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MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES TEXTURA DOS SOLOS TEXTURA E GRANULOMETRIA DOS SOLOS • TEXTURA forma e tamanho das partículas • GRANULOMETRIA medida do tamanho das partículas comportamento mecânico propriedades hidráulicas TEXTURA • CLASSIFICAÇÃO TEXTURAL Quanto ao tamanho dos grãos • Solos granulares: predominam partículas visíveis à olho nu • Solos finos: predominam partículas não visíveis à olho nu CLASSIFICAÇÃO TEXTURAL Quanto à forma dos grãos • Grãos angulares a subangulares • Grãos arredondados e subarredodados • Grãos lamelares • Grãos fibrilares Pela textura os solos são classificados em dois grandes grupos: • Solos grossos: areia, pedregulho e matacão • Solos finos: silte e argila Classificação das partículas segundo seus diâmetros equivalentes, segundo limites convencionais frações granulométricas Escala granulométrica (ABNT – NBR 6502/95) • CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRCA CLASSIFICAÇÃO TEXTURAL CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS SOLOS GROSSOS • Predomina a atuação de forças gravitacionais, apresentam arranjos estruturais bastante simples • O comportamento mecânico e hidráulico está condicionado principalmente à sua compacidade Compacidade: é a medida de quão próximas estão as partículas sólidas umas das outras resultando em arranjos com maiores ou menores quantidade de vazios SOLOS GROSSOS • Possui grande porcentagem de partículas visíveis à olho nú (diâmetro > 0,074 mm) • Partículas com forma arredondadas e angulosas TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS - ANGULAR - SUBANGULAR - SUBARREDONDADA - ARREDONDADA - BEM ARREDONDADA SOLOS GROSSOS • Partículas angulares maior atrito • Partículas arredondadas menor atrito TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS SOLOS GROSSOS SOLOS GROSSOS PEDREGULHOS Partículas de solo > 2,0 mm (DNER, MIT e ABNT) Geralmente encontrados nas margens de rios Em depressões preenchidas por materiais transportados pelos rios; Em uma massa de solo residual (horizontes correspondentes ao solo residual jovem e ao saprolito) TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS SOLOS GROSSOS Partículas com dimensões entre: 2,0 e 0,074 mm (DNER) 2,0 e 0,05 mm (MIT) 2,0 e 0,06 mm (ABNT) AREIAS Quanto maior a distância de transporte, partículas mais esféricas TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS Formato: angular, subangular e arredondado Forma dos grãos está relacionada à quantidade de transporte sofrido Formato dos grãos importante no comportamento mecânico Determina como elas se encaixam Determina como elas deslizam entre si quando solicitados por forças externas Partículas de formato angular, por possuírem menor área de contato, são mais suscetíveis a se quebrarem AREIAS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS AREIAS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS SOLOS FINOS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS Partículas < 0,074 mm (DNER) ou < 0,06 mm (ABNT) Classificadas como argila ou como silte Partículas muito pequenas com formas lamelares, fibrilares e tubulares Mineral que determina a forma da partícula Partículas de argila normalmente apresentam uma ou duas direções em que o tamanho da partícula é bem superior àquele apresentado em uma terceira direção SOLOS FINOS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS Partículas de Argila SOLOS FINOS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS • O comportamento dos solos finos é definido pelas forças de superfície (moleculares e elétricas) e pela presença de água, a qual influi de maneira marcante nos fenômenos de superfície dos argilominerais SOLOS FINOS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS ARGILAS Partículas < 0,002 mm Plasticidade marcante Capacidade de se deformar Elevada resistência quando seca Fração mais ativa SOLOS FINOS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS Capacidade de se moldar ARGILAS SOLOS FINOS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS Plasticidade: propriedade do solo de mudar de forma, por ação de força aplicada, e manter a forma ao cessar a força ARGILAS SOLOS FINOS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS Torrão: elevada resistência quando seco ARGILAS SOLOS FINOS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS SILTES Comportamento governado pelas mesmas forças dos solos grossos (forças gravitacionais), porém é influenciado pelas forças elétricas Granulação fina, pouca ou nenhuma plasticidade e baixa resistência quando seco TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS Escalas granulométricas adotadas pela ASTM (American Society for Testing and Materials), AASHTO (American Association for State Highway and Transportation Officials), MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) e ABNT TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS Proporções entre partículas de maior diâmetro e cada uma das classes granulométricas TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS Proporções entre partículas de maior diâmetro e cada uma das classes granulométricas CLASSIFICAÇÃO DAS FRAÇÕES DO SOLO Solta Com grãos simples (não forma agregados) Não plástica (sem capacidade de se moldar) Não pegajosa Não higroscópica (pouca afinidade com água) Predominam poros grandes na massa Não coesa (coesão = capacidade de formar torrões) Pequena superfície específica Baixíssima atividade de superfície Algumas características: Areia CLASSIFICAÇÃO DAS FRAÇÕES DO SOLO Algumas características: Argila Plástica e pegajosa quando úmida Dura e muito coesa quando seca Alta higroscopicidade Elevada superfície específica Poros muito pequenos Contração e expansão (minerais de argila) Forma agregados com outras partículas Elevada atividade de superfície CLASSIFICAÇÃO DAS FRAÇÕES DO SOLO Algumas características: SILTE Sedoso ao tato Apresenta ligeira coesão quando seco Poros de tamanho intermediário Ligeira ou baixa higroscopicidade Superfície específica com valor intermediário Baixa atividade de superfície GRANULOMETRIA DOS SOLOS Auxilia na representação gráfica que é dada pela curva granulométrica do solo Permite separar os solos grossos dos finos, indicando a porcentagem equivalente de cada fração granulométrica que constitui o solo (pedregulho, areia, silte e argila) Pode fornecer informações sobre a origem geológica do solo que está sendo investigado Distribuição em porcentagem dos diversos tamanhos de grãos, determinando as dimensões das partículas de solo ocorrentes. GRANULOMETRIA DOS SOLOS - PENEIRAMENTO A distribuição granulométrica da fração grossa dos solos, areias e pedregulhos, com partículas maiores que 0,075mm (#200), é obtida pelo processo de peneiramento de uma amostra de solo, utilizando-se uma série de peneiras de abertura de malhas conhecidas, determinando-se a porcentagem em peso retida ou passante em cada peneira. GRANULOMETRIA DOS SOLOS - PENEIRAMENTO Representação da abertura das peneiras A indicação da peneira refere-se à abertura da malha ou ao número de malhas quadradas, por polegada linear GRANULOMETRIA DOS SOLOS - PENEIRAMENTO Para a fração fina dos solos, siltes e argilas, com partículas menores que 0,075mm (#200), calcula-se os diâmetros equivalentes com os resultados obtidos durante a sedimentação de certa quantidade de sólidos em meio líquido. GRANULOMETRIA DOS SOLOS - SEDIMENTAÇÃO Estadeterminação baseia-se na lei de Stokes, que afirma que a velocidade de queda de uma partícula esférica, de peso específico conhecido, em um meio líquido, rapidamente atinge um valor constante, proporcional ao quadrado do diâmetro da partícula, estabelecendo a função: velocidade de queda x diâmetro da partícula. GRANULOMETRIA DOS SOLOS - SEDIMENTAÇÃO Esta função é expressa pela seguinte equação: onde v = velocidade de queda da esfera no fluido s = peso específico da esfera w = peso específico do fluido D = diâmetro da esfera µ = viscosidade dinâmica do fluido 2 18 )( Dv ws O diâmetro da partícula pode ser determinado então em função da velocidade de queda, dado por: ws v D 18 GRANULOMETRIA DOS SOLOS CURVA GRANULOMÉTRICA GRANULOMETRIA DOS SOLOS GRANULOMETRIA DOS SOLOS CURVA GRANULOMETRICA Alguns sistemas de classificação utilizam a curva granulométrica para auxiliar na previsão do comportamento de alguns solos grossos GRANULOMETRIA DOS SOLOS Utilizando alguns índices característicos da curva granulométrica realiza-se avaliação da sua uniformidade e curvatura CURVA GRANULOMETRICA GRANULOMETRIA DOS SOLOS COEFICIENTE DE UNIFORMIDADE (Cu) E CURVATURA (Cc) são obtidos a partir de alguns diâmetros equivalentes característicos do solo, na curva granulométrica. D30 e D60 – o mesmo que o diâmetro efetivo (D10), para as porcentagens de 30 e 60% respectivamente. Diâmetro efetivo (D10): É o ponto característico da curva granulométrica para medir a finura do solo, que corresponde ao ponto de 10%, tal que 10% das partículas do solo possuem diâmetro inferiores a ele. TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS CURVA GRANULOMETRICA Coeficiente de uniformidade (Cu): Dá uma ideia da distribuição do tamanho das partículas do solo Valores próximos de 1 (um) indicam curva granulométrica quase vertical, com os diâmetros variando em um intervalo pequeno Enquanto que, para valores maiores a curva granulométrica irá se abatendo e aumentando o intervalo de variação dos diâmetros. 𝑪𝒖 = 𝑫𝟔𝟎 𝑫𝟏𝟎 Coeficiente de uniformidade (Cu), é dado por: TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS Diâmetros efetivos (𝑫𝟏𝟎 , 𝑫𝟑𝟎, 𝑫𝟔𝟎 ) 𝑫𝟔𝟎 𝑫𝟑𝟎 𝑫𝟏𝟎 TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS CURVA GRANULOMETRICA Classificação da curva quanto ao coeficiente de uniformidade: • Cu < 5 muito uniforme • 5 < Cu < 15 uniformidade média • Cu > 15 não uniforme TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS CURVA GRANULOMETRICA Coeficiente de curvatura (Cc): Dá uma medida da forma e da simetria da curva granulométrica 𝑪𝒄 = 𝑫𝟑𝟎𝟐 𝑫𝟔𝟎 ∗ 𝑫𝟏𝟎 Coeficiente de curvatura (Cc), é dado por: Classificação da curva: • 1 < Cc < 3 solo bem graduado • Cc < 1 ou Cc > 3 solo mal graduado COMPACIDADE DAS AREIAS O estado em que se encontra uma areia pode ser expresso pelo seu índice de vazios Este dado isolado, entretanto, fornece pouca informação sobre o comportamento da areia, pois com o mesmo índice de vazios, uma areia pode estar compactada e outra fofa É necessário analisar o índice de vazios natural de uma areia em confronto com os índices de vazios máximo e mínimo em que ela pode se encontrar Se uma areia pura, no estado seco, for colocada cuidadosamente em um recipiente, vertida através de um funil com pequena altura de queda, por exemplo, ficará no seu estado mais fofo possível COMPACIDADE DAS AREIAS Pode-se, então determinar seu peso específico e dele calcular o índice de vazios máximo Vibrando-se uma areia dentro de um molde, ela ficará no seu estado mais compacto possível, que corresponde ao índice de vazios mínimo VALORES TÍPICOS DE ÍNDICES DE VAZIOS DE AREIAS Descrição da areia 𝒆𝒎𝒊𝒏 𝒆𝒎𝒂𝒙 Areia uniforme de grãos angulares 0,70 1,10 Areia bem graduada de grãos angulares 0,45 0,75 Areia uniforme de grãos arredondados 0,45 0,75 Areia bem graduada de grãos arredondados 0,35 0,65 Compacidade é a característica da maior ou menor densidade (compactação) dos solos granulares (não coesivos), que são as areias e pedregulhos, e quantitativamente a compacidade ou densidade relativa é determinada pelo grau de compacidade , dado por: 𝑮𝑪 = 𝑒𝑚𝑎𝑥−𝑒𝑛𝑎𝑡 𝑒𝑚𝑎𝑥−𝑒𝑚𝑖𝑛 Classificação das areias: • Fofa (solta) 0 < GC < 1/3 • Medianamente compacta 1/3 < GC < 2/3 • Compacta 2/3 < GC < 1 COMPACIDADE DAS AREIAS Classificação das areias: Qualitativamente correlaciona-se a compacidade de areias e siltes arenosos com a resistência a penetração obtida no ensaio de penetração estática (SPT). Segundo ABNT/NBR 7250/82, temos: COMPACIDADE DAS AREIAS DESIGNAÇÃO Índice de resistência à penetração – N (SPT) Fofo 4 Pouco compacto 5 a 8 Medianamente compacto 9 a 18 Compacto 18 a 40 Muito compacto 40 TRIÂNGULO TEXTURAL Usando o gráfico textural ou triângulo textural ou Diagrama de Feret faz-se a identificação trilinear com a qual define-se o comportamento e manejo do solo classificando-o segundo as classes texturais possíveis, a partir dos valores das porcentagens de Argila, Silte e Areia. Outra forma de determinar a classe do solo com relação à sua granulometria Nesta classificação os solos são designados pelo nome da fração preponderante. Diagrama de Feret Bureau of Public Roads TRIÂNGULO TEXTURAL LEITURA DO DIAGRAMA DE FERET Solo com: • 40% de areia • 25% de silte • 35% de argila ARGILA ARENOSA Bureau of Public Roads
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