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Título Unidade 4 - O trabalho do publicitário Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 6 Tema Unidade 4 - O trabalho do publicitário Objetivos · Identificar o conceito geral da profissão de publicidade e propaganda; · Apresentar a história do surgimento da profissão no país e no mundo; · Permitir o exercício analítico, reflexivo e crítico da publicidade como ferramenta do mix de marketing; · Levar o aluno a um conhecimento mais abrangente sobre as funções mais importantes no mercado de comunicação e os conhecimentos e habilidades que este profissional deve dominar. Estrutura do Conteúdo Neste capítulo o professor deve mostrar qual é a essência da propaganda, o que ela pode fazer, como funciona e, ainda, contar sua origem, sua grande presença no mundo de hoje e sua força econômica e cultural. Para começar, a sugestão é que se estimule um brainstorming que leve à lembrança dos comerciais mais famosos relacionando os jingles , os garotos-propaganda, os personagens, os produtos, o fabricante etc. Uma frase de Armando Sant ’Anna, em Teoria, Técnica e Prática (2005) - “Comunicação é, pois, o processo de transmitir ideias entre indivíduos” – pode incitar a reflexão da turma. Segundo trabalho publicado por Eloa Muniz no Caderno Universitário, n.148, Canoas, 2004, pela editora ULBRA, a atividade publicitária teve início na Antiguidade Clássica, conforme demonstram as tabuletas descobertas em Pompeia. As tabuletas, além de terem a função de anunciar embates de gladiadores, faziam referências às diversas casas de banhos existentes na cidade. Nesta fase, é importante lembrar que a publicidade era sobretudo oral, feita por meio de pregoeiros, que anunciavam as vendas de escravos, gado e outros produtos, ressaltando, assim, as suas virtudes. A primeira etapa da publicidade, que se prolongou até à Idade Média, evidenciava sua atividade a serviço dos mercadores e comerciantes que, através de gritos, ruídos e gestos, procuravam tornar conhecido do público sua mercadoria. A utilização de símbolos, hoje em dia tão comuns, inicia-se neste período. Naquela época, as casas não possuíam número e as ruas não eram identificadas. O comerciante se obrigava, então, a identificar seu estabelecimento com um símbolo; ou seja, uma cabra simbolizava uma leiteria e um escudo de armas significava a existência de uma pousada. Estes símbolos tornaram -se mais tarde em emblemas de marca e logotipos. Ainda de acordo com Muniz, com a invenção da imprensa mecânica, por Gutenberg, surge no século XV, uma etapa importante da publicidade. Creditam-se à utilização do papel, grandes progressos aos meios de comunicação, pois, mesmo antes da impressão dos livros, surgiram os primeiros panfletos, ou folhas volantes, que a Reforma posteriormente se utilizaria. Nesta época, surge o primeiro cartaz de que se tem conhecimento: impresso em 1482, destinava-se a anunciar uma manifestação religiosa. Em 1625, apareceu no periódico inglês Mercurius Britannicus o primeiro anúncio publicitário de um livro. Em 1631, na França, Thèophraste Renaudot cria na sua gazeta uma pequena seção de anúncios. Cria-se, então, uma nova fonte de receita para o jornal que até então vivia somente da venda de assinaturas. O primeiro publicitário e criador da primeira agência foi Voley B. Palmer que ficou conhecido ao planejar a publicidade de vários anunciantes em 1841, na Filadélfia e Boston, cobrando dos periódicos 25% do custo dos anúncios. A primeira campanha publicitária teria sido planejada por John Wanamaker, destinada a um estabelecimento de roupas masculinas na Filadélfia, dando um apoio publicitário, até então nunca visto, utilizando, além dos anúncios de imprensa, de gigantescos painéis exteriores, desfiles de carros decorados e oferta de bandeirolas. Com o advento da era industrial, a produção em massa e a consequente necessidade de aumentar o consumo dos bens produzidos, a técnica publicitária foi-se aperfeiçoando, passando a ser mais persuasiva nas suas mensagens e perdendo, quase que por completo, seu sentido unicamente informativo. A concorrência desenfreada entre as várias marcas, praticamente obrigou o aparecimento de um tipo de publicidade mais agressiva, chamada publicidade combativa, com a tentativa de impor um produto, ao invés de sugeri-lo. Isto deu origem a muitos excessos que só foram barrados com a entrada em vigor da legislação que regulou a atividade publicitária. Atualmente, a maior parte das mensagens publicitárias é sugestiva e têm por base os estudos de mercado e de motivações. A publicidade informativa e combativa não deixou de existir completamente; seu espaço foi preenchido pelas relações públicas, enquanto a propaganda ocupou o lugar da publicidade combativa. Alguns sociólogos dividiram em três épocas (ou eras) o longo caminho percorrido pela publicidade: 1. Na era primária, limitava-se a informar o público sobre os produtos existentes, ao mesmo tempo em que os identificava através de uma marca. Isto sem argumentação ou incitação à compra; 2. Na era secundária, as técnicas de sondagem desvendavam os gostos dos consumidores e iam orientar a publicidade, que se tornou sugestiva; 3. Na era terciária, baseando-se nos estudos de mercado, na psicologia social, na sociologia e na psicanálise, a publicidade atua sobre as motivações inconscientes do público, obrigando-o a tomar atitudes e levando-o a determinadas ações. A publicidade contemporânea mitifica e converte em ídolo o objeto de consumo, revestindo-o de atributos que frequentemente ultrapassam as suas próprias qualidades e sua própria realidade. Vale ressaltar que há diferença entre os vocábulos Propaganda e Publicidade. Para Sant ’Anna (2005), Publicidade deriva de público (do latim publicus) e designa a qualidade do que é público. Significa o ato de vulgarizar, de tornar público um fato, uma ideia. Já Propaganda é definida por ele como a propagação de princípios e teorias. Foi traduzida pelo Papa Clemente VII, em 1957, quando fundou a Congregação da Propaganda, com o fito de programar a fé católica pelo mundo. Deriva do latim propagare , que significa reproduzir por meio de mergulhia, ou seja, enterrar o rebento de uma planta no solo. Propagare , por sua vez, deriva de pangere , que quer dizer enterrar, mergulhar, plantar. “Seria, então, a propagação de doutrinas religiosas ou princípios políticos de algum partido”. Aplicação Prática Teórica O Portal da Propaganda (www.portaldapropaganda.com.br) pode ser apresentado aos alunos como forma de estimulá -los e apresentá-los o mundo da publicidade e da propaganda. Estimule os alunos a cadastrarem-se no portal para que recebam informações por meio da “newsletter” eletrônica via email. Aproveite, também, para colocar no quadro outros endereços de sites relacionados ao conteúdo: · Associação Brasileira de Agências de Publicidade (http://webserver.4me.com.br/wwwroot/abap/) · Associação Brasileira de Anunciantes (www.aba.com.br) · Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (www.conar.org.br) Plano de Aula: Unidade 4 - O trabalho do publicitário INTRODUÇÃO ÀS PROFISSÕES EM COMUNICAÇÃO Estácio de Sá Página 1 / 2 Título Unidade 4 - O trabalho do publicitário Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 6 Tema Unidade 4 - O trabalho do publicitário Objetivos · Identificar o conceito geral da profissão de publicidade e propaganda; · Apresentar a história do surgimento da profissão no país e no mundo; · Permitir o exercício analítico, reflexivo e crítico da publicidade como ferramenta do mix de marketing; · Levar o aluno a um conhecimento mais abrangente sobre as funções mais importantes no mercado de comunicação e os conhecimentos e habilidades que este profissionaldeve dominar. Estrutura do Conteúdo Neste capítulo o professor deve mostrar qual é a essência da propaganda, o que ela pode fazer, como funciona e, ainda, contar sua origem, sua grande presença no mundo de hoje e sua força econômica e cultural. Para começar, a sugestão é que se estimule um brainstorming que leve à lembrança dos comerciais mais famosos relacionando os jingles , os garotos-propaganda, os personagens, os produtos, o fabricante etc. Uma frase de Armando Sant ’Anna, em Teoria, Técnica e Prática (2005) - “Comunicação é, pois, o processo de transmitir ideias entre indivíduos” – pode incitar a reflexão da turma. Segundo trabalho publicado por Eloa Muniz no Caderno Universitário, n.148, Canoas, 2004, pela editora ULBRA, a atividade publicitária teve início na Antiguidade Clássica, conforme demonstram as tabuletas descobertas em Pompeia. As tabuletas, além de terem a função de anunciar embates de gladiadores, faziam referências às diversas casas de banhos existentes na cidade. Nesta fase, é importante lembrar que a publicidade era sobretudo oral, feita por meio de pregoeiros, que anunciavam as vendas de escravos, gado e outros produtos, ressaltando, assim, as suas virtudes. A primeira etapa da publicidade, que se prolongou até à Idade Média, evidenciava sua atividade a serviço dos mercadores e comerciantes que, através de gritos, ruídos e gestos, procuravam tornar conhecido do público sua mercadoria. A utilização de símbolos, hoje em dia tão comuns, inicia-se neste período. Naquela época, as casas não possuíam número e as ruas não eram identificadas. O comerciante se obrigava, então, a identificar seu estabelecimento com um símbolo; ou seja, uma cabra simbolizava uma leiteria e um escudo de armas significava a existência de uma pousada. Estes símbolos tornaram -se mais tarde em emblemas de marca e logotipos. Ainda de acordo com Muniz, com a invenção da imprensa mecânica, por Gutenberg, surge no século XV, uma etapa importante da publicidade. Creditam-se à utilização do papel, grandes progressos aos meios de comunicação, pois, mesmo antes da impressão dos livros, surgiram os primeiros panfletos, ou folhas volantes, que a Reforma posteriormente se utilizaria. Nesta época, surge o primeiro cartaz de que se tem conhecimento: impresso em 1482, destinava-se a anunciar uma manifestação religiosa. Em 1625, apareceu no periódico inglês Mercurius Britannicus o primeiro anúncio publicitário de um livro. Em 1631, na França, Thèophraste Renaudot cria na sua gazeta uma pequena seção de anúncios. Cria-se, então, uma nova fonte de receita para o jornal que até então vivia somente da venda de assinaturas. O primeiro publicitário e criador da primeira agência foi Voley B. Palmer que ficou conhecido ao planejar a publicidade de vários anunciantes em 1841, na Filadélfia e Boston, cobrando dos periódicos 25% do custo dos anúncios. A primeira campanha publicitária teria sido planejada por John Wanamaker, destinada a um estabelecimento de roupas masculinas na Filadélfia, dando um apoio publicitário, até então nunca visto, utilizando, além dos anúncios de imprensa, de gigantescos painéis exteriores, desfiles de carros decorados e oferta de bandeirolas. Com o advento da era industrial, a produção em massa e a consequente necessidade de aumentar o consumo dos bens produzidos, a técnica publicitária foi-se aperfeiçoando, passando a ser mais persuasiva nas suas mensagens e perdendo, quase que por completo, seu sentido unicamente informativo. A concorrência desenfreada entre as várias marcas, praticamente obrigou o aparecimento de um tipo de publicidade mais agressiva, chamada publicidade combativa, com a tentativa de impor um produto, ao invés de sugeri-lo. Isto deu origem a muitos excessos que só foram barrados com a entrada em vigor da legislação que regulou a atividade publicitária. Atualmente, a maior parte das mensagens publicitárias é sugestiva e têm por base os estudos de mercado e de motivações. A publicidade informativa e combativa não deixou de existir completamente; seu espaço foi preenchido pelas relações públicas, enquanto a propaganda ocupou o lugar da publicidade combativa. Alguns sociólogos dividiram em três épocas (ou eras) o longo caminho percorrido pela publicidade: 1. Na era primária, limitava-se a informar o público sobre os produtos existentes, ao mesmo tempo em que os identificava através de uma marca. Isto sem argumentação ou incitação à compra; 2. Na era secundária, as técnicas de sondagem desvendavam os gostos dos consumidores e iam orientar a publicidade, que se tornou sugestiva; 3. Na era terciária, baseando-se nos estudos de mercado, na psicologia social, na sociologia e na psicanálise, a publicidade atua sobre as motivações inconscientes do público, obrigando-o a tomar atitudes e levando-o a determinadas ações. A publicidade contemporânea mitifica e converte em ídolo o objeto de consumo, revestindo-o de atributos que frequentemente ultrapassam as suas próprias qualidades e sua própria realidade. Vale ressaltar que há diferença entre os vocábulos Propaganda e Publicidade. Para Sant ’Anna (2005), Publicidade deriva de público (do latim publicus) e designa a qualidade do que é público. Significa o ato de vulgarizar, de tornar público um fato, uma ideia. Já Propaganda é definida por ele como a propagação de princípios e teorias. Foi traduzida pelo Papa Clemente VII, em 1957, quando fundou a Congregação da Propaganda, com o fito de programar a fé católica pelo mundo. Deriva do latim propagare , que significa reproduzir por meio de mergulhia, ou seja, enterrar o rebento de uma planta no solo. Propagare , por sua vez, deriva de pangere , que quer dizer enterrar, mergulhar, plantar. “Seria, então, a propagação de doutrinas religiosas ou princípios políticos de algum partido”. Aplicação Prática Teórica O Portal da Propaganda (www.portaldapropaganda.com.br) pode ser apresentado aos alunos como forma de estimulá -los e apresentá-los o mundo da publicidade e da propaganda. Estimule os alunos a cadastrarem-se no portal para que recebam informações por meio da “newsletter” eletrônica via email. Aproveite, também, para colocar no quadro outros endereços de sites relacionados ao conteúdo: · Associação Brasileira de Agências de Publicidade (http://webserver.4me.com.br/wwwroot/abap/) · Associação Brasileira de Anunciantes (www.aba.com.br) · Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (www.conar.org.br) Plano de Aula: Unidade 4 - O trabalho do publicitário INTRODUÇÃO ÀS PROFISSÕES EM COMUNICAÇÃO Estácio de Sá Página 2 / 2
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