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SANEAMENTO AMBIENTAL Prof. Me. Fábio Maurício Corrêa AULA 05 Qualidade da água, consumo e tratamento. SANEAMENTO AMBIENTAL Qualidade da água ✓ Conceitos fundamentais ✓ Grau de poluição e de contaminação das águas de consumo ✓ Características físicas, químicas e bacteriológicas; ✓ Usos da água: critérios e padrões SANEAMENTO AMBIENTAL QUALIDADE DE ÁGUA 1. Conceitos Fundamentais Água pura, no sentido rigoroso do termo, não existe na natureza. Por ser um ótimo solvente, ela nunca é encontrada em estado de absoluta pureza. As impurezas presentes na água é que vão determinar suas características físicas, químicas e biológicas. SANEAMENTO AMBIENTAL QUALIDADE DE ÁGUA As características das águas naturais, bem como as que devem ter a água fornecida ao consumidor, determinam o grau de tratamento necessário para cada uso. Portanto o conceito de impureza é relativo. Assim, a água destinada ao uso doméstico deve ser desprovida de gosto, patogenicidade ao passo que numa água destinada à irrigação, resfriamentos, esta característica não tem importância. SANEAMENTO AMBIENTAL GRAU DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS NATURAIS 2. A qualidade das águas naturais depende do grau de poluição das mesmas, podendo ser registrado um grau tão elevado que até mesmo impeça a sua utilização, devido a impossibilidade ou dificuldade para o seu tratamento, adequando-a às necessidades de uso.( Eficiência e custo) SANEAMENTO AMBIENTAL GRAU DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS NATURAIS 2.1. Grau de poluição e de contaminação das águas de consumo 2.1.1. Água de consumo doméstico A água de consumo domiciliar deve ser potável. Água potável é aquela que obedece aos seguintes requisitos: a) Higidez – ser hígida significa: •não estar contaminada de forma a permitir a infecção do consumidor com qualquer moléstia de veiculação hídrica; •não conter substâncias tóxicas; •não conter quantidades excessivas de substâncias minerais ou orgânicas; SANEAMENTO AMBIENTAL b) Palatabilidade – a água deve impressionar bem os sentidos pela sua limpidez (ausência de cor e turbidez), por não possuir sabor e odor e pela temperatura agradável. 2.1.2. Água de consumo não doméstico Água industrial - sua qualidade varia com o tipo da indústria. A água usada como matéria prima numa indústria farmacêutica, por exemplo, deve ter qualidade superior à potável (água destilada). SANEAMENTO AMBIENTAL Água de irrigação - vegetais ingeridos crus e aqueles que têm contato com o solo exigem água de boa qualidade para não contaminar os alimentos e o homem por consequência. Água para fins pecuários -a criação de gado exige água de boa qualidade. SANEAMENTO AMBIENTAL 3. Impurezas Na água são encontrados vários tipos de impurezas, umas mais comuns, outras com características particulares ou especiais. 3.1. Impurezas mais comuns As impurezas mais comuns podem ser consideradas sob os seguintes aspectos: - quanto à natureza; - quanto à ocasião de aquisição; - quanto a apresentação e principais efeitos. SANEAMENTO AMBIENTAL a) quanto à natureza: •naturais -adquiridas de constituintes normais do solo e do ar; •artificiais - resultados do lançamento de resíduos da atividade humana (poluição do ar, das águas, do solo, esgotos, resíduos sólidos, fumaças). SANEAMENTO AMBIENTAL b) quanto à ocasião de aquisição: - pelas águas meteóricas (águas de chuvas): poeiras, oxigênio, nitrogênio, gás carbônico, gás sulfídrico, cloretos, fumaças, radioatividade; - pelas águas de superfície: argila, sílica, silte, algas, microrganismos diversos, inclusive patogênicos (bactérias, protozoários, vermes, larvas), matéria orgânica simples ou complexas, cloretos, nitratos, substâncias radioativas, pesticidas agroquímicos em geral; - pelas águas subterrâneas: microrganismos diversos, incluindo patogênicos, bicarbonatos, carbonatos, sulfatos, sais de ferro, de cálcio, de magnésio, de flúor; SANEAMENTO AMBIENTAL c) quanto à forma de apresentação e principais efeitos: - Em suspensão: (o soluto não dissolve na água) Tabela 1 – Impurezas em suspensão Agentes Efeitos Causados Microrganismos diversos: bactérias (sendo algumas patogênicas), algas e protozoários: cheiro, sabor, turbidez Vermes e vírus: ....................................................................................................doenças Areia, argila, silte, resíduos industriais e domésticos: ....................................turbidez Larvas: .................................................................................................................doenças SANEAMENTO AMBIENTAL c) quanto à forma de apresentação e principais efeitos: Em estado coloidal: de 1nm(nanometro) a 1µm, (micrometro 1×10−9 / -1 × 10-6 m) 1 nm = 1000 pm 1000 nm = 1 µm picómetro << nanómetro << micrómetro Tabela 2 – Impurezas em estado coloidal Agentes Efeitos Causados sílica turbidez vírus doenças PROJETO DE S.A.A. SANEAMENTO AMBIENTAL Em dissolução:(mistura de um soluto em um solvente;a água é o solvente universal) Tabela 3 – Impurezas em dissolução Agentes Efeitos Causados sais de cálcio e de magnésio: carbonatos e incrustações bicarbonatos alcalinidade, dureza Sulfatos dureza Cloretos dureza, corrosividade sais de sódio e potássio: carbonatos e bicarbonatos alcalinidade Sulfato ação laxativa, borbulhamento nas caldeiras Fluoretos ação sobre os dentes Cloretos sabor Ferro sabor; cor Manganês cor escura Oxigênio corrosão Nitrogênio doenças Metano odor CONSUMO DE ÁGUA SANEAMENTO AMBIENTAL 1. INTRODUÇÃO 2. USOS DA ÁGUA 3. CONSUMO MÉDIO PER CAPITA 4. FATORES QUE AFETAM O CONSUMO 5. BIBLIOGRAFIA CONSUMO DE ÁGUA 1. INTRODUÇÃO A elaboração de um projeto de abastecimento de água exige o conhecimento das vazões de dimensionamento das diversas partes constitutivas do sistema. Para a determinação dessas vazões é necessário conhecer a demanda de água na cidade, que é função: a) do número de habitantes a ser abastecido; b) da quantidade de água consumida por pessoa. 2. USOS DA ÁGUA A água no cenário urbano pode ter os seguintes usos. a) doméstico: Água usada nas habitações e compreende as parcelas destinadas às finalidades higiênicas, alimentares, e à lavagem em geral. Conforme dados pesquisados, o consumo doméstico registra, em média, os seguintes valores, expressos em litrospor habitante por dia( litros / hab. / dia). SANEAMENTO AMBIENTAL CONSUMO DE ÁGUA Tabela 5 – Usos da água Tipos de Consumo Litros/habitante/dia Bebida e cozinha 10 – 20 Lavagem de roupa 10 – 20 Banhos e lavagem de mãos 25 – 55 Instalações sanitárias 15 – 25 Outros usos 15 – 30 Perdas e desperdícios 25 – 50 Total 100 – 200 *As vazões destinadas ao uso doméstico variam com o nível de vida da população. SANEAMENTO AMBIENTAL CONSUMO DE ÁGUA Cálculos já efetuados para um grande número de cidades, permitem conhecer com razoável aproximação o seu valor e aplicá-lo quando se pretende elaborar um projeto. O perfil do consumo médio per capita obedece, no geral, as seguintes composições: para fins domésticos_____________________42,5% para fins industriais e comerciais___________25,0% para fins públicos _______________________12,5% perdas e desperdícios_____________________20,0% Usualmente são considerados os seguintes consumos médios per capita de acordo com a população a ser abastecida: até 50.000 habitantes ___________________150 1 / hab. / dia de 50.000 a 500.000 habitantes ___________200 1 / hab. / dia de 500.000 a 3.000.000 habitantes ________250 1 / hab. / dia de 3.000.000 a 10.000.000 habitantes ______300 1 / hab . / dia acima de 10.000.000 de habitantes_________350 1 / hab . / dia SANEAMENTO AMBIENTAL CONSUMO DE ÁGUA 3. CONSUMO MÉDIO PER CAPITA Numa cidade com sistema de abastecimento de água em funcionamento regular, o valor do consumo médio per capita é obtido, dividindo -se o volume total de água distribuída durante um ano, por 365 e pelo número d e habitantes beneficiados. É expresso geralmente em litros por habitante por dia (l / hab. / dia). qm = Volume distribuído anualmente 365 x população beneficiada SANEAMENTO AMBIENTAL CONSUMO DE ÁGUA 3.1- CONSUMO PER CAPITA SANEAMENTO AMBIENTAL CONSUMO DE ÁGUA 3.1 - CONSUMO EFETIVO PER CAPITA SANEAMENTO AMBIENTAL CONSUMO DE ÁGUA 3.1 - CONSUMO PER CAPITA SANEAMENTO AMBIENTAL CONSUMO DE ÁGUA 4. FATORES QUE AFETAM O CONSUMO 4.1. Clima Quanto mais quente a região maior é o consumo de água. 4.2. Hábitos e Nível de Vida da População Os hábitos da população refletem na utilização direta ou indireta da água. Quanto maior o nível de vida e o poder aquisitivo maior o consumo. 4.3. Natureza da Cidade As cidades industriais e mistas apresentam maior consumo que as cidades tipicamente residenciais. SANEAMENTO AMBIENTAL CONSUMO DE ÁGUA 4. FATORES QUE AFETAM O CONSUMO 4.4. Tamanho da Cidade A experiência tem demonstrado que quanto maior a cidade, maior o número de estabelecimentos comerciais e industriais e de repartições públicas, jardins e equipamentos públicos, implicando aumento nesses dois tipos de consumo. A maior extensão de redes de distribuição vai também acarretar maior volume de perdas por vazamentos, além de apresentarem, obviamente, um maior contingente populacional e portanto maior consumo doméstico. 4.5. Existência ou Ausência de Medição Quando o consumo é estimado em lugar de ser hidrometrado, a população não se sente motivada a economizar água, nem evitar desperdícios. 4.6. Pressão na Rede Quando na rede reina pressões elevadas, uma abertura mínima de torneiras e válvulas ocasiona uma grande saída de água, elevando o consumo. SANEAMENTO AMBIENTAL CONSUMO DE ÁGUA SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL CONSUMO DE ÁGUA 5 BIBLIOGRAFIA SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL SANEAMENTO AMBIENTAL
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