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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACEX
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO
RELATÓRIO DE CONFORTO AMBIENTAL
IGOR REIS
MANAÍRA WOZON
PEDRO NAVAR
NATAL/RN
MARÇO DE 2018
IGOR REIS
MANAÍRA WOZON
PEDRO NAVAR
RELATÓRIO DE CONFORTO AMBIENTAL
Relatório técnico apresentado a disciplina de Conforto Ambiental I, como avaliação parcial da primeira unidade do 7º período, do curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, da UNIFACEX. 
Prof. Ms. Felipe Ferreira Monteiro
NATAL/RN
MARÇO DE 2018
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mapa de Campina Grande na Paraíba.	6
Figura 2: Localização de Florânia no RN.	7
Figura 3: Gráfico comparativo de temperatura média entre os anos de 1961 e 1990 das cidades de Campina Grande/PB e Florânia /RN.	7
Figura 4: Gráfico Comparativo da Umidade do ar (%) das Cidades de Campina Grande/PB e Florânia/RN, nos anos de 1961 a 1990.	8
Figura 5: Gráfico comparativo de intensidade dos ventos (m.s¹) entre os anos de 1961 e 1990 das cidades de Campina Grande/PB e Florânia /RN.	9
Figura 6: Gráfico comparativo da Precipitação Acumulada (mm) entre as cidades de Campina Grande/PB e Florânia/RN, dos anos de 1961 a 1990.	9
Figura 7:Gráfico comparativo da Insolação Total (horas) entre as cidades de Campina Grande/PB e Florânia/RN, dos anos de 1961 a 1990.	10
Figura 8: Mapa do Brasil com Zonas Bioclimáticas	11
Figura 9: Localização Cidade Natal/RN.	12
Figura 10: Localização de Cuiabá/MT.	13
Figura 11: Mapa Psicrométrico de Natal/RN.	14
Figura 12: Mapa Psicrométrico de Cuiabá/MT.	14
Figura 13: Carta de Estratégias de Projeto de Natal/RN.	15
Figura 14: Carta de Estratégias de Projeto de Cuiabá/MT.	16
Figura 15: Carta solar de Natal.	17
Figura 16: Terreno com ângulos	18
Figura 17: Fachada Sudoeste no Solstício de Verão.	20
Figura 18: Fachada Sudoeste no Inverno.	20
Figura 19: Fachada Sudoeste Equinócio do Outono.	21
Figura 20: Fachada Sudoeste no Equinócio de Primavera.	21
Figura 21: Carta Solar com sombreamento.	22
Figura 22: Zoneamento do térreo e primeiro andar.	24
1 INTRODUÇÃO
Ao se projetar tem-se que um dos princípios é de bem-estar daqueles que irão utilizar a construção, seja ela uma residência, uma área comercial, uma sala corporativa, um espaço de lazer, etc. Independente do tipo de construção, o clima irá influenciar naquele lugar, como Gurgel (2012, p. 29) cita: “Se analisarmos alguns dos fatores que devem ser considerados quando pensamos em conforto nos ambientes, veremos que o clima estará relacionado diretamente a todos eles: temperatura dentro e fora de casa, umidade do ar, brisas e ventos (quentes e frios) [...]”. 
Consultando as normas técnicas apresentadas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, encontram-se uma norma cujo interesse é fundamental para o conforto e segurança das habitações brasileiras: NBR 15220:2003, Desempenho Térmico de Edificações. Esta tem como parâmetro em seu artigo 11: Desempenho térmico.
Sendo assim, em um primeiro momento serão analisados as condições climáticas para duas cidades. Depois, será construída a carta psicrométrica da Cidade de Natal e uma segunda cidade fora da região nordeste. E em terceiro será realizado uma avaliação das medidas a serem tomadas para criar um clima agradável nestas cidades.
Em continuação, este relatório terá sua integração com o trabalho integrado das disciplinas do 7º período, utilizando a edificação vertical de uso misto para estudos de insolação, por onde iniciará com o estudo do comportamento solar da cidade de Natal determinando os horários em que o sol bate na cidade e sua inclinação de acordo com as estações do ano. Depois será determinado a insolação no terreno cuja edificação estará baseada e fará um estudo de como as fachadas devem ser protegidas durante os meses mais intensos e horários determinados como críticos. 
Por fim, será realizado a apresentação do projeto, justificando como a insolação e aspectos como ventilação fizeram a diferença no mesmo.
Esse estudo visa compreensão de como o clima influencia na forma de construir, nas soluções adotadas e nas necessidades que cada ambiente exige para garantir maior conforto ambiental. Usando de estudos comparativos, normas, programas de criação de indicação solar e de um projeto que está sendo desenvolvido em paralelo.
2 COMPORTAMENTO CLIMÁTICO DE DUAS CIDADES DO NORDESTE
Começando o estudo do comportamento climático, tem-se os seguintes parâmetros a serem analisados: temperatura média do ar, umidade relativa do ar, intensidade do vento, precipitação acumulada e horas de sol. Conforme orientado, foram escolhidas duas cidades do Nordeste para ser realizado as avaliações sendo elas: Campina Grande, na Paraíba, e, Florânia, no Rio Grande do Norte. Os dados aqui apresentados foram colhidos do site do Instituto Nacional de Metereologia – INMET, cujo período de analise fora de 1961 a 1990, exatamente o mesmo período de dados utilizados para a NBR 15220:2003, anexo B – Zoneamento Bioclimático Brasileiro. 
Campina Grande é um município da Paraíba, considerada um polo industrial da Região Nordeste, fundada no ano de 1697 e elegida cidade no ano de 1864. Possui uma população de aproximadamente 410 mil habitantes, possui uma área de 593, 026 m², localizada no Agreste Paraibano (figura 1), com altitude média de 555 metros acima do nível do mar. 
Figura 1: Mapa de Campina Grande na Paraíba.
Fonte: Próprio autor.
A cidade de Florânia está localizada na microrregião de Serra de Santana (figura 2), no Rio Grande do Norte. Foi fundada em 1890 e atualmente possuía no ano de 2010 a população de aproximadamente 10 mil habitantes. Conta com a área de 504 m².
Figura 2: Localização de Florânia no RN.
Fonte: Próprio autor.
O primeiro dado é a Temperatura média do ar, cuja função é auxiliar na construção da Carta Bioclimática. Os resultados das duas cidades são os seguintes:
Figura 3: Gráfico comparativo de temperatura média entre os anos de 1961 e 1990 das cidades de Campina Grande/PB e Florânia /RN.
Fonte: Próprio autor.
Conforme os dados da Figura 3, acima, a cidade de Campina Grande possui temperaturas mais amenas, entre 20,5°C e 23,7°C. Já a cidade de Florânia possui temperaturas entre 24,3°C e 27,2°C. Para ambas as cidades os meses mais frios são de Junho, Julho e Agosto, no inverno. Já os meses mais quentes variam entre as cidades, sendo para Campina Grande os meses de Janeiro, Fevereiro e Março, no meio do verão ao inicio do outono; enquanto para a cidade de Florânia, tem-se que esses são os meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro, conforme verão. 
O próximo item a ser avaliado é a umidade relativa do ar. Essa medida indica quão úmido o m² pode absorver de água. Em níveis baixos, a umidade relativa pode acarretar problemas a saúde do residente da cidade, sendo necessárias medidas cautelares a fim de evitar desconfortos ou outras situações.
Figura 4: Gráfico Comparativo da Umidade do ar (%) das Cidades de Campina Grande/PB e Florânia/RN, nos anos de 1961 a 1990.
Fonte: Próprio autor.
Na Figura 4, podemos observar que a cidade de Campina grande tem uma umidade relativa constante alta entre 72 a 91%, enquanto para a cidade de Florânia a umidade fica entre 55 a 75%, demonstrando que a umidade é menor na cidade norte-riograndense. Os meses mais úmidos também não coincidem, sendo para Campina Grande em Junho e Julho a porcentagem mais alta, e, para Florânia os meses de Março e Abril. Já o período mais seco ocorre em Novembro para Campina e em Outubro e Novembro para Florânia, A umidade da cidade paraibana pode ser devido aos dois açudes que a cidade possui.
O próximo item a ser avaliado é o de intensidade dos ventos. Essa variável varia conforme proximidade de praias, localização no globo terrestre e também as edificações em torno do ambiente a ser edificado. Sua importância é fundamental para os cálculos estruturais, por causa da pressão que exerce contra as paredes da edificação. Étambém necessária para a melhor localização das aberturas permitindo a ventilação natural nos ambientes de modo eficiente.
Figura 5: Gráfico comparativo de intensidade dos ventos (m.s¹) entre os anos de 1961 e 1990 das cidades de Campina Grande/PB e Florânia /RN.
Fonte: Próprio autor.
De acordo com a Figura 5, Florânia exibe uma maior variação na intensidade de ventos, sendo que eles vão de 2,62 a 5,3 ms¹. Já Campina Grande tem uma variação pequena que vai de 2,78 a 3,86 ms¹. A intensidade dos ventos influenciam também na sensação térmica, atenuando temperaturas altas e intensificando as baixas. Para a cidade de Campina Grande, os meses com maior intensidade de ventos é entre Setembro a Dezembro, fim da primavera inicio do verão, e a menor intensidade fica de Abril a Junho, no outono ao inicio do inverno. Em Florânia, a maior intensidade fica entre Julho e Outubro, do meio do inverno até o meio da primavera, e, a menor, fica nos meses de Fevereiro a Abril, em parte do outono.
Figura 6: Gráfico comparativo da Precipitação Acumulada (mm) entre as cidades de Campina Grande/PB e Florânia/RN, dos anos de 1961 a 1990.
Fonte: Próprio autor.
Acima tem-se a precipitação acumulada. Esse dado mede a quantidade de chuvas por mês, influenciando na umidade, na temperatura, nas construções que devem calcular os telhados de modo a receber esse peso, e dimensionar calhas e tubulações pluviais. Embora ambas as cidades tenham índices anuais em torno de 870 mm, aproximadamente, vemos na Figura 6 que a distribuição de chuvas é irregular e não se coincidem mensalmente entre as duas cidades. O volume de chuvas em Florânia se concentra nos meses de Fevereiro a Maio, coincidido com o fim do verão e todo outono. Já em Campina Grande, o volume se distribui entre os meses de Março a Julho, entre o outono e o inverno. Já os períodos de estiagem também são bem delineados, sendo para Campina Grande, os meses de Outubro a Dezembro, e para Florânia entre Agosto a Novembro.
O último comportamento climático a ser abordado é a quantidade de horas de sol disponível. Esse é importante devido a duração da claridade, disponibilidade solar, impactando diretamente sobre a luminosidade dentro de uma construção.
Figura 7:Gráfico comparativo da Insolação Total (horas) entre as cidades de Campina Grande/PB e Florânia/RN, dos anos de 1961 a 1990.
Fonte: Próprio autor.
Na Figura 7, acima, podemos observar a insolação total mensal. Em Campina Grande, tem-se que os meses com maior incidência de sol são Outubro a Janeiro, do meio da primavera ao meio do verão, e, os meses com menor, são os meses de junho e julho, no inicio do inverno. Para Florânia, os meses de maior incidência de sol são de Agosto a Outubro, ou seja, fim do inverno e inicio da primavera, já o de menor incidência são de Fevereiro a Abril, fim do verão e inicio do outono. 
Em suma, tem-se que a cidade de Florânia é mais quente que a de Campina Grande, apesar de ambas estarem situadas na Região Nordeste e de certa forma, próximas uma a outra. O mês mais quente também é outro, começando mais cedo na cidade norte-riograndense e terminando também mais cedo. A diferença entre cada uma é de aproximadamente 2 °C, na temperatura média. Outro dado importante é a umidade relativa, no qual é demonstrado que a cidade paraibana é muito menos árida que a riograndense, fator que tornar o calor ainda mais reflexivo no dia-a-dia. Esse contraste se faz devido ao índice pluviométrico, que em Florânia pode chegar a quase nulo nos meses mais áridos, cujo período de chuvas é curto e dura apenas o fim do verão e inicio de outono. Já a velocidade dos ventos, em Florânia tem uma amplitude maior de variação que em Campina Grande, cuja velocidade persiste entre aproximadamente 3 e 4 m/s. 
Figura 8: Mapa do Brasil com Zonas Bioclimáticas
Fonte: NBR 15220-3 (2003, p.3)
E, por fim, a insolação que é maior em Florânia, cidade mais próxima a Linha do Equador. Essas dissemelhanças são tão marcantes que a NBR 15220-3 (figura 8), Anexo A, as cidades são colocadas como participantes de regiões de conforto heterógenas, sendo Campina Grande participante da Zona Bioclimática 8, enquanto Florânia consta como sendo parte da Zona Bioclimática 7. Essa separação indica que para manter o conforto térmico as estratégias a serem adotadas são diferentes, adotando as referencias a cada Zona brasileira.
3 CARTA PSICROMETRICA DE NATAL E UMA CIDADE DE OUTRA REGIÃO
Essa segunda etapa faz parte da construção da Carta Psicrométrica da cidade de Natal/RN e de uma outra cidade de outra região brasileira. Para a construção da carta psicrométrica faz-se necessário os dados de umidade relativa do ar e temperatura média do ar. Primeiramente fora determinada qual a segunda cidade a ser analisada com a Carta Psicrometrica, sendo esta a cidade de Cuiabá, Mato Grosso.
Numa descrição rápida sobre cada uma das cidades, tem-se que a Capital Norte-Riograndense, Natal/RN (figura 9), está situada as margens do Rio Potengi, a Leste é banhada pelo Oceano Atlântico, no sul tem o Rio Pitimbu que desemboca na Lagoa do Jiqui e mais dois rios cortam a cidade, sendo eles o Guariju e o Jaguaribe. Geograficamente, localiza-se a aproximadamente 5º Sul do Equador. Foi fundada no dia 25 de Dezembro de 1599. Possui em sua maioria solo arenoso com a formação de dunas e uma topografia mais plana. 
Figura 9: Localização Cidade Natal/RN.
Fonte: Autoria Própria.
Já a capital motogrossense encontra-se mais ao sul, cerca de 15° ao sul do Equador, situando-se a Esquerda do Rio Cuiabá, e se encontra mais à oeste do país. Assim como a Cidade de Natal, Cuiabá (figura 10) é cercado de cursos d’água, derivados, neste caso, da bacia amazônica, platina e outros rios, córregos e ribeirões. Possui topografia variada, com a presença de planalto de casca e depressões.
Figura 10: Localização de Cuiabá/MT.
Fonte: Autoria Própria.
Resolveu-se trabalhar com as duas cidades pois ambas possuíam características semelhantes como a disposição hidrográfica, mas também possuíam diferenças marcantes como localização no globo terrestre, localização no meio continental e topografias distintas. Os dados do INMET geraram a Tabela 1, a seguir:
Tabela 1: Dados do INMET de Natal/RN e Cuiabá/MT, temperatura e umidade relativa.
	DADOS DO INMET DE NATAL/RN E CUIABÁ/MT, TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA.
	Natal/RN
	Característica\mês
	jan
	fev
	mar
	abr
	mai
	jun
	jul
	ago
	set
	out
	nov
	dez
	Temperatura (°C)
	27,2
	27,3
	27,3
	26,7
	26,0
	24,9
	24,4
	24,5
	25,5
	26,3
	26,7
	27,0
	Umidade (%)
	74,8
	75,1
	77,3
	79,9
	80,1
	81,3
	80,5
	78,0
	75,5
	74,4
	75,4
	74,8
	Cuiabá/MT
	Característica\mês
	jan
	fev
	mar
	abr
	mai
	jun
	jul
	ago
	set
	out
	nov
	dez
	Temperatura (°C)
	26,5
	26,5
	26,2
	25,5
	24,3
	23,2
	22,8
	25,0
	27,0
	27,2
	26,8
	26,6
	Umidade (%)
	80,7
	81,6
	81,0
	79,5
	74,2
	73,7
	65,4
	57,3
	61,8
	69,6
	74,2
	78,5
Fonte: Autoria Própria.
Pode-se observar que a cidade de Cuiabá possui temperaturas que se aproximam da capital potiguar, embora os meses de frio e de calor variem entre elas, sendo pra Natal os meses mais quentes o do verão, enquanto para a outra cidade, os meses mais quentes são os da primavera. A umidade também é parecida, no entanto, Cuiabá tem um inverno com menor umidade com índices que chegam a aproximadamente 57 %. Já Natal, mantem sua umidade na constante entre 70 a 80%, aproximadamente.
Figura 11: Mapa Psicrométrico de Natal/RN.
Fonte: Autoria Própria.
Com base nos dados da Tabela 1, foi feita a carta psicrométrica de Natal/RN, conforme consta na Figura 11. Os dados apontam que a cidade se encontra na Zona Climática Temperada, cuja umidade é alta, porém a temperatura fica entre 18 °C e 32 °C.
Figura 12: Mapa Psicrométrico de Cuiabá/MT.
Fonte: Autoria Própria.
A Carta Psicrométrica de Cuiabá, Figura 12, oferece uma variação maior na temperatura e na umidade, entretanto ainda pertence a Zona Temperada.Apesar de serem aproximadas nestes quesitos, a Capital mato-grossense pertence a Zona Bioclimática 7, enquanto a norte-riograndense fica na Zona Bioclimática 8. O que implica dizer que a variação da umidade e da temperatura requer diferentes formas de construção.
4 ESTRATEGIAS PARA AS CIDADES DE NATAL/RN E CUIABÁ/MT
Levando em consideração as cartas elaboradas no capitulo anterior, são criadas as cartas de estratégia de projeto, que analisam quais as formas de manter o ambiente mais agradável e aproveitamento dos recursos naturais, diminuindo os custos de construção e manutenção das edificações.
Figura 13: Carta de Estratégias de Projeto de Natal/RN.
Fonte: Autoria Própria.
Para Natal/RN, a carta de estratégias de projeto se diversifica entre desumidificação e ventilação, como a Figura 13 apresenta. Com uma porcentagem mais alta para a área de ventilação, e tendo como base também a NBR 15220-3:2003, tem-se que a técnica a ser empregada é voltada para a ventilação, ou seja, grandes aberturas com sombreamento. Além disso, as vedações externas podem ser leve e refletoras, podem ser admitidas grandes beirais para fornecer sombra as paredes externas, não exige a presença de forro, mas as telhas devem ser de cerâmica sem ser esmaltada ou pintada. Deve-se observar a ventilação cruzada de modo a aproveitar ao máximo esse recurso.
Figura 14: Carta de Estratégias de Projeto de Cuiabá/MT.
Fonte: Autoria Própria.
Já a Capital Cuiabá demonstra uma variação maior, conforme a Figura 14, em que os pontos de umidade e temperatura encontram-se divididos em ventilação, desumidificação e zona de conforto. Combinando essas informações com os dados fornecidos pela NBR 15220-3:2003, que classifica a área em Zona Bioclimática 7, podem ser adotadas as seguintes técnicas: aberturas pequenas para ventilação, com sombreamento nelas, paredes pesadas, ventilação seletiva para os períodos quentes, e resfriamento evaporativo, ou seja, uso de espelhos d’agua, fontes, e outros elementos que utilizem água.
Para que a construção possa ter uma melhor disposição e aproveitamento sem custos abusivos para manter a temperatura interna da edificação agradável é necessário que haja um estudo de como as características ambientais influenciam na cidade onde será a construção. Fatores como umidade indicam a quantidade de equipamentos com uso de água serão necessários para que se reduzam os incômodos de uma baixa umidade, por exemplo. Já a ventilação pode ser importante para manter os ambientes quentes mais agradáveis através de grandes vãos, ou pode solicitar paredes mais robustas para diminuir a entrada ou saída do calor do ambiente interno para o externo. 
5 DETERMINAR A POSIÇÃO SOLAR NA CIDADE DE NATAL
Para realizar está parte deste relatório primeiramente fora elaborado a Carta Solar da cidade, de forma a identificar cada horário de forma clara e objetiva, conforme Figura 15, abaixo.
Figura 15: Carta solar de Natal.
Fonte: Sol-Ar (2018).
Através dessa carta é possível saber que o sol no inverno não tem a mesma inclinação que no inverno. Embora, a carta solar da cidade de Natal não tenha mudanças extremas no azimute solar, elas existem e fazem diferenças nas horas projetar. 
Tabela 2: Determinação dos azimutes e horas solares para a Carta Solar de Natal.
	
	Solstício
Inverno
	Equinócio
	Solstício
Verão
	Horários
	Az. solar
	Elev. solar
	Az. solar
	Elev. solar
	Az. solar
	Elev. solar
	6 hrs
	-
	-
	-
	-
	115°
	5°
	9 hrs
	55°
	38°
	85°
	45°
	115°
	45°
	12 hrs
	0°
	60°
	0°
	85°
	180°
	70°
	15 hrs
	305°
	38°
	275°
	45°
	245°
	45°
	18 hrs
	-
	-
	-
	-
	245°
	5°
Fonte: Autoria Própria.
A Tabela 2 demonstrar como o sol incide na cidade de forma geral, mostrando as inclinações e elevações solares conforme a estação do ano. Tem-se que no equinócio a angulação da elevação solar é mais intensa, porém de acordo com o que já foi especificado no relatório, os meses mais quentes são os que estão no Verão, cuja angulação demonstra que o sol é presente desde as 6 hrs até as 18 hrs da noite, ou seja, os dias são mais longos. 
6 INSOLAÇÃO NOS LIMITES DO TERRENO
Para a construção do projeto foram analisadas as inclinações azimutais do terreno, considerando como o sol se comporta nesses azimutes.
Primeiramente fora usado o arquivo do desenho em CAD, desenhando o norte e colhendo os ângulos formados entre o norte e os limites do terreno.
Figura 16: Terreno com ângulos
Fonte: Autoria Própria.
De acordo com a figura 16, o limite do lote com a Rua Major Jorge Martiniano fica a nordeste e possui azimute de 37º, o limite com o vizinho a sudeste possui azimute de 127º54’49’’. Em relação a Rua Vicente Egberto Cavalcante tem azimute de 217º, calculado através da subtração de 360° menos o rumo formado entre o norte e a fachada sudoeste, por último na Rua Projetada é de 308º, realizando o mesmo cálculo anterior. Considerando essas informações, foram realizadas cartas para cada face do lote, considerando que o eixo Noroeste Sudeste é o maior. E após a construção das cartas (Apêndice A), foram observadas as seguintes informações, expressas na Tabela 3:
Tabela 3: Limites e insolações.
	LIMITE
	OBSERVAÇÕES
	Noroeste
	
	
	Insolação direta o ano todo 13 às 18 hrs.
	
	Entre os meses de março a setembro tem insolação a partir de 12 hrs.
	Sudeste
	
	
	Insolação direta o ano todo das 6 às 10 hrs.
	
	Entre os meses de setembro a março tem insolação até as 11 hrs.
	
	No verão tem insolação ao meio dia.
	Nordeste
	
	
	Insolação direta o ano todo das 6 às 11 hrs
	
	Entre os meses de março a setembro tem insolação até 12 hrs.
	
	Entre abril e agosto tem insolação até 13 hrs.
	Sudoeste
	
	
	Insolação direta o ano todo das 15 às 18 hrs
	
	Entre os meses de agosto e abril tem insolação a partir das 14 hrs.
	
	Entre os meses de setembro e março tem insolação a partir das 13 hrs. 
	
	Entre os meses de outubro e fevereiro tem insolação a partir das 12 hrs.
	
	No verão a insolação começa às 11 hrs.
Fonte: Autoria Própria.
A partir da observação destas informações fora escolhido que o projeto seguiria a orientação do terreno de forma longitudinal. 
7 INSOLAÇÃO NAS FACHADAS DO PROJETO E PROTEÇÕES ADOTADAS
Neste será abordado as fachadas que sofrem mais com a insolação mais forte, sendo a do Sudoeste e a Noroeste nas estações do ano. De acordo com o site da Estação Meteorológica da Linha Catarina Alta e o aplicativo SOL-AR, tomamos como referência as datas do Solstício de Verão para 21.12.2018, nos horários de azimute solar.
Neste ponto, e levando em consideração a altura do edifício de 53 metros, a sombra é projetada ao 12h, para parte do norte e nordeste do terreno, em aproximados 104 metros, deixando a área sudoeste desprotegidas e tomando toda a insolação. A sombra é projetada para toda a rua Maj. Jorge Martiniano, como mostra a Figura 17.
Figura 17: Fachada Sudoeste no Solstício de Verão.
Fonte: Autoria Própria.
Para o solstício de inverno, 21.06.2018, a sombra é projetada para o leste e sudeste em seu horário de intensidade solar, aproximadamente 14:45h, projetando uma sombra equivalente a 52 metros, quase que todo o terreno virado para esta região. 
Figura 18: Fachada Sudoeste no Inverno.
Fonte: Autoria Própria.
Os lados Oeste e Sudoeste ficarão desprotegidos e pegando parte da insolação direta do horário, como na Figura 18. 
Figura 19: Fachada Sudoeste Equinócio do Outono.
Fonte: Autoria Própria.
Para o Equinócio de Outono, 20.03.2018, às 10:45h, a sombra é projetada para norte do edifício e parte do noroeste, projetando uma sombra de aproximadamente 66 metros, protegendo parte da rua Maj. Jorge Martiniano (figura 19). Neste ponto, podemos ver uma insolação forte e desprotegida vindo do sul.
Figura 20: Fachada Sudoeste no Equinócio de Primavera.
Fonte: Autoria Própria.
Para o equinócio da primavera, 23.09.2018, as 12:00h, a sombra é projetadapara parte do norte e quase todo nordeste da região, deixando parte do sudoeste desprotegida. A sombra está projetada para aproximadamente 52 metros, protegendo toda rua a partir deste ponto (figura 20).
Figura 21: Carta Solar com sombreamento.
Fonte: Autoria Própria.
Na leitura da carta solar (figura 21), com a angulação definida a 37º e proteção a 35º, notamos que para o Solstício de verão serão produzidas sombras a partir das 8h20, azimute solar de 115°, e, altura solar 35°. Para o Solstício de Inverno as sombras serão a partir das 7h30 até as 15h10, azimute solar de 62°, e, altura 18°. Por fim, nos equinócios serão geradas sombras a partir das 7h55 até as 12h30, azimute solar de 78°, e, altura 30°.
8 DEFINIÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO
O Projeto arquitetônico possui uso misto, sendo residencial e corporativo. Uma das primeiras premissas é que os acessos de cada uso sejam separados para que o residencial possa ter segurança. O conceito do projeto foi “beleza natural e harmonia dos elementos”, tendo como partido a semelhança dos elementos naturais da cidade para o paisagismo e a valorização das características da cidade para ajudar a dar conforto aos ambientes. Para isso, foram criadas 5 diretrizes para manter a integridade do projeto, sendo elas: transparência, a permeabilidade entre a rua e o lote mantem a segurança da rua e o convívio com o meio em que está inserido o projeto além de permitir o uso de elementos vazados; privacidade, para cada módulo o uso de elementos que possam fornecer essa característica ao ambiente privativo e as áreas de lazer do residencial; elementos naturais, preservação da flora nativa do lote no máximo possível e uso deles para estabelecer equilíbrio e privacidade; ventilação natural, conforme for viável; e, fluidez, reforça a ideia de linhas curvas como os elementos naturais.
O programa arquitetônico foi dividido em quatro partes para facilitar o entendimento, conforme segue abaixo.
Os ambientes corporativos são: 10 módulos de escritórios com aproximadamente 40 m², sala para reuniões para 10 pessoas, copa, recepção, estacionamento p/ 20 vagas sendo uma PDNE, hall de entrada, 4 lavabos, jardim contemplativo, descanso para funcionários, elevadores e escadas, berçário, 10 vagas de bicicletário, sala de arquivo, guarita.
Os ambientes compartilhados entre ambos os usos são: foyer e auditório para 50 pessoas.
Os ambientes técnicos são: DML, vestiários, central de gás, sala de medidores, sala de gerador, sala de monitoramento e síndico, casa de lixo, hall de segurança.
A área de lazer terá: espaço para copa para salão de festas, salão de festas para 50 pessoas, 2 vagas de estacionamento por apartamento, 10 vagas de estacionamento pra visitantes, 42 apartamentos (3 por andar), hall de entrada, banheiros suportes (sendo 01 adaptado), salão de jogos, brinquedoteca infantil, playground, cinemateca, espaço fitness, espaço mulher, solarium, deck úmido, deck seco, jardim contemplativo, 2 Churrasqueira, 2 Piscinas (1 infantil e 1 adulto), sauna seca, elevadores e escadas, pista de cooper, bicicletário, meia quadra recreativa.
Para os apartamentos foram especificados dois tipos de apartamentos, conforme Tabela 4. 
Tabela 4: Tipos de apartamentos de acordo com a os ambientes.
	TIPO A
	TIPO B
	Sala para dois ambientes
Dois quartos
BWC
Suíte
Cozinha
área de serviços
Varanda Gourmet
Home Office
Circulação
	Sala para dois ambientes
Um quarto 
BWC
Suíte
Cozinha
área de serviços
Varanda Gourmet
Circulação
Fonte: Autoria Própria.
Levando em conta as fachadas de insolação e outros fatores como topografia e ventilação (Apêndice B), fora criado um zoneamento preliminar no terreno para as principais áreas (figura 22).
Figura 22: Zoneamento do térreo e primeiro andar.
Fonte: Autoria Própria.
Para mostrar toda a área do terreno fora usada o zoneamento para o primeiro nível. As áreas foram divididas conforme o nome principal do ambiente que ficará ali. A zona de estacionamento é composto por estacionamento de carros, motos e bicicletas e também a circulação para estes. A zona corporativa é onde ficará a parte corporativa, com todos os ambientes. A Residencial demonstra aproximadamente onde ficará os apartamentos e parte da área de lazer. A de Contemplação tem a parte de jardim, cooper e quadra de esportes. A zona área de lazer ativa tem as piscinas e churrasqueiras. Este zoneamento serve como norteamento para a elaboração do projeto não sendo definitivo para as áreas e localização dos ambientes.
9 SOLUÇÕES DE PROJETO 
As soluções que foram adotadas para o projeto incluem áreas verdes que possam aumentar a quantidade de área sombreada do lote. As áreas molhadas ficam voltadas para o Sudoeste onde tem mais sol vespertino e intenso. As zonas de longa permanência ficaram voltadas para o nordeste com aberturas para o nordeste e sudeste, onde se provem mais ventilação. As área de lazer com piscinas ficaram voltadas para o sudoeste por este lado possuir mais incidência solar vespertina também. Para as áreas que enfrentam o sol entre 12 a 16 hrs, está sendo estudado o uso de proteções como cobogós e malhas de aço, para a parte do edifício corporativo. O uso de tijolos cerâmicos e revestimentos de cores leves diminuem a absorção do calor pelo edifício e possibilita um melhor conforto térmico também.
REFERENCIAS
BRASIL. Norma Brasileira nº 15220-3:2003, de setembro de 2003. Desempenho Térmico de Edificações: Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social. 1. ed. Rio de JAneiro, RJ: ABNT, set. 2003.
CAMPINA Grande. 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Campina_Grande>. Acesso em: 13 mar. 2018.
CUIABÁ. 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Cuiabá>. Acesso em: 13 mar. 2018.
FLORÂNIA. 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Florânia>. Acesso em: 13 mar. 2018.
GURGEL, Miriam. Design passivo: baixo consumo energético: guia para conhecer, entender e aplicar os princípios do design passivo em residencias. São Paulo: Senac, 2012. 176 p.
NATAL: (Rio Grande do Norte). (Rio Grande do Norte). 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Natal_(Rio_Grande_do_Norte)>. Acesso em: 13 mar. 2018.
NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL 1961-1990. 2018. INMET. Disponível em: <http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/normaisclimatologicas>. Acesso em: 13 mar. 2018
APENDICE A – CARTAS SOLARES PARA ESTUDO
APENDICE B – CARTAS DE DIREÇÃO E VELOCIDADE DOS VENTOS

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