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Amebas no Homem

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Espécies de amebas encontradas no homem:
Intestino grosso:
Dientamoeba fragilis
Endolimax nana
Iodamoeba butschlii
Entamoeba hartmanni
Entamoeba coli
Entamoeba dispar
Entamoeba histolytica*
Geralmente comensal na luz do intestino grosso, mas em determinadas condições,
torna-se patogênica  AMEBÍASE
Cavidade bucal:
Entamoeba gingivalis
AMEBÍASE
• distribuição geográfica mundial
• elevada incidência
• segunda causa de mortes por parasitoses levando cerca
de 100.000 pessoas ao óbito anualmente
- zonas tropicais e subtropicais
- países subdesenvolvidos
• em alguns casos, com quadro patológico grave ou fatal
Importância
Distribuição geográfica
 Ocorrência 50 milhões de casos invasivos/ano.
 Regiões: Sul (2,5%), Sudeste (11%) e Norte (19%).
 Alta prevalência em países em desenvolvimento.
México: 4o lugar dentre causa de morte
Entamoeba histolytica - morfologia
1) Trofozoíto
- à fresco apresenta-se pleomórfico, ativo, alongado, com emissão
contínua de pseudópodes
- Vivem na luz do intestino grosso, podendo ocasionalmente, penetrar na
mucosa e produzir ulcerações intestinais ou em outros órgãos
- Alimentação por fagocitose (hemácias, bactérias e restos celulares) e
pinocitose
2) Cisto
- esféricos ou ovais
- núcleo pouco visível a fresco possuem vacúolos de glicogênio
- membrana nuclear escura e endossoma pequeno
Morfologia
Trofozoítos Cistos
1. Entamoeba com cistos contendo oito núcleos - “Grupo coli” 
Ex: E. coli (homem), E. muris (roedores), E. gallinarum (aves domésticas)
2. Entamoeba com cistos contendo quatro núcleos - “Grupo histolytica”
Ex: E. histolytica (homem), E. hartmanni (homem), E. ranarum (sapo e rã), E.
invadens (cobras e répteis), E. moshkoviskii (vida livre)
3. Entamoeba de cisto com um núcleo
Ex: E. polecki (porco, macaco e o homem), E. suis (porco)
4. Entamoeba cujos cistos não são conhecidos ou não possuem cistos
Ex: E. gingivalis (homem e macaco)
Classificação - Entamoeba
Entamoeba histolytica - ME
Mecanismos de transmissão
• Ingestão de cistos maduros
- uso de H2O sem tratamento contaminada por dejetos
humanos
- ingestão de alimentos contaminados (verduras cruas ou
cistos veiculados por moscas e baratas)
- “portadores assintomáticos” - falta de higiene domiciliar
Ciclo biológico
Patogenia
O que faz a E. histolytica mudar de um tipo comensal para agressor/invasor?
- existência de uma espécie parasita obrigatória de tecidos e que sempre
invade a parede intestinal, podendo ou não apresentar as diversas formas
clínicas da doença
Período de incubação: 7 dias até 4 meses
I. Formas assintomáticas (80 a 90% dos casos)
II. Formas sintomáticas
1. Amebíase intestinal
• Colites não-disentéricas (2 a 4 evacuações/dia, diarréicas ou não,
fezes pastosas, às vezes com muco ou sangue; desconforto abdominal
ou cólicas)
• Colites disentéricas (8 ou mais evacuações/dia, cólicas e diarréia,
com muco e sangue, tenesmo, tremores de frio)
Complicações: perfurações, peritonites, hemorragias, apendicite
Manifestações clínicas
2. Amebíase extra-intestinal
• Abscesso hepático (dor, febre irregular e hepatomegalia)
→ calafrio, anorexia e perda de peso
• Abscessos pulmonares e cerebrais
Complicações: invasão bacteriana, pericardites
AMEBÍASE 
INVASIVAExtra-intestinal
Lesão cutânea acometendo a região perianal e nádegas
Diagnóstico
 difícil de ser feito por ter sintomatologia comum a várias doenças
intestinais (disenteria bacilar, salmoneloses, esquistossomose, etc)
 definitivo pelo encontro de parasitos nas fezes (trofozoítos ou cistos)
 verificação do aspecto e consistência das fezes
 Fezes formadas: encontro de cistos
I) Clínico 
II) Laboratorial
Microscopia
Trofozoíto Cisto
III) Imunológico
 95% dos casos de amebíase extraintestinal
 ELISA* e imunofluorescência indireta
IV) Outros
 Reação em cadeia da polimerase (PCR)
 Endoscopia (retossigmoidoscopia* e colonoscopia)
 Procedimentos de imagem (Raios X, ultra-sonografia, tomografia computadorizada e
ressonância magnética) para abscessos hepáticos
Diagnóstico
Epidemiologia
- estimativa: 480 milhões de infectados em todo o mundo (10% formas invasoras)
- incidência maior em regiões tropicais e subtropicais
- Brasil: predomínio de formas de colite não-disentéricas e casos assintomáticos
- Região Amazônica: mais prevalente e com maior gravidade (até 19%) com formas
disentéricas e abscessos hepáticos
Aspectos comuns:
- transmissão oral por ingestão de cistos
- mais frequente em adultos
- algumas profissões são mais acometidas
- diferentes animais são sensíveis, alguns podendo funcionar como fonte de infecção
para amebíase humana
- “portadores assintomáticos”: principais responsáveis pela contaminação de
alimentos e disseminação de cistos
- cistos viáveis (ao abrigo da luz e umidade) durante cerca de 20 dias
Tratamento
Amebicidas
- Atuam tanto na luz intestinal como nos tecidos:
- tetraciclinas e seus derivados, clorotetraciclina e oxitetraciclinas; eritromicina;
espiramicina e paramomicina
Derivados imidazólicos: metronidazol (Flagyl), ornidazol, nitroimidazol e seus
derivados, secnidazol e tinidazol
Como funciona Metronidazol?
Replicação
DNA do 
parasita
Medidas de saneamento básico
Controle dos indivíduos que manipulam alimentos
Lavar as mãos após uso do sanitário
Lavagem cuidadosa dos vegetais com água potável e imersão em solução
de iodo ou permanganato de potássio (15 min)
Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato fecal-oral
Investigação da fonte de infecção através de exame coproscópico
Fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos, pela
vigilância sanitária
Em pacientes internados precauções do tipo entérico com desinfecção e
eliminação sanitária das fezes
Combate aos insetos (transmissão mecânica de cistos)
Controle

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