Prévia do material em texto
11/08/2015 1 Prof. Carlos Alberto Ferreira EXERCÍCIO EM AMBIENTES HIPOBÁRICO, HIPERBÁRICO E DE MICROGRAVIDADE Objetivos da Aprendizagem w Saber como ambientes hipobáricos (em altitude) limitam ou contribuem para o desempenho. w Conhecer os ajustes fisiológicos que acompanham a aclimatação à altitude. w Discernir se um atleta de resistência que treina na altitude pode ter um melhor desempenho no nível do mar. wDescobrir quais as condições e riscos para a saúde são características para ambientes hipobáricos (debaixo d'água). (continua) 11/08/2015 2 Objetivos da Aprendizagem w Aprender os problemas fisiológicos e o patológicos que enfrentam os mergulhadores que descem 30 m ou mais. w Examinar o que acontece com os músculos, ossos e sangue em um ambiente de microgravidade (no espaço). w Descobrir como tecidos e sistemas fisiológicos mudam com a exposição prolongada à microgravidade e quais contramedidas podem ajudar um astronauta em seu retorno a Terra. Condições na Altitude w Definido como pelo menos 1.500 m (4.921 pés) acima do nível do mar w Pressão barométrica reduzida (hipobárica) w Pressão parcial de oxigênio reduzida (PO2) w Temperatura do ar reduzida w Baixa umidade w Aumento da intensidade da radiação solar 11/08/2015 3 CONDIÇÕES EM ALTITUDES VARIADAS Você sabia…? A redução da PO2 em altitude afeta o gradiente de pressão parcial entre o sangue e os tecidos e, portanto, o transporte de oxigénio. Isso explica a diminuição no desempenho esportivo de resistência em altitude. Nível do mar = 760 mmHg 0.2093 = 159 mmHg 8,000 pés = 564 mmHg 0.2093 = 118 mmHg Nível do mar 8,000 pés PO2 Arterial 100 mmHg 60 mmHg PO2 Muscular 40 mmHg 40 mmHg dif a-vO2 60 mmHg 20 mmHg (gradiente de difusão) 11/08/2015 4 Respostas Respiratórias à Altitude w A ventilação pulmonar aumenta (ar menos denso). w Difusão pulmonar não muda. w Transporte de oxigênio é ligeiramente prejudicado; reduzida saturação da Hb de 98% ao nível do mar para 90-92% a 8000 pés w O consumo de oxigênio é prejudicado, uma vez que estão acima de 1.600 m. w Como a PO2 diminui, o VO2max diminui a um ritmo cada vez maior. . MUDANÇAS NO VO2MAX COM A ALTITUDE . 11/08/2015 5 VO2MAX RELATIVO A PO2 . Você sabia…? Altitude não afeta VO2max até cerca de 1.600 m (5.294 pés). Acima deste nível, a diminuição do VO2max é de aproximadamente 8% a 11% para cada 1.000 m (3.281 pés). . . 11/08/2015 6 Respostas Cardiovasculares à Altitude w Diminuição inicial do volume plasmático (mais glóbulos vermelhos por unidade de sangue, portanto, mais oxigênio por unidade de sangue) w Aumento inicial da FC e Q durante o trabalho submáximo para compensar menos O2; VS é diminuído com o declínio do volume plasmático . w Diminuição da FC, VS, e Q durante o trabalho máximo, o que limita a oferta e absorção de oxigênio . Adaptações Metabólicas à Altitude w Aumento do metabolismo anaeróbico w Aumento da produção de ácido láctico w Menor produção de ácido lático nas taxas máximas de trabalho em altitude do que ao nível do mar 11/08/2015 7 Pontos Chaves w Na altitude, atividade de resistência é a mais afetada, devido à dependência do transporte de oxigênio e sistema de energia aeróbica. Desempenho em Altitude w Atividades anaeróbicas de explosão que duram 2 min ou menos são as menos afetadas pela altitude. w O ar mais rarefeito na altitude proporciona menos resistência aerodinâmica e menos força gravitacional, melhorando potencialmente eventos de sprint, salto e lançamento. w Atletas de resistência podem se preparar para as competições em altitude realizando treinamento de resistência de alta intensidade a qualquer elevação para aumentar seu VO2max. . Aclimatação à Altitude wAumento do número de eritrócitos w Diminuição a curto prazo no volume de plasma, posteriormente revertido w Diminuição nas áreas das fibras musculares e área total do músculo w Aumento da densidade capilar w Aumento da ventilação pulmonar w Diminuição no VO2max com exposição inicial não melhora muito . wAumento de eritrócitos, hemoglobina, e viscosidade do sangue 11/08/2015 8 CONCENTRAÇÕES DE Hb EM ALTITUDE Treinamento em Altitude para Desempenho no Nível do Mar w O aumento da massa de células vermelhas do sangue no retorno ao nível do mar w Não comprovado que o treinamento de altitude melhora o desempenho do nível do mar w Difícil de estudar desde que intensidade e volume são reduzidos em altitude w Viver em altitude elevada e treinar em altitudes mais baixas – vivendo no alto / treinando no baixo 11/08/2015 9 VIVENDO NO ALTO, TREINANDO NO BAIXO Treinamento para Ótimo Desempenho em Altitude w Competir no prazo de 24 horas da chegada à altitude w Treinar a 1.500 a 3.000 m acima do nível do mar por pelo menos 2 semanas antes de competir w Aumentar VO2max ao nível do mar para ser capaz de competir em uma intensidade relativamente baixa, enquanto a altitude . 11/08/2015 10 Doença Aguda da Altitude Elevada w Náusea, vômito, dispnéia, insônia w Aparece 6-96 horas após a chegada em altitude w Pode resultar do acúmulo de dióxido de carbono w Evite ascender não mais de 300 m (984 pés) por dia acima de 3.000 m (9.843 pés) Edema Pulmonar da Altitude Elevada w Falta de ar, fadiga excessiva, lábios e unhas cianóticos, confusão mental w Ocorre após rápida ascensão acima de 2.700 m (8.858 pés) w O acúmulo de líquido nos pulmões, que interfere com o movimento do ar w Causa desconhecida w Administrar oxigênio suplementar e passar para menor altitude 11/08/2015 11 Edema Cerebral da Altitude Elevada w Confusão mental, progredindo para coma e morte w A maioria dos casos ocorrem acima de 4.300 m (14.108 pés) w O acúmulo de líquido nos cavidade craniana w Causa desconhecida w Administrar oxigênio suplementar e passar para menor altitude Imersão na Água e Pressões dos Gases Pressão subaquática é maior do que no nível do mar. Conforme aumenta a pressão, volume diminui. w Descida – pressão externa aumenta a pressão e o ar já no corpo comprime. w Subida – ar tomado no interior em profundidade se expande. 11/08/2015 12 PROFUNDIDADE DA ÁGUA E VOLUME DO AR Respostas Cardiovasculares à Imersão w Carga de trabalho cardiovascular diminui w Volume plasmático aumenta w Frequência cardíaca diminui (ainda mais em água fria) w Em um determinado esforço de exercício, a frequência cardíaca é menor 11/08/2015 13 Efeitos da Profundidade da Água Sobre a Pressão Parcial do Oxigênio (PO2) e do Nitrogênio (PN2) Inspirados 0 760 159 600 10 1,520 318 1,201 20 2,280 477 1,802 30 3,040 636 2,402 Profundidade Pressão total PO2 PN2 (m) (mmHg) (mmHg) (mmHg) CAPTAÇÃO DE OXIGÊNIO E FREQUÊNCIA CARDÍACA 11/08/2015 14 Pontos Chaves w A urgência de respirar é devido ao acúmulo de CO2 arterial . w Gases no corpo podem reduzir mas não inferior ao volume residual. Mergulho em apneia w Limite de profundidade é determinada pela relação volume pulmonar total/volume residual (VPT:VR). w Os indivíduos com maiores índices VPT:VR podem mergulhar mais fundo do que aqueles com menores índices. SCUBA DO TIPO DE DEMANDA DE CIRCUITO ABERTO 11/08/201515 CÂMARA HIPERBÁRICA Pontos Chaves w Um aparelho de respiração subaquática auto-suficiente (de mergulho) pressuriza o ar respirado debaixo d'água. Mergulho w Equipamento de mergulho inclui: – Tanque(s) de ar altamente comprimido, – Válvula reguladora de primeira fase para reduzir a pressão do ar para a respiração, – Válvula reguladora de segunda fase que libera o ar a uma pressão igual à da água, e – Válvula unidirecional de respiração. w A duração de um mergulho depende da profundidade do mergulhador. 11/08/2015 16 RISCOS À SAÚDE DAS CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS Intoxicação pelo Oxigênio w Valor de PO2 excede 318 mmHg w Distorção visual, respiração rápida e superficial e convulsões w Os tecidos não são capazes de remover O2 da hemoglobina w A hemoglobina não é, então, capaz de remover CO2 w Alta PO2 provoca vasoconstrição em vasos cerebrais 11/08/2015 17 Doença da Descompressão w Resulta da ascensão muito rápida w Dores em cotovelos, ombros e joelhos; pode causar embolia no sangue w Bolhas de nitrogênio ficam presas no corpo w Tratar colocando o mergulhador em câmara hiperbárica w Prevenir usando gráfico mostrando o tempo para subir a partir de várias profundidades Narcose por Nitrogênio w Nitrogênio atua como gás anestésico w Similar à intoxicação alcoólica w O efeito piora na profundidade e, cnsequentemente a pressão aumenta w Também chamada de êxtase da profundidade 11/08/2015 18 Você sabia…? A Marinha usa uma técnica chamada de mergulho de saturação para permitir mergulhadores ficarem em grandes profundidades por longos períodos de tempo. A uma dada profundidade, a quantidade de nitrogênio que pode dissolver-se nos tecidos do corpo é limitada. Por ficar em um ambiente pressurizado por 24 horas, os tecidos do corpo tornam-se saturados, após o qual os tecidos não absorvem qualquer gás mais inativo durante o tempo que o mergulhador fica naquela profundidade. Pontos Chaves w 1 g é a aceleração padrão produzida pela gravidade. w Microgravidade descreve as condições em que a força gravitacional é menor do que 1 g. Ambientes de microgravidade w Microgravidade é usada para descrever as condições no espaço que nem sempre são 0 g. w Os efeitos da microgravidade no corpo são similares aos efeitos de destreinamento. 11/08/2015 19 Alterações Fisiológicas em Ambientes de Microgravidade w Força muscular diminui w Áreas transversas de fibras rápidas e lentas diminuem w Conteúdo mineral ósseo em ossos que suportam peso diminui w Volume plasmático diminui w Débito cardíaco e pressão arterial arterial aumentam transitoriamente w Peso decresce (cerca de 50% de perda de fluido) EFEITOS DO REPOUSO NO LEITO vs VÔO ESPACIAL 11/08/2015 20 MUDANÇAS ÓSSEAS COM A MICROGRAVIDADE MUDANÇAS ÓSSEAS COM A MICROGRAVIDADE 11/08/2015 21 MICROGRAVIDADE E VO2MAX . Você sabia…? Pesquisa mostra que o exercício durante vôo espacial pode ser uma contramedida eficaz para preparar os astronautas para uma adaptação bem sucedida no retorno à Terra. O tipo e a quantidade de exercício que produz os melhores resultados ainda está em debate.