Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROCESSOS DE SEPARAÇÃO POR CENTRIFUGAÇÃO Centrifugação Sedimentação: separação por ação de forças gravitacionais. Separação gravitacional: muito lenta se PARTÍCULA LÍQUIDO Centrifugação: aumenta muitas vezes a força que atua sobre o centro de gravidade das partículas. Conseqüência: redução no tempo de separação. Centrifugação é um processo mecânico que tem por função a separação ou clarificação de uma mistura, onde os componentes possuem densidades diferentes. Princípio: um objeto girando a alta velocidade sobre um eixo, a uma certa distância radial, sofre a ação da força centrípeta atuando em direção ao centro de rotação e da força centrifuga devido a sua massa. Aumento da Vazão (Q) Aumenta da ÁREA SEDIMENTAÇÃO CONTÍNUA Aumento da ÁREA para aumentar a VAZÃO COMPARAÇÃO ENTRE SEDIMENTAÇÃO EM TANQUE E CENTRIFUGAÇÃO Equações de força centrífuga: aCENTRÍFUGA é a aceleração devido à força centrífuga (m/s 2) r é a distância radial do centro da rotação em m ω é a velocidade angular em radianos/s. A aceleração devido à força centrífuga é dada por A força centrífuga Fc: 2 ra CENTRÍFUGA 2 rmamF CENTRÍFUGAC ω = v/r g v é a velocidade tangencial (m/s) 60 2 N Então 2 2 01097,0 60 2 Nrm N rmFc No SI as unidades são radianos por segundo As velocidades rotacionais costumam ser dadas em RPM ou seja por rotações/min, segundos minuto revolução radianos minuto revoluçõesN 60 12 Assim, a força desenvolvida em uma centrífuga é r ω2 vezes maior que a força gravitacional. 2 60 2 N rmFc mgFg A força gravitatória é: Se comparamos ambas: A força centrífuga é: 2 222 001118,0 60 2 rN N g r g r g r m m F F g c Exercício: ampliação da força pela Centrifugação Uma centrífuga tem raio do cilindro de 0,1016 m e uma velocidade de giro de 1000 revoluções/minuto. 2001118,0 Nr F F g c 6,113)1000()1016,0(001118,0 2 g c F F A centrífuga desenvolve 113,6 vezes a força gravitacional Aplica-se diretamente a equação da página anterior Qual seria o efeito de dobrar o raio? E de duplicar N? BALANÇO DE FORÇAS QUE ATUAM NA CENTRIFUGAÇÃO dt dv mamFFFF PARTÍCULAAECR Substituindo: FC FE FA dt dv m vAC Vr PARTÍCULA tPFLUIDOD PARTÍCULAFLUIDOPARTÍCULA 2 2 2 dt dv m m m vAC m V r PARTÍCULA PARTÍCULA PARTÍCULA tPFLUIDOD PARTÍCULA PARTÍCULA FLUIDOPARTÍCULA 2 2 2 Dividindo por mPARTÍCULA: Sendo PARTÍCULAPARTÍCULA PARTÍCULA m V 1 dt dv m vAC r PARTÍCULA tPFLUIDOD PARTÍCULA FLUIDOPARTÍCULA 2 2 2 42 623 4 3 4 22 2 33 3 dpdp RA dpdp RV A V A m P PARTÍCULA P PARTÍCULAPARTÍCULA P PARTÍCULA 6 4 4 6 2 3 dp dp dp A m PARTÍCULA PARTÍCULA P PARTÍCULA dp vC r dt dv PARTÍCULA tFLUIDOD PARTÍCULA FLUIDOPARTÍCULA 4 6 2 2 2 Considerando FLUIDOt FLUIDO D vdp C 24 Re 24 Substituindo 2 2 18 dp v r dt dv PARTÍCULA tFLUIDO PARTÍCULA FLUIDOPARTÍCULA Fazendo dv/dt = 0 (mas dv/dr >0) R FLUIDO FLUIDOPARTÍCULA t v dpr v 18 22 Taxas de Separação em Centrífugas Assume-se que : Todo o líquido se move para cima à v uniforme, transportando partículas sólidas com ele. As partículas movem-se radialmente na vt de sedimentação. Uma partícula é separada se seu tempo de residência for suficiente para atingir a parede do tambor v vt dt dpr dr drdtv dt dr v FLUIDO FLUIDOPARTÍCULA RR 18 22 Integrando residênciadetempottpararr tpararr R2 1 0 R FLUIDO FLUIDOPARTÍCULA t dp r r 18 ln 22 1 2 dt dp r dr FLUIDO FLUIDOPARTÍCULA 18 22 Onde V é o volume ocupado pelo material na centrífuga Q é a vazão volumétrica do centrifugado 1 2 22 ln 18 r r dp t FLUIDOPARTÍCULA FLUIDO R R R t VQ Q VtComo brrtambornolíquidodeVolume 2122 2122 1 2 22 ln18 rrb r r dp Q FLUIDO FLUIDOPARTÍCULA As partículas menores do que dp não alcançam a parede do tambor. As partículas iguais ou maiores atingem a parede e serão separadas. Diâmetro Crítico É o diâmetro de uma partícula que consegue atingir a metade da distância entre r1 e r2. A integração, portanto, é feita entre r = (r1 + r2)/2 em t = 0 r = r2 em t = tt 2122 212 22 /2ln18 rrb rrr dp Q FLUIDO CFLUIDOPARTÍCULA C Na vazão QC as partículas com um diâmetro maior do que dpC serão separadas e menores permanecerão no líquido 2122 12 22 /ln18 rrb rr dp Q FLUIDO FLUIDOPARTÍCULA A metade das partículas de um certo diâmetro (dpC) conseguirá sedimentar-se nas paredes, enquanto a outra metade ficará em suspensão até o fluido deixar a centrífuga. Partículas com dp > dpC sedimentarão Partículas com dp < dpC serão arrastadas Exercício: cálculo de sedimentação em centrífuga Uma suspensão será clarificada por centrifugação. Ela contém partículas com ρPARTÍCULA = 1461 kg/m 3. A densidade da suspensão é ρ = 801 kg/m3 e sua viscosidade é 100 cP. As dimensões da centrífuga são r2 = 0,02225 m, r1 = 0,00716 m e altura b = 0,1970 m. Calcule o diâmetro crítico das partículas na corrente de saída, se N = 23000 revoluções/minuto e Q = 0,002832 m3/h. srad N /2410 60 )23000(2 60 2 222122 00716,002225,01970,0 rrbV 3410747,2 mV A vazão QC é: sm horas horam QC /1087,7 /3600 /002832,0 37 3 Utilizando a equação Obtém-se mdpC 610746,0 2122 212 22 /2ln18 rrb rrr dp Q FLUIDO CFLUIDOPARTÍCULA C Separação de líquidos em uma centrífuga. As separações líquido-líquido nas quais os líquidos são imiscíveis mas finamente dispersos como uma emulsão são comuns na indústria alimentícia. Um exemplo é a indústria láctea, na qual a emulsão de leite é separada em leite desnatado e creme ou nata. Nessas separações líquido-líquido, a posição da barreira de transbordamento na saída da centrífuga é muito importante, não só para o controle do volume V na centrífuga, mas também na realização da separação desejada. Duas fases líquidas sendoseparadas: Onde : r1 = raio até a superfície da camada do líquido leve, r2 = raio até a interface líquida-líquida, r4 = raio até a superfície do fluxo de escoamento do líquido pesado. líquido pesado com H líquido leve com L Duas fases líquidas sendo separadas: Onde : r1 = raio para a descarga do líquido pesado. r2 = raio para a descarga do líquido leve. rn = raio até a interface entre as duas fases. A força no fluido na distância r é: 2rmFc Como Então Para localizar a interface entre os líquidos, deve ser feito um balanço das pressões nas duas camadas. 2rdmdFc drr br rdrbr A dF dP C 22 2 2 brA drbrdm 2 2 Esta equação mostra a variação radial da pressão ao longo da centrífuga. Integrando entre dois pontos (a e b) Integrando, obtemos: 22 2 2 abab rrPP Para o sistema estar em equilíbrio hidrostático, as pressões em ambos os lados da interface devem ser iguais. Resolvendo para rn 2, na posição da interface, obtemos: 2 1 2 2 11 2 rrPPP n PESADO nn 2 2 2 2 22 2 rrPPP n LEVE nn 21 nn PP 2 2 222 1 22 rrrr nLEVEnPESADO LEVEPESADO LEVEPESADO n rr r 2 2 2 12 Duas fases líquidas sendo separadas: Onde : r1 = raio até a superfície da camada do líquido leve, r2 = raio até a interface líquida-líquida, r4 = raio até a superfície do fluxo de escoamento do líquido pesado. líquido pesado com H líquido leve com L LH LH rrr 2 1 2 42 2 Exercício 14.4. 4 (Geankoplis) Uma suspensão contém pequenas partículas sólidas com diâmetro de 5x10-2 mm que devem ser removidas por centrifugação. A densidade das partículas é 1050 kg/m3 e da solução é 1000 kg/m3. A viscosidade do líquido é 1,2x10-3 Pa.s. A centrífuga opera a 3000 rpm. As dimensões da centrífuga são: altura= 100 mm; r1 = 5 mm e r2 = 30 mm. Calcule a vazão volumétrica na qual é possível remover estas partículas.
Compartilhar