processo de
aceitação no qual todos devemos assumir que somos, de fato, responsáveis pelos impactos
negativos das práticas humanas e que é nosso dever recuperar todo dano já causado, além de
trabalhar para que novos impactos negativos sejam evitados.
Para embasar todo trabalho de Responsabilidade Social, se faz necessário internalizar o
conceito de comunidade. É importante compreender que a sociedade é formada por
interação, que nada é possível se não for compartilhado. Até mesmo o ar que respiramos é
compartilhada com todo o mundo.
praticarVamos Praticar
A responsabilização é a ignição da responsabilidade social. Partindo do pressuposto de que todos
somos responsáveis pelos impactos positivos e negativos das atividades humanas, cabe a nós
implementar práticas para minimizar esses impactos, quando negativos. Sobre responsabilidade
social, assinale a alternativa correta.
a) A responsabilidade social é um movimento de oposição ao desenvolvimento sustentável.
b) A responsabilidade social surgiu como mais uma maneira de o governo arrecadar impostos
das empresas.
c) A responsabilidade social atrasa o crescimento econômico das empresas.
d) O objetivo da responsabilidade social é o comprometimento das organizações com os
impactos causados por sua atividades.
e) A responsabilidade social bene�cia as comunidades em detrimento aos lucros das
empresas.
A responsabilização é a ignição da responsabilidade social. Se comprometer com os impactos
que suas atividades geram, é o início para ter, efetivamente, uma empresa socialmente
responsável.
Nesta unidade, vamos avançar mais um passo: instrumentos práticos para implementação da
responsabilidade social. Após trazer para a consciência seu papel nas consequências geradas
pelas atividades humanas, as empresas devem agir.
Normas regulamentadoras
As normas regulamentadoras, nacionais e internacionais, são importantes instrumentos para
implementar a responsabilidade social nas organizações, inclusive servem como modelo de
sistemas de gestão.
ISO 26.000: Essa é uma norma internacional elaborada por um trabalho conjunto de
mais de 90 países de diversas organizações envolvidas com responsabilidade social.
A norma serve como guia que fornece diretrizes para as organizações que
pretendem implementar a responsabilidade social em suas atividades e decisões. A
ISO 26.000 não tem caráter de certi�cação e não é auditável. Como foi elaborada
com uma equipe bastante diversi�cada, a norma buscou equilibrar cenários de
países desenvolvidos e subdesenvolvidos, diferenças culturais, de gênero, entre
Instrumentos deInstrumentos de
Responsabilidade SocialResponsabilidade Social
outros. O principal objetivo da norma é fornecer os princípios e diretrizes para
implementar as responsabilidade social (NBR, 2010, p. 5).
SA 8.000: A SA 8.000, ou Social Accountability 8.000, é uma norma internacional que
estabelece os requisitos de responsabilidade social que as organizações devem
atender. É uma norma baseada em leis nacionais e também em padrões
internacionais de conduta, como a declaração Universal dos Direitos Humanos da
ONU, leis trabalhistas e a Organização Internacional do Trabalho. A SA 8.000 é uma
norma que confere certi�cação, perante auditoria externa  (SA 8.000, 2014, p. 4)
Norteadores
Antes de desenvolver qualquer projeto em responsabilidade social, é necessário realizar
atividades preliminares com caráter de análise do cenário atual da empresa, de�nição das
partes interessadas e impactadas pelas suas atividades e �rmar compromissos. Abaixo, segue
instrumentos para realização dessa etapa:Diagnóstico de responsabilidade Social: uma importante ferramenta que serve de
ponto de partida para saber qual a situação inicial da empresa ao começar a
trabalhar com responsabilidade social. Nos diagnósticos, é importante mapear quais
atividades a empresa já desenvolve, qual a sua esfera de in�uência e dialogar com as
partes interessadas. A partir daí, é possível fazer um plano de ação para um cenário
socialmente responsável em cada área da responsabilidade social.
Política de Responsabilidade Social: a Política de Responsabilidade Social descreve
os compromissos da empresa com todas as partes interessadas e impactadas por
suas atividades. A política é uma importante ferramenta de comprometimento das
organizações e demonstra que a mesma reconhece os impactos que gera e que irá
implementar práticas para minimizá-los.
Código de Ética e Conduta: é um documento que reúne e documenta as regras e
normas de condutas esperados da empresa, seus colaboradores e parceiros de
negócios. Tem um caráter informativo e serve como segurança tanto para
empregadores quanto para funcionários.
Programas de relacionamento
Em posse do diagnóstico e da de�nição das partes interessadas, a empresa pode de�nir
políticas e projetos especí�cos para cada parte com a qual se relaciona. Os programas de
relacionamento contém as diretrizes de cada projeto que, de fato, é implementado pela
organização.
1. Programa de Relacionamento com os Colaboradores: no programa de
relacionamento com os colaboradores, a organização deixa explícito todos os
benefícios aos quais os mesmo tem direito além dos benefícios extras que a
empresa oferece. No programa constam projetos que os colaboradores podem
participar, possíveis premiações e incentivos, por exemplo: projetos de incentivo à
inovação, projetos de reconhecimento por desempenho, programas de incentivo a
melhores hábitos de saúde, projetos que fomentem a educação, entre outros.
2. Programa de Relacionamento com a Comunidade: no programa de relacionamento
com a comunidade constam as ações e projetos sociais promovidos pela
organização que bene�ciam a comunidade, principalmente no entorno da empresa.
Este programa pode conter o projeto de voluntariado corporativo da empresa, que
são ações sociais que contam com a participação dos seus colaboradores. Aqui
também há espaço para as atividades e precauções que a empresa toma para
bene�ciar a comunidade durante suas operações.
3. Programa de Relacionamento com os Clientes: o programa de relacionamento com
clientes consiste nos projetos de �delização do cliente, benefícios extras que podem
oferecer e ações das quais os consumidores podem participar, como por exemplo:
clube de pontos, ações de arrecadação, canais de diálogo entre a empresa e os
clientes, entre outros.
4. Programa de Relacionamento com os Fornecedores: neste programa, a
organização expressa como pretende se relacionar com seus fornecedores e quais
são os projetos que tem para essa parte interessada, como por exemplo: apenas
selecionar fornecedores locais, auxiliar na implementação da responsabilidade
social dos fornecedores, selo de excelência para os melhores fornecedores, entre
outros. Para uma organização que pretende ser socialmente responsável em todo
sua cadeia produtiva, ela necessita garantir que os seus fornecedores também
produzam segundo os princípios da responsabilidade social.
5. Programa de Relacionamento com o Meio-Ambiente: é o programa de
relacionamento mais conhecido, no qual a empresa demonstra como se relaciona
com o meio ambiente nos diversos níveis, desde a operação da sede com utilização
apenas de móveis provenientes de madeira de re�orestamento (com selos de
garantia), utilização de aeradores nas torneiras, projeto de conscientização
ambiental na empresa, acompanhamento do consumo de água e energia, diminuição
no uso de papel, cumprimento das leis ambientais aplicáveis aos processos produtos
da empresa, projetos de re�orestamento, entre outros.
6. Programa de Relacionamento com a Sociedade e Governo: este programa
descreve como a empresa se relaciona com essa esfera, desde projetos de incentivo
à educação política e cidadania, até participação em órgãos representativos e de
classe, além de políticas de repúdio à propinas, subornos e qualquer forma de
corrupção. Este programa não tem nenhum caráter partidário.
Na implementação de todo projeto e programa, é necessário que a organização estabeleça
indicadores para medir a efetividade da implementação e os resultados obtidos com os
mesmos.
Implementar
Para traçar todas as suas práticas, escrever programas e implementar projetos, um
importante instrumento é o Comitê de Responsabilidade Social. Muitas vezes, o comitê é
formado por voluntários da empresa, mas também podem ser constituídos por colaboradores
contratados especi�camente para esse �m. O comitê atua como implementador e
fomentador da responsabilidade social da organização, desenvolvendo projetos e estratégias
de dentro para fora da empresa, tornando a implementação dos projetos e ações mais
e�cientes, e com resultados mais expressivos tanto para a organização quanto para a
sociedade.
praticarVamos Praticar
Além de ter consciência do impacto que causam, as empresas precisam implementar práticas que
efetivamente demonstrem para a sociedade compromissos socialmente responsáveis. As
organizações não precisam apenas ser simpatizantes da causa, mas precisam ser praticantes. Em
relação à implementação da responsabilidade social, assinale a alternativa correta.
a) O Estado é o único responsável pelos impactos das atividades humanas, já que governa as
nações.
b) Desde que as empresas cuidem do meio ambiente, as demais dimensões da
responsabilidade social são irrelevantes.
c) Para a responsabilidade social ser efetiva, além de �rmar compromissos, a organização
deve traçar planos de ação com base em suas políticas e programas.
d) Os planos de ação para implementar a responsabilidade social serão efetivos, mesmo se a
empresa não identi�car quem são as partes interessadas.
e) A empresa deve elaborar suas próprias leis e desconsiderar as normas, leis e
regulamentações externas.
Muitos instrumentos de Responsabilidade Social podem ser utilizados pelas empresas para
 contribuir com o desenvolvimento sustentável e atingir a sustentabilidade da organização.
Para garantir a e�ciência e o uso estratégico dos instrumentos, é necessário um sistema de
gestão da responsabilidade social para que ela seja integrada e praticada em toda a
organização de forma estruturada.
ISO 16.001
A ISO 16.000, de 2012, norma internacional, auditável, denominada: Responsabilidade Social
- Sistema de gestão - Requisitos, de�ne um sistema de gestão da responsabilidade social
como: “conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos, voltados para estabelecer
políticas e objetivos da responsabilidade social, bem como para atingi-los” (NBR 16001, 2012,
p. 6). Para melhor compreensão de como funciona o sistema de gestão, a norma apresenta um
modelo, exposto abaixo:
Gestão dos Sistemas deGestão dos Sistemas de
Responsabilidade SocialResponsabilidade Social
A norma tem como base a metodologia PDCA:
PDCA (Plan-Do-Check-Act ou planejar, fazer, veri�car e agir), que pode ser
brevemente descrita como:
— Planejar (Plan): estabelecer os objetivos e processos necessários para se
produzirem resultados em conformidade com a política da responsabilidade social
da organização;
— Fazer (Do): implementar os processos;
— Veri�car (Check): monitorar e medir os processos em relação à política de
responsabilidade social e aos objetivos, metas, requisitos legais e outros, e reportar
os resultados;
— Agir (Act): tomar ações para melhorar continuamente o desempenho ambiental,
econômico e social do sistema de gestão. (NBR 16001, 2012, p. 9).  
Para estruturação do sistema, em conformidade com a ISO 16.001, a referida norma
apresenta requisitos gerais para os quais devem ser elaborados procedimentos e estaremdocumentados. Nós os estudaremos a seguir:
● Política da responsabilidade social: é um documento expresso pela Alta Direção com as
“intenções e diretrizes globais de uma organização, relativos à responsabilidade social (...)
fornece uma estrutura para a de�nição dos objetivos e metas da responsabilidade social”
(NBR 16001, 2012, p. 4).
● Identi�cação das partes interessadas: “a compreensão de como indivíduos ou grupos são
ou podem ser afetados pelas decisões e atividades de uma organização irá possibilitar a
identi�cação dos interesses que estabelecem uma relação com a organização” (NBR 16001,
2012, p. 17).  
● Temas centrais da responsabilidade social e suas questões: A organização deve identi�car
as questões pertinentes a sua responsabilidade social, considerando os seguintes temas
centrais (NBR 16001, 2012, p. 8):
a) governança organizacional;
b) direitos humanos;
c) práticas de trabalho;
d) meio ambiente;
e) práticas leais de operação;
f) questões relativas ao consumidor;
g) envolvimento e desenvolvimento da comunidade.
● Due diligence: “processo abrangente e pró-ativo para identi�car os impactos sociais,
ambientais e econômicos negativos reais e potenciais das decisões e atividades de uma
organização ao longo de todo o ciclo de vida de um projeto ou atividade organizacional,
visando evitar ou mitigar esses impactos” (NBR 16001, 2012, p. 3).
● Identi�cação de oportunidades de melhoria e inovação: “Ao avaliar a pertinência e a
signi�cância das questões da responsabilidade social a organização deve considerar as
oportunidades de reforçar as ações em curso relativas às questões da responsabilidade social
e identi�car outras oportunidades de melhoria”.  
● Requisitos legais e outros: Devem ser criados procedimentos para o cumprimento pela
organização das normas legais e os compromissos assumidos voluntariamente.
● Objetivos, metas e programas:
objetivos da responsabilidade social: propósitos da responsabilidade social,
decorrente da política da responsabilidade social, que uma organização se propõe a
atingir, sendo quanti�cados sempre que exequível;
metas da responsabilidade social: requisito de desempenho detalhado, sendo
quanti�cado sempre que exequível, aplicável à organização ou à parte dela,
resultante dos objetivos da responsabilidade social, que necessita ser estabelecido
e atendido para que tais objetivos sejam atingidos;  
Programas: a organização deve estabelecer, implementar, manter e documentar
programas para atingir seus objetivos e metas da responsabilidade social, bem como
para tratar os resultados da due diligence.  
(NBR 16001, 2012, p. 3-8).  
● Recursos, funções, responsabilidades e autoridades: Para sustentabilidade do sistema de
gestão devem ser disponibilizados recursos humanos, �nanceiros, de infraestrutura,
tecnologia e quali�cações especí�cas, também devem ser de�nidas funções,
responsabilidades e autoridades.
praticarVamos Praticar
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) elaborou a norma NBR 16001, que preconiza
um sistema de gestão da Responsabilidade Social. É importante ressaltar que normas técnicas, em
geral, são utilizadas por grande parte das organizações, devido a credibilidade de seus critérios
técnicos e processos de construção. A adesão das mesmas induzem novas formas de gestão que
podem in�uenciar substancialmente a rotina das organizações.
MELO, Cristiana Malfacini; GOMES, Eduardo Rodrigues. NBR 16001: a norma brasileira de gestão da
responsabilidade social. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, 3., 2007.
Anais... Resende: Associação Educacional Dom Bosco, 2007.
Utilizando seus conhecimentos sobre a norma NBR 16.001, assinale a alternativa correta:
a) Por ser uma norma, a ISO 16.001 é de adesão obrigatória pelas empresas.
b) A ISO apresenta a única forma de se fazer gestão da Responsabilidade Social.
c) A adesão a ISO 16001 poderá resultar em mudanças na gestão empresarial.
d) As empresas devem escolher entre seguir a ISO 16.001 e a SA 8000.
e) ISO 16001 só tem validade no Brasil, uma vez que foi elaborada pela ABNT.
A Responsabilidade Social possui um campo imenso de atuação, por isso algumas normas
vieram para contribuir com a sua implementação nas organizações, como a ISO 26.000 e a SA
8000, trazendo conceitos, princípios e traçando diretrizes.
É importante salientar que essas normas servem para direcionar os trabalhos, mas elas não
trazem fórmulas prontas ou um passo a passo de ações que podem ser realizadas, de modo
que cada organização terá que analisar seu negócio, suas partes interessadas, sua in�uência e
impacto, a legislação e compromissos aplicáveis, para planejar, executar, medir e melhorar
suas atuação com responsabilidade social.
Com essa �nalidade, surgiram alguns modelos de diagnósticos, eles podem ser utilizados para
saber como a empresa está e traçar um plano de ação para onde a empresa quer chegar. Mas
vale ressaltar que cada empresa terá a sua forma de implementar a Responsabilidade Social.
Após implementada, é conveniente que as organizações produzam balanço sociais ou
relatórios de sustentabilidade, para fazer o monitoramento dos indicadores, além de poder
ser utilizado como uma ferramenta de gestão, também aumenta a credibilidade e
transparência das empresas, permitindo que as partes interessadas conheçam e avaliem as
ações e resultados das atuação empresarial. Assim, neste tópico estudaremos indicadores
para implementação e acompanhamento da responsabilidade social.
Implementação daImplementação da
Responsabilidade SocialResponsabilidade Social
Indicadores
Muitas organizações que apoiam os princípios da Responsabilidade Social criaram
indicadores que podem ser utilizados para realização de diagnósticos e de parâmetros para as
ações, como o instituto Ethos e o sistema B, os quais servem para informar a empresa de seu
desempenho.
Indicadores Ethos
O Instituto Ethos de empresas e responsabilidade social surgiu há cerca de 20 anos e tem
como missão “mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma
socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e
sustentável” (ETHOS, on-line).
Uma das ações para a realização de sua missão foi a criação dos indicadores ethos. Até o
momento foram elaborados cinco cadernos focados para micro e pequenas empresas, para
negócios sustentáveis e responsáveis, para integridade, prevenção e combate à corrupção e
para promoção da equidade de gênero e racial. “Os Indicadores Ethos para Negócios
Sustentáveis e Responsáveis têm como foco avaliar o quanto a sustentabilidade e a
responsabilidade social têm sido incorporadas nos negócios, auxiliando a de�nição de
estratégias, políticas e processos” (ETHOS, on-line).
Avaliação de impacto B
O Sistema B, responsável pela Avaliação de impacto B, não certi�ca as melhores empresas do
mundo, mas as melhores empresas para o mundo, eles visam “uma economia onde o sucesso
seja medido pelo bem-estar das pessoas, das sociedades e da natureza. Rede�nindo o sentido
de sucesso na economia” (SISTEMA B, on-line).
A avaliação de impacto B propõe a realização de 3 passos:
Avaliar: utilizando a ferramenta gratuita em que uma série de perguntas sobre “o
que é preciso para construir um negócio melhor para os seus trabalhadores,
comunidade e meio ambiente” (SISTEMA B, on-line).
Comparar: a ferramenta permite que a empresa compare a sua atuação com
milhares de outras que também a preencheram.
Melhorar: é possível criar um plano de melhoria personalizado para a empresa a
partir da resposta.
Balanço Social e Relatório de
Sustentabilidade
O balanço social e o relatório de sustentabilidade são documentos que divulgam não apenas
os resultados econômicos das empresas, mas também seus resultados sociais e ambientais.
Desse modo, eles cumprem um duplo objetivo: servem tanto como uma ferramenta de gestão,
permitindo o acompanhamento do desempenho da empresa e sua consequente melhoria,
como uma ferramenta paradiálogo com as partes interessadas contribuindo para o seu
engajamento (CUSTÓDIO; MOYA, 2007. p. 5).
A seguir, estudaremos dois modelos, o ibase, de caráter nacional, e o GRI (Global Reporting
Initiative).
Ibase
O primeiro modelo de balanço social apresentado foi desenvolvido pelo Ibase (Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), no primeiro semestre de 1997. A estratégia
utilizada foi a de criar um modelo básico, mínimo e inicial, construído a base do consenso e
que pudesse ser lançado rapidamente.  
O balanço social da empresa, elaborado segundo a metodologia do Ibase,
apresenta dados e informações de dois exercícios anuais por meio de uma tabela
bastante simples e direta, que deve ser publicada e amplamente divulgada. O
modelo atual é composto por 43 indicadores quantitativos e oito indicadores
qualitativos, organizados em sete categorias. (TORRES, 2018, p. 19-26).
Os oito indicadores, são: base de cálculo, indicadores sociais internos e externos, indicadores
ambientais, indicadores de corpo funcional, informações relevantes quanto ao exercício da
cidadania empresarial e outras informações.
GRI
A Global Reporting Initiative é uma organização internacional, fundada em 1997, com o
objetivo de desenvolver diretrizes para elaboração de relatórios de desempenho econômico,
social e ambiental,  para organizaçõe de qualquer porte ou localização geográ�ca que sejam
tão periódicos e comparáveis como os �nanceiros. O modelo GRI tem alcançado mais
adeptos, uma vez que é uma proposta de padrão único internacional e permite a comparação
entre várias organizações e contextos  (CUSTÓDIO; MOYA, 2007, p. 15-17).
praticarVamos Praticar
A adesão a estes relatórios é voluntária, tendo por objetivo apoiar e facilitar a gestão das questões de
sustentabilidade das empresas de maneira sistemática, divulgar os riscos e oportunidades e construir
uma reputação corporativa transparente. Essas informações também podem servir às demandas
crescentes da sociedade e, principalmente, como resposta às cobranças dos stakeholders para que as
empresas explicitem suas ações de responsabilidade socioambientais e atuações no ambiente em
que estão inseridas.
CAMPOS, L. M. de S. et al. Relatório de sustentabilidade: per�l das organizações brasileiras e
estrangeiras segundo o padrão da Global Reporting Initiative. Gestão & Produção, v. 20, n. 4, p. 913-
926, 2013.
Sobre indicadores e relatórios de sustentabilidade, assinale a alternativa correta:
a) Os relatórios de sustentabilidade têm como principal objetivo divulgar os resultados
�nanceiros.
b) O GRI surgiu para �scalizar o desempenho das empresas em relação à Responsabilidade
Social.
c) Os indicadores utilizados nos diagnósticos não estão relacionados aos apresentados nos
relatórios.
d) Várias organizações estão comprometidas em contribuir para que as empresas sejam mais
sustentáveis.
e) As empresas têm a obrigação legal de divulgar seus resultados sociais, ambientais e
econômicos.
indicações
Material
Complementar
L I V R O
ISO 26.000 - Norma Internacional de
Responsabilidade Social: um guia para
entendê-lo melhor.
Instituto Observatório Social
Editora: Instituto Observatório Social
ISBN: 978-85-64665-00-2
Comentário: : O guia explica os princípios e conceitos da norma
26.000, a qual traz as diretrizes da Responsabilidade Social, de
forma clara e simples. É uma ótima leitura para aqueles que querem
se aprofundar no tema e ainda não têm domínio dos termos
técnicos.
F I L M E
Real Value
Ano: 2013
Comentário: O �lme apresenta histórias de empreendedores que
viram nos negócios a oportunidade de contribuir para a construção
de um mundo melhor sem deixar o lucro para trás, demonstrando
que é possível fazer bons negócios, ser sustentável e responsável.O
documentário está disponível de forma completa.
T R A I L E R
conclusão
Conclusão
A Responsabilidade Social é um tema extremamente importante, porque quando as empresas
escolhem atuar em consonância com ela, tomam consciência do impacto de suas ações e
podem melhorar sua atuação, bene�ciando toda a sociedade e o planeta.
Esse tema é tão relevante que várias organizações se empenham em trazer instrumentos para
a sua efetivação. Assim, pautadas em muitas pesquisas e estudos, lançaram uma série de
normativas como a ISO 26.000, a ISO 16.001 e a SA 8000, indicadores e ferramentas,
manuais para implementação e gestão da responsabilidade social. Entretanto, é importante
ressaltar que todo esse conteúdo só será efetivo se ele for internalizado por pro�ssionais que
de fato o implementaram nas empresas.
referências
Referências
Bibliográ�cas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16.001: responsabilidade social e
sistema de gestão. Rio de Janeiro, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 26.000: diretrizes sobre
responsabilidade social. Rio de Janeiro, 2010.
CAMPOS, L. M. de S. et al. Relatório de sustentabilidade: per�l das organizações brasileiras e
estrangeiras segundo o padrão da Global Reporting Initiative. Gestão & Produção, v. 20, n. 4,
p. 913-926, 2013.
CUSTÓDIO, A. L.; MOYA, R. Guia para elaboração do balanço social e relatório de
sustentabilidade. São Paulo: Instituto Ethos, 2007.
ENDEAVOR. Voluntariado: entenda como isso pode ajudar sua empresa. São Paulo, 2015.
Disponível em: <https://endeavor.org.br/pessoas/voluntariado/>. Acesso em: 25 jul. 2019.
GLOBAL REPORTING INITIATIVE. G4 diretrizes para relato de sustentabilidade. Amsterdã,
2013. Disponível em:
<http://www.b3.com.br/data/�les/F7/07/8C/C9/5B243510DF0CA135790D8AA8/GRI-G4-
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INSTITUTO ETHOS. Sobre o instituto. São Paulo, on-line. Disponível em:
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