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5.Lei das Eleições

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DIREITO ELEITORAL
LEI DAS ELEIÇÕES
Por Priscilla Von Sohsten
 
ATUALIZADO EM 08/12/2017[1: As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos, porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos eventos anteriormente citados. ]
LEI DAS ELEIÇÕES (LEI Nº 9.504/97)
Prezados alunos Ciclos, este assunto sempre é cobrado com foco na letra da lei. Farei esquemas que facilitam a compreensão da lei seca. Infelizmente é um tema tedioso, mas fácil, bastando apenas a leitura repetida da lei. Vamos lá!
	
	DISPOSIÇÕES GERAIS
Surgida em 1997, a Lei das Eleições passou a exercer fundamental papel para a estabilização da democracia brasileira, estabelecendo normas perenes regulamentadoras de temas como coligações, convenções para a escolha de candidatos, registro de candidatos, prestação de contas, pesquisa eleitorais, propaganda eleitoral, condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas e fiscalização das eleições. Vamos aos artigos:
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do ano respectivo.
Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as eleições:
I - para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital;
II - para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.
Logo, há dois grupos:
1º. eleições nacionais e estaduais (Presidente e vice-Presidente, Governador e vice-Governador, Deputados Federal e Estadual e Senador). 
2º. eleições municipais (Prefeito, vice-Prefeito e Vereador).
Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a Governador que obtiver a maioria absoluta de votos, NÃO COMPUTADOS OS EM BRANCO E OS NULOS.
§ 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 2º Se, ANTES DE REALIZADO O SEGUNDO TURNO, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em segundo lugar mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
§ 4º A eleição do Presidente importará a do candidato a Vice-Presidente com ele registrado, o mesmo se aplicando à eleição de Governador.
As eleições presidenciais fundamentam-se no princípio da isonomia da concorrência, não diferenciando o peso dos votos dos eleitores brasileiros.
Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver a maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 1º A eleição do Prefeito importará a do candidato a Vice-Prefeito com ele registrado.
§ 2º Nos Municípios com MAIS DE 200 MIL ELEITORES, aplicar-se-ão as regras do segundo turno.
O sistema majoritário brasileiro NÃO É UNÍVOCO, pois pode ser interpretado sob duas perspectivas, que o subdivide em:
1) SISTEMA MAJORITÁRIO SIMPLES:
Será eleito o candidato mais votado, com qualquer maioria (maioria relativa). Exs: Senador, Prefeito e Vice (nos municípios com até 200 mil eleitores).
2) SISTEMA MAJORITÁRIO ABSOLUTO
Será eleito o candidato que obtiver maioria absoluta dos votos válidos (primeiro número inteiro após a metade). Exs: Presidente e Vice, Governador e Vice e Prefeito e Vice (nos municípios com mais de 200 mil eleitores).
Art. 4º Poderá participar das eleições o partido que, até 1 ano antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.
Registro – SEIS MESES antes do pleito
Constituição de órgão de direção – até a convenção
* NOVIDADE LEGISLATIVA! #DIZERODIREITO: Foram publicadas no dia 06/10/2017, as Leis nº 13.487/2017 e 13.488/2017, que alteraram: • a Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições); • a Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos); e • a Lei nº 4.737/65 (Código Eleitoral). Trata-se de mais uma minirreforma do ordenamento político-eleitoral.
ALTERAÇÕES NA LEI 9.504/97 (LEI DAS ELEIÇÕES)
TEMPO DE ANTERIORIDADE DO REGISTRO PARTIDÁRIO
Tempo mínimo de existência do partido para concorrer às eleições
ANTES: o art. 4º exigia que o partido político tivesse no mínimo um ano de existência para que pudesse concorrer nas eleições.
AGORA: esse prazo foi reduzido para seis meses.
	
*LEI 9.504/97 (LEI DAS ELEIÇÕES)
 
	Redação anterior
	Redação ATUAL
	Art. 4º Poderá participar das eleições o partido que, até um ano antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.
	Art. 4º Poderá participar das eleições o partido que, até seis meses antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo estatuto.
Art. 5º Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos REGULARMENTE INSCRITOS E ÀS LEGENDAS PARTIDÁRIAS.
SISTEMA PROPORCIONAL
Aqui, diferentemente do sistema majoritário, leva-se em consideração a mais ampla representatividade possível em cada casa legislativa. Nem sempre será considerado eleito o candidato mais votado. O que se observa primeiramente neste sistema é quantas vagas cada partido ou coligação terá direito na respectiva Casa Legislativa.
É aplicado para as eleições de:
•	Deputados Federais;
•	Deputados Estaduais; e,
•	Vereadores.
Devemos estudar os três institutos abaixo:
•	Quociente Eleitoral;
•	Quociente Partidário;
•	Distribuição das Sobras.
Quociente Eleitoral
É o resultado da divisão do número de votos válidos obtidos na eleição pelo número de vagas a serem ocupadas na Casa Legislativa.
Com o quociente eleitoral é revelado o número de votos que cada partido ou coligação terá de alcançar para ter direito de ocupar pelo menos uma cadeira na referida Casa. Se for alcançado uma vez apenas o quociente eleitoral, terá direito a apenas uma cadeira. Neste sistema, a fração que seja igual ou inferior a 0,5 (cinco décimos) deve ser desprezada.
Quociente Partidário
É o resultado da divisão do número de votos obtidos pelo partido ou coligação pelo quociente eleitoral. Com o quociente partidário, demonstram-se quantas vagas o partido ou coligação terá direito na Casa Legislativa.
Neste caso, toda e qualquer fração será desconsiderada. Se o quociente partidário tem uma grande fração desprezada, a chance de obtenção da sobra eleitoral será maior.
*NOVIDADE LEGISLATIVA! #AJUDAMARCINHO #DIZERODIREITO:
ALTERAÇÕES NO CÓDIGO ELEITORAL: A Lei nº 4.737/65 é o Código Eleitoral brasileiro. Vejamos as alterações que foram nela promovidas pela Lei nº 13.488/2017.
ALTERAÇÃO: VAGAS NÃO PREENCHIDAS COM A APLICAÇÃO DOS QUOCIENTES PARTIDÁRIOS
O art. 109 do Código Eleitoral trata sobre os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em razão da exigência de votação nominal mínima.
A Lei nº 13.488/2017 promoveu uma mudança no § 2º deste artigo:CÓDIGO ELEITORAL
 
	Redação anterior
	Redação ATUAL
	Art. 109 (...)
§ 2º Somente poderão concorrer à distribuição dos lugares os partidos ou as coligações que tiverem obtido quociente eleitoral.
	Art. 109 (...)
§ 2º Poderão concorrer à distribuição dos lugares todos os partidos e coligações que participaram do pleito.
Distribuição de Sobras
As frações desprezadas no cálculo do quociente partidário sendo somadas acabam por formar números inteiros que representam vagas que não foram preenchidas nas contas anteriores.
O procedimento de distribuição de sobras é feito pela divisão do número de votos. Esse procedimento é repetido até que todas as vagas sejam efetivamente distribuídas.
	Vamos resolver um caso prático para facilitar a compreensão desses institutos? 
Há 21 (vinte e uma) cadeiras para Vereador.
Houve 99.000 votos válidos.
Quociente Eleitoral: Divide-se 99.000 por 21. Chega-se ao número 4.714,28. Desconsidera-se a fração menor de 0,5. Portanto, o quociente eleitoral é 4.714 votos. Veja-se que para que um partido ou coligação tenha direito a pelo menos uma cadeira, terá de ter alcançado, no mínimo 4.714 votos. Neste caso, consideram-se tanto os votos nominais, quanto o voto de legenda. O voto dado ao candidato auxilia na eleição do próprio candidato ou coligação, bem como dos outros candidatos do partido ou coligação.
Na eleição, participaram os seguintes partidos, com as quantidades de voto a seguir:
•	A: 21.000 votos;
•	B: 8.900 votos;
•	C: 3.850 votos;
•	D: 30.000 votos;
•	E: 34.250 votos.
Veja-se que por tais votos, chegam ao quociente partidário os respectivos partidos:
•	A: 4,45 - Terá direito a 04 vagas – o quociente partidário é 04;
•	B: 1,88 - Terá direito a 01 vaga – o quociente partidário é 01;
•	C: 0,81 – Não terá direito a vaga porque não atingiu o quociente eleitoral;
•	D: 6,57 - Terá direito a 06 vagas – o quociente partidário é 06;
•	E: 7,26 - Terá direito a 07 vagas – o quociente partidário é 07;
Foram distribuídas 18, das 21 cadeiras a serem divididas.
Passa-se ao cálculo da divisão das sobras. Relembre-se que aquele que não obteve nenhuma vez o quociente eleitoral não entra nesse cálculo, vez que não terá direito a nenhuma cadeira. Nesta etapa devemos fazer divisão do número de votos obtidos pelo quociente eleitoral somado de 1 (um). 
Vejam-se as contas:
•	A: 21.000 /5 (5=4+1) = 4.200;
•	B: 8.900/2 = 4.450;
•	D: 30.000/7 = 4.428,57;
•	E: 34.250/8 = 4.281,86.
Aqui quem tem a maior média é “B”. Receberá ele uma vaga. Observe-se que “B” foi o partido que teve a maior fração dispensada quando da formação do quociente partidário (0,88).
No caso, seu quociente partidário, para a continuidade do cálculo de distribuição das sobras será 2 (dois), e não mais 1 (um), isto porque recebeu mais uma vaga nessa distribuição.
A sua média então será alterada. Divide-se 8.900/3 (2+1=3), passando a 2.966,6. Surge então o seguinte cenário:
•	A: 21.000 /5 (5=4+1) = 4.200;
•	B: 8.900/3 = 2.966,6;
•	D: 30.000/7 = 4.428,57;
•	E: 34.250/8 = 4.281,86.
Agora, quem tem a maior média passa a ser “D”, para quem será distribuída mais uma vaga. Seu quociente partidário passa a ser 7. Sua nova média passa a ser 3.875, produto da divisão 30.000/8. 
Forma-se o seguinte cenário:
•	A: 21.000 /5 (5=4+1) = 4.200;
•	B: 8.900/2 = 2.966, 6;
•	D: 30.000/8 = 3.875;
•	E: 34.250/8 = 4.281,86.
Ainda falta uma vaga a ser distribuída. Quem possui a maior média neste cenário é o partido “E”, para quem será distribuída a última vaga.
Caso ocorra algum empate quanto a maior média, receberia a vaga aquele que tiver obtido o maior número de votos.
Sistema de Listas Abertas
O Sistema proporcional brasileiro adota o Sistema de Listas Abertas. Segundo esse Sistema, consideram-se eleitos os candidatos dentro do partido que receberam o maior número de vagas. Atingido o número de vagas a que o partido tem direito, inicia-se a formação do rol de suplentes. Se um partido obteve 4 vagas, o 5º candidato mais votado é o primeiro suplente.
Se nenhum partido obteve o quociente eleitoral, serão considerados eleitos os candidatos mais votados independente dos votos obtidos por partidos.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: A Lei nº 13.165/15 alterou o artigo 109 do Código Eleitoral criando uma regra segundo a qual só seria considerado eleito o candidato que obtivesse pelo menos 10% do quociente eleitoral. O STF julgou essa regra inconstitucional (ADI 5420), por entender que somente grandes partidos, com candidatos bem votados teriam direito às cadeiras.
#OLHAOGANCHO: 
Sistema distrital: O sistema distrital (single-member plurality, first past the post – FPTP, single-member districts) apresenta natureza majoritária. À vista das eleições legislativas, tem-se que nele a circunscrição eleitoral (União, Estado, Distrito Federal ou Município) é repartida em distritos. O número de distritos equivale ao número de cadeiras a serem ocupadas na respectiva Casa Legislativa. Cada partido pode apresentar um só candidato por distrito. No dia do pleito, aos eleitores é apresentada uma lista de votação restrita ao distrito a que pertencerem. A eleição segue a lógica majoritária, considerando-se vitorioso o candidato que obtiver o maior número de votos no distrito. A maioria poderá ser simples ou absoluta. O sistema de maioria simples é adotado nos EUA. No Brasil, as eleições legislativas foram regidas pelo sistema distrital durante quase todo o Império e a República Velha.
Sistema misto: o sistema misto foi a fórmula encontrada por países como Alemanha e México, cada qual à sua maneira. Muito se discute sobre sua implantação no Brasil, mas até hoje não houve êxito em nenhuma das tentativas realizadas. Esse sistema é formado pela combinação de elementos do majoritário e do proporcional e tem em vista as eleições para o parlamento.
COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS
Coligações partidárias são:
Agrupamento de partidos 
Temporário
Não possui personalidade jurídica 
Mesmas funções e prerrogativas de um partido perante a justiça eleitoral
Art. 6º da LE:
É facultado aos partidos políticos 
Dentro da mesma circunscrição
Celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas
Podendo, neste último caso (se para ambas), formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional DENTRE OS PARTIDOS QUE INTEGRAM A COLIGAÇÃO PARA O PLEITO MAJORITÁRIO.
Tanto nas eleições majoritárias como nas eleições proporcionais os partidos podem formar coligações. Há uma limitação: dentro da mesma circunscrição (nacional, estadual ou municipal), não se admite a formação de distintas coligações.
Por exemplo, se os Partidos 1, 2 e 3 forem coligados para eleição do cargo de Governador de São Paulo, não se admite a formação de coligação entre os partidos 1, 3 e 5 para o cargo de Deputado Federal daquele Estado.
No entanto, nos partidos que formam a coligação para ambos (proporcional e majoritário), é possível formar-se coligações menores para cargos proporcionais, desde que a do majoritário englobe a menor dos proporcionais.
Por exemplo, se formada coligação entre os partidos 1, 2, 3 e 4 para a eleição do cargo de Governador de São Paulo, admite-se a formação de coligação entre os partidos 1 e 2 (abrangidos pela coligação do majoritário) para o cargo de Deputado Federal daquele estado. O que não se admite é esses partidos firmarem coligações com outros, diferentes daqueles que se organizaram no pleito majoritário. Ou seja, eles não podem ser adversários no pleito majoritário.
#CUIDADO - Não confundir o que acabamos de ver com verticalização partidária. Isso que estudamos aplica-se dentro de uma mesma circunscrição. Antigamente o TSE impunha a obrigatoriedade de que os partidos políticos coligados em eleições presidenciais não poderiam formar alianças distintas nas esferas estadual, distrital ou municipais com outros partidos. A essa regra denominou-se verticalização das coligações partidárias. No entanto, a EC 52/2006 extinguiu a verticalização ao prever, no art. 17º, §1º, da CF, queos partidos políticos têm autonomia para definir estrutura e funcionamento, podendo se coligar a outros partidos SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO ENTRE AS CANDIDATURAS EM ÂMBITO NACIONAL, ESTADUAL, DISTRITAL OU MUNICIPAL.
§1º do art. 6º da LE:
A coligação terá denominação própria
Poderá ser a junção de todas as siglas dos partidos que a integram
Sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no que se refere ao processo eleitoral
DEVENDO FUNCIONAR COMO UM SÓ PARTIDO no relacionamento com a Justiça Eleitoral
A denominação da coligação NÃO PODERÁ
Fazer referência a nome ou número de candidato
Conter pedido de voto para partido político.
#CAIUEMPROVA – Já foi considerada INCORRETA a seguinte afirmativa: A coligação pode, em sua denominação, conter pedido de voto para partido político dela integrante. Por outro lado, foi considerada CORRETA a alternativa que segue: É facultado aos partidos políticos formar coligações, atribuindo-lhes denominação própria que não faça referência à nome ou a número de candidato. 
Art. 6º, § 3º. Na formação de coligações, devem ser observadas, ainda, as seguintes normas:
I - na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filiados a qualquer partido político dela integrante;
II (CAI EM PROVA) - o pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito 
pelos presidentes dos partidos coligados, 
por seus delegados, 
pela maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção ou 
por representante da coligação;
III - os partidos integrantes da coligação devem designar um representante, que terá atribuições equivalentes às de presidente de partido político, no trato dos interesses e na representação da coligação, no que se refere ao processo eleitoral;
IV - a coligação será representada perante a Justiça Eleitoral pelo representante ou por delegados indicados pelos partidos que a compõem, podendo nomear até:
        a) 3 delegados perante o Juízo Eleitoral;
        b) 4 delegados perante o TRE;
        c) 5 delegados perante o TSE.
§ 4o  O partido político coligado somente possui legitimidade para atuar de forma isolada no processo eleitoral quando questionar a validade da própria coligação, 
durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo do prazo para a impugnação do registro           
§ 5º  A responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes de propaganda eleitoral é SOLIDÁRIA entre os candidatos e os respectivos partidos, não alcançando outros partidos mesmo quando integrantes de uma mesma coligação.          (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Acerca dos dispositivos acima, algumas observações são pertinentes.
A coligação poderá inscrever candidatos de qualquer dos partidos políticos coligados
Entendimento do TSE - NÃO É NECESSÁRIO, EM ELEIÇÕES PROPORCIONAIS, QUE A COLIGAÇÃO INDIQUE CANDIDATOS DE TODOS OS PARTIDOS COLIGADOS.
Rol de pessoas legitimadas a subscrever o pedido de registro. Esse rol é alternativo, ou seja, se um deles assinar é suficiente:
Presidentes dos partidos Coligados
Delegados de Partido
Maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção
Representante da coligação
Apesar dessa regra, é natural que os partidos políticos elejam representantes, os quais terão atribuições equivalentes às de Presidente de partido político. De todo modo, a lei das eleições prevê que a representação dos interesses da coligação perante a Justiça Eleitoral poderá ocorrer PELO REPRESENTANTE ELEITO OU PELOS DELEGADOS escolhidos. Número de delegados cadastrados (CAI EM PROVA!!):
3 – Perante juiz eleitoral
4 – TRE
5 - TSE
Embora representem os interesses da coligação, OS DELEGADOS NÃO POSSUEM CAPACIDADE POSTULATÓRIA, segundo entendimento do TSE. Isso significa dizer que não poderão ingressar com ações em nome da coligação.
Os partidos, em regra, não poderão atuar isoladamente quando coligados.	
Exceção - Permite-se, excepcionalmente, que o partido atue sozinho para questionar a validade da própria coligação. Além disso, registre-se que tal atuação é restringida no tempo, ou seja, poderá o partido atuar sozinho para questionar a validade da coligação APENAS entre convenção e fim do prazo de impugnação do registro de candidatos (convençãofim prazo impugnação do registro).
Vige na Justiça Eleitoral o princípio da solidariedade entre partidos e candidatos em relação às multas impostas por propagandas irregulares. TAL PRINCÍPIO NÃO SE ESTENDE, CONTUDO, ÀS COLIGAÇÕES. DESSE MODO, NÃO É POSSÍVEL RESPONSABILIZAR UM DOS PARTIDOS DA COLIGAÇÃO POR ATOS PRATICADOS PELO CANDIDATO OU PELO PARTIDO AO QUAL ESTÁ FILIADO EM RELAÇÃO AOS ATOS DE PROPAGANDA.
A extinção das coligações ocorre, naturalmente, com o término das eleições. Contudo, segundo a doutrina, a extinção poderá decorrer: 
Do distrato, ou seja, quando os partidos concluem não ser mais conveniente manter a coligação. 
Pela extinção de um dos partidos, quando houver 2 partidos coligados ou 
Pela desistência de candidatos no pleito, quando não houver indicação de substitutos
#DEOLHONAJURISPPRUDÊNCIA: O afastamento temporário de deputados federais deve ser suprido pela convocação dos suplentes mais votados da coligação, e não daqueles que pertençam aos partidos, aos quais filiados os parlamentares licenciados, que compõem a coligação, de acordo com a ordem de suplência indicada pela Justiça Eleitoral. ' MS 30260. 2011. (INFO 624)
CONVENÇÕES
CONCEITO
É a reunião ou assembleia formada pelos filiados a um partido político 
Cuja finalidade é escolher os que concorrerão ao pleito.
Art. 7:
As normas para a escolha e substituição (convenções) dos candidatos serão estabelecidas no estatuto do partido, observadas as disposições desta Lei.
Em caso de omissão do estatuto,
Órgão de direção NACIONAL do partido político fixará as regras
Deverá, em seguida, publicá-las no DOU no prazo de 180 DIAS ANTES DAS ELEIÇÕES.
Haverá tantas convenções quantas forem as eleições. Ou seja, há convenções nacionais, estaduais e municipais.
REGRAS
Os diretórios estaduais ou municipais devem observar as diretrizes estabelecidas pelo órgão nacional do partido político. 
Caso não observem, o ÓRGÃO NACIONAL poderá anular a deliberação e atos decorrentes. 
A anulação deve ser comunicada à Justiça Eleitoral no prazo de 30 DIAS APÓS A DATA LIMITE PARA O REGISTRO DE CANDIDATOS 
Se da anulação decorrer necessidade de escolher novos candidatos, o pedido de registro será apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 DIAS SEGUINTES À ANULAÇÃO. 
PERÍODO DE ESCOLHA DOS CANDIDATOS (ART. 8)
#ATENÇÃO - Artigo importante, pois foi alterado em 2015:
A escolha dos candidatos pelos partidos (convenção) e a deliberação sobre coligações 
Deverão ser feitas no PERÍODO DE 20 DE JULHO A 5 DE AGOSTO do ano das eleições
Lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral
Publicada em 24 horas em qualquer meio de comunicação.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA - Apesar disso, o TSE tem o seguinte entendimento. 
Embora a lei estabeleça a exigência de que a lavratura de ata de convenção ocorra em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral
É POSSÍVEL O DEFERIMENTO DO DEMONSTRATIVO DE REGULARIDADE DE ATOS PARTIDÁRIOS SE NÃO FOR EVIDENCIADO NENHUM INDÍCIO DE GRAVE IRREGULARIDADE OU FRAUDE NO CASO CONCRETO, O QUE FOI CORROBORADO PELA AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO pelas legendas ou candidatos que integram a coligação ou mesmo por convencionais não escolhidos para a disputa. 
Em regra, no momento da Convenção há deliberação quanto à formação de coligações. Contudo, segundo o TSE, permite-se à Convenção delegar tal atribuição ao órgão nacional do partido. De todo modo, para a validade exige-se que ela seja constituída até às 19 horas do dia 15.08 (veremos adiante o art. 11).
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA – Também é entendimento do TSE:
A OCORRÊNCIA DE FRAUDE NA CONVENÇÃO DE UM OU MAIS PARTIDOS INTEGRANTES DE COLIGAÇÃO
NÃO ACARRETA, NECESSARIAMENTE, O INDEFERIMENTO DO REGISTRO DA COLIGAÇÃO
MAS SIM A EXCLUSÃODOS PARTIDOS CUJAS CONVENÇÕES TENHAM SIDO CONSIDERADAS INVÁLIDAS.
CANDIDATURA NATA (REGRA SUSPENSA)
Privilégio conferido a
Deputados (Federal, estadual ou distrital SENADORES NÃO) e
Vereadores 
De se lançarem à reeleição 
Sem necessidade de escolha em Convenção
Caso mantenham-se filiados ao mesmo partido (para o qual foram eleitos originariamente)
#CAIEMPROVA - NO ENTANTO, EM DECISÃO LIMINAR, O STF DECIDIU PELA SUSPENSÃO DA APLICABILIDADE DESSE DISPOSITIVO ATÉ O JULGAMENTO FINAL DA ADI Nº 2.530. Não há que se falar em candidatura nata, uma vez que o dispositivo se encontra com a aplicabilidade suspensa por decisão do STF.
Art. 8º, § 2º Para a realização das Convenções de escolha de candidatos, os partidos políticos poderão usar GRATUITAMENTE prédios públicos, responsabilizando-se por danos causados com a realização do evento.
Art. 9º, da LE (CAI MUITO EM PROVA!): Para concorrer às eleições:
Domicílio eleitoral – pelo menos 6 MESES ANTES DO PLEITO
Filiação partidária – pelo menos 6 MESES ANTES DO PLEITO
Havendo fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipulado no caput (6 meses antes do pleito): Será considerada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem. Somente podem concorrer às eleições candidatos registrados por partidos.
* NOVIDADE LEGISLATIVA! #AJUDAMARCINHO #DIZERODIREITO: Foram publicadas no dia 06/10/2017, as Leis nº 13.487/2017 e 13.488/2017, que alteraram: • a Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições); • a Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos); e • a Lei nº 4.737/65 (Código Eleitoral). Trata-se de mais uma minirreforma do ordenamento político-eleitoral.
ALTERAÇÃO 2: TEMPO DE DOMICÍLIO ELEITORAL
Domicílio eleitoral
Uma das condições para que a pessoa possa concorrer nas eleições é que ela tenha domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14, § 3º, IV, da CF/88).
Assim, o candidato possuir domicílio eleitoral no local onde quer se candidatar pelo período mínimo previsto na legislação infraconstitucional.
O que é o domicílio eleitoral?
Domicílio eleitoral é o lugar onde a pessoa tem vínculos políticos (ex: participa do diretório do partido no local), sociais (ex: é líder comunitário), profissionais (ex: trabalha na cidade), econômicos (ex: possui empresa no Município) ou até mesmo afetivos.
Enfim, mesmo que a pessoa não more naquele Município ou Estado, ela, em tese, pode ter domicílio eleitoral ali, desde que possua um dos vínculos acima expostos.
Trata-se de uma interpretação bem mais ampla que o domicílio civil.
Nesse sentido:
“Para o Código Eleitoral, domicílio é o lugar em que a pessoa mantém vínculos políticos, sociais e econômicos. A residência é a materialização desses atributos. Em tal circunstância, constatada a antiguidade desses vínculos, quebra-se a rigidez da exigência contida no art. 55, III”. (TSE. Ac. 4.769, 2.10.2004)
Qual é o prazo mínimo de domicílio eleitoral necessário?
ANTES: para concorrer às eleições, o candidato deveria possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito.
AGORA: esse prazo mínimo de domicílio eleitoral foi reduzido para 6 meses.
	
LEI 9.504/97 (LEI DAS ELEIÇÕES)
 
	Redação anterior
	Redação ATUAL
	Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito, e estar com a filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data da eleição.
	Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.
REGISTRO DE CANDIDATURAS
NÚMERO DE CANDIDATOS
Atenção, pois foi modificado com a reforma eleitoral.
Esse assunto só é mais complicado para DEPUTADO (FEDERAL E ESTADUAL) E VEREADOR, pois para os cargos do Poder Executivo cada partido poderá registrar apenas 1 candidato. Senador veremos que é fácil também.
DO PODER EXECUTIVO
Cada PARTIDO OU COLIGAÇÃO poderá indicar 1 candidato (com os respectivos vices).
Presidente/vice – 1 candidato 
Governador/vice – 1 candidato 
Prefeito/vice – 1 candidato
DE SENADOR 
Anos em que houver a eleição de 2 Senadores – partido/coligação indicará 2 
Anos em que houver a eleição de apenas 1 Senador – partido/coligação indicará 1 
DE DEPUTADOS FEDERAL, DISTRITAL E ESTADUAL
Art. 10. Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no TOTAL DE ATÉ 150% (cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher, SALVO (exceção veremos adiante):
Regra: para casas legislativas com MAIS DE 12 VAGAS A DEPUTADO 
Cada partido/coligação poderá indicar até 150% o número de lugares a preencher.
Por exemplo, vamos supor que o Estado de São Paulo tenha direito a 50 cargos de Deputado Federal. Em razão disso (por ser maior que 12), aplicamos as regras estudadas acima. Vamos, agora, supor que temos as seguintes vagas a serem preenchidas nas eleições: 50 para deputado federal por SP e 20 para deputado estadual de SP. Partido ou Coligação poderão indicar até 150% do número de vagas. Como são 50 vagas para federal, podem indicar 75 candidatos (1,5 X 50). Como são 20 vagas para estadual, poderão indicar 30 (1,5 X 20).
Exceção: PARA CASAS LEGISLATIVAS COM 12 OU MENOS VAGAS A DEPUTADO 
Cada partido/coligação poderá indicar ATÉ 200% DAS RESPECTIVAS VAGAS
DE VEREADORES
Art. 10. Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no TOTAL DE ATÉ 150% (cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher, SALVO:
II - nos Municípios de até cem mil eleitores, nos quais cada coligação poderá registrar candidatos no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a preencher.
Fica assim:
> 100 mil eleitores - TANTO PARTIDOS COMO COLIGAÇÕES podem indicar até 150% do número de vagas 
100 mil ou menos:
PARTIDOS - podem indicar até 150% do número de vagas existentes (igual a regra vista acima)
COLIGAÇÕES - podem indicar até 200% do número de vagas existentes
Em todos os cálculos
Será desprezada a fração (arredonda para baixo) - se inferior a meio (0,5)
E igualada a um (arredonda para cima) - se igual a meio (0,5) ou superior 
Resumo: 
	EXECUTIVO
	SENADOR
	DEPUTADO
	VEREADOR
	1 candidato
	Eleição 2 senadores = 2
Eleição 1 senador = 1
	>12 vagas = 150%
12 ou menos = 200%
	> 100 mil eleitores – partidos/coligações - 150%
100 mil ou menos (único que diferencia partido de coligação):
-Partidos - 150% (= a de cima)
-Coligações - 200%
QUOTA ELEITORAL DE GÊNERO (CAI MUITO EM PROVA)
Do número de vagas resultante das regras (que vimos)
Cada partido/coligação preencherá
MÍNIMO DE 30% E O MÁXIMO DE 70% para candidaturas de cada sexo. Basta pensar que tem que ter no mínimo 30% de um sexo
Apresentada a lista de candidatos a Justiça Eleitoral
Esta analisará a adequação ao percentual
Determinando que o partido ou coligação acrescentem candidatos ou retirem alguns se necessário (Decisão do TSE)
O juiz assinalará PRAZO DE 72 HORAS PARA REGULARIZAÇÃO
Sob pena de indeferimento do demonstrativo de regularidade partidária, que prejudicará todas as candidaturas do partido.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA (CAI MUITO EM PROVA) - E se a proporção restar prejudicada por desistência, renúncia ou morte de candidato? O TSE DECIDIU O SEGUINTE:
Os percentuais de gênero devem ser observados tanto no momento do registro da candidatura quanto em eventual preenchimento de vagas remanescentes ou na substituição de candidatos
Se, no momento da formalização das renúncias por candidatas, já tinha sido ultrapassado o prazo para substituição das candidaturas
NÃO PODE O PARTIDO SER PENALIZADO
VAGAS REMANESCENTES
Via de regra os partidos políticos devem escolher seus candidatos emconvenção. No entanto, não são obrigados a preencher todas as vagas que a lei faculta, podendo indicar menos candidatos. Nesse caso, poderá preencher essas vagas remanescentes, desde que NO PRAZO DE 30 DIAS ANTES DAS ELEIÇÕES. (CAI EM PROVA):
Caso as convenções NÃO indiquem o número máximo de candidatos previsto no caput
Os órgãos de direção dos partidos (não precisa outra convenção) respectivos poderão preencher as vagas remanescentes ATÉ 30 DIAS ANTES DO PLEITO (era 60 e a reforma mudou pra 30, PORTANTO ATENÇÃO!). 
COMPETÊNCIA PARA REGISTRAR
	COMPETÊNCIA PARA REGISTRO DE CANDIDATURAS
	Juiz eleitoral
	TRE
	TSE
	Prefeito e vice
Vereador
Juiz de Paz
	Governador e vice
Senador
Deputado Federal
Deputado Estadual
	Presidente e vice
Não confundir com a competência para expedir diploma, que vimos quando estudamos justiça eleitoral:
	COMPETÊNCIA PARA EXPEDIR DIPLOMA
	TSE
	TRE
	JUNTAS (NÃO juiz)
	Presidente e vice
	Governador e vice
Deputados federais
Deputados estaduais
Senadores
	Prefeito
Vereadores
LEGITIMADOS E PRAZO LIMITE PARA REQUERER O REGISTRO (ART. 11)
Legitimados para requerer o registro:
Partido Político
Coligação
Pré-candidato
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: O Plenário do STF reconheceu que o Ministério Público Eleitoral possui legitimidade para recorrer de decisão que deferiu registro de candidatura, mesmo que não tenha apresentado impugnação ao pedido inicial desse registro. 
O STF, com essa decisão, modifica a posição até então dominante no TSE. Vale ressaltar, no entanto, que esse novo entendimento manifestado pelo STF foi modulado e só valerá a partir das eleições de 2014. 
Assim, nos recursos que tratam sobre o tema, referentes ao pleito de 2012, continuam sendo aplicado o entendimento do TSE que estendia ao MP a regra da Súmula 11-TSE.
Súmula 11-TSE: No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional.
Prazo limite para requerer o registo. Atenção! Redação alterada pela Lei nº 13.165/2015:
Partidos ou coligação terão
Até 19 h do dia 15 de agosto do ano eleitoral 
Para registrar os candidatos escolhidos em convenção 
Após esse prazo é possível o registro das vagas remanescentes, como vimos, assim como a substituição de candidatos (art. 13).
Passado o prazo limite acima
Serão divulgadas listas conferindo publicidade aos candidatos indicados 
Caso o candidato regularmente escolhido não conste da lista, ele próprio poderá requerer o registro à Justiça Eleitoral 
No PRAZO DE 48 HORAS.
Resumo (prazo para registro dos candidatos escolhidos em convenção):
Regra – até dia 15 e agosto do ano eleitoral
Exceções:
Partido/coligação não registrou – 48h após publicação da lista (pelo candidato)
Vagas remanescentes – até 30d antes do pleito
For declarado inelegível/renunciar/falecer após o prazo – 10d após o fato
DOCUMENTOS QUE DEVEM CONSTAR DO REGISTRO
Fotografia - A apresentada será aquela que aparecerá na urna no dia das eleições 
Proposta de governo – Exigido apenas dos cargos de chefes do executivo. Essas propostas não são exigidas, portanto, de candidatos às Casas Legislativas
Segundo entendimento do TSE, além desses documentos se exige:
Prova de descompatibilização, quando for o caso; e
Comprovante de escolaridade
Certidão da quitação eleitoral.
O juiz poderá abrir prazo de 72 horas para diligências, a fim de certificar-se da higidez ou para complementação dos documentos que vimos acima:
#SELIGANASÚMULA - Súmula TSE nº 3/1992 - Possibilidade de juntada de documento com o recurso ordinário em processo de registro de candidatos quando o juiz não abre prazo para suprimento de defeito de instrução do pedido. 
Para aferir a regularidade das contas dos candidatos exercentes de mandato político
O TCU e os TCEs 
Deverão encaminhar à Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto do ano eleitoral
Relação de detentores de mandato político que tiveram as contas rejeitadas por
Irregularidade insanável E (requisitos cumulativos)
Decisão irrecorrível.
MOMENTO DE AFERIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE E CAUSAS DE INELEGIBILIDADE 
Regra - Aferidas no momento da formalização do pedido
Exceção:
Situações jurídicas supervenientes e 
Critério da idade mínima (condição de inelegibilidade) - aferida no momento da posse.
Art. 11, § 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade.
Idade mínima: 
Regra - Idade mínima é verificada na data da posse
Exceção - quando fixada em 18 anos - verificada na data-limite para o pedido de registro
A única hipótese da CF em que a idade mínima é 18 anos é para vereador. Logo, NÃO PODERÁ o cidadão com 17 anos de idade pretender registrar a candidatura ao cargo de Vereador, ainda que complete 18 anos até a data da posse.
Resumo:
Regra - Aferidas no momento da formalização do pedido
Exceção 
Situações jurídicas supervenientes e 
Critério da idade mínima - aferida no momento da posse
Exceção da exceção (volta a regra) – 18 anos - Registro
NOME PARA REGISTRO DO CANDIDATO
Procedimento para candidatos com nomes iguais (HOMONÍMIA):
Chama para comprovar que são conhecidos pelo nome indicado
Verificar se já utilizou o nome quando do exercício de mandato eletivo ou se concorreu com tal nome
Comprovar que são conhecidos política, social ou profissionalmente com o nome
#SELIGANASÚMULA - Súmula TSE nº 4/1992 - Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma variação nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido.
Justiça Eleitoral não permitirá o uso pelo candidato de nome de candidato já registrado à eleição majoritária, exceto se
Detentor de mandato eletivo e 
Utilize ou tenha utilizado esse nome.
SUBSTITUIÇÃO DO CANDIDATO
Permite-se a SUBSTITUIÇÃO pelo partido/coligação, se o candidato indicado
For considerado inelegível
Renunciar
Falecer
Tiver indeferido ou cancelado o registro
Ocorrendo algumas hipóteses acima, o partido 
Por decisão da MAIORIA ABSOLUTA DO ÓRGÃO EXECUTIVO 
Terá PRAZO DE 10 DIAS para indicar o substituto
A contar do fato ou da ciência da decisão que deu origem.
Art. 13, § 1º A escolha do substituto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do partido a que pertencer o substituído, e o registro deverá ser requerido ATÉ 10 (DEZ) DIAS contados do fato ou da notificação do partido da decisão judicial que deu origem à substituição.
Lembrar: 
Em caso de agrupamento de partidos
Não é necessário que o substituto seja do mesmo partido
Podendo ser de qualquer dos partidos coligados
Desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência
§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá fazer-se por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos coligados, podendo o substituto ser filiado a QUALQUER partido dela integrante, desde que o partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência.
Alterado com a reforma eleitoral (ATENÇÃO!): tanto nas eleições proporcionais como nas eleições majoritárias, a substituição somente será possível se apresentada ATÉ 20 DIAS ANTES DAS ELEIÇÕES. Há, todavia, EXCEÇÕES. Em caso de falecimento de candidato a substituição poderá ser feita após esse prazo, ainda que às vésperas do pleito. NÃO CONFUNDIR COM O PRAZO PARA INDICAR O SUBSTITUTO, QUE É DE 10 DIAS.
§ 3º Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, EXCETO em caso de falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse prazo.
Prazo para efetivação da substituição:
Regra – Até 20 dias antes do pleito
Exceção – Em caso de falecimento,pode após esse prazo
CANCELAMENTO DO REGISTRO
Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os candidatos que, ATÉ A DATA DA ELEIÇÃO, forem expulsos do partido, em processo no qual seja assegurada ampla defesa e sejam observadas as normas estatutárias. 
Parágrafo único. O cancelamento do registro do candidato será decretado pela Justiça Eleitoral, após solicitação do partido.
Logo, mesmo se escolhido em Convenção e registrado para concorrer às eleições, se o candidato for expulso do partido ao qual está filiado, terá o registro cancelado.
Cancelamento do registro
até a data da eleição
for expulso do partido
assegurada ampla defesa
decretado pela justiça eleitoral
com solicitação do partido
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: O candidato ao cargo de prefeito que obtém o deferimento do registro de sua candidatura no juízo eleitoral de primeiro grau, mas, depois de eleito, tem o registro indeferido pelo TSE, não deve indenização à União por gastos decorrentes de eleição suplementar. Entende-se que, neste caso, o candidato, ao tentar concorrer mesmo tendo sido impugnado, age no exercício regular de um direito, conduta que não configura ato ilícito indenizável (art. 188, I, do CC). (Info. 586 STJ)
PRAZO PARA JULGAMENTO DOS PEDIDOS DE REGISTRO 
Art. 16. ATÉ VINTE DIAS ANTES da data das eleições, os TREs enviarão ao TSE, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação dos candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, da qual constará obrigatoriamente a referência ao sexo e ao cargo a que concorrem.
§ 1º Até a data prevista no caput, todos os pedidos de registro de candidatos, inclusive os impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados pelas instâncias ORDINÁRIAS, e publicadas as decisões a eles relativas. 
§ 2º Os processos de registro de candidaturas terão prioridade sobre quaisquer outros, devendo a Justiça Eleitoral adotar as providências necessárias para o cumprimento do prazo previsto no § 1º, inclusive com a realização de sessões extraordinárias e a convocação dos juízes suplentes pelos Tribunais, sem prejuízo da eventual aplicação do disposto no art. 97 e de representação ao Conselho Nacional de Justiça.
Esquematizando: Art. 16 da Lei das Eleições (também alterado em 2015 – ATENÇÃO!) 
ATÉ 20 DIAS ANTES DAS ELEIÇÕES (antes da reforma eram 45d)
Os TREs enviarão ao TSE 
A relação dos candidatos sob sua competência, com referência ao sexo e cargo para o qual concorrer. 
Até essa data (20 dias antes das eleições)
Todos os pedidos de registro devem estar julgados nas instâncias ORDINÁRIAS (não abrande recursos ao TSE – cai em prova), inclusive aqueles que forem objeto de impugnação. 
Para tanto, a Justiça Eleitoral deverá conferir prioridade (inclusive, com realização de sessões extraordinárias) em relação aos demais processos judiciais, àqueles que envolvam o registro de candidatos.
Os arts. 16-A e 16-B são novos, de 2013 (ATENÇÃO!). Embora a Lei estabeleça prazo de 20 dias para findar o processo, todo o procedimento eleitoral inicia antes desse prazo, de modo, que os candidatos começam a propaganda eleitoral.
Art. 16-A (CAI EM PROVA):
O candidato cujo registro esteja sub judice 
PODERÁ EFETUAR TODOS OS ATOS RELATIVOS À CAMPANHA ELEITORAL
Inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e 
Ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição
FICANDO A VALIDADE DOS VOTOS A ELE ATRIBUÍDOS CONDICIONADA AO DEFERIMENTO DE SEU REGISTRO POR INSTÂNCIA SUPERIOR.
Parágrafo único. O cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos atribuídos ao candidato cujo registro esteja sub judice no dia da eleição fica condicionado ao deferimento do registro do candidato.
Reflexo do princípio da presunção de inocência. Enquanto o candidato não for julgado definitivamente, poderá concorrer normalmente
Art. 16-B:
O disposto no art. 16-A 
Aplica-se igualmente ao candidato cujo pedido de registro tenha sido protocolado no prazo legal 
E ainda não tenha sido apreciado pela Justiça Eleitoral (Desídia da JE)
*NOVIDADE LEGISLATIVA! #AJUDAMARCINHO #DIZER O DIREITO
ALTERAÇÃO: VEDAÇÃO DAS CANDIDATURAS AVULSAS
Candidaturas avulsas
Candidatura avulsa é aquela apresentada por um indivíduo que não é filiado a partido político ou que, mesmo sendo filiado, o partido não o escolhe como sendo candidato oficial da agremiação.
Ex1: João não é filiado a partido político, mas deseja ser candidato a Presidente da República. Se o ordenamento jurídico permitisse, ele poderia apresentar uma “candidatura avulsa”, ou seja, sem que tenha partido político o apoiando.
Ex2: Pedro é filiado ao Partido da Esperança. Na convenção partidária, a agremiação escolhe Carlos como sendo o candidato do partido à Presidência da República. Pedro não se conforma e lança sua “candidatura avulsa” ao cargo de Presidente.
As candidaturas avulsas são permitidas no Brasil?
NÃO. Ao contrário de outros países, o Brasil não admite a existência de candidaturas avulsas. Isso porque a Constituição Federal exige, como um dos requisitos de elegibilidade, a filiação partidária:
Art. 14 (...)
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
(...)
V - a filiação partidária;
No mesmo sentido é o Código Eleitoral:
Art. 87. Somente podem concorrer às eleições candidatos registrados por partidos.
O que fez a Lei nº 13.488/2017?
Acrescentou o § 14 ao art. 11 da Lei nº 9.504/97 proibindo expressamente candidaturas avulsas.
Veja o dispositivo acrescentado:
Art. 11 (...)
§ 14. É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação partidária.
Se a CF/88 e o Código Eleitoral já exigem a filiação partidária como condição para a candidatura, por que esse § 14 foi acrescentado reafirmando isso?
Porque há um recurso extraordinário em curso no STF em que se busca rediscutir a possibilidade de candidaturas avulsas no Brasil (ARE 1054490).
Neste recurso, determinado indivíduo tentou concorrer, em 2016, à Prefeitura do Rio de Janeiro sem partido político.
A sua candidatura avulsa foi indeferida pela Justiça Eleitoral sob o entendimento de que o art. 14, § 3º, V, da CF/88 veda candidaturas avulsas ao estabelecer que a filiação partidária é condição de elegibilidade.
O candidato levou a questão até o STF sustentando a tese de que essa norma constitucional deve ser reinterpretada agora à luz da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), que estabelece como direito de todos os cidadãos “votar e ser eleitos em eleições periódicas autênticas, realizadas por sufrágio universal e igual e por voto secreto que garanta a livre expressão da vontade dos eleitores”.
Assim, argumenta-se que as candidaturas avulsas teriam sido permitidas pelo Pacto de San Jose da Costa Rica.
Diante desse contexto, a inserção do § 14 pelo Congresso Nacional teve como objetivo “reforçar” os argumentos contrários a essa tese que está sendo discutida no STF.
SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO E TOTALIZAÇÃO DOS VOTOS
Apesar de a legislação conceder à Justiça prazo de 10 dias para apurar o resultado das eleições, em regra a finalização dos trabalhos ocorre em 24 horas no máximo. Graças ao sistema eletrônico. Eventualmente, o sistema poderá apresentar falhas. A votação manual será utilizada apenas em situações excepcionais.
Regra - Sistema eletrônico
Exceção - Podendo o TSE autorizar, excepcionalmente, votação manual
UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MANUAL = EXCEPCIONAL + DEPENDE DE AUTORIZAÇÃO DO TSE.
O conjunto de programas que compreende o sistema eletrônico de votação é DESENVOLVIDO EXCLUSIVAMENTE PELO TSE OU SOB ENCOMENDA DESTE ÓRGÃO. São ainda passíveis de fiscalização pelos partidos políticos e candidatos.
URNA ELETRÔNICA (ART. 59)
Aparecerá na urna o campo para o número do candidato ou da legenda. Após digitá-lo aparecerá o nome e a fotografia do candidato, bem como o nome e a legenda do partido político.
§§ do art. 59 da Lei das Eleições:
§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou dalegenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado no masculino ou feminino, conforme o caso. 
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão computados para a legenda partidária os votos em que não seja possível a identificação do candidato, DESDE QUE o número identificador do partido seja digitado de forma correta.
Logo, o voto será considerado para a legenda caso o eleitor apresente corretamente o número do partido, porém, coloque de forma incorreta o número do candidato.
Sendo assim, o eleitor poderá votar
No candidato, 
Apenas na legenda (voto de legenda), 
Nulo ou 
Em branco.
	VOTO NULO
	VOTO EM BRANCO
	Eleitor manifesta sua vontade de anular, digitando na urna eletrônica um número que não seja correspondente a nenhum candidato ou partido político.
	Eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos
No painel devem constar os seguintes dados:
Designação dos cargos disputados
Número do candidato
Nome do titular, além do vice e suplente se for o caso
Nome do partido ou respectiva legenda
Foto do titular, além do vice e suplente se for o caso
A urna exibirá o painéis na seguinte ordem:
Eleição geral:
Deputado Federal (perceba que o federal é antes do estadual)
Deputado Estadual
Senador
Governador
Presidente
Eleição municipal
Vereador
Prefeito
§ 4º A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital, permitam o registro digital de cada voto e a identificação da urna em que foi registrado, resguardado o anonimato do eleitor.
§ 5º Caberá à Justiça Eleitoral definir a chave de segurança e a identificação da urna eletrônica de que trata o § 4º. 
§ 6º Ao final da eleição, a urna eletrônica procederá à assinatura digital do arquivo de votos, com aplicação do registro de horário e do arquivo do boletim de urna, de maneira a impedir a substituição de votos e a alteração dos registros dos termos de início e término da votação.
§ 7º O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento.
O art. 61 do CE discorre acerca do sigilo e inviolabilidade do direito ao voto. Quanto a esse dispositivo é importante registrar que a Lei nº 12.034/2009 pretendeu implementar a impressão do voto para eleitor. Assim, ao final da votação seria emitido um comprovante de votação com os votos lançados pelo eleitor. Esse mecanismo, contudo, foi declarado inconstitucional pelo STF na ADI nº 4.5432, por violação da garantia constitucional do segredo do voto.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA - O art. 61 discorre acerca do sigilo e da inviolabilidade do direito ao voto. Quanto a esse dispositivo é importante registrar que a Lei nº 12.034/2009 pretendeu implementar a impressão do voto para o eleitor. Assim, ao final da votação, seria emitido um comprovante de votação com os votos lançados pelo eleitor. Esse mecanismo, contudo, foi declarado inconstitucional pelo STF na ADI nº 4.54323, por violação da garantia constitucional do segredo do voto: “A exigência legal do voto impresso no processo de votação, contendo número de identificação associado à assinatura digital do eleitor, VULNERA O SEGREDO DO VOTO, GARANTIA CONSTITUCIONAL EXPRESSA”.
Conforme o julgado, a impressão do voto poderá por o sistema em risco, gerar coação sobre o eleitor, possibilitando fraude. Desse modo, observa-se exclusivamente a regra do art. 61:
Art. 61. A urna eletrônica contabilizará cada voto, ASSEGURANDO-LHE O SIGILO E INVIOLABILIDADE, garantida aos partidos políticos, coligações e candidatos ampla fiscalização.
O art. 61-A foi revogado pelo art. 2º da Lei nº 10.740/2003. O art. 62, por sua vez, trata da regra que define que somente poderá votar quem constar da folha de votação:
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, somente poderão votar eleitores cujos nomes estiverem nas respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a que se refere o art. 148, § 1º , da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral
Parágrafo único. O TSE disciplinará a hipótese de falha na urna eletrônica que prejudique o regular processo de votação.
ARRECADAÇÃO E GASTOS EM CAMPANHA ELEITORAL
Esse tema sofreu consideráveis modificações com a Lei nº 13.165/15. A disciplina desse instituto é evitar o denominado “caixa dois”.
A responsabilidade pela Arrecadação e Gastos durante a campanha eleitoral, será dos partidos e de seus candidatos.
Anteriormente à Lei nº 13.165/15 havia a previsão de que os limites de gastos para campanhas públicas deveriam ser fixados por meio de Lei a ser publicada até 10/06, do ano das eleições, sendo que, caso essa lei não fosse publicada, o limite de gastos para a campanha deveria ser fixado pelo próprio partido em convenção.
Atualmente, com as alterações da referida Lei, o cenário é outro, uma vez que o limite de gastos deve ser fixado pelo TSE.
Art. 18-A, da Lei de Eleições - Serão contabilizadas nos limites de gastos de cada campanha as despesas efetuadas pelos candidatos e as efetuadas pelos partidos que puderem ser individualizadas. 
A lógica é que ninguém pode gastar além do montante que foi fixado pelo TSE. Se o gasto extrapolar o montante fixado, será punido o responsável na quantia de 100% do valor que ultrapassar o limite, sem prejuízo de eventual investigação de abuso de poder econômico.
No cenário anterior, haveria a necessidade de ser criado um comitê financeiro. Com a Lei nº 13.165/15, tais comitês deixaram de existir. Assim, o candidato deve prestar suas contas diretamente à Justiça Eleitoral.
Art. 20, da Lei das Eleições - O candidato a cargo eletivo fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por ele designada, a administração financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo partido, inclusive os relativos à cota do Fundo Partidário, recursos próprios ou doações de pessoas físicas, na forma estabelecida nesta Lei. 
Veja-se que é possível que o candidato contrate administradores para gerir a sua campanha. Trata-se de uma faculdade. No entanto, sendo contratado, será responsável solidário com o candidato pela veracidade das informações prestadas.
Não será possível a responsabilização unitária do administrador.
Como não há mais comitê financeiro, estão também modificadas as formas de arrecadação de valores. Diante disso, uma vez formalizado o registro da candidatura, será fornecido um CNPJ ao candidato e será obrigatória a abertura de conta bancária específica, em nome do candidato, para registro de toda a movimentação financeira da campanha, inclusive dos recursos próprios dos candidatos e dos oriundos da comercialização de produtos e realização de eventos, sendo proibido o uso de conta bancária preexistente. O uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não provenham dessa conta específica implicará a desaprovação da prestação de contas do partido ou candidato. 
Art. 22, da Lei de Eleições - É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha. 
§ 1º Os bancos são obrigados a: 
I - acatar, em até três dias, o pedido de abertura de conta de qualquer candidato escolhido em convenção, sendo-lhes vedado condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas ou de outras despesas de manutenção;
II - identificar, nos extratos bancários das contas correntes a que se refere o caput, o CPF ou o CNPJ do doador.
III - encerrar a conta bancária no final do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo existente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo partido, na forma prevista no art. 31, e informar o fato à Justiça Eleitoral. 
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos casos de candidatura para Prefeito e Vereador em Municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário.
 § 3º O uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitoraisque não provenham da conta específica de que trata o caput deste artigo implicará a desaprovação da prestação de contas do partido ou candidato; comprovado abuso de poder econômico, será cancelado o registro da candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado. 
§ 4º Rejeitadas as contas, a Justiça Eleitoral remeterá cópia de todo o processo ao Ministério Público Eleitoral para os fins previstos no art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990.
Para facilitar esse procedimento, o banco responsável terá de proceder à abertura no prazo de até 3 dias. Essa conta não observará a exigência de quantia mínima. Também não será permitida a cobrança da taxa de administração. 
Havendo remanescente de valores nas contas eleitorais quando de seu fechamento, deverá ser destinado à conta do partido político, com a devida comunicação à Justiça Eleitoral. 
Antes da Lei nº 13.165/15, nos municípios de até 20.000, os candidatos a vereador não precisavam ter uma conta. Com a modificação da lei, tais candidatos são obrigados a abrir tal conta, desde que o município tenha agência bancária ou posto de atendimento bancário. Caso não haja, essa exigência restará afastada. 
Art. 22, § 3º, da Lei das Eleições - O uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não provenham da conta específica de que trata o caput deste artigo implicará a desaprovação da prestação de contas do partido ou candidato; comprovado abuso de poder econômico, será cancelado o registro da candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado. 
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: O TSE tem exigido, apesar do regramento existente, a razoabilidade, no que diz respeito ao montante gasto. Por exemplo, se o candidato teve uma arrecadação de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais), e houver a comprovação de que R$ 30,00 (trinta reais) tenham sido gastos sem a movimentação da conta bancária, não será razoável o cancelamento do registro da candidatura ou cassação do diploma. 
Ainda, para a arrecadação de fundos será necessária a confecção dos recibos respectivos. Tais recibos visam evitar doações fraudulentas. O recibo de doação será assinado pelo doador, salvo nos casos de doações realizadas por meio eletrônico, pois a lei determina que deva ser expedido recibo eletrônico imediato. 
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: Inconstitucionalidade da norma que permitia doações anônimas a candidatos. A parte final do § 12 do art. 28 da Lei nº 9.504/97 prevê a possibilidade de "doações ocultas" de pessoas físicas a candidatos, ou seja, sem que os nomes dos doadores fiquem registrados na prestação de contas. Veja: "§ 12. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores." (Incluído pela Lei nº 13.165/2015) O Plenário deferiu pedido de medida cautelar na ADI para suspender, até o julgamento final da ação, a eficácia da expressão “sem individualização dos doadores”, constante desse dispositivo. Para o STF, essa expressão suprime a transparência do processo eleitoral, frustra o exercício da fiscalização pela Justiça Eleitoral e impede que o eleitor exerça, com pleno esclarecimento, seu direito de escolha dos representantes políticos. Isso atenta contra a arquitetura republicana e a inspiração democrática que a Constituição Federal imprime ao Estado brasileiro. (Info. 807). 
Em síntese, são requisitos para a arrecadação de verbas para campanhas públicas:
Requerimento de registro de candidatura;
Inscrição no CNPJ;
Abertura de conta corrente específica para a movimentação financeira da campanha;
Emissão de recibos eleitorais.
Por fim, há duas hipóteses previstas na Lei de Eleições onde não será necessária a expedição de recibos: 
Cessão de bens móveis, limitada a R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por cedente;
Doações estimáveis em dinheiro entre candidatos e partidos decorrentes do uso comum tanto de sedes, e quando de material de propaganda eleitoral cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa (Ex.: Material de campanha compartilhado).
Durante a campanha eleitoral, os partidos políticos e os candidatos serão obrigados a divulgar, em sítio criado pela Justiça Eleitoral na internet, os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em até 72 (setenta e duas) horas de seu recebimento. No dia 15 de setembro, deverão enviar relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados. As informações sobre os recursos recebidos deverão ser divulgadas com a indicação dos nomes, CPF ou CNPJ dos doadores e os respectivos valores doados. 
O descumprimento da obrigação de prestar contas: 1) impede o candidato de obter a certidão de quitação eleitoral, sem a qual não poderá disputar eleições; 2) o candidato beneficiado pode responder por abuso do poder econômico; 3) o partido perde o direito ao recebimento da quota do fundo partidário do ano seguinte ao da decisão; e 4) o candidato ainda pode responder por crime eleitoral (Art. 347, do Código Eleitoral: “Recusar alguém cumprimento ou obediência a diligências, ordens ou instruções da Justiça Eleitoral ou opor embaraços à sua execução”).
Na prestação de contas, além de indicar os valores recebidos e as fontes de onde esses valores se originaram, os candidatos e os partidos políticos têm de relacionar também todas as despesas efetuadas durante a campanha. Ao analisar a documentação apresentada, a Justiça Eleitoral pode: 
• Aprovar as contas quando estiverem regulares; 
• Aprovar as contas com ressalvas, quando verificar falhas que não lhes comprometam a regularidade; • Rejeitar as contas. 
Nenhum candidato poderá ser diplomado até que as suas contas tenham sido julgadas. Por isso, todas as prestações de contas dos candidatos eleitos têm de ser julgadas até 3 (três) dias antes da diplomação (art. 30, § 1°, da Lei n° 9.504/97). 
A rejeição das contas não impede a diplomação. Nesse caso, a Justiça Eleitoral remete cópia de todo o processo ao Ministério Público Eleitoral, que poderá oferecer ação de investigação judicial eleitoral (art. 22, § 4°, da Lei nº 9.504/97). Se forem comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato; se o diploma já tiver sido outorgado, ele será cassado, podendo, ocorrer, ainda, perda do mandato. 
Outras irregularidades que também podem resultar na desaprovação das contas:
• Despesas sem os respectivos comprovantes e notas; 
• Recebimento de recursos de fontes proibidas;
• Recebimento de recursos de origem não identificada; 
• Receitas desacompanhadas dos recibos eleitorais correspondentes (todo recurso arrecadado, seja ele próprio ou originado de terceiros, deve ser acompanhado da emissão de recibo. Os talões de recibos têm de ser emitidos com numeração sequencial);
• Realização de despesas proibidas por lei, como o pagamento de propaganda eleitoral irregular. 
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: A condenação pela Justiça Eleitoral ao pagamento de multa por infringência às disposições contidas na Lei n. 9.504/1997 (Lei das Eleições) não impede a imposição de nenhuma das sanções previstas na Lei nº 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), inclusive da multa civil, pelo ato de improbidade decorrente da mesma conduta. STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 606.352-SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em 15/12/2015 (Info 576).
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ALTERAÇÃO: PARCELAMENTO DAS MULTAS ELEITORAIS
Regularização das multas deve ser comprovada até a data do registro de candidatura
Para que uma pessoa possa ser candidata ela precisa pagar as multas que tenham sido impostas contra ela até a data da formalização do seu pedido de registro de candidatura.
É possível também que elafaça o parcelamento da multa.
Parcelamento da multa
A Lei nº 13.488/2017 trouxe as seguintes novidades em termos de parcelamento de multas:
• Incluiu a possibilidade de parcelamento das multas eleitorais também para as pessoas jurídicas (a possibilidade de parcelamento das multas para pessoas físicas já existia);
• O valor máximo da prestação do parcelamento para pessoas físicas, que era de 10%, passou para 5% do rendimento do devedor. Para as pessoas jurídicas foi estabelecido o limite máximo da parcela em 2% do faturamento bruto e as parcelas dos débitos dos partidos políticos não podem ultrapassar 2% do valor recebido do Fundo Partidário;
• Em relação aos partidos políticos foi prevista a possibilidade de parcelamento de débitos públicos de “natureza não eleitoral”.
Confira as mudanças no texto da Lei:
	
	
*LEI 9.504/97 (LEI DAS ELEIÇÕES)
 
	Redação anterior
	Redação ATUAL
	
Art. 11 (...)
§ 8º Para fins de expedição da certidão de que trata o § 7º (certidão de quitação eleitoral), considerar-se-ão quites aqueles que:
(...)
III - o parcelamento das multas eleitorais é direito do cidadão, seja ele eleitor ou candidato, e dos partidos políticos, podendo ser parceladas em até 60 (sessenta) meses, desde que não ultrapasse o limite de 10% (dez por cento) de sua renda.
IV – não havia inciso IV.
	
Art. 11 (...)
§ 8º Para fins de expedição da certidão de que trata o § 7º (certidão de quitação eleitoral), considerar-se-ão quites aqueles que:
(...)
III - o parcelamento das multas eleitorais é direito dos cidadãos e das pessoas jurídicas e pode ser feito em até sessenta meses, salvo quando o valor da parcela ultrapassar 5% (cinco por cento) da renda mensal, no caso de cidadão, ou 2% (dois por cento) do faturamento, no caso de pessoa jurídica, hipótese em que poderá estender-se por prazo superior, de modo que as parcelas não ultrapassem os referidos limites; 
IV - o parcelamento de multas eleitorais e de outras multas e débitos de natureza não eleitoral imputados pelo poder público é garantido também aos partidos políticos em até sessenta meses, salvo se o valor da parcela ultrapassar o limite de 2% (dois por cento) do repasse mensal do Fundo Partidário, hipótese em que poderá estender-se por prazo superior, de modo que as parcelas não ultrapassem o referido limite.
Doações nas Campanhas
Doações: Os recursos utilizados pelos candidatos nas campanhas eleitorais provêm de:
1) recursos próprios;
2) doações de pessoas físicas; 
3) doações de outros candidatos e partidos políticos; 
4) repasse de recursos provenientes do Fundo Partidário;
5) receita decorrente da comercialização de bens ou realização de eventos. 
Existe, no entanto, um limite máximo de gastos que podem ser realizados. Esse valor é fixado pela Justiça Eleitoral e divulgado até o dia 20 de julho do ano das eleições (art. 8º da Lei nº 13.165/2015). Para impedir o abuso do poder econômico e a corrupção no financiamento das campanhas eleitorais, a legislação estabelece limites para o recebimento desses recursos. No caso das pessoas físicas, as doações devem limitar-se a 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior ao da eleição, excetuando-se as doações estimáveis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador, desde que o valor da doação não ultrapasse R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) (art. 23, § 7°, da Lei nº 9.504/97)
Qualquer eleitor pode realizar gastos totais em benefício de candidato, respeitando o limite de 1.000 Ufir (art. 27 da Lei nº 9.504/97). Até esse valor, a despesa não é considerada doação e não precisa constar da prestação de contas.
Após a reforma eleitoral promovida pela Lei nº 13.165, de 29 de setembro de 2015, não é mais admitida doação realizada por pessoas jurídicas. A partir de agora, o recebimento de recursos provenientes de pessoas jurídicas é ilegal, configurando “caixa dois”.
As doações de recursos financeiros podem ser feitas em: 
Dinheiro: os recursos recebidos em dinheiro devem ser fielmente registrados, com a identificação completa do doador; 
Cheque: os cheques devem ser cruzados e nominais ao candidato ou partido;
• Transferências bancárias: transferências eletrônicas bancárias, depósitos em conta ou por cartão de débito e/ou crédito devem ser identificadas pelo nome do doador, seu CPF ou CNPJ. 
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ALTERAÇÃO: DOAÇÕES DE VALORES PARA CAMPANHAS ELEITORAIS
O art. 23 da Lei nº 9.504/97 trata sobre as doações feitas por pessoas físicas para campanhas eleitorais.
O § 4º do art. 23 prevê que as doações dos recursos financeiros somente poderão ser efetuadas em conta bancária específica aberta pelo partido e pelos candidatos para registrar todo o movimento financeiro da campanha:
§ 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencionada no art. 22 desta Lei por meio de:
I - cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos;
II - depósitos em espécie devidamente identificados até o limite fixado no inciso I do § 1º deste artigo.
III - mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação na internet, permitindo inclusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos:
a) identificação do doador;
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada.
Obs: este § 4º não foi alterado pela Lei nº 13.488/2017.
A Lei nº 13.488/2017 acrescentou dois parágrafos dispondo sobre a prestação de contas:
§ 4º-A Na prestação de contas das doações mencionadas no § 4º deste artigo, é dispensada a apresentação de recibo eleitoral, e sua comprovação deverá ser realizada por meio de documento bancário que identifique o CPF dos doadores. 
§ 4º-B As doações realizadas por meio das modalidades previstas nos incisos III e IV do § 4º deste artigo devem ser informadas à Justiça Eleitoral pelos candidatos e partidos no prazo previsto no inciso I do § 4º do art. 28 desta Lei, contado a partir do momento em que os recursos arrecadados forem depositados nas contas bancárias dos candidatos, partidos ou coligações.
A Lei nº 13.488/2017 inseriu, ainda, um novo § 8º ao art. 23 prevendo a possibilidade de que esses pagamentos sejam feitos em qualquer instituição financeira:
§ 8º Ficam autorizadas a participar das transações relativas às modalidades de doações previstas nos incisos III e IV do § 4º deste artigo todas as instituições que atendam, nos termos da lei e da regulamentação expedida pelo Banco Central, aos critérios para operar arranjos de pagamento. 
Outra novidade foi a inserção do § 9º dispondo expressamente que poderão ser utilizados cartões de débito e de crédito forma de instrumentalização das doações:
§ 9º As instituições financeiras e de pagamento não poderão recusar a utilização de cartões de débito e de crédito como meio de doações eleitorais de pessoas físicas.
Doações proibidas 
Doações anônimas;
Doações acima dos limites legais; 
Doações em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, que provenham de: 1. entidade ou governo estrangeiro; 2. órgão da Administração Pública Direta e Indireta ou fundação mantida com recursos públicos; 3. concessionário ou permissionário de serviço público; 4. entidade de direito privado que receba contribuição compulsória em virtude de disposição legal (exemplos: Sesi e Senai); 5. entidade de utilidade pública; 6. entidade de classe ou sindical; 7. pessoa jurídica sem fins lucrativos que receba recursos do exterior; 8. entidades beneficentes e religiosas; 9. entidades esportivas; 10. organizações não governamentais que recebam recursos públicos; 11. organizações da sociedade civil de interesse público; 12. sociedades cooperativas de qualquer grau ou natureza, cujos cooperados sejam concessionários ou permissionários de serviços públicos e estejam sendo beneficiadas com recursos públicos; 13. cartórios de serviços notariais e de registro.
*NOVIDADE LEGISLATIVA! #AJUDAMARCINHO #DIZERODIREITOALTERAÇÃO: CROWDFUNDING E COMERCIALIZAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
Arrecadação de recursos para campanha por meio de “vaquinhas” na internet
Atento às novas tecnologias, o legislador alterou a Lei nº 9.504/97 para prever expressamente a possibilidade de que os partidos políticos e candidatos arrecadem recursos por meio de websites que organizam “vaquinhas virtuais” pela internet. Isso é chamado de crowdfunding e existem sites especializados nesta prática, como é o caso do Kickante, Kickstarter, Indiegogo, StartMeUp, entre outros.
O crowdfunding, ou seja, esse financiamento coletivo existe para diversas áreas, como artistas, novos empresários etc, e agora foi permitido expressamente para candidatos em campanhas políticas.
Antes da Lei nº 13.488/2017 o crowdfundig era permitido em campanhas eleitorais?
Não. Em 2014, o TSE, em uma consulta formulada pelo Deputado Federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) respondeu que a arrecadação de recursos para campanhas eleitorais através de websites de financiamento coletivo não era permitida porque tais doações seriam concentradas em uma única pessoa que repassaria ao candidato como se fosse uma única doação, ou seja, não haveria como individualizar os doadores.
A Lei nº 13.488/2017 resolveu esta questão ao permitir o crowdfundig em campanhas eleitorais exigindo a “identificação obrigatória, com o nome completo e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de cada um dos doadores e das quantias doadas”.
Veja o dispositivo que foi acrescentado:
Art. 23 (...)
§ 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas (...) por meio de:
(...)
IV - instituições que promovam técnicas e serviços de financiamento coletivo, por meio de sítios na internet, aplicativos eletrônicos e outros recursos similares, que deverão atender aos seguintes requisitos:
a) cadastro prévio na Justiça Eleitoral, que estabelecerá regulamentação para prestação de contas, fiscalização instantânea das doações, contas intermediárias, se houver, e repasses aos candidatos;
b) identificação obrigatória, com o nome completo e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de cada um dos doadores e das quantias doadas;
c) disponibilização em sítio eletrônico de lista com identificação dos doadores e das respectivas quantias doadas, a ser atualizada instantaneamente a cada nova doação;
d) emissão obrigatória de recibo para o doador, relativo a cada doação realizada, sob a responsabilidade da entidade arrecadadora, com envio imediato para a Justiça Eleitoral e para o candidato de todas as informações relativas à doação;  
e) ampla ciência a candidatos e eleitores acerca das taxas administrativas a serem cobradas pela realização do serviço;
f) não incidência em quaisquer das hipóteses listadas no art. 24 desta Lei;
g) observância do calendário eleitoral, especialmente no que diz respeito ao início do período de arrecadação financeira, nos termos dispostos no § 2º do art. 22-A desta Lei;
h) observância dos dispositivos desta Lei relacionados à propaganda na internet;
Novidade. A arrecadação de recursos com base nesse inciso IV pode começar desde o dia 15 de maio do ano eleitoral. Vale ressaltar que nesta época do calendário eleitoral somente existem pré-candidatos uma vez que as convenções partidárias (onde os candidatos de cada partido são escolhidos) ainda não aconteceram.
Assim, a partir de 15 de maio os pré-candidatos podem iniciar a arrecadação prévia de recursos na modalidade prevista no inciso IV do § 4º do art. 23, mas a liberação de recursos por parte das entidades arrecadadoras fica condicionada ao registro da candidatura, e a realização de despesas de campanha deverá observar o calendário eleitoral.
Se por algum motivo não for efetivado o registro da candidatura, ou seja, o pré-candidato não virar candidato, as entidades arrecadadoras deverão devolver os valores arrecadados aos doadores (art. 22-A, §§ 3º e 4º).
Arrecadação de recursos para campanha por meio da venda de bens e serviços
A Lei também previu expressamente a possibilidade de que os candidatos e partidos vendam bens (ex: venda de camisas) ou serviços ou realizem eventos pagos (ex: jantar com adesão) para a arrecadação de recursos.
Veja o dispositivo que foi acrescentado:
Art. 23 (...)
§ 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas (...) por meio de:
(...)
V - comercialização de bens e/ou serviços, ou promoção de eventos de arrecadação realizados diretamente pelo candidato ou pelo partido político.
*ALTERAÇÃO: MULTA EM CASO DE DOAÇÕES ACIMA DOS LIMITES
O art. 23 da Lei nº 9.504/97 prevê que as pessoas físicas poderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para as campanhas eleitorais.
Ocorre que a lei estipula os seguintes limites para doação:
A) Se o doador não for o candidato, o máximo que ele poderá doar é o equivalente a 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição; ou R$ 40 mil, se a doação for estimável em dinheiro. (obs: esse valor de R$ 40 mil é uma novidade da Lei nº 13.488/2017; antes o limite era de R$ 80 mil).
B) se a pessoa doadora for o próprio candidato: ela poderá doar até o limite de gastos estabelecido para o cargo ao qual concorre.
O que mudou:
ANTES: em caso de doações acima dos limites, o doador deverá pagar multa no valor de 5 a 10 vezes a quantia em excesso.
AGORA: a doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% da quantia em excesso.
	
LEI 9.504/97 (LEI DAS ELEIÇÕES)
	Redação anterior
	Redação ATUAL
	Art. 23 (...)
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso.
	Art. 23 (...)
§ 3º A doação de quantia acima dos limites fixados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em excesso.
Vale ressaltar que, como houve uma redução da multa, essa alteração legislativa possui caráter retroativo e poderá ser aplicada para multas ainda não pagas em atenção ao princípio da retroatividade da lei sancionadora mais benéfica (art. 5º, XL, da CF/88).
Condutas Vedadas aos Agentes Públicos em Campanha
Estão previstas nos artigos 73 a 77 da Lei 9504/1997 – Lei das Eleições. 
Agente público, para fins legais, é todo aquele que exercer, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, emprego ou função nos órgãos ou entidades da Administração Pública direta, indireta ou fundacional.
Condutas vedadas permanentes:
Utilização de bens móveis ou imóveis públicos em benefício de candidatos, partidos ou coligações (Lei 9504/97, art. 73, I) – saliente-se que tal proibição é crime tipificado no Código Eleitoral – art. 377, cuja sanção vem estatuída no art. 346, do Código eleitoral. A conduta, por outro ângulo, também caracteriza ato de improbidade administrativa, pois, ao se permitir que bens móveis ou imóveis públicos sejam utilizados em benefício de candidatos, partidos ou coligações, estariam sendo violados os princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade norteadores da Administração Pública. 
Não se incluem na vedação, contudo, a utilização de:
1. prédios públicos para a realização das convenções para escolha de candidatos;
2. transporte oficial, em campanha, pelo Presidente da República, desde que se promova o ressarcimento das despesas respectivas;
3. residências oficiais, em campanha, pelos candidatos à reeleição de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, para a realização de contratos, encontros e reuniões pertinentes à própria campanha, desde que não tenham caráter de ato público.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: não configura conduta vedada o uso da residência oficial para a realização

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