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INSTITUTO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA TERMODINÂMICA AVANÇADA PROFESSOR: ERALDO CRUZ DOS SANTOS Luiz Flávio Costa da Gama Aluno 4 Lista 1 – Exercícios do capítulo 02 Belém 2018 Soluções 2.4 Dado: Um tijolo com dimensões conhecidas escorrega do topo de um edifício em construção. Pede-se: Determinar a variação na energia potencial gravitacional, em ft. lbf. Dados Fornecidos: ρt = 120 lb/ft³ g = 32 ft/s² ∆z = 69 ft Dt = 5,0 in × 3,5 in × 6 in Modelo de engenharia: 1 – O tijolo é um sistema fechado; 2 – A aceleração da gravidade é constante; Análise: As dimensões do tijolo, em ft, são: Dt = 0,2083 ft × 0,2917 ft × 0,5 ft. Com isso podemos calcular o volume e a massa do tijolo: Vt = 0,2083.0,2917.0,5 → Vt = 0,0304 ft³ mt = ρt. Vt = 120.0,0304 𝐦𝐭 = 𝟑, 𝟔𝟒𝟖 𝐥𝐛 Agora calculamos a variação da energia potencial através de: ∆EP = mt. g. ∆z 32,1940 = 3,648.32.69 32,1940 ∆𝐄𝐏 = 𝟐𝟓𝟎, 𝟏𝟗𝟓𝟐 𝐟𝐭. 𝐥𝐛𝐟 4.11 Dado: Um volante com determinada massa específica, raio externo e espessura, gira com determinada velocidade angular. Pede-se: a) Expressar o momento de inércia em I = πρwR4/2 e a energia cinética em EC = Iω2/2, b) EC [N.m] e a m [kg] para um volante de aço e c) R [m] e a m [kg] para um volante de alumínio. Dados fornecidos: ωa = 3000 rpm ωal = 3000 rpm Ra = 0,38 m wal = 0,025 m wa = 0,025 m Modelo de engenharia: 1 – O sistema em estudo é um sistema fechado. Análise: a) Na equação do momento de inércia: I = ∫ ρr²dV O termo dV = w(2πrdr), substituindo na equação temos: I = ∫ ρr²w(2πrdr) Admitindo a massa específica e a espessura do volante constantes: I = ρw2π ∫ r²rdr R 0 Resolvendo a integral, temos: 𝐈 = 𝛑𝛒𝐰𝐑𝟒 𝟐 Para energia cinética, temos: EC = ∫ ρν² 2 dV Onde ν = rω e dV = w(2πrdr), logo: EC = ∫ ρ(rω)² 2 w(2πrdr) R 0 → EC = ρω²w2π 2 ∫ r²rdr R 0 EC = ω2 2 ( ρwπR4 2 ) 𝐄𝐂 = 𝐈𝛚𝟐 𝟐 b) Para o cálculo do momento de inércia do volante de aço Ia = π. ρa. wa. Ra4 2 = π. 8060.0,025. 0,384 2 𝐈𝐚 = 𝟔, 𝟓𝟗𝟗𝟕 𝐤𝐠. 𝐦² Para o cálculo da energia cinética do volante de aço ECa = Ia. ω2 2 = 6,5997. (3000/60)2 2 𝐄𝐂𝐚 = 𝟎, 𝟖𝟐𝟒𝟗. 𝟏𝟎𝟒 𝐍. 𝐦 Para o cálculo da massa do volante de aço ma = ρa. Vol = ρa. wa. π. Ra 2 = 8060.0,025. π. (0,38)² 𝐦𝐚 = 𝟗𝟏, 𝟒𝟎𝟗𝟔 𝐤𝐠 c) Para uma mesma energia cinética, velocidade angular e largura para o aço e o alumínio, temos: ECa = ECal Ia. ω2 2 = Ial. ω2 2 Ia = Ial π. ρa. w. Ra4 2 = π. ρal. w. Ral4 2 ρa. Ra4 = ρal. Ral4 Reorganizando para o raio do alumínio e substituindo os valores, temos: Ral = Ra. (√ ρa ρal 4 ) = 0,38. (√ 8060 2700 4 ) 𝐑𝐚𝐥 = 𝟎, 𝟒𝟗𝟗𝟒 𝐦 Para o cálculo da massa do alumínio, temos: mal = ρal. Vol = ρal. wal. π. Ral 2 = 2700.0,025. π. (0,4994)² 𝐦𝐚𝐥 = 𝟓𝟐, 𝟖𝟖𝟕𝟐 𝐤𝐠 2.18 Dado: Um sistema com massa conhecida, movendo-se na horizontal, sofre uma desaceleração até atingir o repouso. Pede-se: Determinar a força resultante [N], a energia transferida por trabalho [kJ] e a distância total [m]. Dados fornecidos: m = 8 kg a = 3 m/s² V1 = 30 m/s V2 = 0 Modelo de engenharia: 1 – O sistema em estudo é um sistema fechado; 2 – A ∆EP = 0. Análise: A magnitude da força pode ser encontrada através da seguinte expressão: F = m. a → F = 8.3 𝐅 = 𝟐𝟒 𝐍 A energia transferida por trabalho pode calculada pela variação da energia cinética do sistema: ∫ F. ds s1 s2 = 1 2 m(V2 2 − V1 2) = 1 2 . 8. (02 − 302) ∫ 𝐅. 𝐝𝐬 𝐬𝟏 𝐬𝟐 = −𝟑, 𝟔 𝐤𝐉 Para o cálculo da distância percorrida, temos: ∫ F. ds s1 s2 = 36 Considerando a força constante e resolvendo para ds: F ∫ ds s1 s2 = 36 → ∫ ds s1 s2 = 36 F S = 36 F Substituindo o valor de F: S = 36 24 𝐒 = 𝟏𝟓 𝐦 2.25 Dado: Gás contido em um conjunto cilindro pistão passa por um determinado processo. Pede-se: Determina: a) Volume final [m³]. b) Trabalho para o processo [kJ]. Dados fornecidos: p1 = 1 bar V1 = 0,1 m³ pV² = constante p2 = 9 bar Modelo de engenharia: 1 – O gás está em um sistema fechado; 2 – Desconsiderar as variações das EC e EP. Análise: a) Para o cálculo do volume final, usamos a relação entre pressão e volume dada: pV² = constante p1V1 2 = p2V2 2 105. (0,1)2 = 9. 105. V2 2 𝐕𝟐 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟑𝟑 𝐦³ b) Para o cálculo trabalho, temos: W = ∫ pdV V2 V1 = p1V1 − p2V2 −1 W = (9. 105. 0,0333) − (105. 0,1) −1 𝐖 = −𝟏𝟗, 𝟗𝟕𝟎𝐤𝐉 2.32 Dado: Gás em um conjunto cilindro pistão passa por três processos em série. Pede-se: Esboçar os processos no diagrama p-v e determinar o trabalho para cada processo. Dados fornecidos: p1 = 1 bar p2 = 2 bar V3 = 2 m³ V1 = 4 m³ V2 = V1 V4 = 1 m³ Modelo de engenharia: 1 – O conjunto cilindro pistão é um sistema fechado; 2 – ∆EC = ∆EP = 0 Análise: Para o processo 1-2, temos um aumento de pressão a volume constante, portanto: 𝐖𝟏,𝟐 = 𝟎 Para o processo 2-3, temos: W2,3 = ∫ pdV V3 V2 = p2. V2. ln ( V3 V2 ) W2,3 = 2. 10 5. 4. ln ( 2 4 ) 𝐖𝟐,𝟑 = −𝟓𝟓𝟒. 𝟓𝟏𝟕𝟕 𝐤𝐉 Para o processo 3-4 temos uma redução do volume a pressão constante, logo: p2. V2 = p3. V3 → p3 = p2. V2 V3 = 2. 105. 4 2 p3 = 4. 105 Pa 1; 4 2; 4 4; 2 4; 1 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 0 1 2 3 4 5 P re ss ã o p [ b a r] Volume V[m³] Pressão x Volume W3,4 = ∫ pdV V4 V3 = p3. (V4 − V3) W3,4 = 4. 10 5(1 − 2) 𝐖𝟑,𝟒 = −𝟒. 𝟏𝟎 𝟐 𝐤𝐉 2.39 Dado: Um motor V6 gera uma potência de 168,5 kW para rotacionar um eixo. Pede-se: Que porcentagem da potência é transferida ao eixo? O que explica a diferença de potência. Dados fornecidos: Ẇ = −168,5 kW ω = 4700 rpm τ = 336,2 N. m Modelo de engenharia: 1 – Trata-se de um sistema fechado; 2 – ∆EP = ∆EC = 0. Análise: A potência liquida é dada por Ẇ = Ẇ1 + Ẇ2, então: Ẇ = Ẇ1 + Ẇ2 = τ. ω −168,5 + Ẇ2 = 336,2. 4700 60 �̇�𝟐 = 𝟏𝟒𝟐, 𝟏𝟔𝟒𝟑 𝐤𝐉 A porcentagem da energia desenvolvida pelo motor que é transferida para o eixo é: 168,5 142,1643 = 100 X[%] 𝐗[%] = 𝟖𝟒, 𝟑𝟕 % Comentário: A diferença se deve as perdas por transferência de energia sob a forma de calor para a vizinhança devido ao atrito dos componentes 2.46 Dado: Uma parede composta por uma camada betão e outra de gesso, é exposta a diferentes temperaturas em suas superfícies exteriores. Pede-se: Determinar, em regime permanente, a taxa instantânea de transferência de calor, [Btu/h por ft²], e a temperatura [°R] na interface betão-gesso. Dados fornecidos: L = 12 in kg = 1,11 Btu/h. ft. °R Tg = 560 °R ki = 0,27 Btu/h. ft. °R Ti = 460 °R Modelo de engenharia: 1 – A parede é considerada um sistema fechado; 2 – O sistema está em regime permanente; 3 – ∆EC = ∆EP = 0. Análise: A taxa de transferência de calor por unidade de massa pode ser encontrada através da expressão: Q̇x A = −(ki − kg). [ Tg − Ti L ] Substituindo os valores, Q̇vc A = −(0,27 + 1,11). [ 560 − 460 12 ] . (12) �̇�𝐯𝐜 𝐀 = −𝟏𝟑𝟕, 𝟗𝟗𝟖𝟖 𝐁𝐭𝐮/𝐡. 𝐟𝐭² Comentário: A temperatura na interface betão-gesso é de 560°R, devido ao processo de transferência de calorpor condução pela parede de gesso até a superfície isolante do betão. 2.53 Dado: Uma tabela é dada com cinco processos. Cada entrada tem a mesma unidade de energia. Pede-se: Completar os espaços em branco na tabela. Análise: Processo Q W E1 E2 ∆E a 50 -20 -20 50 70 b 50 20 20 50 30 c -40 -60 40 60 20 d 90 90 50 50 0 e 50 150 20 -80 -100 2.60 Dado: Escoamento de ar induzido resfria a superfície externa de um transistor. Pede-se: Determinar a) A taxa de transferência de calor entre o transistor e ar. b) A temperatura da superfície externa do transistor. Dados fornecidos: p1 = 1 atm Ẇel = 3 W Tar = 25 °C h = 100 W/m². K At = 5. 10−4 m² Modelagem de engenharia: 1 – O sistema está em regime permanente (RP); 2 – Desprezar a transferência de calor através da base do transistor; 3 – ∆EP = 0. Análise: Fazendo o balanço da taxa de energia para o sistema em RP: dE dt = Q̇ − Ẇel → Ẇel = Q̇ Onde Q̇ = h. At. (Tt − Tf), substituindo: Ẇel = h. At. (Tt − Tf) Reorganizando para Tt e substituindo os valores: Tt = 3 100.5. 10−4 + (25 + 273) 𝐓𝐭 = 𝟐𝟑𝟖 𝐊 = 𝟑𝟓°𝐂 Para o cálculo da taxa de transferência de calor o transistor e o ar temos: Q̇ = −h. At. (Tt − Tf) = −100.5. 10 −4. (238 − 298) �̇� = 𝟑 𝐖 2.67 Dado: Gás sofre um processo de um estado 1 até um estado 2, seguindo determinadas relações entre pressão, volume e energia interna. Pede-se: A transferência de calor por unidade de massa [Btu/lb]. Dados fornecidos: p1 = 40 lbf/in² p2 = 14 lbf/in² v1 = 360 °C pv 1,2 = const. Modelagem de engenharia: 1 – O sistema em estudo é um sistema fechado; 2 – Admitir pv1,2 = const para o estado 2; 3 – ∆EC = ∆EP = 0. Análise: Encontramos o volume específico do estado 2 através da relação dada: p1. v1 1,2 = p2. v2 1,2 → v2 = √ p1. v1 1,2 p2 1,2 = √ 40. 41,2 14 1,2 𝐯𝟐 = 𝟗, 𝟓𝟗𝟒𝟎 𝐟𝐭 𝟑/𝐥𝐛 Agora encontramos o trabalho por unidade de massa para o processo 1-2: W m = ∫ pdV v2 v1 = p2. v2 − p1. v1 1 − 1,2 = (14.9,5940) − (40.4) 1 − 1,2 W m = 128,42. 144 778 𝐖 𝐦 = 𝟐𝟑, 𝟔𝟗𝟏𝟓 𝐁𝐭𝐮/𝐥𝐛 Cálculo para energia interna por unidade de massa para o estado 1: U1 m = (0,464). p1. v1 − 0,7095 U1 m = (0,464).40.4 − 0,7095 𝐔𝟏 𝐦 = 𝟕𝟑, 𝟓𝟑𝟎𝟓 𝐁𝐭𝐮/𝐥𝐛 Cálculo para energia interna por unidade de massa para o estado 2: U2 m = (0,464). p2. v2 − 0,7095 U2 m = (0,464).14.9,5940 − 0,7095 𝐔𝟐 𝐦 = 𝟔𝟏, 𝟔𝟏𝟑𝟏 𝐁𝐭𝐮/𝐥𝐛 Cálculo da transferência de calor por unidade de massa: ∆U m = Q m − W m Q m = ∆U m + W m → Q m = (61,6131 − 73,5305) + 23,6915 𝐐 𝐦 = 𝟏𝟏, 𝟕𝟕𝟒𝟏 𝐁𝐭𝐮/𝐥𝐛 2.74 Dado: Gás em um conjunto cilindro pistão percorre um ciclo termodinâmico composto de três processos. Pede-se: Determinar a) Q12, Q31 e U3 e b) explicar se o ciclo pode ser de potência. Dados fornecidos: p1 = 1 bar W12 = −104 kJ Q23 = −150 kJ V1 = 1,5 m³ U2 = 690 kJ W31 = 50 kJ U1 = 512 kJ W23 = 0 Modelagem de engenharia: 1 – O sistema em estudo é um sistema fechado; 2 – Admitir uma compressão com pv = const para o processo 1-2; 3 – ∆EP = ∆EC = 0 Análise: I) Para o cálculo de Q12, utilizamos o balanço de energia no processo 1-2: ∆U = Q12 − W12 → Q12 = ∆U + W12 Q12 = (690 − 512) + (−104) 𝐐𝟏𝟐 = 𝟕𝟒 𝐤𝐉 Para o cálculo de Q31, usaremos o balanço de energia para um ciclo termodinâmico: ∆Eciclo = Qciclo − Wciclo → Qciclo = Wciclo Reorganizando para Q31, temos: Q12 + Q23 + Q31 = W12 + W23 + W31 Q31 = W12 + W23 + W31 − Q12 − Q23 Substituindo os valores: Q31 = −104 + 0 + 50 − 74 − (−150) 𝐐𝟑𝟏 = 𝟐𝟐 𝐤𝐉 Para o cálculo de U3, usaremos: ∆U23 = Q23 − W23 → U3 = U2 + Q23 − W23 Substituindo os valores: U3 = 690 + (−150) − 0 𝐔𝟑 = 𝟓𝟒𝟎 𝐤𝐉 II) Um ciclo termodinâmico é considerado um ciclo de potência quando temos o trabalho do ciclo positivo, nesse caso: Wciclo = W12 + W23 + W31 Wciclo = −104 + 0 + 50 𝐖𝐜𝐢𝐜𝐥𝐨 = −𝟓𝟒 𝐤𝐉 Portanto, como o trabalho desse ciclo possui um valor negativo, o mesmo não pode ser considerado um ciclo de potência. 2.81 Dado: Para produzir cada kW-h de trabalho líquido, um ciclo de potência requer uma entrada de energia por transferência de calor de 104 Btu. Pede-se: Determinar a eficiência térmica. Dados fornecidos: Qe = 10 4 Btu Ẇl = 1 kW. h = 3412,14 Btu Modelagem de engenharia: 1 – O sistema é fechado; 2 – ∆EP = ∆EC = 0. Análise: O cálculo para eficiência térmica de um ciclo de potência é dado por: η = Wciclo Qe = 3412,14 104 𝛈 = 𝟎, 𝟑𝟒𝟏𝟐 𝐨𝐮 𝟑𝟒, 𝟏𝟐% 2.95 Dado: Cinco afirmativas. Pede-se: Responder se cada uma das afirmativas é verdadeira ou falsa. Explicar Análise: a) Afirmativa falsa. Não podemos usar ∫ pdV para um processo de expansão real devido a condição de não equilíbrio de alguns ou de todos os estados intermediários do processo, o que leva a não uniformidade das propriedades ao longo do processo. Para esse caso, o mais apropriado é o cálculo através do balanço de energia. Já para o caso dos processos em estados de quase equilíbrio, a equação pode ser usada para o cálculo do trabalho. b) Afirmativa falsa. Segundo o princípio da conservação da energia, a variação da energia entre dois estados de um sistema interna é igual: ∆U = Q − W Onde, Qé a quantidade de energia transferida para o sistema por transferência de calor e W é quantidade de energia transferida do sistema por trabalho. c) Afirmativa falsa. De acordo com a equação: γ = Qsai Qsai − Qentra O coeficiente de desempenho para uma bomba de calor nunca é inferior a unidade, isto é, γ > 1 d) Afirmativa falsa. Substituindo os valores dados na equação da variação de energia potencial, temos: ∆EP = m. g. ∆z = 0,91.9,8.12,2 ∆EP = 0,1088 kJ
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