Buscar

Definições e Divisões do Plâncton

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Capítulo 1: 
 
DEFINIÇÃO E DIVISÕES DO PLÂNCTON 
 
1.1- DEFINIÇÃO 
 
A palavra plâncton é originária do Grego (plagktón), que significa “errante ao sabor das 
ondas”. O plâncton é constituído pelos animais e vegetais que não possuem movimentos 
próprios suficientemente fortes para vencer as correntes que, porventura, se façam sentir 
na massa de água onde vivem. Os animais que constituem o necton, podem pelo contrário 
deslocar-se activamente e vencer a força das correntes. O plâncton e o necton são 
englobados na designação de organismos pelágicos. 
 
Por oposição, os organismos bentónicos são aqueles cuja vida está directamente 
relacionada com o fundo, quer vivam fixos, quer sejam livres. Podemos deste modo 
considerar no meio marinho os domínios pelágico e bentónico. Não existe contudo uma 
delimitação nítida entre organismos pelágicos e bentónicos. Os organismos geralmente de 
pequenas dimensões com algumas capacidades natatórias são usualmente englobados no 
micronecton. 
 
1.2- DIVISÕES DO PLÂNCTON 
 
Os organismos planctónicos podem ser classificados em função das suas (i) dimensões, (ii) 
biótopo, (iii) distribuição vertical, (iv) duração da vida planctónica e (v) nutrição. 
 
Apesar destas classificações serem artificiais, tornam-se úteis por sistematizarem as 
diversas categorias de planctontes. 
 
1.2.1- Dimensões 
 
Relativamente às dimensões os organismos planctónicos podem ser classificados em 6 
grupos distintos (OMORI & IKEDA, 1984): 
 
 (i) Ultraplâncton (< 5µm) 
 (ii) Nanoplâncton (5-60 µm) 
 (iii) Microplâncton (60-500 µm) 
 (iv) Mesoplâncton (0,5-1 mm) 
 (v) Macroplâncton (1-10 mm) 
 (vi) Megaplâncton (>10 mm) 
 
 1
Outras classificações dimensionais dos planctontes têm sido propostas. DUSSART (1965 in 
OMORI & IKEDA, 1984) distinguiu duas grandes categorias de organismos planctónicos: (i) 
os que passam através das redes de plâncton de poro reduzido (20 µm) e ; (ii) os que são 
facilmente colhidos com o auxílio de redes de plâncton. Dividiu ainda os planctontes nas 
seguintes categorias de acordo com a seguinte função exponencial 2 X 10n µm 
(n=0.1.2,...): 
 
 (i) Ultrananoplâncton (<2 µm) 
 (ii) Nanoplâncton (2-20 µm) 
 (iii) Microplâncton (20-200 µm) 
 (iv) Mesoplâncton (200-2000 µm) 
 (v) Megaplâncton (>2000 µm) 
 
 
OMORI & IKEDA (1984) dividiram os planctontes em 7 categorias distintas. 
 
 
Categoria Dimensões Principais tipos de organismos 
 
 
Ultrananoplâncton <2 µm Bactérias 
Nanoplâncton 2-20 µm Fungos, Flagelados, Diatomáceas 
Microplâncton 20-200 µm Fitoplâncton, Foraminíferos 
Ciliados, nauplii de Copépodes, 
Rotíferos 
Mesoplâncton 200 µm-2 mm Cladóceros, Copépodes 
Macroplâncton 2-20 mm Pterópodes, Copépodes 
 Eufauseáceos, Quetognatas 
Micronecton 20-200 mm Cefalópodes, Eufauseáceos, 
Mictofídeos 
Megaplâncton >20 mm Cifozoários, Taliáceos 
 
 
Os planctontes que podem ser amostrados com o auxílio de redes de plâncton possuem 
dimensões superiores a 200 µm. Os planctontes com dimensões inferiores não são 
facilmente amostrados de um modo quantitativo recorrendo à utilização dos referidos 
engenhos de colheita (cf. Capítulo 2). 
 
De entre as 7 categorias de planctontes acima referidas, unicamente as 5 primeiras são 
distinguidas com base em critérios dimensionais. As duas últimas (Micronecton e 
Megaplâncton) são separadas tendo em consideração os organismos planctónicos que as 
constituem. O Micronecton é formado por organismos que possuem exoesqueletos ou 
endoesqueletos tais como Crustáceos ou pequenos peixes mesopelágicos. O Megaplâncton 
é constituído por formas gelatinosas (Plâncton gelatinoso) tais como Cifomedusas e 
Pyrosomata que são geralmente difíceis de capturar de um modo adequado com o auxílio 
de redes de plâncton. 
 
1.2.2- Biótopo 
 
Os organismos planctónicos podem igualmente ser agrupados em função do biótopo do 
seguinte modo (OMORI & IKEDA, 1984): 
 
 2
 A) Plâncton marinho (Haliplâncton) 
 Plâncton oceânico 
 Plâncton nerítico 
 Plâncton estuarino 
 
 B) Plâncton de águas doces (Limnoplâncton) 
 
1.2.3- Distribuição vertical 
 
Podem ainda reconhecer-se no seio do plâncton categorias distintas de organismos se 
considerarmos a sua distribuição vertical: 
 
A) Pleuston - animais e vegetais cujas deslocações são fundamentalmente 
asseguradas pelo vento. 
 
B) Neuston - animais e vegetais que vivem na camada superficial (primeiros 
centímetros) das massas de água (Epineuston - neustontes vivendo na interface 
ar/água e Hiponeuston- neustontes vivendo sob a interface ar/água). 
 
C) Plâncton epipelágico - planctontes que vivem nos primeiros 300 m da coluna 
de água durante o período diurno. 
 
D) Plâncton mesopelágico - planctontes que vivem em profundidades 
compreendidas entre 1000 e 300 m, durante o período diurno. 
E) Plâncton batipelágico - planctontes que vivem em profundidades 
compreendidas entre 3000/4000 m e 1000 m durante o período diurno. 
 
F) Plâncton abissopelágico - planctontes que vivem em profundidades 
compreendidas entre 3000/4000 m e 6000 m. 
 
G) Plâncton hadopelágico - planctontes que vivem em profundidades superiores 
a 6000 m. 
 
H) Plâncton epibentónico - planctontes que vivem próximo do fundo ou 
temporariamente em contacto com o fundo. 
 
1.2.4- Duração da Vida Planctónica 
 
Podemos finalmente distinguir dois grupos de organismos zooplanctónicos distintos, se 
considerarmos a duração da sua existência planctónica: 
 
A) Holoplâncton (plâncton permanente) - constituído pelos planctontes que 
vivem no seio das massa de água durante todo o seu ciclo vital. 
 
B) Meroplâncton (plâncton temporário ou transitório) - constituído pelos 
planctontes que ocorrem unicamente durante parte do seu ciclo vital no seio do 
plâncton (ovos e/ou estados larvares). 
 
1.2.5- Nutrição 
 
O modo de nutrição dos planctontes permite separar o plâncton vegetal ou Fitoplâncton 
(autotrófico) do plâncton animal ou Zooplâncton (heterotrófico). Existem, no entanto, 
 3
organismos planctónicos que são simultaneamente autotróficos e heterotróficos 
(mixotróficos). 
 
1.3- TIPOS DE PLANCTONTES 
 
Outros agrupamentos de organismos planctónicos são ainda reconhecidos por alguns 
autores, nomeadamente SIEBURTH (1979) (Figura 1.1). 
 
 
Figura 1.1- Classificação dos organismos planctónicos (SIEBURTH, 1979). 
 
O Bacterioplâncton engloba as bactérias existentes no domínio pelágico e as 
Cianophyceae. As bactérias pelágicas podem ser encontradas em todos os oceanos sendo 
relativamente mais abundantes próximo da superfície dos mesmos. Podem ser livres 
(planctobactérias) encontrar-se associadas a partículas no seio da coluna de água, ou a 
diverso material orgânico proveniente de planctontes (epibactérias). O papel 
desempenhado pelo Bacterioplâncton no meio marinho e estuarino só recentemente tem 
vindo a ser investigado (RHEINHEIMER, 1987). 
 
A grande maioria das bactérias encontradas nos meios marinho e estuarino são formas 
ubíquas. Algumas bactérias têm um período de vida limitado no meio aquático, entre as 
quais se inclue um grande número de formas patogéneas para o Homem. A composição 
da flora bacteriana é muito variável dependendo fundamentalmente das características da 
massa de água em que se encontre. A maioria das bactérias aquáticas é heterotrófica 
alimentando-se de substâncias orgânicas. Quase todas as formas são saprófitas. Algumas 
bactérias são no entanto fotoautotróficas ou quimioautotróficas. A biomassa procariota 
(i.e. o Bacterioplâncton) pode representar cerca de 30% da biomassa planctónica na zona 
eufótica e cerca de 40% da mesma biomassa microbiana na zona afótica (cf. Capítulo 3). 
 
As bactérias presentes nos domínios marinho e estuarino não constituem um único grupo 
homogéneo do ponto de vista sistemático. Nestes domínios é possível encontrarrepresentantes de quase todas as ordens da classe Bactéria. 
 
Nestes domínios encontram-se bactérias estritas ou facultativas pertencentes a 16 grupos 
de entre os 19 consignados na 8ª Edição do "Manual of Determinative Bacteriology" de 
BERGEY (BUCHANON & GIBBONS, 1974, RHEINHEIMER, 1987). 
 
 
 
 
BACTÉRIAS DE FORMA SIMPLES (EUBACTÉRIAS)
 
Cocos 
 Grampositivos Aeróbios Micrococcus 
 Anaeróbios Sarcina 
 Gramnegativos Aeróbios Paracoccus, Lampropedia 
 4
 
Bacilos sem esporos 
 Grampositivos 
 Heterotróficos 
 Aeróbios Pseudomonas, Zooglea, 
 Methylomonas, Azotobacter, 
 Alcaligenes, Photobacterium 
 Anaeróbios Fusobacterium 
 Quimioautotróficos 
 Aeróbios Nitrobacter, Thiobacillus 
 
Bacilos com esporos 
 Grampositivos Aeróbios Bacillus 
 Anaeróbios Clostridium, Desulfotomaculum 
 
Células curvas ou espirais 
 Gramnegativas Aeróbias Vibrio, Bdellovibrio, Spirillum 
 Anaeróbias Desulfovibrio 
 
 
BACTÉRIAS DE FORMA COMPLEXA 
 
 
Bactérias fotoautotróficas 
 Bactérias púrpura 
 Chromatiaceae Aeróbias Chromatium, Thiocystis,Thiospirillum, 
 Thicapsa,Thiodictyon, 
 Thiopedia 
 
 Rhodospirillaceae Microaerófilas Rhodospirillum, Rhodopseudomonas 
 Rhodomicrobium 
 Clorobactérias 
 
 Chlorobiaceae Anaeróbias Chlorobium, Prosthecochloris, 
 Pelodictyum,Clathrochloris 
 
Bactérias vaginadas Aeróbias Sphaerotilus, Leptothrix, Crenothrix 
 
Bactérias pediculadas Aeróbias Hyphomicrobium, Rhodomicrobium, 
 Caulobacter, Gallionella, 
 Nevskia 
Actinomicetes Aeróbios 
 
 Bactérias coreniformes Corynebacterium, Arthrobacter 
 Actinomicetes genuínos Nocardia, Streptomyces, Actinoplanes 
 
Espiroquetas Aeróbias e Sprirochaeta, Cristispira, 
 Anaeróbias Treponema, Leptospira 
 
Micoplasmas Thermoplasma?, Metallogenium? 
Bactérias Reptantes Aeróbias e 
 Anaeróbias 
 
 Beggiatoaceae Beggiatoa, Thioploca 
 
 Cytophaceae Cytophaga, Sporocytophaga, 
 Plexibacter, Flexithrix 
 5
 
 Leucothrichaceae Leuchothrix, Thiothrix 
 
 
 
 
Figura 1.2- Fitoplâncton (Diatomáceas): (a) Biddulphia; (b) Chaetoceros; (c) Rhizosolenia; (d) Nitzschia; 
(e) Thalassiosira; (f) Astrerionella; (g) Chaetocerus; (h) Fragillaria; (i) Thalassionema. Adaptado de 
PARKER (1985). 
 
 6
 
 
Figura 1.3- Fitoplâncton (Dinoflagelados): (a) Gymnodinium; (b) Dinophysis; (c) Polykrikos; (d) Ceratium; 
(e) Peridinium; (f) Ceratium. . Adaptado de PARKER (1985). 
 
 
O Fitoplâncton, ou fracção vegetal do plâncton, é capaz de sintetizar matéria orgânica 
através da fotossíntese. O Fitoplâncton é responsável por grande parte da produção 
primária nos oceanos (definida como a quantidade de matéria orgânica sintetizada pelos 
organismos fotosintéticos e quimiosintéticos). Estudos recentes revelaram que a biomassa 
de Bacterioplâncton nos oceanos está intimamente relacionada com a biomassa 
fitoplanctónica. As bactérias podem utilizar 10 a 50 % do carbono produzido através de 
actividade fotossintética. O número de bactérias presente nos oceanos pode ser em parte 
controlado por flagelados heterotróficos nanoplanctónicos que são ubíquos no meio 
marinho. Estes flagelados são por sua vez predados por organismos zooplanctónicos 
intervindo deste modo activamente nas cadeias tróficas marinhas (“Microbial loop”) (Figura 
1.4). 
 
O Fitoplâncton marinho e estuarino é constituído essencialmente por Diatomáceas 
(Bacillarophyceae) e Dinoflagelados (Dinophyceae) (Figuras 1.2 e 1.3). Outros grupos de 
 7
algas flageladas podem constituir igualmente uma fracção importante do Fitoplâncton, 
nomeadamente Coccolithophoridae, Haptophyceae, Chrysophyceae (Silicoflagelados), 
Cryptophyceae e algumas algas Chlorophyceae. 
 
 
 
 
 
Figura 1.4- Esquema simplificado de uma cadeia trófica clássica e de um Microbial loop: COD- Carbono 
orgânico particulado; NFH- Nanoflagelados heterotróficos. Adaptado de HARRIS et al. (2000). 
 
 
 
 
 
 
 
 8
 
 
Principais tipos de zooplanctontes. Os números aproximados de espécies são indicados 
entre parêntesis. Adaptado de HARRIS et al. (2000). 
 
 
 
No seio do Zooplâncton podemos reconhecer organismos pertencentes à grande maioria 
dos Phyla do reino animal. O número estimado de espécies de organismos 
holoplanctónicos, excluindo a maioria dos Protozoários (mais de 1000 espécies de 
Tintinídeos, entre outros grupos) e ainda alguns grupos zoológicos menos representativos 
é descriminado em baixo. 
 9
 
 
Figura 1.5- Zooplâncton (Holoplâncton): (a) Cnidaria (Hydroida) Liriope ;(b) Sarsia; (c) (Siphonophora) 
Myciacacea; (d) Vele la; (e) Physalia; (f) Ctenophora Bolinopsis; (g) Beroe; (h) Pleurobrachia. . Adaptado 
de NEWELL & NEWELL (1963). 
l
 
 10
 
 
Figura 1.6- Zooplâncton (Holoplâncton): (a) Chaetoghatha Sagitta; (b) Annelida Tomopteris; (c) Autolytus; 
(d) Arthropoda (Crsutacea, Cladocera) Podon; (e) Edvane; (f) (Ostracoda) Conchoecia; (g) (Copepoda) 
Oithona; (h) Calanus. Adaptado de NEWELL & NEWELL (1963). 
 
 
 11
 
 
Figura 1.7- Zooplâncton (Holoplâncton): (a) Arthropoda (Crustácea, Mysidacea) Gastrosaccus; (b) 
Leptomysis; (c) Mesopodopsis (d) (Amphipoda) Hyperia; (e) (Euphauseacea) Thysanoessa; (f) (Isopoda) 
Paragnathia; (g) (Cumacea) Diastylis. Adaptado de NEWELL & NEWELL (1963). 
 
 
 12
 
 
Figura 1.8- Zooplâncton (Holoplâncton): (a) Cordata (Thaliacea) Salpa; (b) Doliolum; (c) (Appendicularia) 
Oikopleura; (d) Fritillaria. Adaptado de NEWELL & NEWELL (1963). 
 
 
Refere-se a seguir uma lista de taxa mais representativos do Holoplâncton 
(Figuras 1.5 a 1.8): 
 
A) Phylum PROTOZOA 
 
 Classe Mastigophora (Flagellata) 
 Subclasse Phytomastigophorea 
 Ordem Chrysomonadina 
Dictyocha, Dinobryon, Emeliania, Isochrysis, 
Syracosphaera 
 Ordem Dinoflagellata 
Um dos grupos mais representativos. Algumas espécies 
 podem ser responsáveis por marés vermelhas. 
Ceratium, Dinophysis, Gonyaulax, Gymnodinium, 
Noctiluca, Peridinium 
 Subclasse Zoomastigophorea 
 Ordem Choanoflagellida 
 13
 Diaphanoeca, Monosiga, Stephanoeca 
 
 Classe Sarcodinea 
 Subclasse Rhizopoda 
 Ordem Foraminifera 
 Globigerina, Globorotalia 
 Subclasse Actinopoda 
 Ordem Radiolaria 
 Acanthometron, Aulosphaera 
 
 Classe Ciliata 
 Ordem Holotricha 
Algumas espécies provocam marés vermelhas 
Mesodinium 
 Ordem Spirotricha 
Subordem Tintinnina. Grupo importante do 
Microzooplâncton. Condonella, Favella, Parafavella, 
Tintinnopsis, Tintinnus 
 
B) Phylum CNIDARIA 
 
 Classe Hydrozoa 
 Ordem Hydroida 
 Subordem Athecatha (Antomedusae) 
 Algumas formas meroplanctónicas. Leuckartiara, Sarsia 
 Subordem Thecata (Leptomedusae) 
 Aequorea, Obelia 
 Ordem Limnomedusae 
 Meio estuarino. Craspedacusta 
 Ordem Trachylina (Trachymedusae) 
 Aglantha, Geryonia, Rhopalonema 
 Ordem Siphonophora 
 Subordem Calycophorae 
 Abyla, Muggiaea 
 Subordem Physophorae 
 Agalma 
 Subordem Rhizophysaliae (Cystonectae) 
 Physalia 
 Subordem Chondrophorae 
 Porpita, Velella 
 
 Classe Scyphozoa 
 Ordem Stauromedusae 
 Haliclystus 
 Ordem Cubomedusae 
 Carybdea, Tamoya 
 Ordem Coronatae 
 Águas profundas. Atolla, Atrella 
 Ordem Semaeostomeae 
 Aurelia, Dactylometra 
 Ordem Rhizostomeae 
 Lobonema (parte), Rhopilema, Stomolophus 
 14
 
C) Phylum CTENOPHORA 
 
 Classe Tentaculata 
 Ordem Cydippida 
 Pleurobrachia, Hormiphora 
 Ordem Lobata 
 Bolinopsis, Leucothea, Mnemiopsis 
 Ordem Cestida 
 Cestum 
 
 
 
Classe Atentaculata (Nuda) 
 Ordem Beroida 
 Beroe 
 
D) Phylum NEMERTINEA 
 
 Classe Enopla 
 Ordem Hoplonemertinea 
 Águas profundas. Nectonemertes, PelagonemertesE) Phylum ASCHELMINTES 
 
 Classe Rotatoria 
 Ordem Monogononta 
 Brachionus, Keratella, Notholca 
 
F) Phylum MOLLUSCA 
 
 Classe Gastropoda 
 Subclasse Prosobranchia 
 Ordem Mesogastropoda 
 Subordem Heteropoda 
 Atlanta, Carinaria, Hydrobia, Janthina, Pterotrachea 
 Subclasse Opisthobranchia 
 Ordem Thecosomata (Pteropoda) 
 Cavolina, Clio, Creseis, Spiratella 
 Ordem Gymnosomata (Pteropoda) 
 Clione, Pneumoderma 
 Ordem Nudibranchia 
 Glaucus 
 
G) Phylum ANNELIDA 
 
 Classe Polychaeta 
 Ordem Errantia 
 Aliciopa, Lepidametria, Poeobius, Sagitella, 
 Tomopteris, Vanadis 
 
H) Phylum ARTHROPODA 
 Classe Crustacea 
 Subclasse Branchiopoda 
 15
 Ordem Cladocera 
 Edvane, Penilia, Podon 
 Subclasse Ostracoda 
 Ordem Myodocopida 
 Archiconchoecia, Conchoecia, Gigantocypris 
 Subclasse Copepoda 
 Ordem Calanoida 
Um dos taxa mais importantes do zooplâncton marinho. 
Acartia, Calanus, Centropages, Eucalanus, Euchaeta, 
Eurytemora, Haloptilus, Metridia, Paracalanus, 
Pseudocalanus, Scolecithrix, Sinocalanus, Temora, 
Undinula 
 Ordem Cyclopoida 
 Corycaeus, Oithona, Oncaea, Sapphirina 
 Ordem Harpaticoida 
 Maioria formas costeiras ou epibentónicas. Diosuccus, 
 Eutrepina, Harpacticus, Microsetella, Tigriopus, Tisbe 
 Ordem Mostrilloida 
 Monstrilla 
 Subclasse Malacostraca 
 Ordem Mysidacea 
Muitas formas águas estuarinas e epibentónicas, outras 
meso- e batipelágicas. Archiomysis, Holmesiella, 
Lophogaster, Mysis, Neomysis,Siriella 
 Ordem Cumacea 
 Muitas formas epibentónicas. Dimorphostylis 
 Ordem Amphipoda 
Parte da Subordem Gammaridae e todos Hyperiidea 
sãoformas planctónicas ou parasitas. Cyphocaris, Hyperia, 
Parathemisto, Phronima, Themisto, Vibilia 
 Ordem Euphauseacea 
 Taxa importante, formas epi- e mesoplanctónicas. 
Euphausia, Meganyctiphanes, Nematoscelis, 
Thysanoessa, Thysanopoda 
 Ordem Decapoda 
 Subordem Dendrobrachiata 
Bentheogennema, Gennadas, Acetes, Lucifer, Sergestes, 
Sergia 
 Subordem Pleocyemata 
 Acanthephyra, Hymenodora 
 
I) Phylum CHAETOGNATHA 
 
 Classe Sagittoidea 
 Eukrohnia, Krohnitta, Pterosagitta, Sagitta 
 
J) Phylum ECHINODERMATA 
 
 Classe Holothuroidea 
 Águas profundas. Enypniastes, Pelagothuria 
 
 16
K) Phylum CORDATA 
 
 Classe Appendiculata 
 Ordem Appendicularia 
 Fritillaria, Oikopleura 
 
 Classe Thaliacea 
 Ordem Pyrosomata 
 Pyrosoma 
 Ordem Cyclomyaria (Doliolida) 
 Doliolum 
 Ordem Desmomyaria (Salpida) 
 Salpa, Thalia, Thetys 
 
 
 
 17
Figura 1.9- Zooplâncton (Meroplâncton): (a) e (b) Trocophora de Polychaeta; (c) Nauplius de Cirripedia; 
(d) Phyllosoma de Plainuridae; (e) Alima de Stomatopoda; (f) Zoea de Malacostraca; (g) Megalopa de 
Malacostraca. Adaptado de NEWELL & NEWELL (1963). 
 
 
 
 
Figura 1.10- Zooplâncton (Meroplâncton): (a), (b) e (c) Veliger de Gastropoda; (d) ovos planctónicos de 
Gastropoda; (f), (g) e (h) Ophiopluteus de Echinodernata. Adaptado de NEWELL & NEWELL (1963). 
 
 18
 
 
Figura 1.11- Zooplâncton (Meroplâncton, Ictioplâncton): (a) Ovo de Clupeidae Sardina Pilchardus; (b) Ovo 
de Engraulidae, Engraulis encrasicolus; (c) Estado larvar de Clupeidae Sardina; (d) Estado larvar de 
Engraulidae Engraulis; (e) Estado larvae de Carangidae Trachurus; (f) Estado larvar de Soleidae Solea. 
Adaptado de BROWNELL (1979). 
 
 
 
 
 
 19
 
As formas Meroplanctónicas, ou formas larvares de muitos invertebrados, têm na maior 
parte dos casos designações próprias. A lista que a seguir se refere inclui as referidas 
designações (Figuras 1.9 a 1.11). 
 
A) Phylum PORIFERA 
 
 Parenchymula, Amphiblastula, Olynthus 
 
B) Phylum CNIDARIA 
 
 Planula, Actinula (Formas larvares de Hydrozoa) 
 Scyphistoma, Stobila, Ephyra (Formas larvares de Scyphozoa) 
 Diconula, Conaria, Rataria (Formas larvares de Chondrophorae) 
 
C) Phylum PLATHELMINTHES 
 
 Larva de Müler, Larva de Götte (formas larvares de Polycladida) 
 
D) Phylum NEMERTINEA 
 
 Larva de Desor, Pilidium (Formas larvares de Heteronemertea) 
 
E) Phylum MOLLUSCA 
 
 Trochophora, Veliger (Formas larvares de Gastropoda e Bivalvia) 
 Rhynchoteuthion (Formas larvares de Cephalopoda Ommastrephidae) 
 
F) Phylum ANNELIDA 
 
 Larva de Loven, Trochophora 
 
G) Phylum ARTHROPODA 
 
 Nauplius, Metanauplius (Formas larvares de Crustacea) 
 Cypris, Pupa (Formas larvares de Cirripedia) 
 Protozoea, Zoea, Metazoea, Mysis (Formas larvares de Malacostraca) 
 Manca (Formas larvares de Isopoda e Cumacea) 
 Calyptopis, Furcilia (Formas larvares de Euphausiacea) 
 Elaphocaris, Acanthosoma (Formas larvares de Sergestidae) 
 Phyllosoma, Puerulus (Formas larvares de Palinuridae) 
 Glaucothoë (Formas larvares de Paguroidea) 
 Megalopa (Formas larvares de Brachyura) 
 Erichthoidina, Erichthus, Alima, Pseudozoea (Formas larvares de Stomatopoda) 
 
H) Phylum PHORONIDA, ECTOPROCTA 
 
 Actinotrocha (Formas larvares de Phoronidea) 
 Cyphonautes (Formas larvares de Bryozoa) 
 
 
 20
I) Phylum ECHINODERMATA 
 
 
 
Doliolaria, Pentacrinoid (Formas larvares de Crinoidea) 
 Bipinnaria, Brachiolaria (Formas larvares de Asteroidea) 
 Ophiopluteus, Pluteus (Formas larvares de Ophiuroidea) 
 Pluteus (Formas larvares de Echinoidea) 
 Auricularia, Doliolaria (Formas larvares de Holothuroidea) 
J) Phylum HEMICHORDATA 
 
 Tornaria (Formas larvares de Enteropneusta) 
 
H) Phylum CHORDATA 
 
 Ictioplâncton (Ovos e estados larvares planctónicos de Osteichthyes) 
 
1.4- ADAPTAÇÕES À VIDA NO DOMÍNIO PELÁGICO 
 
Apesar de existir uma grande diversidade de formas planctónicas é possível reconhecer 
algumas características gerais do Plâncton, sobretudo no que diz respeito à pigmentação e 
dimensões dos organismos panctónicos. 
 
Ao contrário das formas bentónicas, os planctontes apresentam geralmente uma 
pigmentação pouco intensa, sendo na maior parte dos casos transparentes. Existem no 
entanto algumas excepções. Os neustontes apresentam por vezes pigmentação intensa, 
assim como o plâncton das águas oceânicas profundas. 
 
Por outro lado, os planctontes apresentam dimensões reduzidas. Algumas formas 
apresentam no entanto dimensões apreciáveis, como é o caso de alguns Scyphozoa e 
Pyrosomata. A maioria dos planctontes apresenta dimensões da ordem do centímetro ou 
do milímetro no caso do Zooplâncton, ou da ordem da centena ou dezena de micrómetros 
no caso do Fitoplâncton. 
 
São inúmeros os processos desenvolvidos pelos organismos planctónicos, que têm por 
resultado uma melhor adaptação à vida no domínio pelágico. 
 
A manutenção de uma posição na coluna de água pode ser conseguida recorrendo a 
diversas estratégias adaptativas, nomeadamente: 
 
i) desenvolvimento de elementos esqueléticos menos densos e resistentes 
relativamente aos organismos bentónicos; 
 
ii) composição química específica; 
 
iii) enriquecimento em água dos tecidos e desenvolvimento de substâncias 
gelatinosas; 
 
iv) secreção de gotas de óleo; 
 
v) desenvolvimento de flutuadores. 
 
 21
A superfície de resistência pode igualmente ser aumentada o que resulta na diminuição da 
velocidade de afundamento nomeadamente através: 
 
i) da diminuição das dimensões do organismo; 
 
ii) do achatamento do corpo (aumento da superfície relativamente ao volume 
do organismo); 
 
iii) da existência de espinhos e apêndices plumosos; 
 
iv) do batimento de flagelos ou bandas ciliares e movimentos natatórios. 
 
A manutenção dos planctontes no seio da coluna de água pode ser associada a um 
equação simples que relaciona a velocidade de afundamento dos organismos planctónicos 
na coluna de água com alguns parâmetros físicos: 
 
 W1 - W2 
 VA = ______ 
 (R)(Vw)em que: 
 
 VA = Velocidade de afundamento (sinking rate) 
 W1 = Densidade do organismo 
 W2 = Densidade da água 
 R = Superfície de resistência 
 Vw = Viscosidade da água 
 
 
1.5- BIBLIOGRAFIA 
 
BOUGIS, P. (1974). Ecologie du plancton marin. Tome I - Le phytoplancton. Masson et 
Cie., Paris: 195pp. 
 
BOUGIS, P. (1974). Ecologie du plancton marin. Tome II - Le zooplancton. Masson et 
Cie., Paris: 200pp. 
 
BROWNELL, C.L. (1979), Stages in the early development of 40 marine fish species 
with pelagic eggs from the Cape of Good Hope. J.B.L. Smith Institute of 
Ichthyology, (40): 84pp. 
 
BUCHANAN, R.E. & GIBBONS, N.E. (1974). Bergey's manual of determinative 
bacteriology. Williams and Wilkins, Baltimore: 1246pp. 
 
DAVIS, C.C. (1955). The marine and freshwater plankton. University Press Michigan: 
541pp. 
 
FRASER, J.H. (1962). Nature adrift. The story of marine plankton. Foulis, London: 
178pp. 
 
HARDY, A. (1958). The open sea. Its natural history. Part I. The world of plankton. 2e 
ed., Collins, London: 335pp. 
 22
 23
 
HARRIS, R.P., P.H. WIEBE, J. LENZ, H.R.SKJODAL & M. HUNTLEY (2000). Zooplankton 
Methodoly Manual. Academic Press. 
 
NEWELL, G.E. & NEWELL, R.C. (1963). Marine Plankton. A pratical guide. Hutchinson, 
London: 244 pp. 
 
NYBAKKEN, J.W. (2001). Marine biology. An ecological approach. Harper & Row, 
Publishers, New York: 514pp. 
 
OMORI, M.; IKEDA, T. (1984). Methods in marine zooplankton ecology. John Wiley & 
Sons, New York: 332pp. 
 
PARKER, H.S. (1985). Exploring the Oceans. Prentice-Hall, Englewoods Cliffs: 354pp. 
 
PARSONS, T.R. & TAKAHASHI, M. (1973). Biological oceanographic processes. 
Pergamon Press, Oxford: 186pp. 
 
RAYMOND, J.E.G. (1980). Plankton and productivity in the oceans. Volume 1- 
Phytoplankton. Pergamon Press, Oxford: 489pp. 
 
RAYMOND, J.E.G. (1983). Plankton and productivity in the oceans. Volume 2- 
Zooplankton. Pergamon Press, Oxford: 824pp. 
 
RHEINHEIMER, G. (1987). Microbiologia de las aguas. Editorial Acribia, Zaragoza: 
299pp. 
 
SIEBURTH, J.M.S. (1979). Sea microbes. Oxford University Press, New York: 491pp. 
 
SMITH, D.L. (1977). A guide to marine coastal plankton and marine invertebrate 
larvae. Kendall/Hunt Publishing Corporation, Dubuque: 161pp. 
 
TREGOUBOFF, G. & ROSE, M. (1957). Manuel de Planctonologie Mediterranneéne. Vol. 
I e II., Paris: 587pp. 
 
WIMPENNY, R.S. (1966). The plankton of the sea. Faber and Faber, London: 426pp. 
 
 
	DEFINIÇÃO E DIVISÕES DO PLÂNCTON
	BACTÉRIAS DE FORMA COMPLEXA
	A) Phylum PROTOZOA
	B) Phylum CNIDARIA
	C) Phylum CTENOPHORA
	D) Phylum NEMERTINEA
	F) Phylum MOLLUSCA
	G) Phylum ANNELIDA
	H) Phylum ARTHROPODA
	J) Phylum ECHINODERMATA
	K) Phylum CORDATA
	A) Phylum PORIFERA
	B) Phylum CNIDARIA
	C) Phylum PLATHELMINTHES
	D) Phylum NEMERTINEA
	E) Phylum MOLLUSCA
	F) Phylum ANNELIDA
	G) Phylum ARTHROPODA
	H) Phylum PHORONIDA, ECTOPROCTA
	I) Phylum ECHINODERMATA
	H) Phylum CHORDATA

Outros materiais