RESUMO DIREITO DO TRABALHO II

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RESUMO DIREITO DO TRABALHO II
Férias: é um intervalo do contrato de trabalho; Não trabalha, entretanto, recebe salário deste período. (Art. 134, CLT.)
	PERIODO AQUISITIVO
	PERIODO CONSECIVO
	12 meses
	24 meses
	SUSPENÇÃO
	INTERRUPÇÃO
	Sem serviço, sem salário. 
	Sem serviço, com salário.
Obs: A partir de 12 meses, o empregado terá direito a gozar de um período de férias. Deste modo os demais anos seguintes serão computados o mês das férias mais 11 meses trabalhado para que possam ser concedidas as demais férias de direito. 
	DIAS DE FÉRIAS (-6)
	FALTAS DURANTE O PERIODO AQUISITIVO (+9)
	30
	+ de 5 faltas
	24
	De 6 a 14 faltas
	18
	De 15 a 23 faltas
	12
	De 24 a 32 faltas
A tabela acima demonstra quantos dias de férias o empregado terá de acordo com a quantidade faltas injustificada que este tiver no seu período aquisitivo de 12 meses. (ART. 130, CLT.)
Segundo o ART. 130, Parágrafo 2, CLT – O período aquisitivo das férias será computado para todos efeitos legais. 
ART. 131, CLT | Súmula 89, TST | ART. 473, CLT – Não conta como falta. 
ART. 136 C/C ART. 2, CLT – Da época do período das férias. 
ART. 143, CLT | Súmula 450 TST – Do abono pecuniário; Venda de 1/3 das férias.
Efeitos da cessação do contrato de trabalho (referente a férias): Desde que não seja dispensado por justa causa, em quaisquer das modalidades de resilição deverá ser paga ao empregado férias que tenha direito, como, férias integrais e/ou dos meses trabalhados (EX: 312 avos). Segundo ART. 146, CLT | Súmulas 171 e 261 TST | OIT 132. 
Estabilidade e Garantia de emprego 
	ESTABILIDADE DE EMPREGO
	GARANTIA DE EMPREGO
	O empregado estável só pode ser despedido quando cometer falta grave devidamente apurada através de inquérito judicial.
	O empregado detentor de garantia de emprego pode ser despedido por justa causa, diretamente.
Estabilidade Decenal: É o beneficio do empregado permanecer no emprego, mesmo contra vontade do empregador, tendo por então sua duração definitiva. Segundo ART.492, CLT – Antes da constituição de 1998, aquele que trabalhava por mais de 10 anos consecutivos na mesma empresa, só poderia ser demitido por justa causa devidamente comprovada e levado ao TRT através de inquérito que só poderia ser deferido pelo juiz. (NÃO HÁ MAIS ESTE TIPO DE ESTABILIDADE APÓS A CONSTITUIÇÃO DE 88, EXCETO PARA AQUELES QUE JÁ A POSSUIAM)
Gestante: Segundo ART. 10, II, B, ADCT – Fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa, da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até os 5 meses após o parto, súmula 244 TST. Assim como no curso do aviso prévio, seja ele trabalho ou indenizado, tendo a confirmação do estado gravídico, mediante documento que o comprove terá a gestante a estabilidade provisória, conforme ART. 391-A, CLT. Poderá ainda ser dispensada por justa causa a empregada grávida, desde que seja comprovado, segundo ART 482, CLT (EX: faltas injustificadas, entretanto, precisa haver advertências e suspensões para comprovação destes ou até envio de telegramas via ar). 
Dirigente Sindical: É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
Acidente de Trabalho: A legislação prevê por meio do artigo 118 da Lei nº 8.213/91 a estabilidade ao empregado segurado que sofreu acidente do trabalho, pelo prazo de 12 meses após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. (Súmula 378, TST) 
CIPA: O empregado integrante da CIPA (Suplente, membros eleitos pelo empregado) gozam de estabilidade no emprego, desde o registro da candidatura até um ano após o final de seu mandato, conforme artigo 10, II, “a”, do ADCT. (Súmulas 339 TST e 676 STF | ART. 165, CLT). Não possui a mesma estabilidade aqueles que estiverem representando o empregador.
Comissão de Conciliação Prévia: Encontra-se no ART. 625, B, CLT. A estabilidade dar-se a partir do registro, tanto para membros suplentes quanto para os membros titulares. Segundo o ART. 625, G, CLT – O prazo prescricional suspenso não irá contar este tempo.
Conselho Curador do FGTS: Previsto no ART. 3, Parágrafo 9 – Lei 8036/90. Este só poderá ser dispensado por falta grave através de inquérito que deverá ser deliberado da justiça do trabalho, segundo ART. 853, CLT. Obs: ART. 10 – Lei 8036/90.
Conselho Nacional da Previdência Social: Previsto no ART. 3, Parágrafo 7 – Lei 8213/90. Prevê que na ausência ao trabalho dos representantes dos trabalhadores no conselho curador (Titular e Suplente), decorrentes de atividades desse órgão, serão abonadas, computando-se como jornada efetivamente trabalhada para todos os fins e efeitos legais.
Diretor de Sociedade Cooperativa: Previsto no ART. 55 – Lei 5764/71 - Somente os Diretores, segundo o artigo mencionado gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo ART. 543, CLT. A súmula 443 TST presumiu relativamente que se a despedida for pelo empregador, o empregado portador de HIV ou outra doença grave pode pedir a reintegração. 
	REINTEGRAÇÃO
	READMISSÃO
	Retorno estável do empregado na mesma função do mesmo contrato.
	O empregado que é dispensado e contratado novamente por um novo contrato de trabalho na mesma empresa. 
FGTS: Da lei 8036/90 deu-se a partir da constituição federal de 1988. 
Segundo ART. 15 da lei do FGTS até o 7º dia de cada mês subsequente o empregador deverá pagar 8% referente à remuneração do mês anterior. Obs: ART. 15, Parágrafo 5º - Em caso de acidente de trabalho e afastamento por serviço obrigatório militar, deverá ser pago o valor referente ao FGTS. 
Aviso Prévio: ART. 7, XXI, CF/88 – Prevê que será proporcional ao tempo de serviço no mínimo de 30 dias. Este será irrenunciável, uma vez que se este tiver cumprimento, não poderá está trabalhando em outro emprego, súmula 216 TST. 
ART. 487, CLT – Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato, deverá avisar a outra.
ART. 481, CLT - Nos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco da rescisão, antes de expirado o termo ajustado aplica-se o principio que regem as resilições por prazo indeterminado, tal seja exercido tal direito por qualquer das partes.
Natureza Jurídica AP: Podemos chamar de TRIPICE, pois é preciso haver a INFORMAÇÃO (Do empregado ao empregador/do empregador ao empregado), TEMPO (Indenizado ou Trabalhado) e PAGAMENTO (Verbas rescisórias). 
Prazo: Segundo Lei 12506/2011, Súmulas 380 e 441 TST – O prazo mínimo será de 30 dias e o máximo 90. Sendo até 1 ano de tempo de serviço 30 dias e após 1 ano completo de tempo de serviço contará mais 3 dias, somando os respectivos 30 dias concedidos por lei + os 3 dias de cada ano completo. 
Redução da Jornada: Previsto no ART. 488, CLT – Se a resilição tiver sido promovida pelo empregador, poderá ser reduzido 2h diárias ou 7 dias corridos sem prejuízo no salário integral.
Terminação do Contrato de Trabalho
	RESOLUÇÃO
	Falta grave| Dispensa por justa causa;
	RESILIÇÃO
	Pedido de demissão e Dispensa sem justa causa;
	RESCISÃO
	Trabalho do menor de 14 anos (Nulo - ART. 104,CC)
	À TERMO
	Quem der causa a ou termino do contrato, levará mais prejuízo. 
	NORMAL 
	VERBAS
	Quanto tem o termino do contrato e nenhuma da partes tem um acordo.
	Saldo de salário + Férias proporcionais + 13º proporcional + 8% de FGTS mês a mês
	ANORMAL – ART 479 e 480 CLT
	VERBAS
	
Quando o contrato de trabalho com prazo determinado é extinto antes do prazo estabelecido.
	Saldo de salário + Férias proporcionais + 13º proporcional + 8% FGTS mês a mês + (Multa do ART. 479, CLT empregador) (Multa do ART. 480, CLT empregado) 
	DISPENSA SEM JUSTA CAUSA (RESILIÇÃO)
	VERBASQuando o empregador demitiu o empregado.
	Saldo de salário + Férias vencidas (se for o caso) + 1/3 das férias + Férias proporcionais + 13º Integral (se for o caso) + 13º proporcional + FGTS + 40% multa do FGTS + Guias SD. 
	PEDIDO DE DEMISSÃO (RESILIÇÃO)
	VERBAS
	
Quando o empregado pediu a dispensa ao empregador.
	Saldo de salário + Férias vencidas (se for o caso) + 1/3 das férias + Férias proporcionais + 13º integral (se for o caso) + 13º proporcional + 8% de FGTS ao mês (não poderá fazer movimentação) + 30 dias de aviso prévio (este deverá ser pago pelo empregado). 
	DISPENSA POR JUSTA CAUSA (RESOLUÇÃO)
	VERBAS
	Quando por falta grave o empregado é dispensado pelo empregador.
	Saldo de salário + Férias integrais + 13º integral + 8% FGTS ao mês (este não poderá ser movimentado). 
	CULPA RECIPROCA 
(EMPREGADO + EMPREGADOR)
ART 484-A, CLT | SÚMULA 14 TST
	
VERBAS
	
Quando a alguma irregularidade do empregador e o empregado comete alguma falta grave. (ACORDO)
	Saldo de salário + Férias vencidas + Férias integrais + Férias proporcionais pela metade + 13º proporcional pela metade + 8% FGTS ao mês + 20% multa FGTS + Aviso Prévio pela metade. 
	
FACTUM PRINCIPIS
ART. 486 CLT
	Quando o estado, união ou município por uma função social (parque Madureira) dão terminação no contrato de trabalho desde que não haja vontade do empregado nem do empregador, estes órgãos que deveram pagar as devidas verbas do contrato de trabalhado.
	
FORÇA MAIOR (ART. 501, CLT)
	Quando o empregado nem o empregador têm a previsibilidade do acontecido, as verbas são pagas pela metade pelo empregador. (ART. 502, CLT)
	FALECIMENTO DO EMPREGADOR
	VERBAS
	
Se for pessoa jurídica não altera o contrato de trabalho.
	Saldo de salário + Férias vencidas (se for o caso) + 1/3 das férias + Férias proporcionais + 13º Integral (se for o caso) + 13º proporcional + FGTS + 40% multa do FGTS + Guias SD.
	FALECIMENTO DO EMPREGADO
	VERBAS
	
Quando o funcionário morre quem recebe é a família, e a resilição será como se houvesse o pedido de demissão. 
	Saldo de salário + Férias vencidas (se for o caso) + 1/3 das férias + Férias proporcionais + 13º integral (se for o caso) + 13º proporcional + 8% de FGTS ao mês (não poderá fazer movimentação) + 30 dias de aviso prévio (este deverá ser pago pelo empregado). 
	APOSENTADORIA ESPONTÂNEA
ART. 453, Parágrafo 2, CLT 
	VERBAS
	Quando o empregado cumpriu seu tempo de serviço previsto em lei. A discussão entre os tribunais se neste caso deve receber os 40% do FGTS e o Aviso Prévio.
	Saldo de salário + Férias vencidas + 1/3 das férias + Férias proporcionais + 13º integral + 13º proporcional + 8% de FGTS mês a mês.
Justa Causa no Empregado: Prevista no ART. 482, CLT. É uma forma de resilição do contrato de trabalho pelo empregador, a justa causa do empregado. O empregador pode criar uma regra qual seja aplicada como uma sanção. Um poder disciplinar, uma prerrogativa.
Sanções Lícitas: Meios que se dão a justa causa. 
Advertência – Leve;
Suspensão Disciplinar – Mediana - ART. 474, CLT; 
Dispensa por justa causa – Grave.
Imediatidade da Pena: Quando o empregador toma ciência do ocorrido. Então os “erros” cometidos anteriormente não poderá haver a punição já que o empregador não tinha ciência.
Proibição da Dupla Penalidade (no bis in idem): Não se pode penalizar 2x ou + por um único ato. EX: 3 faltas, 1 advertência.
Ausência de Perdão Tácito ou Expresso: IMEDIATIDADE. A punição deverá ser imediata, no momento do acontecimento. 
Não discriminação: Se ambos cometem o mesmo “erro” deveram receber as mesmas punições. (Culpa Recíproca).
Justa Causa no Empregador: Para que está seja feita, deverá o empregado ajuizar uma reclamação trabalhista solicitando a rescisão indireta por alguma das hipóteses prevista no ART. 483, CLT. Se a reclamação trabalhista dê improcedente, presume-se que foi resilição por pedido de demissão. 
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento; 
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; 
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; 
e) desídia no desempenho das respectivas funções; 
f) embriaguez habitual ou em serviço; 
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. 
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; 
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; 
c) correr perigo manifesto de mal considerável; 
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; 
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço.
§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.
§ 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo.
Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade.
Art. 484-A.  O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:                         (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - por metade:             (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
a) o aviso prévio, se indenizado; e                 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990;                 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o  A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos.                 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  A extinção do contrato por acordo prevista no caput desteartigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 485 - Quando cessar a atividade da empresa, por morte do empregador, os empregados terão direito, conforme o caso, à indenização a que se referem os art. 477 e 497.