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Mobilização Neural no tratamento da Epicondilite

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Mobilização Neural no tratamento da Epicondilite lateral
Anatomia do Cotovelo
A extremidade distal do úmero apresenta duas superfícies articulares: a tróclea, que se articula com a ulna, e o capítulo, que se articula com o rádio.
A flexão e a extensão de cotovelo acontecem entre essas duas superfícies articulares. A ulna também se articula com a incis0ura radial da ulna, e essa articulação é denominada radioulnar proximal.
A articulação radioulnar proximal participa do movimento de pronação e supinação, junto com a articulação radioulnar distal.
A cápsula articular do cotovelo engloba as articulações umeroulnar, umerorradial e radioulnar proximal. A articulação radioulnar distal fica estruturalmente separada do complexo do cotovelo.
O epicôndilo lateral é a parte óssea mais proeminente na região lateral do cotovelo, sendo um local de origem de vários músculos e do ligamento colateral lateral. A epicondilite afeta habitualmente a origem (epicôndilo) do extensor radial curto do carpo e, em menor grau, o extensor radial longo do carpo e a porção anterior do extensor comum. A lesão é um resultado da aplicação de uma tração contínua por repetição, resultando em microrrupturas de origem do extensor radial curto do carpo, seguidas de fibrose e formação do tecido de granulação. A dor inicia-se forma gradual e se torna intensa e persistente, agravando-se por pequenos movimentos do cotovelo. Pode inclusive impedir a realização das atividades de vida diária comuns como abrir a porta, escovar os dentes escrever ou fazer a barba. Afetar somente o lado dominante é o mais freqüente e a bilateralidade é incomum
Diagnostico/Tratamento
O diagnóstico é essencialmente clínico, onde freqüentemente o paciente sente uma dor exacerbada quando realiza uma dorsiflexão de punho, supinação do antebraço contra a resistência, e quando agarra um objeto. As radiografias simples geralmente não apresentam alterações, mas a ultrasonografia pode ser utilizada como método complementar de diagnostico e raramente o uso da ressonância magnética é necessária.
A doença está mais relacionada com a prática esportiva e atividades ocupacionais. Por mais que também seja conhecida pelo nome de “cotovelo de tenista”, apenas 5 a 10% dos casos ocorrem em atletas desse esporte.
O tratamento da epicondilite lateral permanece controverso, com uma variedade de modalidades terapêuticas descritas, tanto conservadoras quanto cirúrgicas. O tratamento conservador inicial baseia-se no alívio da dor e repouso, com restrição das atividades repetitivas, seja no trabalho ou no esporte.
Quando existe uma lesão aguda, o tratamento é realizado através de analgésicos e anti inflamatórios não hormonais. Essa conduta, no entanto, é sempre indicada junto ao tratamento fisioterápico. O tratamento fisioterapêutico envolve inicialmente o controle da dor e inflamação através dos recursos físicos como crioterapia, ultrassom e eletroterapia. Posteriormente são utilizados os protocolos de alongamento e fortalecimento da musculatura extensora do antebraço.
A cirurgia da epicondilite lateral só ocorre em casos extremos. Quando os sintomas ainda são aparentes por mais de seis meses e ocorreram o insucesso do tratamento médico não-cirúrgico e fisioterapêutico, a cirurgia é indicada. Essa cirurgia consiste na retirada do tecido fibrótico e/ou liberação parcial da origem do extensor no epicôndilo lateral do úmero.
Mobilização Neural
A região do epicôndilo é inervada pelo nervo radial, que cruza o antebraço por um sulco formado entre os músculos braquial, braquiorradial e exensor radial longo do carpo, sobre o capitelo e cabeça do rádio. Nesse nível, o nervo radial se divide em um ramo sensitivo superficial e em um ramo motor profundo. O ramo motor profundo passa por uma banda fibrosa na borda proximal do musculo supinador onde passa a se chamar nervo interósseo posterior. Esse local pode ser comprimido e gerar dor, que pode irradiar par a região do epicôndilo e gerar confusão sugerindo o diagnóstico errado de epicondilite. Não raramente pode ocorrer uma associação entre as duas patologias.
A mobilização neural pode ser usada como método diagnóstico e terapêutico, contribuindo assim para diminuição do quadro sintomático, a aplicação clínica da mecânica e da fisiologia do sistema nervoso e como elas se relacionam entre si e são integradas à função do músculo esquelético.A técnica é indicada em todas as condições que apresentem comprometimento mecânico/ fisiológico do sistema nervoso,que consistem em colocar tensão nos nervos periféricos aplicando movimentos oscilatórios e/ou brevemente mantidos que permitem recuperar a extensibilidade e a função normal desse sistema, bem como das estruturas comprometidas.

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