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trabalho para av2 classificacao de bens FOLHA PADRAO Estacio Manoel

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Nome legível do(a) aluno(a):
Manoel Paulo Martins Pereira Matrícula: 201707015554
	
	Disciplina
 (X)I ( ) II ( ) III ( ) IV
Direito Civil
	Curso
DIREITO
	
	Campus – NOVA IGUAÇU
	Período 
2
	Turno 
Noturno
	CADERNOS DIDÁTICOS
	Professor
CESAR AUGUSTO PEREIRA ROLIM
	Data REAL da entrega:
13 / 06 / 2018
	
AULA APRESENTADA: Classificações dos Bens
Av1 
(
)
Av2
(
 )
Av3
(
	No. DE ACERTOS:
	 
 Visto do professor 
	Atenção: Agregue valor às suas respostas complementares, anexando jurisprudências e referências doutrinárias! 
No dia da prova, o aluno deverá anexar toda coletânea que poderá valer até 1,0 ponto. Esforce-se e Boa pesquisa... 
RESPOSTAS – Utilize o verso desta folha se for necessário!
DAS DIVERSAS CLASSIFICAÇÕES DOS BENS:
A classificação dos bens tem por objetivo facilitar o trabalho dos operadores do Direito, permitindo a aplicação das mesmas regras jurídicas àqueles que se apresentem com características semelhantes. Com esse propósito o legislador do Código Civil de 2002 classificou os bens de acordo com três critérios:
a) bens considerados em si mesmos
(imóveis e móveis; fungíveis e infungíveis; consumíveis e inconsumíveis; divisíveis e indivisíveis; materiais e imateriais; singulares e coletivos); 
b) bens reciprocamente considerados (principais e acessórios); e 
c) considerados em relação ao titular (particulares e públicos). 
Vejamos cada uma destas classificações:
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE ACORDO COM A MOBILIDADE:
Bens imóveis ou bens de raiz são aqueles que não podem ser transportados, sem destruição, de um lugar para outro. A remoção causaria alteração de sua substância ou de sua forma. O conceito legal de bem imóvel, conferido pelo Código Civil, compreende o solo e tudo quanto lhe for incorporado de maneira natural ou artificial (art. 79-
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 
Institui o Código Civil.
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.).
Na doutrina, apresentam-se diversas espécies de bens imóveis:
a) Por natureza (ou por essência): trata-se do solo e tudo quanto lhe for incorporado de forma natural (p. ex.: árvores, frutos, pedras etc.). Compreende também o espaço aéreo e o subsolo, mas os arts. 1.229 e 1.230 do Código Civil apresentam limitações ao direito de propriedade sobre estes.
 CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais.
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial.
b) Por acessão física artificial: são todos os bens que as pessoas incorporam ao solo de forma artificial e permanente – não podem ser retirados, em regra, sem destruição, modificação, fratura ou dano. De acordo com o art. 81 do Código Civil, não perdem a característica de bens imóveis:
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local. Exemplo: o deslocamento de uma casa de madeira ou mesmo de alvenaria de um lugar para outro.
Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem: para o Direito Civil, prédio é toda construção que tem a característica de imóvel. Pode ser uma casa, um galpão, uma ponte etc. Se o prédio for demolido para reconstrução, os materiais continuarão sendo tratados como imóveis. Se a demolição não tiver esse propósito, os materiais passarão à condição de móveis.
c) Por acessão intelectual (ou por destinação): são todos os bens móveis que o proprietário mantém empregados de forma duradoura e intencional na exploração industrial, aformoseamento (embelezamento) ou comodidade do bem imóvel. Para que ocorra a acessão, o bem móvel deve pertencer ao proprietário do imóvel e estar à disposição do bem imóvel, e não da pessoa. Essa imobilização pode cessar a qualquer momento, bastando manifestação de vontade do proprietário. Como exemplos de bens imóveis por acessão intelectual, a doutrina costumeiramente aponta os ornamentos (vasos, estátuas nos jardins, cortinas etc.), máquinas agrícolas, animais e materiais utilizados para plantação, escadas de emergência justapostas nos edifícios, geradores, aquecedores, aparelhos de ar-condicionado etc.
d) Por determinação legal: são os bens considerados imóveis por força da lei para receber maior proteção jurídica, consistente, em regra, na exigência de escritura pública para a disposição de direitos. É o caso da herança (direito à sucessão aberta – Código Civil, art. 80, I),
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
considerada bem imóvel ainda que composta só de bens móveis. Para a cessão de direitos hereditários, é exigida a escritura pública (Código Civil, art. 1.793). 
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública.
§ 1o Os direitos, conferidos ao herdeiro em conseqüência de substituição ou de direito de acrescer, presumem-se não abrangidos pela cessão feita anteriormente.
§ 2o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado singularmente.
§ 3o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.
Também são considerados imóveis por determinação legal os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram (Código Civil, art. 80, II). Portanto, podem ser considerados bens imóveis os seguintes direitos constituídos sobre imóveis: propriedade, superfície, servidão, usufruto, uso, habitação, direito do promitente comprador, hipoteca e anticrese - A anticrese, assim como os institutos do penhor e da hipoteca, é um direito real de garantia clássico. Porém, no penhor típico se transfere a posse da coisa ao credor, somente de bens móveis, que dela não pode se utilizar, e na hipoteca o bem continua na posse do devedor. Na anticrese, por sua vez, o credor assume necessariamente a posse do bem para usufruir seus frutos, a fim de amortizar a divida ou receber juros. Dessa forma, anticrese é um direito real derivado de um contrato pelo qual um devedor autoriza ao seu credor a posse de um imóvel, tendo este o direito de retê-lo até o complemento da sua dívida, podendo perceber os frutos e os rendimentos que servirão para o pagamento dos juros e do capital, ou seja, a percepção dos frutos e rendimentos serve como compensação da dívida (art.1.506).
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 1.506. Pode o devedor ou outrem por ele, coma entrega do imóvel ao credor, ceder-lhe o direito de perceber, em compensação da dívida, os frutos e rendimentos.
§ 1o É permitido estipular que os frutos e rendimentos do imóvel sejam percebidos pelo credor à conta de juros, mas se o seu valor ultrapassar a taxa máxima permitida em lei para as operações financeiras, o remanescente será imputado ao capital.
§ 2o Quando a anticrese recair sobre bem imóvel, este poderá ser hipotecado pelo devedor ao credor anticrético, ou a terceiros, assim como o imóvel hipotecado poderá ser dado em anticrese.
Com relação às ações que asseguram os direitos reais (ação reivindicatória, hipotecária, negatória de servidão, anulatória ou declaratória de nulidade de negócio etc.), entendemos que não são propriamente bens e que a referência legal é equivocada, mas tal posição é minoritária. Devemos, ainda, destacar os seguintes pontos: Navios e aeronaves: embora sejam registrados e transmitidos da mesma forma que os bens imóveis (podendo inclusive ser oferecido em hipoteca – Código Civil, art. 1.473, VI e VII
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:
I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;
II - o domínio direto;
III - o domínio útil;
IV - as estradas de ferro;
V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se acham;
VI - os navios;
VII - as aeronaves.
VIII - o direito de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
IX - o direito real de uso; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
X - a propriedade superficiária. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
X - a propriedade superficiária; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 700, de 2015)
Vigência encerrada
X - a propriedade superficiária .
(Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
XI - os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas e respectiva cessão e promessa de cessão.
(Incluído pela Medida Provisória nº 700, de 2015) Vigência encerrada
§ 1º A hipoteca dos navios e das aeronaves reger-se-á pelo disposto em lei especial. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 11.481, de 2007)
§ 2º Os direitos de garantia instituídos nas hipóteses dos incisos IX e X do caput deste artigo ficam limitados à duração da concessão ou direito de superfície, caso tenham sido transferidos por período determinado. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) ), são classificados como bens móveis. O tratamento de imóvel é utilizado como uma forma de compensar a instabilidade existente em razão do constante deslocamento desses bens com a estabilidade do registro. Penhor agrícola: o Código anterior definia o penhor agrícola como bem imóvel (art. 44, I
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência)
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003)
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) ). O Código atual não o inclui entre os bens imóveis, mas determina que o penhor rural (que compreende o agrícola e o pecuário) deva ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis (art. 1.438
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 1.438. Constitui-se o penhor rural mediante instrumento público ou particular, registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição em que estiverem situadas as coisas empenhadas.
Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com penhor rural, o devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula rural pignoratícia, na forma determinada em lei especial.). Pignoratício. Garantia real gravada em bem móvel. O credor pignoratício possui preferência no recebimento da dívida em face da entrega da garantia em caso de inadimplência ou descumprimento da obrigação assumida pelo pelo devedor original.
Bens móveis
São aqueles que podem ser movidos de um local para outro sem que seja alterada a substância ou a destinação econômico-social. A remoção de um lugar a outro pode ocorrer por força própria (semoventes), no caso dos animais, ou por força alheia, que são os móveis propriamente ditos (p. ex.: livro, caneta, fruta etc.). Os bens móveis podem ser classificados em:
a) Por natureza: compreendem tanto os semoventes (aqueles que se movem por força própria – exemplo: os animais) como as coisas inanimadas que possam ser transportadas de um lugar a outro, sem que se destruam, isto é, sem que ocorra alteração de sua substância ou de sua destinação social (Código Civil, art. 82
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.) – exemplos: carro, lápis, cadeira, etc. O bem móvel por natureza é sempre uma coisa corpórea.
b) Por antecipação: são aqueles mobilizados (transformados em bens móveis) pelos seres humanos em atenção a sua fi nalidade econômica (p. ex.: fruta colhida, madeira cortada, pedra extraída, casa vendida para ser demolida etc.). Por receberem o tratamento de bens móveis, não exigem escritura pública para sua alienação e dispensam a vênia conjugal (autorização do cônjuge).
c) Por determinação legal: são: a) as energias que têm valor econômico: elétrica, térmica, solar, nuclear, eólica, radioativa, radiante, sonora, da água represada etc.; b) os direitos reais sobre bens móveis (direito de propriedade, usufruto, penhor e propriedade fiduciária) e as ações correspondentes; c) os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações: direitos obrigacionais, também denominados de crédito; d) os direitos autorais: nos termos do art. 3º da Lei n. 9.610/98
LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998
Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.
Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis.;
e e) a propriedade industrial: nos termos do art. 5º da Lei n. 9.279/96
Lei nº 9.279 de 14 de Maio de 1996
Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial.
Art. 5º Consideram-se bens móveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade industrial.
Tenha corporalidade (como o gás) ou não (como a corrente elétrica), toda energia dotada de valor econômico é considerada
bem móvel, nos termos do art. 83,I, do Código Civil
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. O mesmo ocorre no Direito Penal, para o qual a energia com valor econômico é equiparada à coisa móvel (Código Penal, art. 155, § 3º
CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem,coisa alheia móvel:
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Furto qualificado).
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE ACORDO COM A FUNGIBILIDADE
Bens fungíveis
São os móveis passíveis de substituição por outros da mesma espécie (gênero), qualidade e quantidade. Como exemplo de bens fungíveis, podemos citar dinheiro, milho, água etc. A fungibilidade é uma característica natural dos bens móveis, mas as partes podem transformar, mediante simples manifestação de vontade (contrato), um bem fungível em infungível. Como exemplo, podemos citar o empréstimo ad pompam vel ostentationem de uma garrafa de vinho para exposição com a obrigação de ser restituída ao final.
Bens infungíveis
São os bens que não podem ser substituídos por outros em razão de determinadas qualidades individuais e específicas. A infungibilidade é uma característica própria dos bens imóveis, mas também se encontra presente em alguns bens móveis, como os veículos automotores (indi vidualizados por seu chassi, placa etc.), obras de arte (p. ex.: a escultura
O pensador, de Rodin). A infungibilidade pode resultar da natureza do
bem ou da vontade das partes.
5.6 CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE ACORDO COM A CONSUNTIBILIDADE
Bens consumíveis
Bens consumíveis são os destinados à satisfação de necessidades e interesses das pessoas. Os bens consumíveis podem ser de duas espécies:
a) Consumíveis de fato: são os bens cujo uso importa na destruição imediata da própria substância ou na sua extinção – a consuntibilidade é natural – p. ex.: frutas, verduras etc.;
b) Consumíveis de direito: são os bens destinados à alienação – a consuntibilidade (característica dos bens consumíveis) é jurídica – ex.: livros e automóveis à venda em uma loja (Código Civil, art. 86
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação).
Bens inconsumíveis
São os que podem ser usados de forma contínua e reiterada, sem que isso importe na sua destruição imediata. Os bens inconsumíveis caracterizam-se pela possiblidade de retirada de suas utilidades, sem que seja atingida sua integridade.
As partes podem transformar um bem consumível em inconsumível por meio de disposição contratual. Exemplo: com o contrato de empréstimo ad pompam vel ostentationem que impede a alienação e o consumo do bem (p. ex.: o empréstimo de uma garrafa de vinho para exposição).
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE ACORDO COM A DIVISIBILIDADE
A classificação dos bens de acordo com a divisibilidade tem impacto em diversos dispositivos do Código Civil: capacidade civil (art. 105
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil .
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.), 
compra e venda (art. 504
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço.), 
depósito (art. 639
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 639. Sendo dois ou mais depositantes, e divisível a coisa, a cada um só entregará o depositário a respectiva parte, salvo se houver entre eles solidariedade.), 
transação (art. 844
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 844. A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela intervierem, ainda que diga respeito a coisa indivisível.
§ 1o Se for concluída entre o credor e o devedor, desobrigará o fiador.
§ 2o Se entre um dos credores solidários e o devedor, extingue a obrigação deste para com os outros credores.
§ 3o Se entre um dos devedores solidários e seu credor, extingue a dívida em relação aos co-devedores.),
condomínio (art. 1.322
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil .
Subseção I
Dos Direitos e Deveres dos Condôminos
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior.
Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de adjudicada a coisa àquele que ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condições iguais, o condômino ao estranho.),
condomínio edilício (arts. 1.331 e 1.336)
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
§ 1o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas, sobrelojas ou abrigos para veículos, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários. (Vide Lei nº 12.607, de 2012)
§ 2o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum pelos condôminos, não podendo ser alienados separadamente, ou divididos.
§ 3o A fração ideal no solo e nas outras partes comuns é proporcional ao valor da unidade imobiliária, o qual se calcula em relação ao conjunto da edificação.
§ 3o A fração ideal no solo e nas outras partes comuns é proporcional ao valor da unidade imobiliária, o qual se calcula em relação ao conjunto da edificação.
§ 4o Nenhuma unidade imobiliária pode ser privada do acesso ao logradouro público.
§ 5o O terraço de cobertura é parte comum, salvo disposição contrária da escritura de constituição do condomínio.
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 1.336. São deveres do condômino:
I - Contribuir para as despesas do condomínio, na proporção de suas frações ideais;
I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção; (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
II - não realizar obras que comprometam a segurança da edificação;
III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas;
IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes.
§ 1o O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito.
§ 2o O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagará a multa prevista no ato constitutivo ou na convenção, não podendo ela ser superior a cinco vezes o valor desuas contribuições mensais, independentemente das perdas e danos que se apurarem; não havendo disposição expressa, caberá à assembléia geral, por dois terços no mínimo dos condôminos restantes, deliberar sobre a cobrança da multa.
e legado (art. 1.968, § 1º
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 1.968. Quando consistir em prédio divisível o legado sujeito a redução, far-se-á esta dividindo-o proporcionalmente.
§ 1o Se não for possível a divisão, e o excesso do legado montar a mais de um quarto do valor do prédio, o legatário deixará inteiro na herança o imóvel legado, ficando com o direito de pedir aos herdeiros o valor que couber na parte disponível; se o excesso não for de mais de um quarto, aos herdeiros fará tornar em dinheiro o legatário, que ficará com o prédio.
§ 2o Se o legatário for ao mesmo tempo herdeiro necessário, poderá inteirar sua legítima no mesmo imóvel, de preferencia aos outros, sempre que ela e a parte subsistente do legado lhe absorverem o valor).
Bens divisíveis
Os bens divisíveis são os que podem ser fracionados em partes homogêneas e distintas, sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo para o uso a que se destinam (Código Civil, art. 87
CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam).
Para que o bem possa ser considerado divisível, cada fração autônoma deve manter as mesmas utilidades e qualidades essenciais do todo. Exemplo: um saco de feijão é divisível, pois pode ser fracionado em duas ou mais partes, mantendo as suas características originais. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação legal ou por vontade das partes.
Bens indivisíveis
São naturalmente indivisíveis os bens que não podem ser fracionados, sob pena de perderem sua utilidade, valor ou qualidades essenciais.
A indivisibilidade de um bem pode ser de três espécies:
a) Por sua natureza: são os bens que não podem ser divididos sob pena de alterarem sua substância, perderem sua utilidade ou reduzirem consideravelmente o seu valor. Exemplos: touro reprodutor, automóvel, obra de arte etc.
b) Por determinação legal: são os bens considerados indivisíveis por força de dispositivo legal expresso. A lei rotula o bem como indivisível. Exemplos: o direito à sucessão aberta/herança, que é considerado indivisível até o momento da partilha (Código Civil, art. 1.791, parágrafo único); as servidões prediais (Código Civil, art. 1.386); o direito de hipoteca
(art. 1.421); o condomínio forçado instituído pela usucapião coletiva (Lei n. 10.251/2001, art. 10, § 4º) etc.
c) Por vontade das partes: são os bens divisíveis transformados em indivisíveis por força da vontade manifestada em contrato (exercício da autonomia privada), deixando seu aspecto de divisibilidade para trás. Temos duas hipóteses legais previstas no Código Civil que bem retratam a indivisibilidade por vontade das partes: quando duas ou mais pessoas
forem proprietárias de um mesmo bem (ou seja, o tiverem em condomínio), poderão contratar a indivisibilidade por prazo não superior a cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior (Código Civil, art. 1.320, § 1º); a indivisibilidade também poderá ser imposta pelo doador ou pelo testador por prazo não superior a cinco anos, sem possibilidade de prorrogação (art. 1.320, § 2º).
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE ACORDO COM A MATERIALIDADE
Bens materiais (res corporalis)
Também denominados bens corpóreos ou tangíveis, são aqueles que têm existência material, podendo ser percebidos por nossos sentidos. Exemplos: armários, lâmpadas, telefones celulares, livros etc.
Bens imateriais (res incorporalis)
Também denominados bens incorpóreos ou intangíveis, são todos os bens que possuem existência abstrata, não podendo ser sentidos/tocados fisicamente pelos seres humanos. São bens que consistem em direitos. Somente existem porque a lei assim determina, por força de determinação jurídica. Exemplo: direitos autorais de quem escreveu um livro, direitos de crédito, direito à herança, invenções, direitos reais, direitos obrigacionais etc. O Código Civil atual não prevê a classificação dos bens quanto à tangibilidade. A classificação continua relevante, mesmo não expressa em lei, pois somente os bens corpóreos podem ser objeto de posse e, portanto, de proteção possessória (interditos possessórios). Somente os bens corpóreos podem ser objeto de tradição (entrega) e de aquisição por usucapião.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DEACORDO COM A INDIVIDUALIDADE
Vejamos agora a classificação dos bens de acordo com a individualidade no atual Código Civil:
Bens singulares
Bens singulares ou individuais são aqueles que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais (Código Civil, art. 89). Em regra os bens são singulares. Somente serão considerados coletivos quando houver determinação legal ou determinação das partes. Os bens singulares podem ser de duas espécies: a) Bens singulares simples: são os bens cujas partes formam um todo homogêneo e estão agrupadas em razão da sua própria natureza (a
coesão é natural). Podem ser materiais (p. ex.: árvore) ou imateriais (p. ex.: crédito).
b) Bens singulares compostos: são aqueles bens que, reunidos, formam um só todo, mas sem desaparecer a condição jurídica de cada parte (a coesão é artificial – p. ex.: navios, materiais utilizados na construção de uma casa etc.).
Bens coletivos
Bens coletivos ou universais são aqueles formados por vários bens singulares que, reunidos, passam a formar uma coisa só (individualidade incomum), mas sem que desapareça a condição jurídica de cada parte (autonomia funcional).
Dessa forma, o titular dos bens pode contratar sobre a coletividade dos bens (p. ex.: vender uma biblioteca) ou sobre um dos bens de forma individualizada (p. ex.: alienar apenas um livro de uma biblioteca). A coletividade aqui mencionada pode ser de duas espécies:
a) Universalidade de fato (universitas rerum): é a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária (Código Civil, art. 90). A universalidade de fato é formada pela coletividade de bens singulares, corpóreos e homogêneos, pertencentes a uma mesma pessoa. Exemplos: rebanho, biblioteca, pinacoteca, frota, floresta, cardume etc. Como visto acima, nada impede que os bens singulares que formam a universalidade de fato sejam objeto de relações jurídicas próprias, podendo ser alienados separadamente.
b) Universalidade de direito (universitas iuri): complexo de relações jurídicas de uma mesma pessoa, dotadas de valor econômico (Código Civil, art. 91). É formada pela coletividade de bens singulares incorpóreos (direitos) e, eventualmente, entre estes e bens corpóreos heterogêneos (na verdade, reúne os direitos existentes sobre os bens corpóreos). Exemplo: herança, patrimônio, massa falida.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA OU RECIPROCIDADE
Reciprocamente considerados, os bens são classificados em principais e acessórios. Os bens acessórios são subdivididos em frutos, produtos, benfeitorias e pertenças.
Bem principal
Considera-se bem principal todo aquele que tem sua existência independente de qualquer outro. O bem principal existe sobre si mesmo, abstrata ou concretamente (Código Civil, art. 92), enquanto o acessório depende de outro para sua existência. Quanto aos imóveis, o solo é o bem principal e tudo que se incorpora nele de forma permanente é acessório. Quanto aos móveis, bem principal é aquele para o qual os outros bens se destinam (para enfeitar, permitir o uso ou servir como complemento). Exemplos: a caneta é o principal, a tampa é o acessório; o computador é o principal, o teclado é o acessório; o automóvel é o principal, o pneu é o acessório; o capital é o principal, os juros são acessórios etc.Bem acessório
Bem acessório é aquele cuja existência pressupõe a do principal, isto é, sua existência é subordinada à existência de outro bem considerado principal (vide exemplos acima). A maior consequência que se extrai da distinção é o princípio da gravitação jurídica: o acessório segue o principal (acessorium sequitur principale). Embora essa seja a regra, ela não
é absoluta, podendo haver disposição das partes ou da própria lei em sentido contrário (como ocorre com as pertenças – Código Civil, arts. 93 e 94). De acordo com a doutrina, os bens acessórios podem ser classifi cados em naturais, civis e industriais.
Naturais: aqueles que aderem naturalmente ao bem principal (p. ex.: árvores e frutos – ainda que venha a existir atividade humana voltada a melhoria ou aumento de produção).
Civis: aqueles que aderem ao bem por determinação legal (abstração jurídica), não dependendo de vinculação material (p. ex.: aluguel, juros, dividendos, ônus reais em relação à coisa gravada etc.).
Industriais: aqueles que aderem ao bem principal por força do engenho humano (p. ex.: prédio erigido sobre um lote, um vestido costurado com uso de um tecido, um desenho sobre a folha de papel, uma escultura desenvolvida a partir da argila etc.). Os bens acessórios também podem ser de diversas espécies: frutos, produtos, benfeitorias e pertenças. Vejamos, então, as regras aplicáveis a cada um desses bens acessórios:
Fruto
Fruto é toda utilidade que um bem produz de forma periódica e cuja percepção mantém intacta a substância do bem que a produziu. Embora sejam bens acessórios, podem ser objeto de relação jurídica independentemente do bem principal. Em relação à sua natureza, os frutos podem ser classificados em: naturais ou verdadeiros (p. ex.: frutas), civis (p. ex.:
aluguel) e industriais (p. ex.: canetas fabricadas). Os frutos também podem ser classificados de acordo com a vinculação com o bem principal e o seu estado em:
Percebidos ou colhidos: aqueles que já foram colhidos, isto é, já foram destacados do bem principal. Se o fruto for natural ou industrial, reputa-se colhido e percebido logo que é separado do bem principal. Se o fruto for civil, reputa-se percebido dia por dia (Código Civil, art. 1.215).
Pendentes: aqueles que ainda estão unidos naturalmente ao bem principal (p. ex.: uma fruta que está ligada à árvore que a produziu).
Percipiendos: aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas não o foram.
Estantes: são os frutos que já foram colhidos e encontram-se armazenados ou acondicionados para venda.
Consumidos: são os frutos que não mais existem em razão de seu destino normal (consumo), ou que pereceram.
Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
Produtos
Embora seja comum a utilização das expressões frutos e produtos como sinônimas, existe uma distinção entre os termos que deve ser observada. Enquanto os frutos são bens que se reproduzem periodicamente, os produtos são bens que se retiram da coisa desfalcando a sua substância e diminuindo a sua quantidade. As frutas colhidas de um pomar são frutos, pois nascem e renascem de forma periódica. Os cereais colhidos de uma plantação de arroz, assim como os minerais extraídos de uma jazida e o petróleo extraído de um poço, são produtos, por não se renovarem. Assim como os frutos, os produtos também pode ser objeto de negócio jurídico autônomo. Carlos Roberto Gonçalves compreende que os minerais foram transformados em bens principais em razão do art. 176 da Constituição Federal, que dispõe que as jazidas pertencem à União, constituindo propriedade distinta da do solo para efeito de exploração ou aproveitamento industrial, sendo assegurada ao proprietário do solo participação nos resultados da lavra.
Benfeitorias
Benfeitoria é toda espécie de despesa ou obra (melhoramento) realizada em um bem, com o objetivo de evitar sua deterioração (benfeitoria necessária), aumentar seu uso (benfeitoria útil), ou dar mais comodidade (benfeitoria voluptuária). Os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor, não devem ser considerados como benfeitorias (Código Civil, art. 97). Assim, não são consideradas benfeitorias as acessões naturais, isto é, as melhorias e acréscimos produzidos pela natureza (p. ex.: alusão, aluvião etc.). Também não são benfeitorias as acessões artifi ciais, isto é, as obras que criam uma coisa nova que adere a outra já existente (p. ex.: a construção de uma casa, uma plantação etc.). A benfeitoria não cria uma coisa nova, apenas incrementa. É por essa razão que a pintura em relação à tela e a escultura em relação à matéria-prima não podem ser consideradas benfeitorias.
Valor da indenização: se o possuidor for de boa-fé, o reivindicante será obrigado a indenizar as benfeitorias pelo valor atual delas. Se o possuidor for de má-fé, o reivindicante tem o direito de optar entre o seu valor atual e o de seu custo (Código Civil, art. 1.222). Em ambas as hipóteses, as benfeitorias podem ser compensadas com os danos e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem (art. 1.221).
Pertenças
Pertenças são os bens que, não constituindo partes integrantes, destinam-se, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro (p. ex.: trator em uma fazenda, cama, mesa ou armários de uma casa, o ar-condicionado de uma loja etc.). Em regra, são bens móveis que servem a um imóvel, mas, excepcionalmente, um bem imóvel também pode ser pertença. São consideradas coisas anexadas (res annexa) ao bem principal, embora não o integrem. Conforme prescreve o art. 94 do Código Civil, os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade ou das circunstâncias do caso.
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE ACORDO COM A TITULARIDADE
O Código Civil realiza a classificação dos bens públicos e particulares utilizando o critério da titularidade em razão de sua simplicidade. Todavia, a doutrina é unânime em criticar a permanência dessa classificação no Código Civil de 2002, principalmente na parte em que disciplina o regime dos bens públicos, por se tratar de matéria estranha ao Direito Civil (é matéria de Direito Constitucional e Administrativo). Em que pese a crítica doutrinária, traçaremos algumas linhas sobre o assunto. Além dos bens particulares e públicos, existem aqueles que não pertencem a ninguém, por nunca terem sido apropriados (res nullius) ou por terem sido abandonados (res derelictae). Exemplos: animais selvagens, conchas na praia, águas pluviais não captadas etc. Devemos lembrar que os bens imóveis nunca serão res nullius, pois, se forem abandonados, serão arrecadados como bens vagos e incorporados ao patrimônio do Município ou do Distrito Federal.
Bens particulares
O conceito de bens particulares é extraído por exclusão do conceito de bens públicos, tendo em vista que o Código Civil de 2002 limitou-se a definir apenas estes últimos. Assim, são bens particulares todos aqueles que não forem públicos, isto é, que não pertencerem às pessoas jurídicas de direito público interno.
Bens públicos
São públicos os bens de domínio nacional, pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, como os de propriedade da União, Estados e Municípios. Os bens públicos podem ser classificados em três tipos:
Bens públicos de uso comum do povo: aqueles bens que, embora pertencentes a uma pessoa jurídica de direito público, podem ser utilizados por qualquer pessoa do povo. O domínio é da entidade de direito público e o uso é do povo (p. ex.: mares, rios, estradas, ruas, praças etc.). Importante ressaltar que os bens públicos nãoperdem a sua característica ainda que a administração pública limite ou suspenda o seu uso ou imponha o pagamento de retribuição (p. ex.: cobrança de pedágio etc.), conforme previsão do art. 103 do Código Civil.
Bens públicos de uso especial são os bens que as pessoas jurídicas de direito público interno destinam aos seus serviços ou outros fi ns determinados. Como exemplos, podem ser citados os imóveis onde estão instalados prefeituras, escolas, creches, hospitais, quartéis, museus e teatros públicos e os móveis utilizados na realização dos serviços públicos (radar, caneta, computador etc.). De acordo com o Código Civil, abrangem não só aqueles destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, como também os de suas autarquias (art. 99, II).
Bens públicos dominicais: também conhecidos como patrimoniais, são aqueles que compõem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público interno, como objeto de direito pessoal ou real, de cada uma dessas entidades (Código Civil, art. 99, III). Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Admite-se, assim, que a lei instituidora dessas pessoas jurídicas qualifi que seus bens como públicos ou particulares. Os bens dominicais consideram-se desafetados, enquanto os de uso comum e os de uso especial são bens afetados.
Características dos bens públicos
a) Inalienabilidade: é uma característica dos bens afetados, logo os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação (Código Civil, art. 100). Por outro lado, os bens públicos desafetados, também denominados como bens dominicais, podem ser alienados (art. 101), observadas as exigências da lei: em regra, deve haver prévia avaliação e a alienação deve ser realizada mediante licitação (Lei n. 8.666/93, arts. 17 e 19). Deve ser lembrado que os bens públicos afetados podem ser desafetados mediante disposição expressa de lei ordinária. No que diz respeito às terras indígenas, o art. 231, § 4º, da Constituição Federal impõe a inalienabilidade e a indisponibilidade.
b) Imprescritibilidade: são imprescritíveis as pretensões da administração pública com relação aos bens públicos. Como efeito da imprescritibilidade, os bens públicos também não podem ser adquiridos por usucapião. Embora os bens desafetados possam ser alienados, o Código Civil de 2002, em consonância com os arts. 183, § 3º, e 191, parágrafo
único, da Constituição Federal, dispôs que os bens públicos (afetados ou desafetados) não estão sujeitos a usucapião (art. 102). Essa proibição se justifica pelo descaso da administração pública na conservação de seu patrimônio. Todavia, alguns autores ainda defendem a possibilidade de usucapião de bens dominicais, sobretudo de terras devolutas (terras que não pertencem a particulares e não estão sendo destinadas a qualquer uso público).
c) Impenhorabilidade: a impenhorabilidade dos bens públicos decorre de sua inalienabilidade. Desta forma, os bens públicos não podem ser dados em garantia e não podem ser objeto de execução judicial (adjudicação ou arrematação).
Fontes de consultas: Apostila de Direito Civil parte Geral disponível no SIA da Estácio acessado em 06 de junho de 2018 e Códigos e Leis no site: https://www.jusbrasil.com.br acessado em 06 de junho de 2018.
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NOTAS IMPORTANTES: JAMAIS PERCA O PRAZO DA ENTREGA. Você poderá estar anexando folha branca pautada para completar e/ou complementar sua resposta final. Favor correlacionar nas questões as JURISPRUDÊNCIAS PERTINENTES AO TEMA e/ou Súmulas trazidas à colação. EVITE copiar o exercício do seu colega. O trabalho literário é SEMPRE individual, sendo o plágio intelectual considerado crime além dos alunos envolvidos não terem qualquer avaliação nos trabalhos duplicadamente respondidos, por serem ideologicamente falsos (CP, art. 299) - PENSE! TENTE FAZER! REALIZE... 
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