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No conflito entre Israel e palestinos, o status diplomático de Jerusalém, cidade que abriga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, é uma das questões mais polêmicas e ponto crucial nas negociações de paz. Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) como capital de seu futuro Estado. A posição da maior parte da comunidade internacional, e dos Estados Unidos até então, é a de que a situação de Jerusalém deve ser decidida em negociações de paz. Os países mantêm suas embaixadas em Tel Aviv, a capital comercial de Israel. Em 1947, quando a Assembleia Geral da ONU decidiu pelo plano de partilha da Palestina entre um Estado árabe e outro judeu, Jerusalém foi designada como "corpus separatum" (corpo separado), sob controle internacional. O plano, porém, não chegou a ser implementado. Em 1948 foi declarada a Independência do Estado de Israel e, logo em seguida, a guerra árabe-israelense. Ao final daquele conflito, Jerusalém foi dividida, com a parte ocidental sob controle de Israel e a parte oriental controlada pela Jordânia. Em 1967, Israel capturou a parte oriental da cidade e, desde então, vem construindo assentamentos em Jerusalém Oriental. Esses assentamentos são considerados ilegais pela comunidade internacional, posição que é contestada pelo governo israelense. "O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel seria uma mudança na política adotada pelos Estados Unidos desde a criação do plano de partilha pela Assembleia Geral da ONU", explica o especialista em Oriente Médio Fayez Hammad. "Desde a criação do Estado de Israel no ano seguinte, os Estados Unidos nunca reconheceram a soberania de Israel em Jerusalém Ocidental ou da Jordânia em Jerusalém Oriental (até 1967)", ressalta Hammad.
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