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SITUAÇÕES EMERGENCIAIS Primeiros Socorros 6 O POLITRAUMA • Trauma nos países ocidentais é a terceira causa morte, depois de doenças cardiovasculares e cânceres • Abaixo de 45 anos de idade, a primeira causa de morte. • Acomete principalmente a população economicamente ativa, com consequências sociais de elevado custo. • Sobrevivência após o trauma: sequelas definitivas e irreversíveis, humano e econômico, para o paciente e familiares • O trauma consiste em lesão de extensão, intensidade e gravidade variáveis, que pode ser produzida por agentes diversos (físicos, químicos, elétricos), de forma acidental ou intencional, capaz de produzir perturbações locais ou sistêmicas. • Politraumatismos são lesões múltiplas de diversas naturezas que comprometem órgãos, músculos e ossos. O POLITRAUMA • Acidentes automobilísticos: atropelamentos e colisões • Quedas o Acidente de recreação (jogos de contato, mergulho) • Agressões interpessoais • Ferimento por projétil de arma de fogo • Ferimento por arma branca • Lesão por corrente elétrica • Ministério da Saúde: • 127.633 óbitos por traumas no Brasil (12,67% total de óbitos). • Trauma foi a principal causa de morte entre um e 39 anos de idade; morreram 58.969 adultos entre 20 e 39 anos. • 76.583 internações por traumas no País. • O trauma representa, atualmente, a terceira causa de morte mundial. • Segundo estatísticas, em um dia médio, 170.000 homens, mulheres e crianças sofrem traumatismos, e aproximadamente 400 morrem com resultado de suas lesões. POLITRAUMA POLITRAUMA • Reanimação frente a parada cardiocirculatória é realizada imediatamente após o diagnóstico. • Avaliação primária e reanimação ocorrem simultaneamente, em uma sequência lógica de condições de risco à vida, conhecida como “ABCDE” (CHIARA, 2009). • Exame da vítima: • Pulso: abaixo de 60 bpm pode indicar estado de choque. • A ausência de pulsação pode indicar parada cardíaca, onde deverá ser feita a reanimação cardiopulmonar, imediatamente. • Respiração: se a respiração estiver rápida e superficial pode indicar estado de choque, • Se profunda e penosa pode significar obstrução das vias respiratórias ou doença cardíaca. • A ausência de respiração pode indicar parada respiratória • Respiração com eliminação de sangue (boca ou nariz) e tosse podem indicar danos nos pulmões por fratura de arcos costais. • Temperatura do corpo: Temperatura baixa (menos de 36 graus) pode indicar estado de choque, hemorragias, início de insolação, exposição prolongada ao frio. • Temperatura acima do normal pode ser decorrente de febre ou de exposição a calor excessivo. CHOQUE • Estado de hipoperfusão de órgãos, com resultante disfunção celular e morte. • Os mecanismos: • Volume circulante diminuído; • Os sintomas: • Letargia, confusão e sonolência • As mãos e os pés ficam pálidos, frios, viscosos e, frequentemente, cianóticos, assim como os lóbulos das orelhas, o nariz • Os pulsos periféricos são fracos e tipicamente rápidos; com frequência, somente o pulso femoral ou carotídeo é palpável. • Taquipneia e hiperventilação podem estar presentes. • A PA tende a ser baixa (sistólica < 90 mmHg) ou impossível de medir. • O diagnóstico é clínico, incluindo a medição da pressão arterial • Causas principais • Hemorragias intensas (internas ou externas) • Infarto • Taquicardias / Bradicardias • Queimaduras graves • Processos inflamatórios do coração • Traumatismos do crânio e traumatismos graves de tórax e abdômen • Envenenamentos • Afogamento • Choque elétrico • Picadas de animais peçonhentos • Exposição a extremos de calor e frio • Septicemia CHOQUE • Choque hipovolêmico • É o choque que ocorre devido à redução do volume intravascular por causa da perda de sangue, de plasma ou de água perdida em diarreia e vômito. • Choque cardiogênico • Ocorre na incapacidade de o coração bombear um volume de sangue suficiente para atender às necessidades metabólicas dos tecidos. • Choque septicêmico • Pode ocorrer devido a uma infecção sistêmica. • Choque anafilático É uma reação de hipersensibilidade sistêmica, que ocorre quando um indivíduo é exposto a uma substância à qual é extremamente alérgico. • Choque neurogênico • É o choque que decorre da redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função nervosa (transecção da medula espinhal ou pelo uso de medicamentos, como bloqueadores ganglionares ou depressores do sistema nervoso central). • Sinais e Sintomas: • Pele fria e pegajosa, com suor abundante • Respiração rápida, fraca e irregular • Fraqueza geral. • Sensação de frio / calafrios. • Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil. • Expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo com pupilas dilatadas, agitação / Medo (ansiedade). • Sede intensa. • Visão nublada. • Náuseas e vômitos. • Perda total ou parcial de consciência. • Pulso rápido e fraco /Taquicardia CHOQUE - AÇÃO • Observar se não há objetos ou secreções na boca da vítima, de maneira que ela possa se asfixiar com ele. • Descobrir a causa do estado de choque • Tentar eliminar a causa • Aquecer • Afrouxar as roupas, cintos. • Elevar os membros inferiores (se suspeita de hemorragias no crânio ou fratura nos membros inferiores não eleve-os). • Aquecer a vítima com um cobertor ou roupas, mantendo uma temperatura adequada, evite abafá-la • Conversar com a vítima, se consciente. • Não dar líquidos para ela beber. • Mantê-la avaliada até a chegada do socorro médico. (avaliação primária e secundária). • Se a vítima estiver vomitando sangue em jato, tem o risco de engolir este sangue e ele pode ir para os pulmões. • Proceda da seguinte maneira: Não tendo suspeita de lesão da coluna cervical e a vítima podendo virar o pescoço para o lado, mantenha-o lateralizado. • Na suspeita de lesão da coluna cervical, imobilize-a totalmente e vire-a (em bloco) para o lado. HEMORRAGIAS • É a perda de sangue em decorrência de um ferimento, que pode ser externo ou interno. • As causas da hemorragia são variadas e podem ir desde um corte com um caco de vidro ou uma faca, até um traumatismo com uma contusão que abriu e sangrou. • A hemorragia pode levar ao estado de choque e à morte. • Por isso, ao perceber uma hemorragia é necessário estancar o sangue (no caso de uma hemorragia externa) e chamar a emergência imediatamente. • Como reconhecer: • Após uma queda, atropelamento ou mesmo durante uma gravidez de risco, suspeite de hemorragia interna quando a vítima apresentar sintomas como: - Palidez - Sonolência - Suor excessivo - Frequência cardíaca acelerada - Contusões e manchas na pele - Dor na região abdominal -Vômito ou evacuação com sangue HEMORRAGIAS • Hemorragia externa: É o tipo de sangramento exterior ao corpo, ou seja, que é facilmente visível. • Camadas superficiais da pele por corte ou perfurações, ou mesmo atingindo áreas mais profundas através de aberturas ou orifícios gerados por traumas. • Hemorragia interna: Camadas mais profundas do organismo com músculos ou mesmo órgão internos. • A hemorragia interna costuma ser mais grave pelo fato de na maioria dos casos ser “invisível”. • Hemorragia Arterial: O sangue nesse tipo de hemorragia, apresenta uma coloração vermelha clara e brilhante. Costuma ser mais grave por ter uma perda mais rápida de sangue. • Hemorragia Venosa: É o sangramento que se dá em decorrência do rompimento ou corte de uma veia, e tem uma coloração vermelha escura, típica de um sangue rico em gás carbônico, tem um fluxo contínuo e mais lento que o da hemorragia arterial. • Hemorragia Capilar: É um sangramentolento e com menos volume de sangue, que ocorre nos vasos capilares (encontrados na extremidade interna da pele) e é observado em arranhões e pequenos cortes superficiais. AÇÃO • Manter e transmitir a calma diante da situação, passando à vítima confiança; • Deite a pessoa em posição horizontal, pois facilita a circulação sanguínea entre o coração e o cérebro; • Aplique sobre o ferimento, uma compressa com gaze, ou um pano limpo (se possível antes, use luvas descartáveis, a fim de evitar possíveis contaminações), + pressão firme sobre o local com uma ou com as duas mãos, ou mesmo com um dedo; • Se o pano ou gaze ficar encharcado com sangue, este não deve ser trocado, mas mantido no lugar e colocado outro por cima, para não interromper o processo de coagulação do sangue que está sendo contido; • Continuar a compressão até que a hemorragia estanque (no mínimo 10 min.); • Em seguida, faça uma ligadura compressiva (que é um curativo bem preso e com certa pressão sobre a região afetada) no local da hemorragia. • Durante todo esse processo, deve-se manter a vítima calma e acordada, não dar nada para comer ou para beber e mantê-la aquecida. • Visto que é uma técnica muito arriscada, o torniquete é recomendável somente em última hipótese. • Nos casos de hemorragias muito constantes deve-se transportar a vítima imediatamente a uma unidade de saúde mais próxima. AÇÃO PREVENTIVA • DEITAR A VÍTIMA: A vítima deve ser deitada de costas. • Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura e, em seguida, verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar. • Os membros inferiores devem ficar elevados em relação ao corpo. • Isto pode ser feito colocando-os sobre uma almofada, cobertor dobrado ou qualquer outro objeto. • Este procedimento deve ser feito apenas se não houver fraturas desses membros; ele serve para melhorar o retorno sanguíneo e levar o máximo de oxigênio ao cérebro. • Não erguer os membros inferiores da vítima a mais de 30 cm do solo. • No caso de ferimentos no tórax que dificultem a respiração ou de ferimento na cabeça, os membros inferiores não devem ser elevados. • No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca ou nariz, deitá-la na posição lateral de segurança (PLS), para evitar asfixia • RESPIRAÇÃO: Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. • Deve-se estar preparado para iniciar a respiração boca a boca, caso a vítima pare de respirar. • PULSO: Enquanto as providências já indicadas são executadas, observar o pulso da vítima. • No choque o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco. TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO TCE • Definido como trauma com transferência de energia mecânica ou cinética no crânio com alteração mesmo que mínima ou transitória do estado neurológico. • Alta mortalidade. • 5 a 10% dos casos de TCE. • 70% das vítimas de acidentes automobilísticos apresentam TCE. • Os traumatismos da cabeça podem envolver o couro cabeludo, crânio e encéfalo, isoladamente ou em qualquer combinação. • Trauma com sonolência, confusão, agitação ou inconsciência de curta ou longa duração pensar em TCE. • LESÕES DE COURO CABELUDO -· Podem causar hemorragia devido a sua intensa quantidade de vasos. ABORDAGEM DA VÍTIMA 1. Exame Primário - ABC da vida. 2. Observar cuidados com a coluna cervical: Estabilizar manualmente a cabeça e o pescoço. 3. Controlar hemorragias 4. Exame Secundário: consciência - AVDI *Suspeitar sempre de lesão de coluna cervical em pacientes com TCE. 5. Sangramentos via nasal (rinorragia) e pelo ouvido (otorragia) geralmente é sinônimo de TCE. 6. Nos casos onde ocorra vômitos, a vítima deve ser virada em bloco para o decúbito lateral de forma a preservar a imobilização da coluna cervical. TRAUMAS • TRAUMA DE TÓRAX O tórax contém estruturas vitais como coração, pulmões e vários vasos sanguíneos importantes. · As lesões mais comuns são as contusões, fraturas de costelas e esterno e as feridas penetrantes. · Os fatores críticos são: hemorragias graves, distúrbios respiratório e cardíaco. • Conduta • Exame primário - ABC da vida. • Imobilizar o braço correspondente ao lado da lesão sobre os a.c. fraturadas. • Feridas abertas devem ser cobertas com curativo oclusivo impermeável de modo a deixar três bordas vedadas e uma livre permitindo a saída e impossibilitando a entrada de ar. • Não retire objetos empalados e sim os estabilize na situação em que forem encontrados. • Trate o choque se houver. • Tome cuidado para que curativos e imobilizações não restrinjam a expansão do tórax. • Transportar o paciente, se possível, em posição lateral sobre o tórax lesado. • TRAUMA ABDOMINAL • Podem apresentar hemorragia interna severa. • Os traumas abdominais podem ser: o Fechado - causam danos às vísceras sem que haja penetração da cavidade abdominal. o Aberto ou penetrante - expõe vísceras ou sangramentos externos. • A complicação mais temida é a hemorragia interna, que pode produzir o choque, em curto espaço de tempo. • Conduta • Exame primário - ABC da vida. • Posicionar a vítima deitada, com pernas flexionadas. • Aplicar curativo impermeável e oclusivo umedecido em soro fisiológico nas feridas abertas com alças evisceradas (para fora). • Nunca tentar recolocar as alças intestinais para dentro do abdome. · Aqueça a vítima com cobertores. • Não retire objetos empalados. • Estabilize-os na situação encontrada. TRAUMAS • TRAUMA NA GRÁVIDA • ABC da vida • Não tentar avaliar se o feto está vivo - não perca tempo neste momento. • Se o mecanismo de trauma foi frontal - o primeiro trauma foi com feto. • A hemorragia vaginal pode ser causa de choque se importante - tratar como choque. • Cuidado na extricação. • Oferecer sempre oxig6enio a 15 litros/min. sob máscara se possível. • O transporte de grávida maiores de 6 meses de gestação deve ser feito em decúbito lateral esquerdo salvo em casos de suspeita de TRM ou TCE, que deve ser em posição neutra. • Não oferecer água ou alimentos e cuidado com os vômitos. TRAUMAS • Tranquilize a gestante. • Demonstre uma atitude alegre, simpática e encorajadora para com ela. • Observe e anote as características das contrações: frequência, duração e intensidade. • A presença do "sinal" (tampão mucossanguinolento, sem sangramento vivo em quantidade substancial) sugere estar havendo rápido desenvolvimento para o parto, particularmente se associado a frequentes e fortes contrações. • Insista para que a paciente não faça força e, em vez disso, encoraje-a para que respire ofegantemente durante as contrações (respiração de "cachorrinho cansado"). • Durante o primeiro período do trabalho, as contrações uterinas são involuntárias e destinam se a dilatar o colo uterino e não a expulsar o feto. • Fazer força, além de ser inútil, leva à exaustão e pode rasgar (dilacerar) partes do canal do parto. • Se você reconhecer que a mãe está no primeiro período do trabalho de parto, prepare-a para transporte ao hospital. LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS • O sistema locomotor do corpo humano é todo sustentado e articulado pelos ossos. • A organização óssea tem ainda a função de proteger certas partes do corpo. • O crânio protege o cérebro; o tórax protege o aparelho cardiorrespiratório; grande parte do fígado e todo o baço são protegidos pelos a.c. inferiores; a medula encontra-se dentro do canal medular, formado pelas vértebras. • O sistema locomotor pode ser afetado por lesões traumáticas ou por situações clínicas. • As lesões traumáticas podem assumir proporções desastrosas se não atendidas com o primeiro socorro adequado. • A maioria das lesões traumato-ortopédicas nãoapresenta muita gravidade. LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS • Na maioria dos casos a conduta final mais importante é a imobilização da parte afetada. • A imobilização é, muitas vezes, suficiente para aliviar a dor e estabelecer condições favoráveis à cura da lesão. • Todo acidentado de lesão traumato-ortopédica necessita obrigatoriamente de atendimento médico especializado. • Nos casos de fratura exposta, pode ocorrer hemorragia. Será preciso contê-la. • Para a profilaxia do estado de choque é importante a contenção da hemorragia. • O acidentado deve ser protegida contra frio, coberta com peças de roupa, mobilizada o menos possível e mantida em decúbito. Antes de considerar o transporte do acidentado, a região atingida deve sempre ser imobilizada com a utilização de qualquer material disponível para improvisação como almofadas, travesseiros, ou peças de papelão, papel grosso, madeira; as articulações podem ser protegidas por almofadas FRATURAS • Causas: queda, impacto ou movimento violento com esforço maior que o osso pode suportar. • O envelhecimento e determinadas doenças ósseas (osteoporose) aumentam o risco de fraturas - fraturas patológicas. • Ação direta (um pontapé na perna, levando à fratura no local do golpe), ou por ação indireta (a queda em pé de uma altura considerável, ocorrendo fratura da parte inferior da coluna vertebral, isto é, o impacto foi transmitido através dos ossos da perna e bacia até a coluna vertebral). FRATURAS • Ação muscular: a contração muscular com força suficiente para causar fratura. • Nos ambientes de trabalho: quedas e movimentos bruscos do trabalhador, batidas contra objetos, ferramentas, equipamentos, assim como queda dos mesmos sobre o trabalhador; • Pode ocorrer em qualquer ramo de atividade, ou durante o trajeto residência-trabalho-residência. • Suspeita-se de fratura ou lesões articulares quando houver: 1.Dor intensa no local e que aumente ao menor movimento. 2.Edema local. 3.Crepitação ao movimentar. 4.Hematoma 5.Paralisia (lesão de nervos). Fratura Fechada ou Interna Ossos quebrados permanecem no interior do membro sem perfurar a pele. Lesar um vaso sanguíneo ou cortar um nervo. Fratura Aberta ou Exposta Ossos quebrados saem do lugar, rompendo a pele e deixando exposta uma de suas partes - pode causar infecções. Fratura em Fissura São aquelas em que as bordas ósseas ainda estão muito próximas, como se fosse uma rachadura ou fenda. Fratura em Galho Verde É a fratura incompleta que atravessa apenas uma parte do osso. São fraturas geralmente com pequeno desvio e que não exigem redução; Sua ocorrência mais comum é em crianças e nos antebraços (punho). Fratura Completa É a fratura na qual o osso sofre descontinuidade total. Fratura Cominutiva É a fratura que ocorre com a quebra do osso em três ou mais fragmentos. Fratura Impactada É quando as partes quebradas do osso permanecem comprimidas entre si, interpenetrando-se. Fratura Espiral É quando o traço de fratura encontra-se ao redor e através do osso. Estas fraturas são decorrentes de lesões que ocorrem com uma torção. Fratura Oblíqua É quando o traço de fratura lesa o osso diagonalmente. Fratura Transversa É quando o traço de fratura atravessa o osso numa linha mais ou menos reta. FRATURAS • SINTOMAS: • Dor, que aumenta com o toque ou os movimentos • Incapacidade funcional (impossibilidade de fazer movimentos) na região atingida • Acentuada impotência funcional da extremidade ou das articulações adjacentes à lesão • Inchaço • Alteração da cor da área afetada • Presença ou não de pulso no membro atingido • *Fragmentos de ossos expostos • *Angulação ou curvatura anormal da região afetada. • AÇÃO: • Observar o estado geral do acidentado, procurando lesões mais graves com ferimento e hemorragia. • Acalmar o acidentado, pois ele fica apreensivo e entra em pânico. • Ficar atento para prevenir o choque hipovolêmico. • Controlar eventual hemorragia e cuidar de qualquer ferimento, com curativo, antes de proceder a imobilização do membro afetado. • Imobilizar o membro, procurando colocá-lo na posição que for menos dolorosa para o acidentado, o mais naturalmente possível. • É importante salientar que imobilizar significa tirar os movimentos das articulações acima e abaixo da lesão. Sob nenhuma justificativa deve-se tentar recolocar o osso fraturado de volta no seu eixo!!! FERIDAS • · São as lesões de tecidos corporais produzidos por trauma. • FERIDA FECHADA - pele integra • Contusões · A presença de lesões superficial não ameaça a vida, porém alertam para lesões de órgãos internos. · Equimose - Pele lisa com uma coloração preta ou azulada. · Hematoma - Tumoração preta ou azulada visível sob a pele. • Sucção - Não puxe o membro preso pela sucção, desligue o aparelho (ex: bomba de piscina). • Com a sucção ocorre trauma local e edema (inchaço). • Caso o membro não saia do local de sucção deve-se quebrar o local ao redor do orifício de sucção. • • ·FERIDA ABERTA - pele exposta • ESCORIAÇÕES - LESÕES CORTO-CONTUSAS – LACERAÇÕES • Escoriações: Lesões superficiais da pele ou mucosas, que apresentam sangramento leve e costumam ser extremamente dolorosas. • Não representam risco ao paciente quando isoladas. • Lesões corto-contusas: Lesões produzidas por objetos cortantes. Podem causar sangramento de variados graus e danos a tendões, músculos, nervos e vasos sanguíneos. • O socorrista deve controlar o sangramento por compressão direta e aplicação de curativo e bandagens. • Imobilize extremidades com ferimentos profundos. • Em pacientes com PA normal efetue a limpeza das lesões de forma rápida. • No trauma grave este procedimento é omitido para reduzir o tempo de chegada ao hospital. FERIDAS • FERIMENTOS PERFURANTES - perfuração da pele e tecidos por um objeto. • O orifício de entrada pode não corresponder a profundidade da lesão. • Tratar as condições que causem risco iminente de vida - ABC e Hemorragias. • As lesões penetrantes de tórax e abdome devem ser ocluídas o mais rápido possível. • Lesões perfurantes de tronco e abdome devem ir para o hospital imediatamente. • AVULSÕES - descolamento da pele que pode se manter ligado ao tecido ou não. • Apresentam graus variados de sangramento, geralmente de difícil controle. • A localização mais comum é em membros superiores e inferiores. • Coloque o retalho em posição normal e efetue a compressão direta da área para controlar o sangramento. • Caso seja possível lave o retalho com água corrente antes. • Caso a avulsão seja completa - lave o retalho com água corrente ou soro fisiológico, envolve-lo em pano limpo molhado, coloque-o dentro de um saco plástico lacrado dentro de vasilhame com água gelada para o transporte ao hospital. • Evite o uso de gelo direto sobre o tecido FERIDAS • AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS - Separação de um membro ou de uma estrutura do corpo. A. Exame primário - ABC da vida. B. Controle a hemorragia - O controle da hemorragia é crucial na primeira fase do tratamento. C. Trate o choque se presente. D. Cuide do segmento amputado (separado do corpo): I. Limpe com solução salina ou água corrente, sem imersão em líquido. II. Envolva-o em gaze estéril úmida ou compressa limpa molhada. III. Proteja o membro amputado com dois sacos plásticos. IV. Coloque o saco plástico em recipiente de isopor com gelo ou água gelada. V. Jamais coloque a extremidade em contato direto com gelo. E. Não deve-se demorar no cuidado ao segmento amputado, já que a vítima é considerada de alto risco para o choque hipovolêmico. F. O paciente deve ser removido o mais rapidamente para o hospital. FERIDAS • EMPALAMENTO - perfuração na qual o objetopenetrante está parcialmente exteriorizado. a) Exponha a lesão retirando a roupa. b) Nunca remova objetos empalados, sem que o paciente esteja no ambiente hospitalar. c) Estabilize o objeto no local encontrado com curativo apropriado. d) Não tente partir ou mobilizar o objeto, exceto se isto for essencial para o transporte. • EVISCERAÇÃO - exteriorização de vísceras. a) Não tente reintroduzir os órgãos eviscerados. b) Cubra as vísceras com pano limpo umedecido em solução salina ou água limpa. c) Envolva o curativo com bandagem. d) Transporte o paciente em posição com o ventre para cima, com os joelhos fletidos. • LESÕES DECORRENTES DE EXPLOSÕES · Vários fragmentos e várias lesões. · Avaliar profundidade de penetração e queimaduras. FERIDAS • ESMAGAMENTO - acidentes automobilísticos, desabamentos e acidentes industriais. • Pode resultar em ferimentos abertos ou fechados. • O dano tecidual é extenso (músculos, tendões, ossos). • Os esmagamentos de tórax e abdome causam graves distúrbios circulatórios e respiratórios, sendo muitas vezes incompatíveis com a vida. • No caso de extremidade presa a maquinaria industrial, desligar a energia da máquina, e em seguida fazer a lenta reversão manual das engrenagens e retirada do membro. • Caso não seja possível liberar a extremidade a máquina deverá ser desmontada e transportada juntamente com a vítima ao hospital. • • . • PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO (FAF) • Considere o calibre, a velocidade, o tipo de munição e a forma do projétil. • Além da perfuração ocorre queima dos tecidos ao redor. • Sempre procure o orifício de saída. O orifício de entrada é sempre menor e mais discreto que o de saída. • Um mesmo projétil pode lesar vários tecidos internamente e o sangramento ser volumoso, mesmo com orifício de penetração pequeno • QUEDAS • Avaliar; a - Altura, b - Área anatômica do impacto, c - superfície da queda (água, asfalto, etc.). • Relacione os ferimentos na vítima em relação a área anatômica de impacto - cuidado com outras leões que não são visíveis como ex; queda em pé - lesão da coluna cervical. DESMAIO • Definição • É a perda súbita, temporária e repentina da consciência, devido à diminuição de sangue e oxigênio no cérebro. • Principais Causas • · Hipoglicemia • · Cansaço excessivo • · Fome • · Nervosismo intenso • · Emoções súbitas • · Susto • · Acidentes, principalmente os que envolvem perda sanguínea • · Dor intensa • · Prolongada permanência em pé • · Mudança súbita de posição (de deitado para em pé) • · Ambientes fechados e quentes • · Disritmias cardíacas (bradicardia) • Sintomas • · Fraqueza • · Suor frio abundante • · Náusea ou ânsia de vômito • · Palidez intensa • · Pulso fraco • · Pressão arterial baixa • · Respiração lenta • · Extremidades frias • · Tontura • · Escurecimento da visão • · Devido à perda da consciência, o acidentado cai. DESMAIO • Primeiros Socorros • Se a pessoa apenas começou a desfalecer • Sentá-la em uma cadeira, ou outro local semelhante. • Curvá-la para frente. • Baixar a cabeça do acidentado, colocando-a entre as pernas e pressionar a cabeça para baixo. • Manter a cabeça mais baixa que os joelhos. • Fazê-la respirar profundamente, até que passe o mal-estar. DESMAIO • Havendo o desmaio: • Manter o acidentado deitado, colocando sua cabeça e ombros em posição mais baixa em relação ao resto do corpo • Afrouxar a sua roupa. • Manter o ambiente arejado. • Se houver vômito, lateralizar lhe a cabeça, para evitar sufocamento. • Depois que o acidentado se recuperar, pode ser dado a ela café, chá ou mesmo água com açúcar. • Não se deve dar jamais bebida alcoólica.
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