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Formas de Recisão de contrato

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EXTINÇÃO DO CONTRATO 
DE TRABALHO 
 
 
TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE 
TRABALHO 
 
 
A cessação/extinção do contrato de 
trabalho é a terminação do vínculo de 
emprego, com a extinção das obrigações 
para os contratantes. 
 
CAUSAS DE EXTINÇÃO DO CONTRATO 
 
 
Modo normal – execução plena do contrato de 
trabalho com o advento do termo final, ou 
também chamada morte natural do contrato. 
Ex: Término normal do contrato a termo. 
 
Modo anormal – rompimento antecipado do 
contrato a termo ou o rompimento do contrato 
antes que pudesse produzir todos os seus 
efeitos. 
 
EXTINÇÃO NORMAL DO CONTRATO A TERMO 
 
A extinção dos contratos a termo ocorre com a consumação de 
seus elementos obrigacionais, por ocasião do seu termo final 
prefixado. 
 
Nesse caso o empregado tem direito a receber: 
 
Saldo de salário 
Férias integrais + 1/3 constitucional 
Férias proporcionais, acrescidas de 1/3 (Art. 147, CLT e 
Súmula n. 328, TST); 
13º salário proporcional (Art. 7º, Decreto 57.155/65) 
Liberação do FGTS (Art. 20, IX, da Lei 8.036/90). 
 
EXTINÇÃO ANORMAL DO CONTRATO A TERMO 
Ocorre, por ato de vontade de uma das partes, antes da 
consumação do termo final prefixado - DISSOLUÇÃO ANTECIPADA 
 
 NORMAL ANORMAL 
 
 
 
Com finalização do 
termo/prazo 
extinção antecipada do 
contrato a termo 
Empregador 
Art.479, CLT 
Empregado 
Art.480,CLT 
Cláusula assecuratória art.481, CLT 
EXTINÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO 
INDETERMINADO 
RESILIÇÃO – 
forma de 
extinção sem 
justa causa. 
RESOLUÇÃO – 
forma de 
extinção por 
justa causa. 
• Dispensa sem justa causa - Rompimento 
do contrato por iniciativa do empregador 
 
• Pedido de demissão – Rompimento do 
contrato por iniciativa do empregado 
• Justa Causa - ato faltoso do empregado 
 
• Rescisão indireta – ato faltoso praticado 
pelo empregador 
 
• Culpa Recíproca – atos faltosos de 
ambas as partes 
TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO 
SEM JUSTA CAUSA 
VERBAS RESCISÓRIAS: 
 
 Saldo de salário; 
 
 Férias vencidas e/ou proporcionais + 1/3 
constitucional; 
 
 13º salário integral ou proporcional; 
 
 Aviso prévio; 
 
 Guias para saque do FGTS; 
 
 Indenização compensatória de 40% FGTS; 
 
 Guias do seguro desemprego. 
TÉRMINO DO CONTRATO POR 
INICIATIVA DO EMPREGADO 
VERBAS RESCISÓRIAS: 
 
Saldo de salário; 
 
Décimo terceiro integral ou proporcional; 
 
Férias integrais e/ou proporcionais + 1/3 
constitucional; 
 
Aviso prévio – para o empregador. 
(Se não trabalhar o tempo do aviso prévio o empregador 
poderá descontar os salários correspondentes ao prazo 
respectivo – art. 487, §2º, da CLT). 
 
A) Exigência de serviços superiores às forças do empregado, defesos 
em leis, contrário aos bons costumes ou alheios ao contrato, 
 
B) Tratamento com rigor excessivo por parte do empregador ou seus 
superiores hierárquicos; 
 
C) O empregado correr perigo de mal considerável; 
 
D) Descumprimento pelo empregador das obrigações contratuais - Ex: 
mora contumaz. Art. 2º, § 2º, DL 368/68 – atraso ou sonegação salarial 
por período igual ou superior a 3 (três) meses. 
 
TÉRMINO DO CONTRATO POR RESCISÃO 
INDIRETA - Art. 483 da CLT 
E) Ofensa a honra e a boa fama do empregado ou pessoa de sua 
família praticada pelo empregador ou seus prepostos; 
 
F) Ofensas físicas praticadas pelo empregador ou prepostos ao 
empregado; 
 
G) Redução do trabalho do empregado, sendo este por peça ou 
tarefa, de modo a afetar sensivelmente a importância dos 
salários. 
 
TÉRMINO DO CONTRATO POR RESCISÃO 
INDIRETA - Art. 483 da CLT 
TÉRMINO DO CONTRATO POR RESCISÃO INDIRETA 
 
VERBAS RESCISÓRIAS 
 
 Saldo de salário 
 Férias vencidas e/ou proporcionais + 1/3 
constitucional 
 13º salário integral ou proporcional 
 Aviso prévio – art. 487, § 4º, CLT 
 Guias para saque do FGTS 
 Indenização compensatória de 40% FGTS 
 Guias do seguro desemprego 
 
RESCISÃO INDIRETA - JURISPRUDÊNCIA 
Ementa: ATRASO HABITUAL NO PAGAMENTO DO SALÁRIO E NO RECOLHIMENTO DO 
FGTS. RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE A reiterada 
omissão do empregador quanto ao recolhimento dos depósitos do FGTS constitui 
fundamento suficiente para a extinção do contrato de trabalho por rescisão indireta. 
(RO 0003840-03.2013.5.12.0002, SECRETARIA DA 3A TURMA, TRT12, MARIA DE 
LOURDES LEIRIA, publicado no TRTSC/DOE em 29/06/2015). 
 
 
Ementa: REDUÇÃO SALARIAL. RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO. 
CONFIGURAÇÃO. Demonstrada nos autos a redução salarial, sem autorização por 
norma coletiva, é evidente que houve desrespeito à principal obrigação contratual 
pelo primeiro réu, frustrando o autor de receber o seu direito trabalhista à 
totalidade do crédito alimentar que, surpreendentemente foi reduzido no curso do 
contrato de trabalho, sem que houvesse redução da força de trabalho, em 
contrapartida. Assim, configurada a hipótese de rescisão indireta do contrato de 
trabalho prevista no art. 483, "d", da CLT. (RO 0006236-84.2012.5.12.0002, 
SECRETARIA DA 3A TURMA, TRT12, JOSE ERNESTO MANZI, publicado no TRTSC/DOE 
em 25/06/2015). 
TÉRMINO DO CONTRATO POR CULPA RECÍPROCA 
ART. 484, CLT 
A) Existência de duas faltas graves e autônomas – uma praticada 
pelo empregado e outra pelo empregador grave o suficiente para 
romper o contrato de trabalho; 
 
B) Nexo de causalidade - deve existir um nexo de causalidade 
entre as faltas – ação e reação. A falta de um (ação) deve ser a 
falta do outro (reação); 
 
C) Contemporaneidade – não é necessário que haja 
concomitância, mas é necessário que a reação não demore muito 
tempo para ocorrer. 
 
VERBAS RESCISÓRIAS: 
 
 Saldo de salário 
 Férias integrais + 1/3 constitucional 
 50% férias proporcionais + 1/3 constitucional – Súmula 14 do TST 
 50% 13º proporcional – Súmula 14 do TST 
 50% aviso prévio – Súmula 14 do TST 
 Guias para saque do FGTS 
 Indenização compensatória de 20% FGTS – art. 18, §2º, Lei nº 
8.036/90 . 
RESCISÃO CONTRATUAL. CULPA RECÍPROCA. Configura-se a 
rescisão contratual por culpa recíproca prevista no art. 484 
da CLT quando há manifestação de ambas as partes pela 
cessação do contrato de trabalho, cada uma imputando à 
outra culpa exclusiva. (RO 0001417-32.2011.5.12.0005, 
SECRETARIA DA 2A TURMA, TRT12, LOURDES DREYER, 
publicado no TRTSC/DOE em 31/01/2012). 
JURISPRUDÊNCIA 
TÉRMINO DO CONTRATO POR JUSTA CAUSA 
O empregador poderá dispensar o empregado que 
comete falta grave, ou seja, com justa causa. A justa 
causa vem a ser o procedimento incorreto do 
empregado, tipificado na lei, que dá ensejo à 
ruptura do vínculo empregatício. 
 
VERBAS RESCISÓRIAS DEVIDAS: 
 
Saldo de salário 
 
Férias integrais + 1/3 constitucional 
REQUISITOS PARA RESCISÃO POR JUSTA CAUSA 
Previsão legal – a justa causa tem que estar 
tipificada em lei. As hipóteses de justas causas 
praticadas pelo empregado estão no art. 482, e 
também em outros artigos da CLT. 
 
 
Gravidade da falta – tem que existir uma falta e esta 
terá que ser grave o suficiente para tornar 
insuportável a continuidade do contrato de trabalho, 
abalando a fidúcia que deve existir na relação de 
emprego. 
REQUISITOS PARA RESCISÃO POR JUSTA CAUSA 
A falta praticada pelo empregado deve ser analisada 
concretamente, isto é tem que considerar: 
 
• A personalidade do agente; 
• Ficha funcional; 
• Punições anteriores; 
• Tempo de casa; 
• Local; 
• Momento em que foi praticada. 
REQUISITOS PARA RESCISÃO POR JUSTA CAUSA 
• PROPORCIONALIDADE ENTRE O ATO FALTOSO E A PUNIÇÃO – 
o poder de aplicar penalidades ao empregado decorre do poder 
disciplinar doempregador. Para faltas mais leves devem ser 
aplicadas penalidades mais leves, reservando-se o 
despedimento para as mais graves. 
 
• Falta leve – ADVERTÊNCIA – verbal ou por escrito (não 
tem previsão na CLT). 
• Falta média – SUSPENSÃO – até 30 dias corridos – Art. 474 
da CLT 
• Falta grave – JUSTA CAUSA (Art. 482, CLT) 
REQUISITOS PARA RESCISÃO POR JUSTA CAUSA 
• Imediatidade na aplicação da sanção – A punição 
tem que ser imediata sob pena de caracterizar o 
perdão da falta. 
 
 Esse requisito deve ser analisado a partir do 
conhecimento da falta e da autoria. 
 
Deve levar em consideração o critério da 
razoabilidade. 
• PROIBIÇÃO DE DUPLA PENALIDADE - NON BIS IN 
IDEM – para cada falta só pode existir uma única 
punição. 
 Se o empregador punir 2 (duas) vezes a mesma 
falta, esta não produz qualquer efeito. 
Fundamento: permitir a estabilidade das relações 
empregatícias. 
 
Atenção: Não caracteriza dupla punição o desconto 
das faltas ao serviço, a perda do repouso semanal, o 
desconto nas férias por faltas e etc. 
REQUISITOS PARA RESCISÃO POR JUSTA CAUSA 
• QUE NÃO TENHA HAVIDO PERDÃO – o perdão 
pode ser tácito ou expresso. 
 
 Tácito – Falta de imediatidade na punição; 
pratica de ato contrário à punição. 
 
 Expresso – é a própria declaração do perdão. 
 
Não discriminação – os empregados que praticaram 
a mesma falta em coparticipação devem ser punidos 
da mesma forma. 
REQUISITOS PARA RESCISÃO POR JUSTA CAUSA 
HIPÓTESES DE JUSTA CAUSA – Art. 482 da CLT 
A) Improbidade - Revela mau caráter, desonestidade, 
maldade. Constitui um atentado contra o patrimônio 
do empregador. 
 
B) Incontinência de conduta - está relacionada com a vida 
irregular ligada ao aspecto sexual ou a desregramento de 
conduta sexual (pornografia, assédio sexual, etc.). 
 Mau procedimento - trata-se de uma atitude 
irregular do empregado. É a figura mais ampla. 
Tudo que não possa ser encaixado nas demais 
alíneas pode ser classificado como mau 
procedimento. 
HIPÓTESES DE JUSTA CAUSA – Art. 482 da CLT 
C) Negociação habitual - trata-se da prática de atos de 
comércio pelo empregado. 
Requisitos: 
 Ausência de permissão do empregador 
 Habitualidade 
 Negociação que gera concorrência ou prejuízo 
 
D) Condenação criminal - somente após a condenação 
com trânsito em julgado, e desde que não tenha sido 
concedida a suspensão da pena (sursis). 
HIPÓTESES DE JUSTA CAUSA – Art. 482 da CLT 
E) Desídia no desempenho das respectivas funções - 
Consiste em desempenhar as funções com negligência, 
imprudência, imperícia, preguiça, má vontade, 
desinteresse, desatenção, relaxamento, etc. 
 
 Em regra, uma só falta não vai ensejar a dispensa 
por justa causa por desídia. No entanto, uma única falta 
grave pode ser o suficiente para autorizar a dispensa por 
justa causa, depende a situação. 
HIPÓTESES DE JUSTA CAUSA – Art. 482 da CLT 
F) EMBRIAGUEZ - é aquela proveniente de álcool ou de drogas. 
 
Pode ser habitual ou em serviço; 
 
Embriaguez habitual – é aquela que ocorre fora do serviço. O 
empregado chega sóbrio ao trabalho, mas reflete no serviço por 
causa da ressaca. Se não afetar o trabalho, não caracterizará 
justa causa. 
 
Embriaguez em serviço – basta ocorrer uma única vez para 
caracterizar a justa causa. Não é o ato de beber que enseja justa 
causa, mas o estar embriagado em serviço. 
HIPÓTESES DE JUSTA CAUSA – Art. 482 da CLT 
IMPORTANTE – SOBRE ALÍNEA “F” - Embriaguez 
 
 A embriaguez involuntária não caracteriza a justa causa; 
 
 Há posições na doutrina e jurisprudência defendendo que como 
a embriaguez é uma doença, conforme prevê a Organização 
Mundial da Saúde, o empregador não poderia dispensar o 
empregado por justa causa, na modalidade embriaguez habitual. 
 
 O empregador deve encaminhar o empregado ao INSS, para 
tratamento médico, hipótese em que contrato de trabalho ficaria 
suspenso. 
HIPÓTESES DE JUSTA CAUSA – Art. 482 da CLT 
G) Violação de segredo da empresa 
H) Indisciplina e insubordinação - descumprimento de ordens 
Indisciplina – constitui em descumprimento de uma ordem 
geral, indireta, inespecífica. 
Insubordinação – descumprimento de uma ordem pessoal, 
direta, específica. 
 
I) Abandono de emprego – Faltas injustificadas reiteradas e 
consecutivas; 
Animus abandonandi – presume-se o abandono pela ausência 
injustificada e consecutiva por mais de 30 dias – Súmulas nºs 32 e 
62 do C. TST. 
HIPÓTESES DE JUSTA CAUSA – Art. 482 da CLT 
j) Ato lesivo a honra e boa fama, ou ofensas físicas – contra 
qualquer pessoa na empresa, salvo legítima defesa 
 
k) Ato lesivo a hora e boa fama ou ofensas físicas contra 
empregador ou superior hierárquico, salvo legítima defesa 
 
l) Prática constante de jogos de azar. 
EXTINÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO 
A) FORÇA MAIOR: Art. 501, CLT – força maior é o acontecimento 
inevitável, imprevisível, em relação a vontade do empregador e 
para a realização do qual este não concorreu direta ou 
indiretamente. O fato tem que afetar substancialmente a 
empresa. A imprevidência do empregador exclui a força maior 
(§1º, art. 501,CLT). Esta força maior é a que extingue a empresa. 
Ex: incêndio, inundação, etc. 
 
VERBAS RESCISÓRIAS: 1) Indenização pela metade do FGTS – art. 
502, CLT c/c art. 18, §2º, da Lei 8.036/90 (20% FGTS). 2)As 
demais verbas, são devidas na integralidade, tais como: saldo de 
salário; aviso prévio, férias integrais e proporcionais, 13º salário 
e receberá as guias para saque do FGTS. 
OCORRÊNCIA DE FORÇA MAIOR. A força maior decorre de um ato emanado 
de outrem, alheio à vontade do empregador e sem sua concorrência. A 
mera alegação da reclamada de dificuldade financeira em virtude da falta 
de cumprimento dos contratos firmados com o governo do Distrito Federal, 
além de desacompanhada de prova não se insere no conceito jurídico de 
força maior. (TRT-10 - RO: 615201101110006 DF 00615-2011-011-10-00-
6 RO, Relator: Desembargadora Maria Regina Machado Guimarães , Data de 
Julgamento: 28/03/2012, 1ª Turma, Data de Publicação: 13/04/2012 no 
DEJT) 
 
 
FORÇA MAIOR. ENCHENTES. Provado nos autos que a empresa teve que 
encerrar suas atividades em razão de catástrofe natural, caracterizando a 
força maior de que trata o art. 501 da CLT, as verbas rescisórias serão 
devidas ao empregador na forma do que dispõe o art. 502 do referido 
Diploma. (TRT-12 - RO 00674-2009-052-12-00-4, Relator Edson Mendes de 
Oliveira, Data do Julgamento 29/07/2010, 2ª Turma, Data da Publicação: 
04/08/2010 no DEJT). 
 
EXTINÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO 
B) FACTUM PRINCIPIS – (Art. 486 da CLT) – Quando a extinção 
do contrato de trabalho decorre de ato praticado pela 
autoridade pública, sem culpa do empregador. A indenização 
(atualmente os 40% do FGTS) ficará a cargo da autoridade 
pública responsável pelo fechamento. Ex: Desapropriação. 
 
FACTUM PRINCIPIS CASAS DE BINGO. ART. 486 DA CLT. INOCORRÊNCIA. Para 
que possamos aplicar o art. 486 da CLT a um caso concreto, o factum principis 
deve surgir alheio à vontade da empresa, não podendo ter sido provocado por ela 
própria. 
Sabedoras de que funcionavam de modo precário, uma vez que discutível a 
licitude de suas atividades, as casas de jogos (bingos) não se enquadram na 
figura. No caso, a própria empresa colaborou para a ocorrência do fechamento e 
não há como entender caracterizado o motivo de força maior. TRT/SC – Processo: 
01591.2004.004.12.00.4 – Rel. Designada: Juíza Lígia M. Teixeira Gouvêa. DJ/SC 
13/07/2005. 
 
 
Extinção da empresa/falência/fechamento da 
empresa: Em todos esses casos, o empregado fará jus 
a todos os direitos trabalhistas, sendo o risco da 
atividade empresarial do empregador. Aplicação 
analógicado Art. 485 da CLT. 
 
 
 
 
 
 
 
EXTINÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO 
C) APOSENTADORIA 
 Espontânea – se o empregado decidir não mais 
trabalhar em virtude da aposentadoria, ocorrerá a 
extinção do contrato de trabalho – Caracterizará um 
Pedido de Demissão. 
 
Se o empregado continuar trabalhando após a concessão 
da aposentadoria - não rompe o contrato de trabalho – Na 
ADI nº 1721-3 o STF declarou a inconstitucionalidade do Art. 
453, §2º, CLT - OJ 361 da SDI-I TST. 
 
ATENÇÃO: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ: NÃO EXTINGUE O 
CONTRATO – implica na suspensão do contrato de trabalho, nos 
termos do Art. 475 da CLT. 
EXTINÇÃO DO CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO 
D) MORTE DO EMPREGADO – Extingue o contrato de 
trabalho, em razão da falta o requisito da 
pessoalidade. 
 Equivale ao pedido de demissão sem necessidade 
de aviso prévio. 
 
 Os dependentes ou sucessores farão jus as verbas 
rescisórias devidas no pedido de demissão além do 
levantamento dos depósitos do FGTS – Art. 20, IV, da 
Lei nº 8.036/90. 
 
Morte do Empregador pessoa física – não extingue o 
contrato de trabalho. O que extingue o contrato é a 
cessação da atividade. 
 
Se a atividade continuar com os sucessores do 
empregador falecido, nada muda no contrato de 
trabalho. 
 
 
Artigo 485 da CLT - Quando cessar a atividade da 
empresa, por morte do empregador, os empregados 
terão direito, conforme o caso, à indenização a que 
se referem os art. 477 e 497. 
 
 
APLICANDO O CONHECIMENTO – QUESTÃO OBJETIVA 
 
 
Assinale a opção correta: 
 
a) A morte do empregado equivale ao pedido de demissão, sendo cabível, inclusive, o 
aviso prévio 
b) Resilição é a expressão utilizada para a extinção do contrato de trabalho por 
dispensa por justa causa; 
c) Na extinção do contrato por força maior, o empregador tem que pagar a indenização 
equivalente à metade da que seria devida na hipótese de dispensa sem justa causa; 
d) Resolução é a expressão utilizada para a extinção do contrato por iniciativa de 
qualquer das partes, sem justa causa; 
 
Caso concreto: 
 
Gabriel Antonio foi contratado em 18/10/2008 pela empresa Alfa Ltda., 
empresa prestadora de serviços, que fornecia mão-de-obra de serviços gerais 
para o Município de Fortaleza - Ceará. Em 17/08/2010 a empresa Alfa Ltda. 
fechou as portas, sob a alegação de que o Município não havia repassado os 
valores ajustados no contrato firmado o que, segundo alegou, impossibilitou a 
continuidade do negócio. Gabriel jamais usufruiu férias. 
 Diante do caso apresentado responda justificadamente: 
a) É possível enquadrar o rompimento contratual como factum principis ou 
motivo de força maior? Justifique. 
b) Discrimine as verbas rescisórias devidas ao Gabriel em virtude do término 
contratual. 
 
CASO CONCRETO: 
Após ter completado 25 (vinte e cinco) anos de trabalho na empresa Gama Ltda, Pedro 
Paulo conseguiu junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o deferimento de sua 
aposentadoria por tempo de contribuição, que somando ao período prestado para outras 
empresas, completou o tempo de contribuição exigido pela Autarquia Federal para a 
concessão da aposentadoria voluntária. No entanto, embora Pedro Paulo tenha 
levantado os valores depositados no FGTS, em razão da aposentadoria, não requereu seu 
desligamento da empresa, por não conseguir sobreviver com os proventos da 
aposentadoria concedida pelo INSS, porque seus valores são ínfimos e irrisórios. Assim, 
permaneceu no emprego trabalhando por mais 5 (cinco) anos, quando foi dispensado 
imotivadamente. Diante do caso apresentado, responda justificadamente: 
A) A aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho quando o empregado 
continua trabalhando após a aposentadoria? Justifique indicando a jurisprudência do TST 
e do STF sobre a matéria. 
B) A indenização compensatória de 40% do FGTS incide sobre todo o contrato de 
trabalho, ou somente no período posterior à aposentadoria? 
(OAB/FGV, ADAPTADA) Em razão de forte enchente que trouxe sérios prejuízos à 
localidade, houve o encerramento das atividades da empresa Boa Vida Ltda., que teve 
seu estabelecimento totalmente destruído pela força das águas. Diante dessa situação 
hipotética, com relação aos contratos de trabalho de seus empregados, assinale a 
alternativa correta. 
 
a) O encerramento da atividade empresarial implicará a resilição unilateral por vontade 
do empregador dos contratos de trabalho de seus empregados. 
b) Os empregados têm direito à indenização compensatória de 20% (vinte por cento) 
sobre os depósitos do FGTS. 
c) Os empregados não podem movimentar a conta vinculada do FGTS. 
d) O contrato foi rompido por justa causa e o empregador deverá pagar todas as verbas 
rescisórias como se a rescisão tivesse ocorrido sem justa causa.

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