Prévia do material em texto
Sandra Antonia de Souza Ferreira Curso de Bacharelado em Serviço Social DIREITO À MATERNIDADE DIREITO À INFÂNCIA DIREITO À VIDA E SAÚDE DIREITO À ALIMENTAÇÃO DIREITO À MATERNIDADE FONTE:https://br.freepik.com/vetores-premium/mae-com- um-bebe_4008923.htm.>Acesso em 14.jun.2020 . A primazia do direito à vida inspira a proteção à maternidade. Ao contrário do que se pensa ordinariamente, as garantias constitucionais que garantem emprego, salário, licença, não tem por escopo proteger a mulher, mas preservar a espécie. A Constituição Federal inclui a maternidade dentre os Direitos Sociais, garantindo à mulher o exercício de sua função biológica. A lei ordinária garante a assistência previdenciária, sempre com o objetivo de assegurar o direito à vida e à dignidade. É importante que se preserve e promova a saúde materna em sua integralidade, garantindo o desenvolvimento saudável do feto, a saúde materna, a vida digna e a preservação da espécie. DIREITO À MATERNIDADE DIREITO À INFÂNCIA DIREITO À VIDA E SAÚDE DIREITO À ALIMENTAÇÃO DIREITO Á INFÂNCIA FONTE:https://br.freepik.com/vetores- gratis/quadro-com-criancas-felizes- sorrindo_5183430.htm#page=1&query=criancas %20felizes&position=2.>Acesso em 14.jun.2020 Estatuto da Criança e Adolescente A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 foi inovadora ao adotar a Doutrina da Proteção Integral na questão da infância e adolescência no Brasil. A referida doutrina teve seu crescimento primeiramente em âmbito internacional, em convenções e documentos na área da criança, dentre os quais se destaca a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança de 1989, aprovada por unanimidade pela Assembléia Geral das Nações Unidas. Conforme Liberati (2003, p. 20), a Convenção “representou até agora, dentro do panorama legal internacional, o resumo e a conclusão de toda a legislação garantidos de proteção à infância”. O Brasil, com base nas discussões sobre a Convenção, adota no texto constitucional de 1988Doutrina da Proteção Integral, consagrando-a em seu art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Direito À Infância Direito À Maternidade Direito À Vida e Saúde Direito à Alimentação DIREITO À VIDA E A SAÚDE FONTE:https://br.freepik.com/vetores- premium/criancas-pulando-desenhos- animados-criancas-brincando-e-saltar- isolado-feliz-ativo-fofo-garoto-surpreso- personagens-de- vetor_7494174.htm.>Acesso em 14.jun.2020 O Estatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 iniciam a exposição dos direitos fundamentais pelo direito à vida e à saúde. No artigo 7º do ECA, lê-se: “A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”. O próprio ECA preceitua várias medidas de caráter preventivo, além de políticas públicas que permitam o nascimento sadio, configurando-se, segundo Elias (2005) o direito de nascer. Ainda, o Estatuto da Criança e do Adolescente garante o tratamento igualitário de todos os sujeitos, independentemente da condição social (art. 11). Os portadores de deficientes receberão tratamento especializado (§ 1º), incumbindo ao poder público o fornecimento gratuito de medicamentos, próteses e outros recursos quando necessários (§ 2º). No caso de internação da criança e do adolescente, os hospitais deverão propiciar condições para que um dos pais permaneça com o paciente (art.12). O Sistema Único de Saúde promoverá ainda programas de assistência médica, odontológica e campanhas de vacinação das crianças (art. 14). Observa-se, desta forma, que o direito à vida, incutido no direito à saúde, é considerado o mais elementar e absoluto dos direitos fundamentais, pois é indispensável ao exercício de todos os outros direitos. Não pode ser confundido com sobrevivência, pois o direito à vida implica o reconhecimento do direito de viver com dignidade, direito de viver bem, desde o momento da formação do ser humano. (AMIN, 2007). DIREITO À MATERNIDADE DIREITO À INFÂNCIA DIREITO À VIDA E SAÚDE DIREITOS À ALIMENTAÇÃO DIREITO À ALIMENTAÇÃO FONTE:https://www.hospitalinfantilsabara.org.b r/alimentacao-infantil/>Acesso em 14.jun.2020 O art. 227 da Constituição Federal inclui, logo após o direito à vida e à saúde, o direito à alimentação no rol dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes. É um direito especial de crianças e adolescentes positivado, levando em consideração a maior vulnerabilidade por estarem em peculiar condição de pessoa em desenvolvimento. Este direito tem estreita ligação com o direito à vida e direito ao não- trabalho. Assim, a positivação deste direito criou para o Estado o dever de assegurar alimentação a todas as crianças e adolescentes que não tenham acesso a ela por meio dos pais ou responsáveis e, ainda, faz nascer o direito individual de exigir esta prestação. (MACHADO, 2003). Conforme determina o art. 1.696 do Código Civil de 2002, “o direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns na falta de outros”, assim na falta dos genitores poderá a criança e o adolescente pleitear os alimentos dos outros parentes, respeitando a ordem de sucessão. Define o art. 2° da Lei de Alimentos, n. 5.478/68, que o credor, ao postular pela concessão dos alimentos, exporá suas necessidades e provará apenas o parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor. BIBLIOGRAFIAS AMIN, Andréa Rodrigues. Dos Direitos Fundamentais. In: MACIEL, Kátia Regina Ferreira Lobo Andrade (coord.). Curso de Direito da Criança e do Adolescente. Aspectos Teóricos e Práticos. 3ª ed., rev. e atual. Rio de Janeiro: Editora: Lumen Juris, 2007. p. 31 – 60. BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF: Senado Federal, 1990 ELIAS, Roberto João. Direitos fundamentais da criança e do adolescente. São Paulo: Saraiva, 2005. LIBERATI, Wilson Donizete. Adolescente e ato infracional. Medida socioeducativa é pena? -São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2003. MACHADO, Martha de Toledo. A proteção constitucional de crianças e adolescentes e os direitos humanos. São Paulo: Manole, 2003.