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Drogas que afetam a percepção da dor

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Drogas que afetam a percepção da dor
I Classificação
Anestésicos – o termo anestésico vem do grego, onde ana é igual a ausência e estésicos significa sensação, ou seja, designa substâncias que inibem a sensação da dor, juntamente com outras formas de percepção sensorial.
Anestésicos locais
São aqueles que atuam por contato direto com as fibras nervosas, bloqueando a geração e a produção dos potenciais de ação, o que pode ocorrer tanto em fibras sensitivas de diferentes tipos, como em fibras motoras, em qualquer região do trajeto das mesmas.
Anestésicos gerais – depressores do SNC
Os anestésicos gerais são aqueles que atuam como depressores do sistema nervoso central, inibindo os mecanismos pelos quais são transmitidos e integrados os diferentes tipos de impulsos aferentes.
A supressão da dor é acompanhada da perda de outras formas de percepção sensorial, da consciência e reflexos.
Uma vez que a anestesia geral pode ser entendida como um estado perigosamente próximo da morte, o uso de anestésicos gerais exige um controle rigoroso do aproveitamento da droga e da intensidade do efeito produzido.
Este objetivo pode ser atendido, de forma satisfatória, com o emprego de duas vias de administração: a via respiratória e a intravenosa.
Anestésicos inalatórios
Os anestésicos inalatórios são gases ou líquidos voláteis que podem ser facilmente absorvidos nos alvéolos pulmonares e, que são eliminados pela mesma via.
Neste caso, a profundidade do efeito anestésico pode ser controlada através do aumento ou da diminuição da concentração do anestésico na mistura gasosa inalada.
Anestésicos intravenosos
Drogas utilizadas como anestésicos intravenosos são substâncias que apresentam um elevado grau de lipossolubilidade, capazes de se difundir rapidamente através da barreira hematoencefálica, exibindo o seu efeito máximo de uma forma quase instantânea, o que permite controlar a dose administrada em função do grau de depressão obtido. 
Analgésicos
O termo analgésico vem do grego, onde ana significa ausência e algos significa dor, ou seja, se trata de substâncias capazes de reduzir ou abolir a dor sem comprometer outras formas de sensação ou provocar inconsciência.
Analgésicos opióides
Drogas deste grupo, também são designadas como hipnoanalgésicos ou analgésicos narcóticos, são derivadas do ópio (Papaver somniferum) ou análogos sintéticos das substâncias presentes no mesmo.
Embora possam deprimir o sistema nervoso central, os analgésicos opióides são capazes de reduzir ou abolir a dor em doses que não produzem inconsciência e nem comprometem outras sensações.
Antiflamatórios não esteroidais
Drogas deste grupo tem sido denominadas como antitérmicos analgésicos e analgésicos não narcóticos.
Além do efeito analgésico, os antiflamatórios não esteroidais são capazes de baixar a temperatura de animais febris (efeito antitérmico ou antipirético) e de reduzir a severidade de reações inflamatórias.
São eficientes no combate a dores de origem inflamatória, mas não afetam significativamente as dores de origem visceral.
Anestésicos locais
Características gerais – os anestésicos locais são substâncias que atuam diretamente sobre as fibras nervosas, em qualquer segmento do seu trajeto, inibindo a geração e a condução dos impulsos nervosos, o que se deve a um bloqueio de canais de sódio voltagem dependentes.
Os anestésicos locais possuem um anel aromático que está ligado a um grupamento amina por meio de uma cadeia curta, na qual existe uma ligação éster ou amida.
Anestésicos locais são bases fracas, que podem existir na forma não ionizada (menos polar e portanto mais lipossolúvel) ou ionizada (mais polar – mais hidrossolúvel).
A forma não ionizada é importante para assegurar a difusão passiva dessas drogas através das membranas celulares, o que é coerente com o fato de que a potência das mesmas é diretamente proporcional à sua lipossolubilidade.
Difusão passiva – processo que pode ser observado em qualquer tipo de partícula, onde as partículas tendem a se mover da área de maior concentração para a área de menor concentração, até que as concentrações se igualem (internet).
A célula procura sempre estar em sintonia com o meio extracelular. Isso quer dizer que ela deve ter uma concentração de solutos em água semelhante à do meio em que vive (internet).
Modo de ação
Os anestésicos locais interagem com os sítios de ação que se encontram presentes no interior dos canais de sódio. 
A forma não ionizada consegue alcança los difundindo se passivamente através da fase lipídica da membrana.
A forma ionizada penetra através dos próprios canais, quando os mesmos se encontram abertos, o que é coerente com o fato do efeito anestésico ser mais eficiente em neurônios que estejam conduzindo uma elevada frequência de impulsos (bloqueio uso dependente), uma vez que, em situações deste tipo, os canais são mantidos abertos durante um maior número de vezes.
Associação com Vasoconstritores
A anestesia cesso como resultado da absorção dos anestésicos locais. Por este motivo, é usual aplica los em associação com vasoconstritores, como a adrenalina, por exemplo.
Este procedimentos, além de aumentar a duração da anestesia, reduz a probabilidade de ocorrência de efeitos sistêmicos indesejáveis que o anestésico absorvido poderia provocar.
Influência de processos inflamatórios
A eficiência do anestésico pode ser significativamente reduzida quando ele é aplicado em um tecido inflamado.
Este fenômeno depende em grande parte do abaixamento do ph no local da inflamação, o que acarreta um aumento da proporção de moléculas ionizadas do anestésico, comprometendo sua difusão através das membranas celulares.
A vasodilatação que ocorre na inflamação, acelerando a absorção do anestésico, pode contribuir para este efeito. Vale lembrar que o aumento da sensibilidade do tecido inflamado à dor (hiperalgesia), que pode estar implicado na produção desse fenômeno.
Efeitos sistêmicos
Sistema cardiovascular
De modo comparável ao que ocorre com a excitabilidade neuronal, a excitabilidade miocárdica pode ser inibida pelos anestésicos locais, o que justifica o emprego de algumas delas no tratamento de arritmias cardíacas.
Estas drogas podem diminuir a força contrátil do miocárdio, o que acarreta uma redução do débito cardíaco. Estas ações podem justificar a ocorrência de parada cardíaca, resultante da absorção de quantidades excessivas destes anestésicos.
Em doses clinicamente empregadas, os anestésicos locais costumam provocar vasodilatação, o que constitui um dos motivos da hipotensão que pode ser observada em animais tratados com essas drogas.
Efeito sobre o SNC
Quando absorvidos em quantidades significativas, os anestésicos locais são capazes de exercer um efeito depressor sobre o sistema nervoso central, que pode ser atribuído à sua ação estabilizantes sobre a membrana neuronal.
Ação estabilizantes sobre a membrana neuronal
Este efeito pode se manifestar sobre as áreas corticais que exercem influência inibitória sobre áreas motoras, o que pode justificar a ocorrência de fenômenos de excitação, como fasciculações musculares e convulsões tônicoclônicas.
Doses elevadas acarretam um efeito depressor generalizado, capaz de levar a uma paralisia respiratória.
Principais aspectos farmacocinéticos
Na forma de base não ionizada, os anestésicos locais apresentam uma baixa hidrossolubilidade, o que seria incompatível com a preparação das soluções aquosas em que são empregados.
Por este motivo, são geralmente usados na forma de sais (cloridratos), o que os torna hidrossolúveis e quimicamente mais estáveis que as formas de base.
A biotransformação dos anestésicos do grupo dos ésteres resultam, em grande parte, da atuação de esterases plasmáticas, pertencentes à família das colinesterases. Portanto, deve ser considerada a probabilidade dos seus efeitos sistêmicos serem mais intensos em animais sob efeito de drogas anticolinesterásicas.Os anestésicos do grupo das amidas são biotransformados principalmente no fígado, por ação de isoenzimas microssomais e, por este motivo, podem exercer efeitos de maior intensidade em animais portadores de insuficiência hepática.
II. Bases neurofisiológicas da geração e condução dos potenciais nervosos

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