Buscar

emergencia (1)

Prévia do material em texto

SITUAÇÕES 
EMERGENCIAIS
Primeiros Socorros 6
O POLITRAUMA
• Trauma nos países ocidentais é a terceira causa
morte, depois de doenças cardiovasculares e
cânceres
• Abaixo de 45 anos de idade, a primeira causa de
morte.
• Acomete principalmente a população
economicamente ativa, com consequências sociais de
elevado custo.
• Sobrevivência após o trauma: sequelas definitivas e
irreversíveis, humano e econômico, para o paciente e
familiares
• O trauma consiste em lesão de extensão, intensidade 
e gravidade variáveis, que pode ser produzida por 
agentes diversos (físicos, químicos, elétricos), de 
forma acidental ou intencional, capaz de produzir 
perturbações locais ou sistêmicas. 
• Politraumatismos são lesões múltiplas de diversas 
naturezas que comprometem órgãos, músculos e 
ossos.
O POLITRAUMA
• Acidentes automobilísticos: 
atropelamentos e colisões
• Quedas o Acidente de recreação (jogos 
de contato, mergulho)
• Agressões interpessoais 
• Ferimento por projétil de arma de fogo 
• Ferimento por arma branca 
• Lesão por corrente elétrica
• Ministério da Saúde:
• 127.633 óbitos por traumas no Brasil (12,67% total de óbitos). 
• Trauma foi a principal causa de morte entre um e 39 anos de 
idade; morreram 58.969 adultos entre 20 e 39 anos. 
• 76.583 internações por traumas no País. 
• O trauma representa, atualmente, a terceira causa de morte 
mundial. 
• Segundo estatísticas, em um dia médio, 170.000 homens, 
mulheres e crianças sofrem traumatismos, e aproximadamente 
400 morrem com resultado de suas lesões. 
POLITRAUMA
POLITRAUMA
• Reanimação frente a parada cardiocirculatória é 
realizada imediatamente após o diagnóstico. 
• Avaliação primária e reanimação ocorrem 
simultaneamente, em uma sequência lógica de 
condições de risco à vida, conhecida como “ABCDE” 
(CHIARA, 2009). 
• Exame da vítima:
• Pulso: abaixo de 60 bpm pode indicar estado de 
choque.
• A ausência de pulsação pode indicar parada cardíaca, 
onde deverá ser feita a reanimação cardiopulmonar, 
imediatamente.
• Respiração: se a respiração estiver rápida e superficial 
pode indicar estado de choque, 
• Se profunda e penosa pode significar obstrução das vias 
respiratórias ou doença cardíaca. 
• A ausência de respiração pode indicar parada respiratória
• Respiração com eliminação de sangue (boca ou nariz) e 
tosse podem indicar danos nos pulmões por fratura de 
arcos costais.
• Temperatura do corpo: Temperatura baixa (menos de 
36 graus) pode indicar estado de choque, hemorragias, 
início de insolação, exposição prolongada ao frio. 
• Temperatura acima do normal pode ser decorrente de 
febre ou de exposição a calor excessivo.
CHOQUE
• Estado de hipoperfusão de órgãos, com resultante 
disfunção celular e morte. 
• Os mecanismos:
• Volume circulante diminuído;
• Os sintomas:
• Letargia, confusão e sonolência 
• As mãos e os pés ficam pálidos, frios, viscosos e, 
frequentemente, cianóticos, assim como os lóbulos das 
orelhas, o nariz 
• Os pulsos periféricos são fracos e tipicamente rápidos; 
com frequência, somente o pulso femoral ou carotídeo é 
palpável.
• Taquipneia e hiperventilação podem estar presentes. 
• A PA tende a ser baixa (sistólica < 90 mmHg) ou 
impossível de medir.
• O diagnóstico é clínico, incluindo a medição da pressão 
arterial 
• Causas principais
• Hemorragias intensas (internas ou externas) 
• Infarto 
• Taquicardias / Bradicardias 
• Queimaduras graves 
• Processos inflamatórios do coração 
• Traumatismos do crânio e traumatismos graves de tórax e abdômen
• Envenenamentos 
• Afogamento 
• Choque elétrico 
• Picadas de animais peçonhentos 
• Exposição a extremos de calor e frio 
• Septicemia
CHOQUE
• Choque hipovolêmico
• É o choque que ocorre devido à redução do volume 
intravascular por causa da perda de sangue, de plasma ou de 
água perdida em diarreia e vômito. 
• Choque cardiogênico
• Ocorre na incapacidade de o coração bombear um volume 
de sangue suficiente para atender às necessidades 
metabólicas dos tecidos. 
• Choque septicêmico
• Pode ocorrer devido a uma infecção sistêmica.
• Choque anafilático É uma reação de hipersensibilidade 
sistêmica, que ocorre quando um indivíduo é exposto a uma 
substância à qual é extremamente alérgico. 
• Choque neurogênico
• É o choque que decorre da redução do tônus vasomotor 
normal por distúrbio da função nervosa (transecção da 
medula espinhal ou pelo uso de medicamentos, como 
bloqueadores ganglionares ou depressores do sistema 
nervoso central). 
• Sinais e Sintomas:
• Pele fria e pegajosa, com suor abundante 
• Respiração rápida, fraca e irregular 
• Fraqueza geral. 
• Sensação de frio / calafrios. 
• Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil. 
• Expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo com 
pupilas dilatadas, agitação / Medo (ansiedade). 
• Sede intensa. 
• Visão nublada. 
• Náuseas e vômitos. 
• Perda total ou parcial de consciência. 
• Pulso rápido e fraco /Taquicardia
CHOQUE - AÇÃO
• Observar se não há objetos ou secreções na boca da 
vítima, de maneira que ela possa se asfixiar com ele. 
• Descobrir a causa do estado de choque
• Tentar eliminar a causa 
• Aquecer
• Afrouxar as roupas, cintos. 
• Elevar os membros inferiores (se suspeita de 
hemorragias no crânio ou fratura nos membros 
inferiores não eleve-os). 
• Aquecer a vítima com um cobertor ou roupas, mantendo 
uma temperatura adequada, evite abafá-la 
• Conversar com a vítima, se consciente. 
• Não dar líquidos para ela beber. 
• Mantê-la avaliada até a chegada do socorro médico. 
(avaliação primária e secundária). 
• Se a vítima estiver vomitando sangue em jato, tem o 
risco de engolir este sangue e ele pode ir para os 
pulmões. 
• Proceda da seguinte maneira: Não tendo suspeita de 
lesão da coluna cervical e a vítima podendo virar o 
pescoço para o lado, mantenha-o lateralizado. 
• Na suspeita de lesão da coluna cervical, imobilize-a 
totalmente e vire-a (em bloco) para o lado.
HEMORRAGIAS
• É a perda de sangue em decorrência de um ferimento, 
que pode ser externo ou interno. 
• As causas da hemorragia são variadas e podem ir desde 
um corte com um caco de vidro ou uma faca, até um 
traumatismo com uma contusão que abriu e sangrou.
• A hemorragia pode levar ao estado de choque e à 
morte. 
• Por isso, ao perceber uma hemorragia é necessário 
estancar o sangue (no caso de uma hemorragia 
externa) e chamar a emergência imediatamente.
• Como reconhecer:
• Após uma queda, atropelamento ou mesmo durante 
uma gravidez de risco, suspeite de hemorragia interna 
quando a vítima apresentar sintomas como:
- Palidez 
- Sonolência
- Suor excessivo
- Frequência cardíaca acelerada
- Contusões e manchas na pele
- Dor na região abdominal
-Vômito ou evacuação com sangue
HEMORRAGIAS
• Hemorragia externa: É o tipo de sangramento 
exterior ao corpo, ou seja, que é facilmente visível.
• Camadas superficiais da pele por corte ou perfurações, 
ou mesmo atingindo áreas mais profundas através de 
aberturas ou orifícios gerados por traumas.
• Hemorragia interna: Camadas mais profundas do 
organismo com músculos ou mesmo órgão internos. 
• A hemorragia interna costuma ser mais grave pelo fato 
de na maioria dos casos ser “invisível”.
• Hemorragia Arterial: O sangue nesse tipo de 
hemorragia, apresenta uma coloração vermelha clara e 
brilhante. Costuma ser mais grave por ter uma perda 
mais rápida de sangue.
• Hemorragia Venosa: É o sangramento que se dá em 
decorrência do rompimento ou corte de uma veia, e 
tem uma coloração vermelha escura, típica de um 
sangue rico em gás carbônico, tem um fluxo contínuo e 
mais lento que o da hemorragia arterial.
• Hemorragia Capilar: É um sangramentolento e com 
menos volume de sangue, que ocorre nos vasos 
capilares (encontrados na extremidade interna da pele) 
e é observado em arranhões e pequenos cortes 
superficiais.
AÇÃO
• Manter e transmitir a calma diante da situação, passando 
à vítima confiança;
• Deite a pessoa em posição horizontal, pois facilita a 
circulação sanguínea entre o coração e o cérebro;
• Aplique sobre o ferimento, uma compressa com gaze, ou 
um pano limpo (se possível antes, use luvas descartáveis, 
a fim de evitar possíveis contaminações), + pressão firme 
sobre o local com uma ou com as duas mãos, ou mesmo 
com um dedo; 
• Se o pano ou gaze ficar encharcado com sangue, este 
não deve ser trocado, mas mantido no lugar e colocado 
outro por cima, para não interromper o processo de 
coagulação do sangue que está sendo contido;
• Continuar a compressão até que a hemorragia estanque 
(no mínimo 10 min.);
• Em seguida, faça uma ligadura compressiva (que é um 
curativo bem preso e com certa pressão sobre a região 
afetada) no local da hemorragia.
• Durante todo esse processo, deve-se manter a vítima 
calma e acordada, não dar nada para comer ou para 
beber e mantê-la aquecida.
• Visto que é uma técnica muito arriscada, o torniquete
é recomendável somente em última hipótese. 
• Nos casos de hemorragias muito constantes deve-se 
transportar a vítima imediatamente a uma unidade de 
saúde mais próxima.
AÇÃO PREVENTIVA
• DEITAR A VÍTIMA: A vítima deve ser deitada de costas. 
• Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura e, 
em seguida, verificar se há presença de prótese dentária, 
objetos ou alimento na boca e os retirar.
• Os membros inferiores devem ficar elevados em relação ao 
corpo.
• Isto pode ser feito colocando-os sobre uma almofada, 
cobertor dobrado ou qualquer outro objeto. 
• Este procedimento deve ser feito apenas se não houver 
fraturas desses membros; ele serve para melhorar o 
retorno sanguíneo e levar o máximo de oxigênio ao 
cérebro. 
• Não erguer os membros inferiores da vítima a mais de 30 
cm do solo. 
• No caso de ferimentos no tórax que dificultem a respiração ou 
de ferimento na cabeça, os membros inferiores não devem ser 
elevados.
• No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver 
consciente, mas sangrando pela boca ou nariz, deitá-la na 
posição lateral de segurança (PLS), para evitar asfixia
• RESPIRAÇÃO: Verificar quase que simultaneamente se a vítima 
respira.
• Deve-se estar preparado para iniciar a respiração boca a boca, 
caso a vítima pare de respirar.
• PULSO: Enquanto as providências já indicadas são executadas, 
observar o pulso da vítima.
• No choque o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco.
TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO TCE
• Definido como trauma com transferência de energia
mecânica ou cinética no crânio com alteração
mesmo que mínima ou transitória do estado
neurológico.
• Alta mortalidade.
• 5 a 10% dos casos de TCE.
• 70% das vítimas de acidentes automobilísticos apresentam TCE.
• Os traumatismos da cabeça podem envolver o couro cabeludo, crânio e 
encéfalo, isoladamente ou em qualquer combinação.
• Trauma com sonolência, confusão, agitação ou inconsciência de curta ou 
longa duração pensar em TCE.
• LESÕES DE COURO CABELUDO -· Podem causar hemorragia 
devido a sua intensa quantidade de vasos.
ABORDAGEM DA VÍTIMA
1. Exame Primário - ABC da vida.
2. Observar cuidados com a coluna cervical: Estabilizar manualmente a cabeça e 
o pescoço.
3. Controlar hemorragias
4. Exame Secundário: consciência - AVDI
*Suspeitar sempre de lesão de coluna cervical em pacientes com TCE.
5. Sangramentos via nasal (rinorragia) e pelo ouvido (otorragia) geralmente é 
sinônimo de TCE.
6. Nos casos onde ocorra vômitos, a vítima deve ser virada em bloco para o 
decúbito lateral de forma a preservar a imobilização da coluna cervical.
TRAUMAS
• TRAUMA DE TÓRAX
O tórax contém estruturas vitais como coração, pulmões e vários vasos 
sanguíneos importantes.
· As lesões mais comuns são as contusões, fraturas de costelas e esterno e as 
feridas penetrantes.
· Os fatores críticos são: hemorragias graves, distúrbios respiratório e 
cardíaco.
• Conduta
• Exame primário - ABC da vida.
• Imobilizar o braço correspondente ao lado da lesão sobre os a.c. fraturadas.
• Feridas abertas devem ser cobertas com curativo oclusivo impermeável de 
modo a deixar três bordas vedadas e uma livre permitindo a saída e 
impossibilitando a entrada de ar.
• Não retire objetos empalados e sim os estabilize na situação em que forem 
encontrados.
• Trate o choque se houver. 
• Tome cuidado para que curativos e imobilizações não restrinjam a expansão 
do tórax.
• Transportar o paciente, se possível, em posição lateral sobre o tórax lesado.
• TRAUMA ABDOMINAL
• Podem apresentar hemorragia interna severa.
• Os traumas abdominais podem ser:
o Fechado - causam danos às vísceras sem que haja penetração 
da cavidade abdominal.
o Aberto ou penetrante - expõe vísceras ou sangramentos 
externos.
• A complicação mais temida é a hemorragia interna, que pode 
produzir o choque, em curto espaço de tempo.
• Conduta 
• Exame primário - ABC da vida.
• Posicionar a vítima deitada, com pernas flexionadas.
• Aplicar curativo impermeável e oclusivo umedecido em soro 
fisiológico nas feridas abertas com alças evisceradas (para fora).
• Nunca tentar recolocar as alças intestinais para dentro do abdome.
· Aqueça a vítima com cobertores.
• Não retire objetos empalados. 
• Estabilize-os na situação encontrada.
TRAUMAS
• TRAUMA NA GRÁVIDA
• ABC da vida
• Não tentar avaliar se o feto está vivo - não perca tempo neste 
momento.
• Se o mecanismo de trauma foi frontal - o primeiro trauma foi com 
feto.
• A hemorragia vaginal pode ser causa de choque se importante -
tratar como choque.
• Cuidado na extricação.
• Oferecer sempre oxig6enio a 15 litros/min. sob máscara se possível.
• O transporte de grávida maiores de 6 meses de gestação deve ser 
feito em decúbito lateral esquerdo salvo em casos de suspeita de 
TRM ou TCE, que deve ser em posição neutra.
• Não oferecer água ou alimentos e cuidado com os vômitos.
TRAUMAS
• Tranquilize a gestante. 
• Demonstre uma atitude alegre, simpática e encorajadora para com ela. 
• Observe e anote as características das contrações: frequência, duração e 
intensidade. 
• A presença do "sinal" (tampão mucossanguinolento, sem sangramento vivo 
em quantidade substancial) sugere estar havendo rápido desenvolvimento 
para o parto, particularmente se associado a frequentes e fortes 
contrações. 
• Insista para que a paciente não faça força e, em vez disso, encoraje-a para 
que respire ofegantemente durante as contrações (respiração de 
"cachorrinho cansado"). 
• Durante o primeiro período do trabalho, as contrações uterinas são 
involuntárias e destinam se a dilatar o colo uterino e não a expulsar o feto. 
• Fazer força, além de ser inútil, leva à exaustão e pode rasgar (dilacerar) 
partes do canal do parto. 
• Se você reconhecer que a mãe está no primeiro período do trabalho de 
parto, prepare-a para transporte ao hospital.
LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS
• O sistema locomotor do corpo humano é todo 
sustentado e articulado pelos ossos. 
• A organização óssea tem ainda a função de proteger 
certas partes do corpo. 
• O crânio protege o cérebro; o tórax protege o aparelho 
cardiorrespiratório; grande parte do fígado e todo o 
baço são protegidos pelos a.c. inferiores; a medula 
encontra-se dentro do canal medular, formado pelas 
vértebras. 
• O sistema locomotor pode ser afetado por lesões 
traumáticas ou por situações clínicas. 
• As lesões traumáticas podem assumir proporções 
desastrosas se não atendidas com o primeiro socorro 
adequado. 
• A maioria das lesões traumato-ortopédicas nãoapresenta muita gravidade.
LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS
• Na maioria dos casos a conduta final mais importante é a 
imobilização da parte afetada. 
• A imobilização é, muitas vezes, suficiente para aliviar a dor e 
estabelecer condições favoráveis à cura da lesão. 
• Todo acidentado de lesão traumato-ortopédica necessita 
obrigatoriamente de atendimento médico especializado. 
• Nos casos de fratura exposta, pode ocorrer hemorragia. Será 
preciso contê-la. 
• Para a profilaxia do estado de choque é importante a 
contenção da hemorragia. 
• O acidentado deve ser protegida contra frio, coberta com 
peças de roupa, mobilizada o menos possível e mantida em 
decúbito. 
Antes de considerar o transporte do acidentado, a região atingida deve sempre
ser imobilizada com a utilização de qualquer material disponível para
improvisação como almofadas, travesseiros, ou peças de papelão, papel grosso,
madeira; as articulações podem ser protegidas por almofadas
FRATURAS
• Causas: queda, impacto ou movimento 
violento com esforço maior que o osso pode 
suportar. 
• O envelhecimento e determinadas doenças 
ósseas (osteoporose) aumentam o risco de 
fraturas - fraturas patológicas. 
• Ação direta (um pontapé na perna, levando à 
fratura no local do golpe), ou por ação 
indireta (a queda em pé de uma altura 
considerável, ocorrendo fratura da parte 
inferior da coluna vertebral, isto é, o impacto 
foi transmitido através dos ossos da perna e 
bacia até a coluna vertebral). 
FRATURAS
• Ação muscular: a contração muscular com força 
suficiente para causar fratura.
• Nos ambientes de trabalho: quedas e 
movimentos bruscos do trabalhador, batidas 
contra objetos, ferramentas, equipamentos, assim 
como queda dos mesmos sobre o trabalhador;
• Pode ocorrer em qualquer ramo de atividade, ou 
durante o trajeto residência-trabalho-residência.
• Suspeita-se de fratura ou lesões articulares 
quando houver: 
1.Dor intensa no local e que aumente ao menor 
movimento. 
2.Edema local. 
3.Crepitação ao movimentar. 
4.Hematoma 
5.Paralisia (lesão de nervos).
Fratura Fechada ou Interna
Ossos quebrados permanecem no interior do membro
sem perfurar a pele.
Lesar um vaso sanguíneo ou cortar um nervo.
Fratura Aberta ou Exposta
Ossos quebrados saem do lugar, rompendo a pele e 
deixando exposta uma de suas partes - pode causar 
infecções.
Fratura em Fissura
São aquelas em que as bordas ósseas ainda estão muito 
próximas, como se fosse uma rachadura ou fenda.
Fratura em Galho Verde
É a fratura incompleta que atravessa apenas uma parte do 
osso.
São fraturas geralmente com pequeno desvio e que não 
exigem redução;
Sua ocorrência mais comum é em crianças e nos 
antebraços (punho).
Fratura Completa
É a fratura na qual o osso sofre descontinuidade total.
Fratura Cominutiva
É a fratura que ocorre com a quebra do osso em três ou 
mais fragmentos.
Fratura Impactada
É quando as partes quebradas do osso permanecem 
comprimidas entre si, interpenetrando-se.
Fratura Espiral
É quando o traço de fratura encontra-se ao redor e 
através do osso. 
Estas fraturas são decorrentes de lesões que ocorrem 
com uma torção.
Fratura Oblíqua
É quando o traço de fratura lesa o osso diagonalmente.
Fratura Transversa
É quando o traço de fratura atravessa o osso numa linha 
mais ou menos reta.
FRATURAS 
• SINTOMAS: 
• Dor, que aumenta com o toque ou os movimentos
• Incapacidade funcional (impossibilidade de fazer 
movimentos) na região atingida
• Acentuada impotência funcional da extremidade ou das 
articulações adjacentes à lesão
• Inchaço
• Alteração da cor da área afetada
• Presença ou não de pulso no membro atingido
• *Fragmentos de ossos expostos
• *Angulação ou curvatura anormal da região afetada.
• AÇÃO: 
• Observar o estado geral do acidentado, procurando lesões 
mais graves com ferimento e hemorragia.
• Acalmar o acidentado, pois ele fica apreensivo e entra em 
pânico.
• Ficar atento para prevenir o choque hipovolêmico.
• Controlar eventual hemorragia e cuidar de qualquer 
ferimento, com curativo, antes de proceder a imobilização 
do membro afetado.
• Imobilizar o membro, procurando colocá-lo na posição que 
for menos dolorosa para o acidentado, o mais 
naturalmente possível. 
• É importante salientar que imobilizar significa tirar os 
movimentos das articulações acima e abaixo da lesão.
Sob nenhuma justificativa deve-se tentar recolocar o osso fraturado de volta no seu eixo!!!
FERIDAS
•
· São as lesões de tecidos corporais produzidos por 
trauma.
• FERIDA FECHADA - pele integra
• Contusões
· A presença de lesões superficial não ameaça a vida, 
porém alertam para lesões de órgãos internos.
· Equimose - Pele lisa com uma coloração preta ou 
azulada.
· Hematoma - Tumoração preta ou azulada visível sob a 
pele.
• Sucção - Não puxe o membro preso pela sucção, 
desligue o aparelho (ex: bomba de piscina). 
• Com a sucção ocorre trauma local e edema (inchaço). 
• Caso o membro não saia do local de sucção deve-se 
quebrar o local ao redor do orifício de sucção.
•
• ·FERIDA ABERTA - pele exposta
•
ESCORIAÇÕES - LESÕES CORTO-CONTUSAS –
LACERAÇÕES
• Escoriações: Lesões superficiais da pele ou mucosas, que 
apresentam sangramento leve e costumam ser 
extremamente dolorosas. 
• Não representam risco ao paciente quando isoladas.
• Lesões corto-contusas: Lesões produzidas por objetos 
cortantes. Podem causar sangramento de variados graus e 
danos a tendões, músculos, nervos e vasos sanguíneos.
• O socorrista deve controlar o sangramento por 
compressão direta e aplicação de curativo e bandagens.
• Imobilize extremidades com ferimentos profundos.
• Em pacientes com PA normal efetue a limpeza das lesões 
de forma rápida. 
• No trauma grave este procedimento é omitido para reduzir 
o tempo de chegada ao hospital.
FERIDAS
• FERIMENTOS PERFURANTES -
perfuração da pele e tecidos por um 
objeto.
• O orifício de entrada pode não corresponder 
a profundidade da lesão.
• Tratar as condições que causem risco 
iminente de vida - ABC e Hemorragias.
• As lesões penetrantes de tórax e abdome 
devem ser ocluídas o mais rápido possível.
• Lesões perfurantes de tronco e abdome 
devem ir para o hospital imediatamente.
• AVULSÕES - descolamento da pele que pode se 
manter ligado ao tecido ou não.
• Apresentam graus variados de sangramento, geralmente de 
difícil controle.
• A localização mais comum é em membros superiores e 
inferiores.
• Coloque o retalho em posição normal e efetue a 
compressão direta da área para controlar o sangramento. 
• Caso seja possível lave o retalho com água corrente antes.
• Caso a avulsão seja completa - lave o retalho com água 
corrente ou soro fisiológico, envolve-lo em pano limpo 
molhado, coloque-o dentro de um saco plástico lacrado 
dentro de vasilhame com água gelada para o transporte ao 
hospital. 
• Evite o uso de gelo direto sobre o tecido
FERIDAS
• AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS - Separação de um membro ou de uma estrutura do corpo.
A. Exame primário - ABC da vida.
B. Controle a hemorragia - O controle da hemorragia é crucial na primeira fase do tratamento.
C. Trate o choque se presente.
D. Cuide do segmento amputado (separado do corpo):
I. Limpe com solução salina ou água corrente, sem imersão em líquido.
II. Envolva-o em gaze estéril úmida ou compressa limpa molhada.
III. Proteja o membro amputado com dois sacos plásticos.
IV. Coloque o saco plástico em recipiente de isopor com gelo ou água gelada.
V. Jamais coloque a extremidade em contato direto com gelo.
E. Não deve-se demorar no cuidado ao segmento amputado, já que a vítima é considerada de alto risco para o choque 
hipovolêmico. 
F. O paciente deve ser removido o mais rapidamente para o hospital.
FERIDAS
• EMPALAMENTO - perfuração na qual o objetopenetrante está parcialmente exteriorizado.
a) Exponha a lesão retirando a roupa.
b) Nunca remova objetos empalados, sem que o paciente esteja 
no ambiente hospitalar.
c) Estabilize o objeto no local encontrado com curativo 
apropriado.
d) Não tente partir ou mobilizar o objeto, exceto se isto for 
essencial para o transporte.
• EVISCERAÇÃO - exteriorização de vísceras.
a) Não tente reintroduzir os órgãos eviscerados.
b) Cubra as vísceras com pano limpo umedecido em solução 
salina ou água limpa.
c) Envolva o curativo com bandagem.
d) Transporte o paciente em posição com o ventre para cima, 
com os joelhos fletidos.
• LESÕES DECORRENTES DE EXPLOSÕES
· Vários fragmentos e várias lesões.
· Avaliar profundidade de penetração e queimaduras.
FERIDAS
• ESMAGAMENTO - acidentes automobilísticos, 
desabamentos e acidentes industriais.
• Pode resultar em ferimentos abertos ou fechados. 
• O dano tecidual é extenso (músculos, tendões, ossos). 
• Os esmagamentos de tórax e abdome causam graves 
distúrbios circulatórios e respiratórios, sendo muitas vezes 
incompatíveis com a vida.
• No caso de extremidade presa a maquinaria industrial, 
desligar a energia da máquina, e em seguida fazer a lenta 
reversão manual das engrenagens e retirada do membro. 
• Caso não seja possível liberar a extremidade a máquina 
deverá ser desmontada e transportada juntamente com a 
vítima ao hospital.
•
• .
• PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO (FAF)
• Considere o calibre, a velocidade, o tipo de munição e a 
forma do projétil.
• Além da perfuração ocorre queima dos tecidos ao redor.
• Sempre procure o orifício de saída. O orifício de entrada é 
sempre menor e mais discreto que o de saída.
• Um mesmo projétil pode lesar vários tecidos internamente e 
o sangramento ser volumoso, mesmo com orifício de 
penetração pequeno
• QUEDAS
• Avaliar; a - Altura, b - Área anatômica do impacto, c -
superfície da queda (água, asfalto, etc.).
• Relacione os ferimentos na vítima em relação a área 
anatômica de impacto - cuidado com outras leões que não 
são visíveis como ex; queda em pé - lesão da coluna cervical.
DESMAIO
• Definição
• É a perda súbita, temporária e repentina da consciência, devido à 
diminuição de sangue e oxigênio no cérebro.
• Principais Causas
• · Hipoglicemia
• · Cansaço excessivo
• · Fome
• · Nervosismo intenso
• · Emoções súbitas
• · Susto
• · Acidentes, principalmente os que envolvem perda sanguínea
• · Dor intensa
• · Prolongada permanência em pé
• · Mudança súbita de posição (de deitado para em pé)
• · Ambientes fechados e quentes
• · Disritmias cardíacas (bradicardia)
• Sintomas
• · Fraqueza
• · Suor frio abundante
• · Náusea ou ânsia de vômito
• · Palidez intensa
• · Pulso fraco
• · Pressão arterial baixa
• · Respiração lenta
• · Extremidades frias
• · Tontura
• · Escurecimento da visão
• · Devido à perda da consciência, o acidentado cai.
DESMAIO
• Primeiros Socorros
• Se a pessoa apenas começou a desfalecer
• Sentá-la em uma cadeira, ou outro local 
semelhante.
• Curvá-la para frente.
• Baixar a cabeça do acidentado, colocando-a 
entre as pernas e pressionar a cabeça para 
baixo.
• Manter a cabeça mais baixa que os joelhos.
• Fazê-la respirar profundamente, até que 
passe o mal-estar.
DESMAIO
• Havendo o desmaio:
• Manter o acidentado deitado, colocando sua cabeça e ombros em posição mais baixa em relação ao resto do corpo 
• Afrouxar a sua roupa.
• Manter o ambiente arejado.
• Se houver vômito, lateralizar lhe a cabeça, para evitar sufocamento.
• Depois que o acidentado se recuperar, pode ser dado a ela café, chá ou mesmo água com açúcar.
• Não se deve dar jamais bebida alcoólica.

Continue navegando