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CULTURA DA ITÁLIA NA EPÓCA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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CULTURA DA ITÁLIA NA EPÓCA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: 
 
 MODA
 A influência italiana no mundo da moda se deu após o final da Segunda Guerra Mundial. Durante o conflito muitas fábricas têxteis foram destruídas ou desativadas. Porém, o que a guerra não pode destruir foi a mão de obra qualificada italiana. A força do trabalho e talento das costureiras e alfaiates foram essenciais para reconstruir a indústria têxtil e de vestuário do zero.
 Além de se destacar pela sua qualidade, houve um “empurrãozinho” para que os tecidos italianos pudessem ser mundialmente conhecidos. Essa ajuda veio por parte dos produtores de cinema norte-americanos, que após a segunda grande guerra começaram a produzir os seus filmes na Itália para diminuir os custos. O clima parecido com o de Hollywood também facilitava as produções americanas.
 Os cineastas italianos já conseguiam levar um pouco do estilo de se vestir e da cultura do país para outras partes do mundo. Mas foi depois que estrelas hollywoodianas, como Audrey Hepburn, Elizabeth Taylor, Ava Gardner e Claudette Colbert passaram aparecer usando sapatos, vestidos e peles de marcas italianas que a propaganda estava feita e as tendências lançadas!
 E foi nos anos 70 que a explosão da moda italiana consagrou o país e converteu-se em uma grande indústria da moda. As grandes marcas já faziam coleções de alta costura prontas para venda, contando com a qualidade de alto padrão. A produção dos acessórios de couro, como bolsas e sapatos também se tornaram referência do país para o mundo. Milão já tinha sua semana de moda reconhecida mundialmente e era igualada no ramo com Paris e NY, mostrando a força da Itália na indústria fashion.
 FEB – A Alimentação na Itália
 Superadas as dificuldades iniciais, a comida fornecida pela cozinha de campanha passou a ser muito bem aceita pelos soldados. A própria instalação da cozinha de campanha causou surpresa, quando a tropa acampou pela primeira vez.
 Houve imensa satisfação dos homens ao se engajarem a fundo nos chocolates, nos frangos e nas galinhas, nas costeletas de porco, nas geléias, nos doces de pêssegos e peras da Califórnia, de abacaxis do Havaí, nas saladas de frutas, nas ameixas, passas e sucos.
 Foi ao tomar contato com essa forma de alimentação que os oficiais começaram a avaliar o imenso poderio de seus aliados estadunidenses. Todos esperavam receber armas, canhões e outros equipamentos, muitos já conhecidos nas manobras de treino no Brasil, mas, acostumados com a ração anteriormente servida no Brasil, ficaram surpresos com a abundância e com o colorido das frutas e passas, das latas em que vinham vários artigos e alimentos. Um praça chegou a comentar alto: ‘Meu Deus, como a comida desses gringos é bonitinha’.
 Mas nem tudo era recebido com esse bom humor: o Pork Lunch, enlatado à base de carne de porco, era servido com tanta frequência que acabou sendo detestado por todos, inclusive pelos estadunidenses. Esse alimento entrou para o anedotário de toda a tropa do Exército e até os estadunidenses também faziam piadas.
 Os cozinheiros, diante das constantes reclamações sobre a inclusão do Pork Lunch no cardápio, resolveram colocar um molho improvisado, para enganar o pessoal. O primeiro praça na fila do rancho, ao perceber a colocação em sua marmita de uma enorme rodela coberta pelo molho, tocava-a com o garfo, meio desconfiado, afastava um pouco o molho, virava-se para trás e avisava aos companheiros: ‘Cuidado, pessoal, ela hoje está camuflada’.
 Junto com a primeira refeição, cada soldado recebia um maço de cigarros estadunidenses. Esse fumo agradou tanto à tropa que, quando a Intendência quis fornecer cigarros brasileiros, houve forte reação e a cota de cigarros estadunidenses foi mantida. Os cigarros brasileiros que quiseram servir eram das marcas Victor e lolanda, esta com o desenho de uma mulher loura, logo batizada pela tropa de ‘Bionda Cativa’ (Loura ruim).
 A Intendência, prevendo que o tráfego seria prejudicado no inverno, e para evitar que faltasse comida, criou um estoque de emergência, assim escalonado: os soldados, em posição, recebiam um dia de ração K. Com as unidades, um dia de ração K e um dia de ração C. Com a divisão, dois dias de ração B e três de ração C. Com o Exército, 15 dias de víveres brasileiros colocados em Pistóia no Centro de Reprovisionamento do Exército.
 Havia ainda dentro da organização do Exército americano os Serviços de Suprimento Reembolsável, onde, por módica quantia, se adquiria cigarros, bebidas, agasalhos e outros artigos que ofereciam maior conforto. Esse serviço, porém, não se estendia a toda a FEB: os praças só podiam dispor dele quando se encontravam de licença, na retaguarda.
 Às vezes tinham oportunidade de conseguir estas mercadorias nos denominados PX – Post Exchange-, junto aos postos da Red Cross, e assim mesmo aquisições limitadas aos soldados. Como na Itália o vinho era bom e abundante, os pracinhas quase sempre trocavam uma garrafa por alguns cigarros ou uma barra de chocolate.
Os tipos de ração distribuídos à tropa:
 A Ração K – de assalto – era composta por três pequenas caixas correspondentes às refeições, contendo em cada uma:
Uma lata de queijo, Patê ou sopa desidratada – conforme fosse café, almoço ou jantar, biscoitos, café ou limonada solúvel, chocolate, cigarros e fósforos, um tablete de Halazone para purificação d’água, uma colher, um abridor de latas.
 Todos os alimentos combinados equivaliam a 900 calorias. Esta ração acompanhava os homens, só podendo ser consumida por ordem superior.
 A ração C – de combate – compunha-se de 6 pequenas latas:
Três contendo alimentos à base de carne, em mistura com cereais,
Três com artigos variados: biscoitos, café ou limonada solúvel, chocolate, cigarros, fósforos e um tablete de Halazone.
Ração C
 Correspondia a 3.800 calorias. Seu transporte ficava a cargo das unidades e o consumo somente poderia ser feito mediante ordem.
 A ração B – operacional – era consumida diariamente pela tropa, salvo as patrulhas ou durante os ataques em que os homens, por necessidade, eram levados a utilizar ou  a ração K ou a C.
Era composta das três refeições.
O café da Manhã
O café com leite, pão, geléia ou manteiga de amendoim, extrato de tomate.
O almoço e o jantar:
Carne, às vezes galinha ou peru, feijão, arroz, frutas ou suco de frutas, ovos, pão, doce, café, cigarros e fósforos.
Somando 4.000 calorias por refeição.
Além dessas rações, havia a de emergência, a ser consumida em circunstâncias especiais, sendo:
Uma barra de chocolate altamente concentrado,
Ração “10 por 1” – contendo 10 refeições em um só recipiente para uso coletivo.
 Durante o inverno, distribuíam anexadas as rações, complementos multivitamínicos, duas vezes por dia a cada homem, para consumo em cada refeição principal. No verão, tabletes de sal. 
 
 ESPORTE
 Itália fatura o bicampeonato antes da eclosão da 2ª Guerra Mundial na Copa de 1938.
 Em meio a um cenário de tensão crescente em função do avanço do fascismo e do nazismo, a Fifa confirmou a realização da Copa do Mundo de 1938 e definiu a França como sede, levando a competição para o país de Jules Rimet, o idealizador da criação do torneio, mas em uma escolha que provocou desistências de nações sul-americanas. E, dentro de campo, a seleção italiana confirmou o seu favoritismo e assegurou o bicampeonato mundial.
 E também foi vencedora da Copa de 1934, realizada em casa, a Itália havia ampliado a sua soberania mundial dois antes do torneio ao levar a medalha de ouro na Olimpíada de 1936. Na França, então, deu nova exibição de força com uma campanha de quatro vitórias, ainda que a primeira delas tenha sido na prorrogação.
 
 MÚSICA
 ROMA — Durante a Segunda Guerra Mundial, músicos e artistascapturados pelos nazistas compuseram obras de arte que ficaram perdidas no passado de horrores dos campos de concentração. Anotadas em restos de papéis e recortes de jornal, ou gravadas na memória dos sobreviventes, elas seriam esquecidas, não fosse o trabalho de um pianista italiano. Ao longo de quase três décadas, Francesco Lotoro reuniu uma coleção com cerca de 8 mil músicas.
 Também temos a obra de “Tatata”, composta por Willy Rosen, um compositor de cabaré judeu alemão, e Max Ehrlich, ator e diretor que também era figura proeminente nos cabarés alemães na década de 1930. Antes de serem transferidos de Westerbork para Auschwitz, os dois conseguiram contrabandear uma pasta com manuscritos para fora do campo de concentração. Ela foi descoberta décadas depois no sótão de uma casa na Holanda, prestes a ser jogada fora.
 As composições dos campos de concentração são um patrimônio mundial, um legado para aqueles artistas que, apesar de terem perdido a liberdade nas mais inimagináveis circunstâncias, perseveraram por meio da música 
 CURIOSIDADES: "Bella Ciao" era uma canção popular entre trabalhadores italianos, adaptada como hino da resistência contra o nazismo e o fascismo de Hitler e Mussolini. A autoria é desconhecida.
 Depois da 2ª Guerra Mundial, a música virou marca dos de cerimônias que até hoje celebram o fim da ocupação nazista e de manifestações de comunistas na Itália.
 A canção se espalhou e foi também adotada por protestos de esquerda na Europa e em outros países.
 
 ANEXOS
 
(Mulher italiana vestindo Chanel) 
 
 
(Soldados se alimentando)
Ração K:
	
	
	
	Café da Manhã
	Almoço
	Jantar
 (Ração C)
 
(Comemoração italiana por ganhar a copa do mundo de 1938)
 
(Partitura)
(Cidade italiana após a segunda guerra mundial)

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