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DIREITO DA CRIANÇA, ADOLESCENTE E IDOSO

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Introdução
Este presente trabalho tem por objetivo demonstrar as atribuições conferidas ao Promotor de Justiça ao ser designado para as causas em que tutelam os direitos da criança, do adolescente e do idoso que deve observar o sistema de garantias dos direitos que é composta por uma rede horizontal de atores, cada qual com responsabilidades próprias que, como uma engrenagem, atuam em conjunto. O grande desafio como Promotor de Justiça é se inserir nessa rede, ou, quando inexistente, estimular sua formação. Várias medidas podem ser recomendadas ao Promotor de Justiça por ocasião da assunção das competências da Justiça da Infância e da Juventude. A adoção de simples práticas permitirá a integração do membro do Ministério Público à comunidade que o cerca, além de aos demais órgãos de proteção dos interesses da criança e do adolescente e do idoso, neste sentido, conferida a posse no cargo. poderá o Promotor de Justiça, o Ministério Público como instituição permanente, essencial à função jurisdicional do estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, atribuindo-lhe, dentre outras, as funções de zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia e promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Questiona-se: qual o papel do Ministério Público em defesa da pessoa idosa? Sabendo, pois, que a situação dos idosos necessita de uma prática que leve em consideração a quebra de preconceitos, no qual estes contribuem para uma visão negativa e homogeneizadora do envelhecimento. Objetivando assim, iniciativas que possam beneficiar pessoas idosas e facilitando a sua melhor inserção na sociedade.
Na esteira do conhecimento o Promotor de Justiça tem por atribuição;
Comunicar a assunção do cargo, por ofício ou outro meio documentável, ao Prefeito do Município, aos vereadores, aos membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Conselho Tutelar, aos órgãos policiais, às secretarias de assistência social, da saúde e da educação. 
Analisar a legislação municipal relacionada à política de atendimento à infância e à juventude, em especial a que institui e regula o funcionamento do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Conselho Tutelar e do Fundo da Infância e Adolescência dos Municípios que compõem a Comarca.
Analisar as deliberações do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente a respeito das políticas públicas do Município, verificando se suas resoluções foram cumpridas pelo Executivo local. 
Promover todas as medidas cabíveis diante de eventual incompatibilidade da lei municipal ou deliberação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente com os preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente e das Constituições Federal e Estadual.
Organizar arquivo e mantê-lo atualizado, na sede da Promotoria de Justiça, contendo os seguintes documentos: I) a legislação municipal concernente a sua área de atuação; e II) as deliberações e resoluções do Conselho Municipal de Direitos relacionadas à política de atendimento e ao processo de escolha de seus representantes e os do Conselho Tutelar.
Garantir a legalidade e a forma democrática no procedimento de escolha e eleição dos membros do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente e do Conselho Tutelar.
Zelar pela representatividade dos conselheiros eleitos, seja para o Conselho Municipal de Direitos da Criança, seja para o Conselho Tutelar.
Participar, sempre que possível, das reuniões do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, velando para que as decisões tomadas se dêem de forma colegiada.
Zelar pelo respeito à autonomia das decisões do Conselho Tutelar, colaborando, sempre que possível e necessário, para o bom desempenho de suas funções.
Provocar o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente para, quando necessária, expedição de deliberação e resolução normativa, relativas às políticas públicas e aos programas a serem implementados, ampliados ou mantidos na área da infância e juventude.
Zelar para que no Plano Orçamentário Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual do Município, a área da infância e juventude seja contemplada com a “preferência na formulação e execução das políticas sociais públicas” e com a “destinação privilegiada de recursos públicos”, previstas no art. 40 da Lei no 8.069/1990.
Quanto ao exercício das funções jurisdicionais, especialmente aquelas estabelecidas ao longo dos incisos do art. 201 do Estatuto da Criança e do Adolescente, recomenda-se que o Promotor de Justiça:
Verifique se a Justiça da Infância e da Juventude é competente para conhecer e processar o feito, nos moldes do art. 148 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Verifique se a Justiça da Infância e da Juventude possui equipe interprofissional prevista no art. 150 do Estatuto.
Abandone o uso, tanto na linguagem escrita quanto na oral, de termos imprecisos, pejorativos ou inadequados.
Cuide para que em todos procedimentos conste cópia da certidão de nascimento da criança e do adolescente e, se apurada a inexistência de assento no registro civil, requeira que autoridade judiciária determine que isso ocorra imediatamente (art. 102, § 1o , do Estatuto da Criança e do Adolescente). (1)
A Constituição Federal de 1988 conferiu ao Ministério Publico “a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e individuais indisponíveis” (art. 127, caput). Nessa esteira do entendimento, o Promotor de Justiça não se ocupa apenas dos direitos coletivos e difusos, mas também dos direitos que, apesar de restritos a um indivíduo individualmente considerado, não podem ser renunciados por seu titular. Os direitos da criança e do adolescente são sempre indisponíveis indisponibilidade que incorpora tanto as garantias fundamentais, como o direito à vida, à saúde e à educação; além dos direitos patrimoniais, vez que nem mesmo os pais, sem permissão da autoridade judiciária, podem transacionar os bens dos filhos menores de 18 anos. (2)
Garrido de Paula, nos ajuda nesta linha de entendimento: 
“É evidente que as garantias fundamentais da criança e do adolescente – direito à vida, à saúde, à dignidade, ao respeito, ao acesso à cultura, a educação, ao lazer, e a convivência familiar e comunitária, entre tantos outros – estarão sempre sujeitas à tutela do Ministério Público, uma vez que constituem direitos socialmente relevantes. No entanto, não podem ser olvidados os demais direitos da criança e do adolescente, à medida que o art. 201 do Estatuto da Criança e do Adolescente não limitou a tutela do parquet, abarcando todos os direitos da criança e do adolescente, sejam eles homogêneos, ou não, constituam uma garantia fundamental ou não. A legitimidade conferida ao Ministério Público, nos procedimentos estatutários, difere da situação de “substituto processual”, comum nos procedimentos de rito processual civil.” Garrido de Paulo (2015)
Desta forma, o caráter marcadamente público do direito da criança e do adolescente impõe sua defesa também pelo Ministério Público, encarregado pela Constituição Federal do zelo aos interesses sociais e individuais indisponíveis. Age na defesa do interesse social que se agrega ao interesse individual da criança ou adolescente porque o legislador assim o quis, preocupado com a necessidade de validação dessa categoria de direitos, cujo acesso à justiça é dificultado pela própria condição peculiar de infante ou jovem. Diante dessa ampla gama de direitos a tutelar, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em especial no seu art. 201, criou instrumentos para a ação do Promotor de Justiça, conferindo-lhe ações e procedimentos diversificados. (3)
No que tange ao Idoso, Sem dúvida,os problemas por que passam as pessoas idosas têm um ponto em comum com todas as pessoas socialmente marginalizadas, que sofrem algum tipo de restrição ou de discriminação. Os problemas das pessoas de idade avançada não se limitam às discriminações puramente sociais. Em vista de limitações físicas ou mentais, não são raros os casos em que são abandonadas pela própria família ou esquecidas em asilos. Nesses casos, sem dívida, passam a ser compreendidas na condições deficitária que atinge boa parte da população. O termo pessoas deficientes refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suas capacidades físicas ou mentais. Não é nova a preocupação com as pessoas de idade mais avançada, mas não deixa de ser recente a melhor conscientização jurídica do problema. Ora, as pessoas portadores de idade mais avançada também têm direito a que suas necessidades especiais sejam levadas em consideração em todos os estágios de planejamento econômico e social. Por isso, a Constituição preocupou-se em evitar discriminações em razão da idade(Art 5º XXX CF/88); ao mesmo tempo, atentou para a proteção às pessoas idosas, quando impôs à família, à sociedade e ao Estado o dever de ampará-las, assegurando-lhes participação na comunidade e defendendo-lhes a dignidade, o bem estar e o direito à vida(Art 230). Grande parte das medidas que podem ser almejadas na defesa das pessoas idosas depende de uma política governamental fundada em sólidos investimentos. Não raro, as medidas supõem alterações legislativas e, sobretudo, severa fiscalização de seu efetivo cumprimento. Desde já, porém, são cabíveis inúmeras providências judiciais e extrajudiciais em defesa das pessoas idosas, seja no campo penal, seja na defesa cível, tanto individual como metaindividual dos interesses de toda uma categoria de idosos. Neste último caso, a chamada Lei da Ação Civil Pública presta-se à defesa dos interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos de toda a categoria (Lei Federal nº 7.347/85). No entendimento do MP entendimento, sob o aspecto difuso e coletivo, o próprio Ministério Público deve desde já ser posto em defesa desse expressivo contingente de pessoas, até porque já tem tradição na defesa de pessoas atingidas por alguma forma de hipossuficiência: é o que se dá quando atua protetivamente em relação aos incapazes, às crianças e adolescentes, aos acidentados do trabalho, aos trabalhadores em geral, aos silvícolas, aos favelados, aos consumidores e às pessoas portadoras de deficiência. Constitucionalmente destinado a zelar pelo respeito dos Poderes Públicos e do serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição(Art 129 II), é pertinente que o Ministério Público seja colocado, de forma institucional e direta, no zelo do efetivo cumprimento das leis que disponham sobre a proteção à pessoa idosa.
As Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência atuam na defesa dos direitos transindividuais de idosos e de pessoas com deficiência. (4)
A Constituição Federal, o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03) e a legislação federal sobre a temática da pessoa com deficiência (Leis nº 7.853/89, 10.048/00, 10.098/00, dentre outras) conferiram ao Ministério Público a tutela dos interesses transindividuais dos idosos e das pessoas com deficiência, assim como a atuação em casos individuais de idosos que estejam em situação de risco ou vulnerabilidade social.
Criado pela Resolução n. 1.766/2012, o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção do Idoso e da Pessoa com Deficiência desenvolve suas atividades auxiliando a atuação do Promotor de Justiça para a efetivação dos direitos transindividuais da pessoa idosa e da pessoa com deficiência, faceta própria de tutela coletiva, e na efetivação dos direitos individuais indisponíveis nos casos dos idosos em situação de risco. (5)
Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência
Desempenham a tutela individual do idoso em situação de risco social, à qual implica a aplicação de medidas protetivas e a propositura de demandas diversas, como as ações de interdição, de registro tardio e de alimentos.
Desta forma fica evidente a importância do MP e dos Promotores de justiça no processo de defesa da criança, adolescente e idoso, o Ministério Público é uma instituição responsável pela manutenção da ordem jurídica, defesa dos interesses da sociedade e fiscalização do poder público. É uma entidade de caráter permamente que tem como escopo defender as leis existente no país, auxilia a sociedade e se coloca como defensor quando a legislação está sendo desrespeitada. 
Referencias:
GARRIDO DE PAULA, Paulo Afonso. A ação do Ministério Público na defesa dos direitos da criança e do adolescente. Art. apresentado no Seminário “Quinze Anos do Estatuto da Criança e do Adolescente: avanços e desafios sob a ótica do sistema de justiça”, evento organizado pela Associação Brasileira de Magistrados e Promotores de Justiça da Infância e Juventude em parceria com o Superior Tribunal de Justiça, Brasília, julho de 2005.
MP AMAZONAS, http://www.mpam.mp.br/attachments/article/2374/Manual%20do%20Promotor%20de%20Justi%C3%A7a%20da%20Inf%C3%A2ncia%20e%20da%20Juventude%20%E2%80%93%20MP%20SC.pdf 
MP GOIAS, http://www.mpam.mp.br/attachments/article/2374/Manual%20do%20Promotor%20de%20Justi%C3%A7a%20da%20Inf%C3%A2ncia%20e%20da%20Juventude%20%E2%80%93%20MP%20SC.pdf 
GRUPO NACIONAL DE MEMBROS DO MINISTERIO PUBLICO, http://www.gnmp.com.br/publicacao/127/o-ministerio-publico-e-a-infancia-e-juventude-por-uma-re-formulacao-da-forma-de-ver-pensar-e-atuar 
Conteúdo Jurídico, http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,o-papel-do-ministerio-publico-em-defesa-da-pessoa-idosa,56145.html 
MP RJ, http://www.mprj.mp.br/conheca-o-mprj/areas-de-atuacao/idoso-e-pessoa-c/-deficiencia

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