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MARILENE REIS SCHWENDLER
RESUMO E CRÍTICA DO ARTIGO:
Apontamentos sobre pesquisa qualitativa e
pesquisa empírico- fenomenológica
					Resumo e Crítica de artigoapresentados à					Disciplina de Paradigmas Epistemiológicos
					para Pesquisas no Mestrado Profissional
					em Gestão de Políticas Públicas na
					Universidade do Vale do Itajaí.
						Professoras Dras: Maria Glória Dittrich
								Micheline Ramos de Oliveira
	
		
Itajaí
Junho de 2018
APONTAMENTOS SOBRE PESQUISA QUALITATIVA
PESQUISA EMPÍRICO-FENOMENOLÓGICA
Celana CardosoANDRADE
Adriano FurtadoHOLANDA
RESUMO
		
		O referente artigo apresenta uma discussão sobre o sentido da pesquisa qualitativa a partir do olhar fenomenológico.
		A pesquisa qualitativa constituiu um avanço para as ciências humanas, preenchendo espaços que a pesquisa quantitativa não alcançava (HOLANDA, 2002). A flexibilidade no processo de condução é uma das características dessa pesquisa e o percurso depende do contexto em que esta inserida. Há participação ativa do pesquisador,levando em conta a história e o contexto cultural no qual está inserido, além de que o pesquisador influencia e é influenciado pela situação da pesquisa.
		Na pesquisa qualitativa há uma constante relação entre: teoria, momento empírico, os instrumentose o processo de construção e interpretaçãode informações com a produção de conhecimentos, em um desenvolvimento contínuo, estabelecidotanto pelo pesquisador como pelo pesquisado. Ela apoia-se em processos singulares de construção de conhecimento.		
		Petrelli (2004) explicita que a fenomenologia é aciência que se aplica ao estudo dos fenômenos: dos objetos, dos eventos e dos fatos da realidade. Segundo o mesmo autor, a fenomenologia oferece uma verdade parcial e nunca a transparência total. De acordo com Cappi (2004, p.8), “a fenomenologia é um rigoroso olhar metodológico a respeito do real, é uma opção radical de percepção”. Merleau-Ponty (1999) define a fenomenologia como o estudo das essências e acrescenta que ela é uma filosofia que recoloca asessências na existência, reconstituindo a relação entre homem e mundo.	
		A exploração do campo de consciência e dos modos de relação com o objeto delimita o que se tornará o campo de análise da fenomenologia de Husserl. A redução é o recurso usado pela fenomenologia para chegar à essência do fenômeno, tornando-o legítimo cientificamente. Husserl (2000) aponta que as essências representam as unidades básicas do entendimento comum de qualquer fenômeno,aquilo sem o qual o próprio fenômeno não pode ser concebido.
		Gadamer(1998) retrata o conceito fenomenológico de mundo-da-vida, desenvolvido por Husserl, como aquele em que o homem adentra simplesmente por viver a atitude natural e que significa o solo prévio de toda experiência, estando essencialmente vinculado à subjetividade. A experiência dovividosomente pode ser alcançada pelo próprio sujeito de forma imediata, pois o sentido é particular para quem o vive e está ligado à forma da pessoa existir no mundo (FORGHIERI, 1993).
		
O método fenomenológico empesquisa
		Segundo Holanda (2002; 2003b),o método fenomenológico pode se conseguido a partir de três elementos:redução, intersubjetividade e a retorno a vivido.É um método que não prescinde de hipóteses, não se deixa conduzir por um caminho conhecido.Na concepção de Petrelli(2004), o método fenomenológico não rejeita hipóteses, mas as suspende num primeiro momento e a recupera em um segundo momento.
		Gomes(1997) estabelece três passos reflexivos que permitem o estudo da experiência consciente pormeio do estudo e transcrição de entrevistas: descrição fenomenológica, redução fenomenológica interpretação fenomenológica.
		Petrelli (2004) sugere um quarto passo ou momentodesse itinerário investigativo, quando o pesquisador articula os dados relativosao fenômeno em estudo, os dados da eidética universal e os da eidética individualizante e determinante do objeto. Forghieri (1993, p.57) assinala que “os cientistas em geral almejam com suas investigações conseguir captar e enunciar o verdadeiro significado da realidade” .
		O modelo de Amadeo Giorgi é descrito como Fenomenologia empírica ou fenomenologia experimental.A proposta de Giorgi (1985) lida com as descrições de depoimentos, relatos ou entrevistas sobre experiências vividas em relação a um determinado fenômenosegundo quatro passos, Primeiro passo: leitura; segundo, discriminação das unidades; terceiro:transformação das expressões cotidianas do sujeito em linguagem psicológica com ênfase no fenômeno que está sendo investigado; o quarto: síntesedas unidadessignificativas transformadas em uma declaração consistente da estrutura do aprendizado.
CRÍTICA
		O método qualitativo vem contemplar aspesquisas que não permitem somente o uso do método quantitativo. Ao meu ver, é um método que permite explicar variáveis subjetivas. Que leva em conta o ambiente e o pesquisador. Tem caráter descritivo. Que tem o entendimento do homem frente a sua vivênciae o mundo a sua volta (a compreensão do ser humano do seu “eu” frente ao que está a sua volta).Como transcrever num único método, tantas variáveis, quando o complexo se apresenta, não podendo ser medido somente através de números/estatísticas?
		O métodoqualitativotem como principais características: ser mais flexível, tanto o pesquisador quanto o pesquisado ter importância no processo, além de seu contexto de vivência. Ser subjetivo, individual, específico, aberto a novos acontecimentos e/ou teorias.Sempre em busca de verdades, de verdades em constante movimento, não um estado, e sim um momento, ou seja, verdades provisórias.
		No método fenomenológico o objeto da pesquisa é percebido – o fenômeno é dado como vem na consciência do homem - depois descrito, reduz-se à essência e na sequência é interpretado. Quanto à redução, ela é de natureza parcial porque passa inicialmente por uma análise do pesquisador, mesmo inconsciente. Forghieri (1993) relata dois momentos na redução:envolvimentoexistencial eo distanciamento reflexivo; isso porque a redução para acontecer passa por uma avaliação humana (envolvimento existencial) para depois ser analisado ( distanciamento reflexivo) .
		Tem-se o conceito fenomenológico de mundo da vida, avivado por Gadamer, para explicar como deve ser único, sem aditivos o que ser estudado. Tirando todas as roupagens a fim de ser posteriormente analisado, mas fazendo parte de um todo, de um mundo real.
		O método fenomenológico de pesquisa é estruturado de várias formas, uns autores falam de três processos e outros, quatro. Mas todos têm em comum abusca do significado da experiência. Aforma inicial do método vem com a descrição do fenômeno, como se o pesquisador o visse pela primeira vez. Após, a redução do fenômeno à essência,separando por temas, sem julgamentos, sem pré hipóteses. Depois vem as reflexões e as compreensões.
REFERENCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de.Introdução à Metodologia do Trabalho Científico.10ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.
CAPPI, A. Apresentação, 2004. In: Artigo elaborado a partir da dissertação de C.C. ANDRADE, intitulada “A vivência do cliente no processo psicoterapêutico: um estudo fenomenológico na Gestalt-Terapia”. Universidade Católica de Goiás, 2007.
FORGHIERI, Y. Psicologia fenomenológica.São Paulo:Pioneira,1993.In: Artigo elaborado a partir da dissertação de C.C. ANDRADE, intitulada “A vivência do cliente no processo psicoterapêutico: um estudo fenomenológico na Gestalt-Terapia”. Universidade Católica de Goiás, 2007.
GADAMER, H-G. Verdade e método. Petrópolis: Vozes, 1998. In: Artigo elaborado a partir da dissertação de C.C. ANDRADE, intitulada “A vivência do cliente no processo psicoterapêutico: um estudo fenomenológico na Gestalt-Terapia”. Universidade Católica de Goiás, 2007.
GIORGI, A. Sketch of a psychological phenomenologicalmethod 1985.In: Artigo elaborado a partir da dissertação de C.C. ANDRADE, intitulada “A vivência do cliente no processo psicoterapêutico:um estudo fenomenológico na Gestalt-Terapia”. Universidade Católicade Goiás, 2007.
GOMES, W. A entrevista fenomenológica e o estudoda experiência consciente.Psicologia USP, 8(2), 305-336, 1997. In: Artigo elaborado a partir da dissertação de C.C. ANDRADE, intitulada “A vivência do cliente no processo psicoterapêutico: um estudo fenomenológico na Gestalt-Terapia”. Universidade Católica de Goiás, 2007.
HOLANDA, A. O resgate da fenomenologia de Husserl e a pesquisa em psicologia.Tese de doutorado não-publicada,Pontifícia Universidade Católica de Campinas 2002. In: Artigo elaborado a partir da dissertação de C.C. ANDRADE, intitulada “A vivência do cliente no processo psicoterapêutico: um estudo fenomenológico na Gestalt-Terapia”. Universidade Católica de Goiás, 2007.
HUSSERL, E. (2000). A idéia da fenomenologia. Lisboa: Edições 70. In: Artigo elaborado a partir da dissertação de C.C. ANDRADE, intitulada “A vivência do cliente no processo psicoterapêutico: um estudo fenomenológico na Gestalt-Terapia”. Universidade Católica de Goiás, 2007.
MERLEAU-PONTY, M.Fenomenologiada percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999.In: Artigo elaborado a partir da dissertação de C.C. ANDRADE, intitulada “A vivência do cliente no processo psicoterapêutico: um estudo fenomenológico na Gestalt-Terapia”. Universidade Católica de Goiás, 2007.
PETRELLI, R.Fenomenologia: teoria, método e prática. Goiânia: UCG, 2004.In: Artigo elaborado a partir da dissertação de C.C. ANDRADE, intitulada “A vivência do cliente no processo psicoterapêutico: um estudo fenomenológico na Gestalt-Terapia”. Universidade Católica de Goiás, 2007.

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