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Tomografia Computadorizada2

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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Tomografia
Computadorizada
	A TC ou TCA (tomografia computadorizada axial), oferece o equivalente às radiografias em cortes transversais do corpo e constituem uma fonte vital de informações radiológicas em medicina.
Radiografia simples: são uma sobreposição de sombras, ou seja, imagens de todas as estruturas sobrepostas aparecendo no filme;
Tomografia linear (ou simples): são imagens radiográficas bem-focadas de um plano específico do paciente, o qual estão sobrepostas as imagens borradas das estruturas dos cortes de ambos os lados do plano escolhido;
TC: fornecem informação radiográfica focalizada sobre apenas um corte transversal do paciente, sem quaisquer imagens confusas sobrepostas.
	Na tomografia computadorizada, um feixe de raios X condensado, atravessa o corpo no plano axial escolhido, à medida que o tubo de raio X move-se em um arco contínuo ao redor do paciente.
	Cuidadosamente alinhados e colocados em oposição direta ao tubo de raio X, situam-se detectores eletrônicos especiais, que são centenas de vezes mais sensíveis que o filme de raio X comum. Esses detectores convertem o feixe que sai da outra extremidade do corte em pulsos elétricos amplificados, cuja intensidade depende da quantidade de raios X que não foi absorvida pelos tecidos. Assim, se o feixe atravessa principalmente áreas densas do corpo (ex.: osso), menos raios X irão emergir do que quando o feixe atravessa principalmente tecidos de baixa densidade (ex.: pulmões).
	O tubo de raios X e os detectores estão inseridos em uma estrutura oca, em forma de rosquinha, através da qual o paciente passa durante a TC. Essa estrutura pode ser inclinada para fazer cortes formando um ângulo com o eixo longo do corpo.
Estrutura menos densa.
Estrutura mais densa.
	Assim que é recebida pelos detectores, essa informação é enviada a um computador, que então calcula a absorção do raio X para cada voxel. A associação dos valores de absorção constrói a imagem da TC. O valor de absorção é expresso em unidades de Hounsfield*. A água possui valor zero, enquanto os valores mais densos variam positivamente até + 1000. Estruturas menos densas variam em ordem decrescente, da gordura ao ar (que pode ser até -1000).
	O número de atenuação obtido para cada voxel no corte é convertido em um ponto de uma tela monitorizada de televisão, cujo brilho depende da densidade daquela unidade de volume que, refletirá sua estrutura anatômica. Os tecidos mais densos, como o osso, parecem mais brancos; os tecidos menos densos parecem mais escuros e o ar parece negro.
	Convencionou-se examinar a TC de baixo para cima, a partir dos pés do paciente. Com isso, é importante lembrar que as estruturas vistas à sua direita são aquelas do lado esquerdo do corpo do paciente.
L- Fígado / S- Baço;
ST- Estômago (contraste) .
K- Rins (contraste);
Alças de intestino delgado (contraste);
Porção de cólon transverso (ar e fezes).
TC do abdômen superior
	As imagens são produzidas e transferidas para um filme de raio X com uma câmera laser. Para cada corte de TC obtido, os ajustes de imagens (janela e nível) podem ser alterados nos controles de scanner (recepção de imagens) do tomógrafo, para mostrar melhor os tecidos individuais.
	Ex.: TC de tórax geralmente é filmada com janela pulmonar para otimizar o parênquima pulmonar, e janela de tecidos moles para mostrar melhor o coração, vasos sanguíneos e outras estruturas no mediastino e parede torácica. Já uma TC craniana em um paciente com traumatismo é filmada com janela de tecidos moles, para mostrar possíveis lesões cerebrais e com janela óssea para mostrar quaisquer fraturas.
	Ao final, as TC são entregues em filmes de raio X de 14x17 polegadas (hard copies), possuindo cada uma delas, 6, 12 ou 20 cortes em sequência.
	As séries usuais de TC para examinar o tórax e o abdômen consistem cortes com 5 a 10mm de espessura, porém cortes mais finos como 3,0 ou 1,0mm podem ser obtidos quando um detalhamento maior é necessário para o diagnóstico.
	Atualmente existem protocolos, detalhando a técnica de tomografia computadorizada mais adequada para examinar várias regiões do corpo ou avaliar várias condições clínicas. Descrevem a espessura do corte e a extensão do estudo (localização do primeiro e último cortes), o ângulo da mesa (0° para corte transversal ou inclinado para visualizar melhor as estruturas em outros ângulos do corte), se algum material de contraste é necessário (oral, intravenoso ou outro) e ainda, se é preciso gerar orientações especiais do computador para os cortes axiais.
	Os protocolos também descrevem, o tipo de janela a ser impressa em cada corte (osso, tecidos moles, fígado, pulmão, cérebro e outros).
	
OBS.:	Materiais de alta densidade como o bário e o metal (ex.: prótese de quadril ou grampo cirúrgico metálico) podem produzir artefatos como estrelas brilhantes com linhas brancas de irradiação geométrica degradando assim a imagem obtida e interferindo a informação disponível.
	Outro fator importantíssimo, que facilita essa degradação da imagem, é o movimento. Ou seja, são pacientes que não conseguem prender a respiração por se apresentarem inconscientes, dispneicos e/ou ainda, quando são crianças pequenas.
introdução
O desenvolvimento do primeiro aparelho aconteceu no ano de 1967, pelo físico inglês Godfrey Newbold Hounsfield. 
Uma radiologia mais avançada;
Definição: tomo- prefixo de origem grega que quer dizer corte ou secção no mesmo sentido, por meio da movimentação simultânea e oposta do tubo de raio X e do filme = TOMOGRAFIA LINEAR
Atualmente, são conhecidos vários tipos de tomógrafos: convencional, helicoidal, multidetectores (multislice) e dual source (duas ampolas), estes últimos ainda em fase de desenvolvimento. Devemos lembrar que já existem tomógrafos de 320 detectores, os quais são utilizados para a prática cardiológica ou o estudo perfusional do encéfalo. 
Convencional
Para a obtenção de uma TC, o paciente é colocado em uma mesa que se desloca para o interior de um anel com cerca de 70cm de diâmetro. Em torno deste encontra-se uma ampola de raios X, em um suporte circular designado gantry. Do lado oposto á ampola encontram-se os detectores, responsáveis por captar a radiação e transmitir essa informação ao computador ao qual está conectado. Nas máquinas sequenciais ou de terceira geração, durante o exame, o gantry descreve uma volta completa (360º) em torno do paciente, com a ampola emitindo raios X que, após atravessarem o corpo do paciente, são captados na outra extremidade pelos detectores. 
Esses dados são, então, processados pelo computador, que analisa as variações de absorção ao longo de secção observada, e reconstrói esses dados sob a forma de uma imagem. A "mesa" avança então mais um pouco, repetindo-se o processo para a obtenção de uma nova imagem, alguns milímetros ou centímetros mais abaixo. 
3ª Geração
helicoidal
Na tomografia helicoidal ou de quarta geração, além do tubo de raios X e dos detectores girarem, a mesa também é deslocada e a trajetória do feixe de raios X ao redor do corpo é em hélice (ou espiral). A hélice é possivel porque a mesa do paciente, em vez de ficar parada durante a aquisição, durante o corte, como ocorre na tomografia convencional, avança continuamente durante a realização dos cortes. Na tomografia convencional, a mesa anda e pára a cada novo corte. Na helicoidal, ela avança enquanto os cortes são realizados.
4ª Geração
Multidetectores
Atualmente, também é possível encontrar equipamentos, denominados dual slice e multislice, ou seja, multicorte, que, após um disparo da ampola de raios X, fornecem múltiplas imagens. Podem possuir 2,4,8,16,32,64,128,256, e até 320 canais, representado maior agilidade na execução do exame diagnóstico. Há um modelo, inclusive, que conta com dois tubos de raios X e dois detectores de 64 canais cada, o que se traduz em maior agilidade na aquisição de imagens cardiácas.

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