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CLASSIFICAÇÃO DOS BENS As diversas categorias de bens elencadas no Código Civil e suas conceituações

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS - ECJS
CURSO DE DIREITO - CAMPUS KOBRASOL
Ana Kelly Araújo dos Santos
Carina Ferreira Finamore 
Eduarda Fraga Paes
 Nicole Silvia Campos Machado
Rodrigo Cidral da Costa
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS 
As diversas categorias de bens elencadas no Código Civil e suas conceituações
São José – Santa Catarina
2021
Ana Kelly Araújo dos Santos
Carina Ferreira Finamore
Eduarda Fraga Paes
Nicole Silvia campos Machado
Rodrigo Cidral da Costa
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS 
As diversas categorias de bens elencadas no Código Civil e suas conceituações
Trabalho, apresentado a Universidade Vale do Itajaí, como parte das exigências para composição de M3 de Direito Civil – Parte Geral.
São José, 28 de Junho de 2021.
Professor: MSc. Aline de Camargo Martins 
Disciplina: Direito Civil – Parte Geral
Resumo
Classificação dos Bens: As diversas categorias de bens elencadas no Código Civil brasileiro e suas conceituações. 2021. 21 páginas. Trabalho para composição de M3 de Direito Civil – Parte Geral (Bacharelado em Direito) - Universidade Vale do Itajaí. São José - SC, 2021.
O presente trabalho trata-se da conceituação e classificação objetiva no que tange bens sob a égide principal do Código Civil brasileiro, utilizando também referências de alguns autores, norteando de forma concisa e objetiva o tema em questão. 
Palavras-chave: Bens. Classificação dos Bens. Bens e Código Civil. Categoria de Bens. 
abstract
Classification of Assets: The various categories of assets listed in the Civil Code and their concepts. 2021. 21 pages. Work for the composition of M3 on Civil Law - General Part (Bachelor's Degree in Law) - Universidade Vale do Itajaí. Santa Cartarina - São José, 2021.
The present work deals with the conceptualization and objective classification regarding goods under the main aegis of the Brazilian Civil Code, also using references from some authors, concisely and objectively guiding the theme in question.
Palavras-chave: Goods. Classification of Goods. Goods and Civil Code. Goods Category.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
CC – Código Civil 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................08 
2 CLASSIFICAÇÃO DOS BENS E CONCEITUAÇÕES..........................................08 
3 BENS MÓVEIS.......................................................................................................08 
3.1 Bens Móveis por Natureza................................................................................08
3.2 Bens Móveis Propriamente Ditos.....................................................................08
3.3 Bens Móveis Semoventes.................................................................................08
3.4 Bens Móveis por Antecipação..........................................................................09
3.5. Bens Móveis por Determinação Legal............................................................09
4 BENS IMÓVEIS......................................................................................................09
4.1. Bens Imóveis por Natureza..............................................................................09
4.2. Bens Imóveis por Acessão industrial (artificial) ...........................................10
4.3. Bens Imóveis por Determinação Legal...........................................................10
5 BENS FUNGÍVEIS..................................................................................................10
6 BENS INFUNGÍVEIS..............................................................................................10
7 BENS CONSUMÍVEIS............................................................................................10
7.1. Bens Materialmente Consumíveis ou Consumíveis de Fato........................11
7.2. Bens Juridicamente Consumíveis ou Consumíveis de Direito....................11
8 BENS INCONSUMÍVEIS........................................................................................11
9 BENS DIVISÍVEIS..................................................................................................11
10 BENS INDIVISÍVEIS.............................................................................................11
10.1. Bens Indivisíveis por Natureza......................................................................11
10.2. Bens Indivisíveis por Lei................................................................................12
10.3. Bens Indivisíveis por Vontade Das Partes....................................................12
11. BENS SINGULARES ..........................................................................................12
12. BENS COLETIVOS .............................................................................................12
12.1. Universalidade de Fato...................................................................................13
12.2. Universalidade de Direito...............................................................................13
13. BENS PRINCIPAIS..............................................................................................13
14. BENS ACESSÓRIOS...........................................................................................14
15. FRUTOS...............................................................................................................14
16.PRODUTOS...........................................................................................................15
SUMÁRIO 
17.RENDIMENTOS..................................................................................................15
18.BENFEITORIAS..................................................................................................15
18.1. Benfeitorias Necessárias..............................................................................15
18.2. Benfeitorias Úteis..........................................................................................15
18.3. Benfeitorias Voluptuárias.............................................................................16
19. PERTENÇAS......................................................................................................16 
20. BENS PÚBLICOS...............................................................................................17
20.1. Bens Públicos de Uso Comum do Povo......................................................17 
20.2. Bens Públicos de Uso Especial....................................................................18 
20.3. Bens Públicos Dominicais e/ou Dominiais..................................................18 
21. BENS PRIVADOS OU PARTICULARES...........................................................18
22. DESAFETAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS..........................................................18
23. CONCLUSÃO......................................................................................................19 
1. introdução
O Código Civil de 2002 trata Das Pessoas (como sujeito de direitos), Dos Bens (como objetos das relações jurídicas) e Dos Fatos Jurídicos (que criam, modificam e extinguem direitos).
À primeira vista bem nos remete a algo valorável, no aspecto pecuniário. Nem sempre consideramos como bem tão somente aquilo que pode ser monetariamente auferido.
Sob esta ótica podemos afirmar que o conceito de bem é relativo e pode sofrer mutações ao longo do tempo, o que hoje tem valor pode-se tornar algo insignificante e vice-versa. 
Segundo Gusmão (2008, p. 06), “Bens Jurídicos são qualquer elemento, material ou imaterial, suscetível de apropriação ou não, que possa figurar como o centro de interesses do homem numa relação de direito.” 
Deste modo, bens podem constituir em coisas, ações humanas, atributos da personalidade e por fim determinados direitos.
2. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS JURÍDICOS E CONCEITUAÇÕES:
3. BENS MÓVEIS 
São aqueles suscetíveis de movimento próprioou de remoção por força alheia sem que isso altere a sua substância ou destinação econômica. Exemplo: cadeira, eletrodomésticos, eletroeletrônicos automóveis entre outros.
3.1. Bens Móveis por Natureza 
São aqueles que possuem movimento próprio ou de remoção por força alheia. Exemplo: Animais. 
3.2. Bens Móveis Propriamente Ditos 
São aqueles que se movem por força alheia. Exemplo: Cadeira.
3.3. Bens Móveis Semoventes 
São bens móveis que possuem movimento próprio, tal como animais selvagens, domésticos ou domesticados.
3.4. Bens Móveis Por Antecipação 
São aqueles bens incorporados ao solo, mas tem o objetivo de transformá-los em moveis. Pode-se dizer que, são os bens imóveis que surge uma vontade humana e que se mobiliza em função de uma finalidade econômica.
Assim, como as arvores que são destinadas ao corte e com os seus frutos não colhidos ainda. Segundo Agostinho Alvim, as árvores e seus frutos só aderem ao imóvel, enquanto não sejam “objeto de negócio”.
3.5. Bens Móveis Por Determinação Legal
É aquele móvel com fins legais, são os direitos reais sobre o objeto móvel, assim como, os direitos pessoais patrimoniais e suas ações. Os direitos e obrigações também se encaixam nos bens por determinação legal. Exemplo: O direito autoral sobre um objeto móvel; desenhos industriais; obras artísticas.
Conforme o art. 83 do Código Civil é considerado moveis para efeitos legais:
 
I - As energias que tenham valor econômico; Exemplo: Energia Elétrica.
II - Os direitos reais sobre objetos moveis e as ações correspondentes; Exemplo: Direitos que tem sob um carro.
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações; Exemplo: Direito de crédito.
4. BENS IMÓVEIS 
São bens insuscetíveis de movimento, que não podem ser transportados de um lugar para o outro sem serem destruídos. Podem, ainda, ser considerados imóveis por determinação legal, conforme estabelece o artigo 79 do CC, o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
II - Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
4.1. Bens Imóveis por Natureza 
Somente o solo, com sua superfície, subsolo e espaço aéreo.
 4.2. Bens Imóveis Por Acessão Industrial (Artificial) 
É a aderência de um bem ao solo por força humana, como as construções e as plantações, que não podem ser retiradas sem destruição, modificação, fratura ou dano ao bem, tendo em vista o conceito, nele não se abrange as construções provisórias, como as barracas de feira, por exemplo. 
Nestas hipóteses, não perderá o caráter de imóvel as edificações que separadas do solo não perderem sua unidade, e os materiais separados provisoriamente do prédio que voltarão a integrá-lo futuramente.
4.3. Bens Imóveis Por Determinação Legal 
São bens que são considerados imóveis por força de lei para dar maior segurança a determinadas relações jurídicas. Eles estão previstos no artigo 80 do Código Civil, dentre os quais podemos citar os direitos reais sobre os bens imóveis e suas respectivas ações e o direito a sucessão aberta (razão pela qual, inclusive, a renúncia da herança deve ser dar por escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis).
5. BENS FUNGÍVEIS 
 São bens móveis que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade, ou seja, podem ser determinados por peso, número ou medida. O Código Civil os define em seu artigo 85, como sendo "fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, quantidade e qualidade. Exemplo: Dinheiro, seu empréstimo chama-se mútuo. Em regra, ele somente abrange bens móveis, porém, excepcionalmente podem englobar imóveis.
6. BENS INFUNGÍVEIS
São bens que não podem ser substituídas por outros em virtude de uma característica própria que tenham, que o torne individual. Exemplo: Um quadro, seu empréstimo chamam-se comodato.
7. BENS CONSUMÍVEIS 
Conforme disciplinado no art. 86 do Código Civil, “são consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação”.
7.1. Bens Materialmente Consumíveis ou Consumíveis de Fato 
São bens cujo uso importa destruição imediata da própria substância (art. 86, 1ª parte, do Código Civil). Exemplo: alimentos. 
7.2. Bens Juridicamente Consumíveis ou Consumíveis de Direito 
São os bens destinados à alienação ou transferência (art. 86, 2ª parte, do Código Civil). Em regra, um livro é inconsumível, mas se exposto à venda numa livraria, o livro passa a ser juridicamente consumível.
8. BENS INCONSUMÍVEIS 
São inconsumíveis os bens que podem ser utilizados sem que haja destruição de sua substância, tendendo a ser duráveis, permitindo deste modo o uso reiterado. Ex: Roupas, sapatos, etc.
9. BENS DIVISÍVEIS 
Bens divisíveis são os que podem ser divididos sem perderem seu valor (ex.: um terreno).
 	O Código Civil estabelece que:
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
10. BENS INDIVISÍVEIS 
Em suma bens indivisíveis são os que não admitem divisão (ex.: uma lancha).
10.1. Bens Indivisíveis por Natureza
São os bens indivisíveis que não podem se dividir sem alteração de sua substância. Ex: automóvel, computador, podendo esta indivisibilidade ser física ou material. O Código Civil em seu Art. 88, prevê que: 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar−se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
10.2. Bens Indivisíveis por Lei 
São os bens cuja lei disciplina de modo a não admitir divisão, sendo deste modo, a indivisibilidade jurídica. Ex: Servidão.
10.3. Bens Indivisíveis por Vontade Das Partes 
São os bens que por consenso das partes interessadas são transformados em indivisíveis, sendo a indivisibilidade convencional.
	Neste diapasão o art.1.320, §1º e §2º do CC, prevê:
§ 1oPodem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
§ 2oNão poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador. 
11. BENS SINGULARES 
São aqueles que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.” (art.89-CC).
Mas na classificação doutrinária, os bens singulares são classificados como simples, quando suas partes, de mesma espécie, estão ligadas pela própria natureza.
12. BENS COLETIVOS 
Também chamados de universais ou universalidades. Bens coletivos são compostos por um conjunto de objetos, de coisas singulares, em um só todo, sem que percam suas particularidades.
Segundo Gonçalves apud, Chagas 2016, os bens coletivos são compostos de várias coisas singulares que se consideram em conjunto, formando uma unidade, que passa a ter individualidade própria, distinta da dos seus objetos componentes.
Por exemplo, a árvore, pode ser um bem singular ou coletivo, conforme ela seja encarada, individualmente ou agregada a outras árvores. Se individualmente observada, a árvore será um bem singular, mantendo-se independente dos demais e se agregada a outras árvores, formará um todo, ou seja, uma floresta. 
12.1 Universalidade de Fato
Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias. 
(Art. 90, parágrafo único - CC).
12.2 Universalidade De Direito
Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. (Art. 91 – CC). Como por exemplo, a herança, o patrimônio, etc.
Pondera o professor Flavio Tartucce apud Robson Carlos que:
“universalidade de fato, é o conjunto de bens singulares, corpóreos e homogêneos, ligados entre si pela vontade humana e que tenham utilização unitária ou homogênea,sendo possível que tais bens sejam objeto de relações jurídicas próprias, e, “Universidade ou universalidade de direito – é o conjunto de bens singulares, tangíveis ou não, a que uma ficção legal, com o intuito de produzir certos efeitos, dá unidade individualizada. Pelo teor do art. 91 do CC há um complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico. São exemplos o patrimônio, a herança de determinada pessoa, o espólio, a massa falida, entre outros conceitos estudados como entes despersonalizados no capítulo anterior.” (Flavio Tartuce, vol 1. P. 257 apud Robson Carlos).
13. BENS PRINCIPAIS 
Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente. (Art. 92 – CC) ou seja, são bens que tem existência própria, que existe por si só. Por exemplo, o solo, ele existe por si só, concretamente, sem qualquer dependência.
14. BENS ACESSÓRIOS 
O acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. (Art. 92 – CC) ou seja, dependem sempre do principal.
“Bem acessório é o que supõe, para existir juridicamente, um principal. Nos imóveis, o solo é o principal, sendo acessório tudo aquilo o que nele se incorporar permanentemente.” (Gonçalves, Carlos Roberto, 2012)
Aliás, há uma conhecida frase do direito civil: “o acessório segue o principal”, justamente porque existe uma espécie de gravitação jurídica, ou seja, o bem acessório gravita em torno do bem principal.
Quanto a classificação dos Bens Acessórios o Art. 95 – Código Civil dispõe: 
“Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico”. (Art. 95 – CC).
15. FRUTOS
Ao possuir um bem principal, periodicamente, pode ser concebido utilidades, cuja percepção mantém intacta a coisa principal do bem que as geram, tais produtos que nascem e renascem do bem principal sem lhe causar desgaste, é chamado de frutos, podendo ser divididos em duas classificações, segundo Gonçalves (2012), sendo elencadas de acordo com sua origem e seu estado.
1- Em razão de sua origem: 
Frutos naturais: São os que se desenvolvem e se renovam periodicamente, em virtude da força orgânica da própria natureza (ex.: frutas, leite, cria dos animais, etc.).
Frutos Industriais: São os que aparecem pela mão do homem, isto é, os que surgem em razão da atuação do homem sobre a natureza (ex.: produção de uma fábrica).
Frutos Civis: São os rendimentos produzidos pela coisa, em virtude de sua utilização por outrem que não o proprietário (ex.: juros, aluguéis, etc.).
2- Em razão de seu estado: 
Frutos pendentes: Frutos pendentes são àqueles que ainda estejam unidos à coisa que os produziu.
Frutos percebidos ou colhidos: Frutos percebidos ou colhidos consideram-se àqueles frutos depois de separados da coisa que os produziu.
Frutos Estantes: Frutos estantes são os frutos separados e armazenados ou acondicionados para venda.
Frutos percipiendos: Frutos percipiendos são os frutos que deviam ser, mas não foram colhidos ou percebidos.
Frutos Consumidos: Frutos consumidos são os frutos que não existem mais porque foram utilizados.
16. PRODUTOS
No que diz à produtos, os mesmos são utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente (SILVA, 2008), ou seja, alterar a substância do produto, diminuindo a quantidade até seu esgotamento, já que o mesmo não se reproduz periodicamente, tendo como exemplo rochas minerais e combustível fóssil, como o petróleo
17.RENDIMENTOS
Trata-se dos frutos civis (CC, arts. 1.215 e 206, § 3’, III) ou também chamados de prestações periódicas, em dinheiro, em virtude da sua utilização por outra pessoa que não o proprietário, podendo ser divididos também em frutos naturais e frutos industriais, e quanto ao seu estado, em frutos pendentes, percebidos ou colhidos, estantes, percipiendos e consumidos, esse último que ocorre quando os mesmos já não mais existem.
18.BENFEITORIAS
São as obras ou despesas feitas na coisa, para o fim de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la (SILVA, 2008), ou seja, são as obras oriundas de ação humana com o intuito de conservação, melhoramento ou embelezamento feitas sob a intervenção do proprietário.
18.1. Benfeitorias Necessárias
São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. (CC, art. 96 § 3º)
18.2. Benfeitorias Úteis
São úteis as benfeitorias que aumentam ou facilitam o uso do bem. (CC, art. 96 § 2º)
18.3. Benfeitorias Voluptuárias
São voluptuárias as benfeitorias de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. (CC, art. 96 § 1º)
19. PERTENÇAS
	O Art. 93 do código civil de 2002 apresenta a figura das “Pertença” motivado por problemas prático em que se discutia de um determinado bem, ao estudar as disposições gerais do Código Civil” podemos compreender que os sujeitos do direito são às pessoas, podendo ser físicas ou jurídicas, são sujeitos de direitos pois perante a lei possui direitos e obrigações. O bem jurídico é justamente o objeto principal dessas relações ou negócios jurídicos, cabe ao direito através do código civil regulamentar as relações entre as pessoas naturais ou jurídicas para normatizar a forma de apropriação bem como a tutela jurisdicional desses bens.
	Desta forma sabemos que o direito é uma ciência, e toda ciência possui metodologias de estudo de seu objeto, portanto sendo os bens objeto de direito a necessidade de sistematizar as normas necessárias para relação de destino da coisa, configurado no uso ou serviço. Pertença se distingue das partes integrantes, ou seja, bens que não constituindo partes integrantes. 
	Quanto ao conceito pertenças são bens que se acrescem, como acessórios à coisa principal, podendo ser consideradas como res annexa (coisa anexa). Desta forma são bens sui generis destinados de forma duradoura, conservar, facilitar ou servir de adorno do bem principal sem ser parte integrante e não se admitindo que seu uso esteja provisoriamente, por exemplos móveis que guarnece uma residência.
	Existem várias linhas doutrinárias sobre a figura Pertença, alguns doutrinadores inserem nos bens acessórios, outros consideram categoria autônoma, todavia de escasso valor, deste modo podemos estabelecer um conceito Pertenças são os bens acessórios, móveis ou imóveis, que não constituindo partes integrantes são postos pelo seu proprietário de modo duradouro ao seu uso ou serviço do bem principal. 
	Por sua vez, o Código Civil definiu a figura da pertença como os bens que não constituídos partes integrantes, se destina, de modo duradouro ao seu uso, serviço ou aformoseamento de outro, desta forma Pertença foi positivado nos artigos 93 e 94 no código civil. Este tema é objeto de discussão desde 1954, entretanto este tema nunca foi objeto de estudo mais aprofundado, o Código Civil trata deste aspecto de forma abrangente e subjetiva, a falta desta definição abre caminho para outras jurisprudências abrindo uma reflexão sobre o regime das Pertenças e promover uma análise crítica sobre o sistema jurídico brasileiro. 
	O Código Civil Brasileiro de 2002 no Artigo 93, no que se refere à figura das Pertenças, ainda que se aplique aos bens acessórios a máxima de direito segundo a qual “o acessório segue o principal” conferiu tratamento distinto e específico às pertenças embora considere todas como bens acessórios, pois são destinadas de modo duradouras ao seu uso, ao serviço e ao aformoseamento de um bem sem que ele faça parte integrante. O Artigo 94 do Código Civil Brasileiro trata de forma clara os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade ou das circunstâncias do caso. 
20. BENS PÚBLICOS
	De acordo com código civil (artigo 98), bens públicos são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, quais sejam: União, Estados, DF, Municípios Autarquias e Fundações Públicas, possuem como característica como regime jurídico a alienabilidade condicionada, impenhorabilidade, imprescritibilidade.Segundo Professor Carvalhinho, por outro lado, defende tratar-se de bens públicos, porém com destinação especial, podendo ser sujeito a alienação, penhora e oneração, uma vez que o Código Civil só reconhece como públicos pertencentes às pessoas jurídicas de direito público. Desta forma a expressão “bens públicos” a “domínio público” refere-se ao exercício do direito de propriedade pelo Estado sendo conjunto de bens móveis e imóveis destinados ao uso do direito do Poder Público ou à sua utilização direta ou indireta da coletividade abrangendo todos os bens legitimados ao regime do direito administrativo público.
20.1. Bens Públicos de Uso Comum do Povo
São aqueles destinados ao uso indistinto de toda a população. Ex: Mar, rio, rua, praça, estradas, parques (art. 99, I do CC). O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por meio da lei da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Ex: Zona azul nas ruas e zoológico. O uso desses bens públicos é oneroso.
20.2. Bens Públicos de Uso Especial
São bens, móveis ou imóveis, que se destinam ao uso pelo próprio Poder Público para a prestação de serviços. A população os utiliza na qualidade de usuários daquele serviço. Ex.: hospitais, automóveis públicos, fórum etc. Assim, compete a cada definir os critérios de utilização desses bens.
20.3. Bens Públicos Dominicais e/ou Dominiais
Constitui o patrimônio disponível, exercendo o Poder Público os poderes de proprietário como se particular fosse. São bens desafetados, ou seja, não possuem destinação pública.
21. BENS PRIVADOS OU PARTICULARES
	Bem privado é a característica de um tipo de bem onde o possuidor é a pessoa privada do bem apontado. Desta maneira, o bem privado sempre está em poder de uma pessoa que pode ser física ou jurídica, e, por conseguinte gerenciado pela mesma.
	Certos tipos de bens podem ser privados como por exemplo: Carro, roupas, casa, construção de sala comercial entre outros. Caso o proprietário desse bem quiser fazer algo com ele, ele poderá, pois, ele tem a posse, e não o Estado. 
	Desse modo, conforme a base legal dos direitos de posse dos bens privados está fundamentada em: uso, gozo e disposição. Esse direito em pauta aos bens privados representa valer-se do bem para o propósito a que for destinado e desfrutar dele da maneira que lhe for pertinente.
22. DESAFETAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS
	Podemos entender por bens públicos um grupo de elementos móveis e imóveis de posse de pessoas jurídicas de direito público, sujeito ao regime jurídico excessivo do Direito Comum que contribuem como um aparato para a busca do maneio público. No entanto, são pessoas jurídicas de direito público: União, estados, Distrito Federal, municípios, autarquias, fundações.
 Em geral, entidades estatais não têm bens públicos, pois são pessoas jurídicas de direito privado. No entanto, se essas entidades estatais participarem da prestação do serviço público, os bens enfáticos pela prestação do serviço serão apontados como bens públicos (art. 175, CF/88). Estar afetado é estar ligado à prestação do serviço.
	No que lhe diz respeito, existe a desafetação onde o episódio administrativo pelo qual o bem público não serve ao impulso público. Comumente, a desafetação exige ato administrativo formal afastado das pressuposições em que a desafetação é explícita, não necessitando de ato administrativo formal, como, por exemplo, momento em que o bem termina.
23. CONCLUSÃO
	Diversas são as classificações acerca dos bens é de suma importância o devido domínio de cada uma delas, para que assim as atuações no que tange o direito sejam alicerçadas, de modo a exaurir quaisquer desvios conceituais e classificatórios no que diz respeito à bens.
2
	
Referências
ABRAM, D. B. de A. Noções de Direito, 2013. Disponível em: 
https://www.uniasselvi.com.br/extranet/layout/request/trilha/materiais/livro/livro.php?codigo=16334 Acesso em 15 Jun 2021. 
Beviláqua, C. Direito das Coisas, V1, História do Direito Brasileiro, 2003. Disponível em: file:///C:/Users/FLAPER/Downloads/000667968_V1.pdf. Acesso em 15 Jun 2021. 
Bens e sua classificação, 2008. Disponível em:
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/156/Bens-e-sua-classificacao. Acesso em 14 Jun 2021. 
Bens semoventes, 2009. Disponível em: https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/792/Bens-semoventes. Acesso em 17 Jun 2021. 
Chagas, Carlos Eduardo. Bens Principais e Bens Acessórios, 2016. Disponível em:http://caduchagas.blogspot.com/2012/07/direito-civil-bens-principais-e-bens.html?m=1. Acesso em 17 Jun 2021
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