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Sócrates: Vida, Filosofia e Morte

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Introdução
Quem foi Sócrates?
O filosofo Sócrates, viveu em Atenas no século V a.C.. Não escreveu nada. Tudo o que conhecemos dele foi devido a Platão, seu discípulo. Ao inverso dos primeiros filósofos gregos, que se atentavam com os problemas da natureza, Sócrates visou aos problemas morais. A verdade deve ter validade em qualquer lugar, em qualquer tempo e para qualquer indivíduo. Graças a ele que muitos começaram a valorizar a razão, a verdade e o conceito.
 Ele era filho de uma parteira e ensinava filosofia em praça pública. Ele usava uma túnica, era acostumado também caminhar descalço. Falava que filosofava a serviço de Deus e do cuidado da alma. A filosofia era para ele um tipo de espiritualismo. Ao questionar valores, modos de ser e pensar, Sócrates teve muitos inimigos. Por isso, foi condenado à morte. Foi acusado de corromper os jovens de Atenas e de questionar os deuses da cidade. 
Questionamento
Por meio de perguntas Sócrates em praça pública e debatia os mais diversos assuntos como: O que é o bem? O que é a justiça? O que é a virtude? Todo o seu pensamento era voltado para conhecimento do homem e de sua vida moral. Seu “espiritualismo” afirmava-se no “conheça-te a ti mesmo”. Essa mensagem estava escrita no templo de Apolo. 
O conhecimento de si mesmo sugeria o conhecimento de nossos desejos e ações, e de nossa vida moral. Para ele, a sabedoria era em vencer a si mesmo e a ignorância em ser vencido por si mesmo. Sua indagação principal era sobre “a justa vida” e o “viver bem”. Viver bem para Sócrates não era viver dos prazeres e da inatividade, mas viver da contemplação do conhecimento e do cuidado de si. Por todo lugar Sócrates ia persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, e nem tão ardentemente, com o corpo, a beleza e a riqueza.
 Dizia que devemos nos preocupar mais com a alma, para que ela seja quanto possível melhor. Ele identificava a virtude com o conhecimento. Assegura que ninguém faz o mal porque quer, mas por ignorância. Ninguém erra voluntariamente. Apenas o ignorante não é correto. Todo homem que conhece o bem é correto. Ser correto para Sócrates é conhecer as causas e o fim das ações, permitindo uma vida moral e virtuosa em visando a ideia de bem.
 Por isso, ele defendia a ideia de que a melhor forma de se viver era cultivando o próprio desenvolvimento ao invés de buscar os prazeres e os bens materiais. É necessário se conhecer melhor para ser feliz. “Conheça-te a ti mesmo”, essa frase é o fundamento de toda felicidade aqui na terra. 
Sócrates recomendava seus discípulos a se autoconhecerem, pois somente assim as pessoas sairiam da caverna, das trevas de seus espíritos, para alcançarem a luz, a verdade e a felicidade. Quando nos conhecemos dificilmente agimos por impulso, dificilmente somos dominados por nossas paixões, mais resolvidos e determinados somos em nossos objetivos. 
Conhecer a si mesmo significava que devemos nos ocupar menos com as coisas desse mundo, como riquezas, fama e poder, e nos preocuparmos mais com o cultivo de si, cultivando o conhecimento para contemplar o bem, o belo e a verdade. Somente assim seremos felizes.
	
Julgamento
Sócrates foi condenado à morte, pois foi acusado de corromper a juventude através de suas atividades filosóficas, de ter negado os deuses do Estado e por ter introduzindo novas entidades ao culto. O pensamento de Sócrates, , era considerado uma ameaça à política de Atenas.
A acusação de Sócrates foi feita pelo poeta Meleto, pelo rico e influente político Anito e por Lícon. Um júri de 501 membros declarou Sócrates culpado por pequena maioria, mas não o condenou à morte. Quem escolheu a pena foi o próprio filósofo em frente às opções de ser exilado ou ter sua língua cortada.
Sócrates reagiu com calma absoluta. Apesar de, durante o julgamento, ter a oportunidade de renunciar às suas ideias, ele preferiu manter-se fiel à busca da verdade em assumir uma conduta capaz de torná-lo aceito entre seus inquisidores. Segundo o Platão, ele desafiou o júri com as seguintes palavras:
“Enquanto eu puder respirar e exercer minhas faculdades físicas e mentais, jamais deixarei de praticar a filosofia, de elucidar a verdade e de exortar todos que cruzarem meu caminho a buscá-la. Portanto, senhores seja eu absolvido ou não, saibam que não alterarei minha conduta, mesmo que tenha de morrer cem vezes.”
Execução
Condenado à morte, Sócrates, cercado por um grupo de amigos, prepara-se para beber uma taça de cicuta. 
Testemunha, Platão estava sentado ao pé da cama e Sócrates. A seu lado, uma pena e um rolo de pergaminho. Platão e no corredor ao fundo, guardas acarretam Xantipa, a mulher de Sócrates, para fora da cela. Amigos apresentam medidas de aflição. Críton, seu companheiro, está sentado a seu lado e observa o mestre com devoção e inquietação. Mas o filósofo, sem que se perceba qualquer sinal de apreensão ou arrependimento.

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