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TRANSMISSÃO DE ENERGIA É o processo de transportar energia entre dois pontos empregados para transportar grandes blocos de energia por grandes distâncias. O transporte é realizado por linhas de transmissão de alta potência, geralmente usando corrente alternada, que de uma forma mais simples conecta uma usina ao consumidor. A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração às áreas de grande consumo. O nível de tensão depende do país, mas normalmente está estabelecido entre 220 kV e 765 kV. A energia produzida é armazenada inicialmente em geradores e, logo em seguida, é transportada por meio de cabos aéreos fixados em grandes torres de metal. Estas são as redes de transmissão. Até chegar ao destino final, a eletricidade passa por várias subestações, lugar em que transformadores regulam a tensão elétrica de acordo com a necessidade. À medida que a eletricidade aproxima-se dos centros consumidores, as subestações, por meio de aparelhos transformadores, reduzem a tensão elétrica para que ela possa chegar às residências, empresas e indústrias. A partir daí, os cabos prosseguem por via aérea ou subterrânea, constituindo as redes de distribuição. REDE DE TRANSMISSÃO Alimentam consumidores industriais de médio e pequeno portes, consumidores comerciais e de serviços e consumidores residenciais. Segundo o Prodist, os níveis de tensão são: ● Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69kV e inferior a 230kV. ● Média tensão de distribuição (MT): tensão entre fases e cujo valor eficaz é superior a 1kV e inferior a 69kV. Nas redes de distribuição de média tensão também são, frequentemente, encontrados equipamentos auxiliares, tais como capacitores e reguladores de tensão. Ambos são, frequentemente, utilizados para corrigir anomalias na rede, as quais podem prejudicar a própria rede elétrica ou mesmo os equipamentos dos consumidores. ● Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1kV. AS REDE DE DISTRIBUIÇÃO São compostas por linhas de alta, média e baixa tensão. As distribuidoras operam linhas de média e baixa tensão, também chamadas de redes primária e secundária, respectivamente. As linhas de média tensão são aquelas com tensão elétrica entre 2,3 kV e 44 kV, e são muito fáceis de serem vistas em ruas e avenidas das grandes cidades, frequentemente compostas por três fios condutores aéreos sustentados por cruzetas de madeira em postes de concreto. As redes de baixa tensão, com tensão elétrica que pode variar entre 110 e 440 V, são aquelas que, também afixadas nos mesmos postes de concreto que sustentam as redes de média tensão, localizam-se a uma altura inferior. As redes de baixa tensão levam energia elétrica até as residências e pequenos comércios/indústrias por meio dos chamados ramais de ligação. Nas redes de distribuição de média tensão também são, frequentemente, encontrados equipamentos auxiliares, tais como capacitores e reguladores de tensão. Ambos são, frequentemente, utilizados para corrigir anomalias na rede, as quais podem prejudicar a própria rede elétrica ou mesmo os equipamentos dos consumidores. Existem quatro tipos de redes de distribuição de energia elétrica. São eles: • Rede de Distribuição Aérea Convencional: É o tipo de rede elétrica mais encontrado no Brasil, na qual os condutores são nus (sem isolamento). Exatamente por isso, essas redes são mais susceptíveis à ocorrência de defeitos (curto-circuitos), principalmente quando há contato de galhos de árvores com os condutores elétricos. • Rede de Distribuição Aérea Compacta: Surgidas no Brasil na década de 1990, as redes compactas são muito mais protegidas que as redes convencionais, não somente porque os condutores tem uma camada de isolação, mas porque a rede em si ocupa bem menos espaço, resultando em menor número de perturbações. • Rede de Distribuição Aérea Isolada: Esse tipo de rede é bastante protegida, pois os condutores são encapados com isolação suficiente para serem trançados. Geralmente mais cara, essa rede é utilizada em condições especiais. • Rede de Distribuição Subterrânea: A rede subterrânea é aquela que proporciona o maior nível de confiabilidade e também o melhor resultado estético, dado que as redes ficam enterradas. No entanto, as redes subterrâneas são bem mais caras que as demais soluções, sendo comuns apenas em regiões muito densas ou onde há restrições para a instalação das redes aéreas. PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Quanto mais alta a torre, maior a chance de um grande relâmpago atingi-la. Os relâmpagos podem causar danos consideráveis para a transmissão de energia e equipamentos de consumo. Para minimizar os danos dos relâmpagos, um conjunto extra de cabos é instalado a partir do topo da torre até o chão, a serem seguidos pelo relâmpago. PARÂMETROS DE TORRE Torres de transmissão são projetadas para manter os condutores separados dos arredores locais e entre si. Quanto mais elevada for a tensão de transmissão de energia maior deve ser a distância de separação. Quando um arco pode saltar da linha de transmissão para o chão, isso provoca uma falha no chão, isto é, quando existe uma transferência de energia para o ambiente. PARÂMETROS DE ESPAÇO LIVRE DO PROJETO A função básica da torre é isolar os condutores das proximidades, outros condutores e estruturas de arco potenciais. RESTRIÇÕES OPERACIONAIS Grandes oscilações ocorrem devido à manutenção, falhas ou interrupções nas linhas de transmissão de energia. Faixas de frequência maiores podem causar situações incontroláveis que podem resultar em um estado não estacionário de instabilidade. Algumas medidas preventivas são necessárias para minimizar a potencial instabilidade. A instabilidade de tensão acontece quando os sistemas estão expostos a maiores fluxos de potência reativa. É um resultado da diferença de tensão do ponto de partida até a extremidade de recepção da linha. O que resulta em quedas de tensão no final do recebimento. Voltagens mais baixas aumentam a corrente e podem contribuir para perdas. O colapso de tensão é a consequência final. Potencialmente podem causar danos ao equipamento e interrupções. OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO ONS É Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob a regulação e fiscalização da ANEEL, tem por objetivo realizar as atividades de coordenação e controle da operação de geração e transmissão, no âmbito do SIN (Sistema Interligado Nacional). O ONS é responsável pela operação física do sistema e pelo despacho centralizado de energia produzida. ONS desenvolve uma série de estudos e ações exercidas sobre o sistema e seus agentes proprietários para gerenciar as diferentes fontes de energia e a rede de transmissão, de forma a garantir a segurança do suprimento contínuo em todo o país, com os objetivos de: (a) promover a otimização da operação do sistema eletroenergético, visando ao menor custo para o sistema, observados os padrões técnicos e os critérios de confiabilidade estabelecidos nos Procedimentos de Rede aprovados pela Aneel; (b) garantir que todos os agentes do setor elétrico tenham acesso à rede de transmissão de forma não discriminatória; e (c) contribuir, de acordo com a naturezade suas atividades, para que a expansão do SIN se faça ao menor custo e vise às melhores condições operacionais futuras. O ONS é composto por membros associados e membros participantes, que são as empresas de geração, transmissão, distribuição, consumidores livres, importadores e exportadores de energia. Também participam o Ministério de Minas e Energia (MME) e representantes dos Conselhos de Consumidores. PROCEDIMENTOS DE REDE Os principais objetivos são: ● Legitimar, garantir e demonstrar a Transparência, Integridade, Equanimidade, Reprodutibilidade e Excelência da Operação do Sistema Interligado Nacional; ● Estabelecer, com base legal e contratual, as responsabilidades do ONS e dos Agentes de Operação, no que se refere a atividades, insumos, produtos e prazos dos processos de operação do sistema elétrico; ● Especificar os requisitos técnicos contratuais exigidos nos Contratos de Prestação de Serviços de Transmissão - CPST, dos Contratos de Conexão ao Sistema de Transmissão -CCT e dos Contratos de Uso do Sistema de Transmissão - CUST. Os Procedimentos de Rede propiciar transparência e embasamento técnico-operacional às atividades realizadas pelo ONS no exercício de suas atribuições, e tem como principais clientes os agentes e órgãos do setor elétrico e a sociedade, como consumidora final de energia elétrica. ATUAÇÃO AMPLIAÇÕES E REFORÇOS DA REDE Avaliação do desempenho das interligações inter-regionais e internacionais, e no dimensionamento de compensação de potência reativa. Objetivo avaliar as melhorias relacionadas à substituição de equipamentos, vida útil, falta de peças de reposição, risco de danos a instalações, desgastes prematuros, bem como em função da análise de superação de equipamentos. INTEGRAÇÃO DE NOVAS INSTALAÇÕES No processo de integração, o ONS verifica o atendimento aos requisitos técnicos e condições definidas nos estudos e avaliações realizadas a partir da solicitação de acesso. A implantação de sistemas de medição para faturamento, de supervisão e controle, de transmissão de dados e de comunicação de voz. PLANEJAMENTO DA OPERAÇÃO ELETROENERGÉTICA Os estudos elétricos e energéticos de planejamento da operação fazem a avaliação das condições futuras de suprimento e são baseados em critérios de otimização. Seus resultados incluem estratégias de utilização dos recursos energéticos disponíveis. Utilizar esses recursos para atender ao mercado com segurança e ao menor custo de operação possível. PROGRAMAÇÃO DA OPERAÇÃO ELETROENERGÉTICA São fortemente relacionadas, uma vez que a programação da operação para o dia seguinte é um importante dado de entrada para a pré-operação, realizada num período de tempo imediatamente anterior à operação em tempo real. Os estudos de proteção e controle têm como objetivo identificar a capacidade de superação de interrupção dos disjuntores da Rede Básica, e a análise estatística do desempenho dos sistemas de proteção, entre outros. OPERAÇÃO DO SISTEMA Cuida da formatação de normas e instruções operativas, é realizada sem vínculo temporal definido. A operação em tempo real tem por objetivo coordenar, supervisionar e controlar o funcionamento operacional da Rede de Operação, a operação normal do sistema de transmissão e em situações de contingência na rede, e o funcionamento das instalações do SIN. AVALIAÇÃO DA OPERAÇÃO São identificadas as causas de eventos indesejáveis e de desempenhos insatisfatórios de sistemas e equipamentos, bem como são definidas ações que levem ao restabelecimento do desempenho adequado. O acompanhamento do desempenho da manutenção dos equipamentos e linhas de transmissão integrantes da Rede Básica e das usinas despachadas centralizadamente pelo ONS é feito por meio da análise de indicadores de desempenho. ADMINISTRAÇÃO DA TRANSMISSÃO Objetiva determinar os valores mensais das receitas a serem pagas aos prestadores do serviço de transmissão, bem como os encargos de uso do sistema de transmissão a serem cobrados de cada usuário da rede. O produto final da apuração dos serviços e encargos de transmissão é a discriminação detalhada de todas as parcelas que compõem as receitas ou encargos de cada agente, para apresentação a cada usuário da Rede Básica de todos os valores faturados mensalmente por cada concessionário de transmissão e pelo ONS.
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