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Casos concretos Tributário 1 ao 16

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AULA 1 - DIREITO TRIBUTÁRIO
CASO CONCRETO Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição ?ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se: 
Quais seriam estes argumentos? Argumentos do artigo 62 CF
A Constituicao em seu artigo 62, proíbe fazer medida provisória para matéria orçamentária planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; . A MP pode ser editada pelo chefe do Executivo. Evitando a violação do planejamento orçamentário. 
b) Pode o governador editar medida provisória? 
Sim, O STF decidiu que os governadores de estados podem editar Medidas Provisórias, em caso de relevância e urgência, desde que elas sejam convertidas em leis pelas respectivas assembléias legislativas. Mas em primeiro as Medidas Provisórias devem estar previstas nas Constituições estaduais, e, sejam observados os princípios e limitações impostas pela Constituição Federal”.
c)Cabe medida provisória em Direito Financeiro. 
Não é vedado expressamente na CF.se não for matéria orçamentaria nem lei complementar pode.
Há uma corrente doutrinária minoritária que se alinhando ao entendimento do STF admite a medida provisória no direito tributário, no entanto, apenas como instrumento para iniciar o processo legislativo para instituição ou aumento do imposto. Até porque, esse ato normativo é precário, têm vida curtíssima e caso não seja convertida em Lei perde sua eficácia desde o início (extunc).
OBJETIVA Identifique qual das opções abaixo traz situação que será objeto de aplicação das regras do Direito Financeiro: 
d) previsão de gastos com pessoal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
AULA 2
Caso Concreto Em meio a uma crise política e econômica em 2015, o Governo Federal apresentou ao Congresso Nacional um projeto de lei orçamentária com um déficit de 30,5 bilhões de reais. À época, questionamentos políticos e econômicos foram levantados e o cerne da questão gira em torno de um dos princípios orçamentários mais relevantes, que congrega todos os elementos da atividade financeira do estado. Indaga-se: 
A questão que se levantou é se estaria o poder executivo autorizado a propor um projeto de lei com este desequilíbrio? Identifique o princípio orçamentário referente e como os elementos do Direito Financeiro se relacionam no caso.
É possível afirmar que,uma vez que a Constituiçãode1988 não trouxe o princípio de maneira expressa Como fazia a Constituiçãode1967,elenão teria sido mantido em toda a sua amplitude. A Constituição de 1988 ,veda no art. 167 III apenas a realização de operações de crédito que excedam o montante de despesas decapital,ressalvadaas autorizadas mediantecréditos suplementares ouespeciais com finalidadeprecisa,aprovados peloPoderLegislativopormaioriaabsoluta.Oprincípiodo equilíbrioteria sido restringido entre as operações de crédito e as despesas de capital ressalvada a possibilidade de as 
operações de crédito superarem os valores de investimento mediante aprovação do Poder Legislativo, por maioriaabsoluta.
Entretanto, a partir da promulgação da EC 95/2016, foi implementado um novo regime fiscal com limites individualizadosparaasdespesasprimárias,nointuitodeestabelecerumequilíbrio orçamentário (principio),uma vez que são limites globais para cada Poder com base em despesas primárias. 
Como ficaria com base na legislação atual? 
A CF 88 adotou uma postura mais realista. Propôs o equilíbrio entre operações de crédito e as despesas de capital. O art. 167, inciso III, veda: "a realização de operações de créditos  que excedam o montante das despesas de capital  ....";
Questão objetiva Julgue os seguintes itens relativos à receita pública e marque a opção correta. 
d) Receita originária é aquela em que o Estado atua como particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império.
AULA 3 
 O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou multas no valor total de R$278.000,00 a 69 prefeituras por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no prazo legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido de Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação. Neste sentido, considerando a natureza do Tribunal de Contas e as regras da Lei de Responsabilidade fiscal, responda: 
1)A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular? 
Sim, aAplicação de multas e ato regular do Tribunal de Contas, sendo o mesmo responsável por fazer a avaliação técnica das contas públicas, atuando como órgão de controle externo, possuindo a função de aplicar sanções pelo descumprimento das regras constitucionais e da LRF conforme previsto no art 75 da CF. 
2) Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se encontram alcançadas pela coisa julgada? As multas são oriundas de ato administrativo, resultando em documento com eficácia de título executivo, podendo, portanto,serem questionadas em sede judicial.
3) Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios exigidos? 
 a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Que passa a ser o código de conduta para os administradores públicos de todo o país. Com estas novas regras, deverão ser obedecidos, sob pena de severas sanções, aos princípios do equilíbrio das contas públicas, de gestão orçamentária e financeira responsável, eficiente e eficaz, sobretudo, O princípio da transparência como um dos alicerces da lei de responsabilidade fiscal 
  Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
(professor falou apenas o principio da transparencia como resposta pra questão)
Questão objetiva 
O Tribunal de Contas 
( x) d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea constitucional.
O Tribunal de Contas é instituição autônoma, com independência financeira e administrativa, não integrando nenhum dos poderes, uma vez que a todos fiscalizam na função administrativa, sendo indispensável que não esteja à mercê de qualquer pressão advinda daqueles sujeitos a sua fiscalização.
AULA 4 
 Caso Concreto Ao dispor sobre o plano de custeio da Seguridade Social, a União cuidou de regular a cobrança de várias contribuições cujos fatos geradores dizem respeito à atividades do contribuinte como a remuneração paga ou creditada aos segurados que prestem serviço às empresas, dos empregadores domésticos, dos trabalhadores (incidentes sobre o seu salário-de-contribuição), incidentes sobre o faturamento e lucro das empresas e sobre a receita de concursos de prognósticos. Estas contribuições são, por lei, designadas de contribuições sociais. A mesma lei que as institui estabelecia um prazo de dez anos para a apuração e constituição dos créditos da seguridade social. Sabendo que normas gerais do Direito Tributário são reservadas pela Constituição para lei complementar, identifique e analise o dispositivo, tendo para tanto a compreensão da natureza da cobrança realizada e, portanto, o ordenamento jurídico específico ao qual está submetida. 
O códigotributário nacional prevê o prazo de 5 anos,. Acerca dalei ordinária 8212/91 o STF na súmula vinculante 8 determinou que as contribuições sociais são tributos(são contribuições especiais ou para fiscais, subdividias em sociais, de interesse de intervenção do domínio econômico de categorias profissionais e intervenção para custeio do serviço de iluminação pública ). Por serem tributos não seguem as regras de uma lei ordinária, mas sim as regras do CTN que tem status de lei complementar.
Artigo 149 CRFB/88, prevê as contribuições parafiscais ou especiais (gênero), da qual uma das espécies são as contribuições sociais, que são tributos (art 3CTN), e como tais, devem obeder as disposições constitucionais e do CTN acerca dos tributos em geral. 
Artigo 44, Lei 8212/91 , prevê o prazo de 10 anos para decadência deste tributo, é lei ordinária, nas normas gerais de direito tributário , O CTN em seu artigo 173 fiza o prazo de 5 anos. Nunca uma L.O poderá alterar matéria de lei complementar. Resposta do professor.
Questão objetiva (CETREDE – 2016) Como se chama o tributo que tem por características ser não vinculado a uma atividade estatal, admite, por expressa e excepcional previsão constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não admite previsão de restituição ao final de determinado período?
A( ) Contribuição de intervenção no domínio econômico. 
B ( ) Contribuição social. 
C ( ) Empréstimo compulsório.
D ( ) Imposto. 
E ( ) Taxa.
a) Taxa, sabemos se tratar de tributo vinculado a uma atividade estatal específica, portanto, ERRADA;
 
b) Contribuição de intervenção no domínio econômico. Aqui começa a "complicação", pois as CIDE's devem ter seus recursos destinados (vinculados, e POR ISSO ERRADA), como REGRA e não como exceção, à (s) atividade (s) para a (s) qual (is) a União quer intervir, e não como exceção, e isso está expresso na CF, ao passo que sua cobrança não decorre de nenhuma atividade estatal específica relativa ao contribuinte (não vinculado);
 
c) Imposto, é um tributo não vinculado, fato. O problema é que a destinação específica do produto de sua arrecadação se dá em situações pontuais, interpretadas aqui como excepcionais, pois, como regra geral, os impostos não possuem destinação específica. 
 
d) Empréstimo compulsório, se existisse certamente seria não vinculado, mas a destinação de sua arrecadação é para os fins que exigem a CF.No entanto, trata-se de um empréstimo, devendo ser restituído, inclusive da mesma forma com que foi recebida, portanto ERRADA;
 
e) Contribuição Social, é uma alternativa boa porque algumas contribuições são vinculadas, outras não. 
Por exemplo, as contribuições sociais para o financiamento da seguridade são não vinculadas, mas suas receitas estão vinculadas à manutenção da seguridade. 
As contribuições de melhorias são vinculadas a uma atividade estatal específica, a saber, uma obra pública, suas receitas são vinculadas às obras realizadas, mas uma vez cobradas não são passíveis de restituição, e por isso, esta alternativa está ERRADA
 
AULA 5 
Parte superior do formulário
A união através de lei ordinária isenta tributo do Estado sob o fundamento de que deve fomentar o desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte. Comente a legalidade e a Constitucionalidade da referida lei.
Essa lei é inconstitucional, pois a União não pode isentar tributos estaduais, que são de competência do Estado. O disposto no artigo 151, inciso III, CF, revela que é vedado à União instituir isenções de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou seja, é defeso à União instituir isenções heterônoma , violaria o principio da vedação de isenções heterônomas. 
Entretanto, é de salientar que, a isenção heterônoma existe ressalvas, assim como a ISS, ICM S, quando a União exerce atividade em p rol de toda a fede ração.
Questão objetiva Relativamente à competência tributária, assinale a alternativaincorreta. 
a) A União Federal tem competência para instituir impostos extraordinários em caso de guerra. 
b) Os Municípios têm competência para instituir impostos sobre a propriedade predial e territorial urbana. 
c) Os Municípios não têm competência para instituir contribuições previdenciárias, pois esta competência é exclusiva da União Federal. Art. 149, § 1º, C
d) As taxas e as contribuições de melhoria são consideradas, pela doutrina, tributos de competência comum
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para
o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União
AULA 6
Caso Concreto
 
Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado respectivo em função de uma retenção na fonte de imposto de renda retido na fonte pelo órgão ao qual pertencia a servidora. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo em vista que a competência tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. Comente se procede a alegação do Estado
  
Não procede a alegação do Estado, visto que no art. 157, I, e 159,§1º CF c/c art 45, paragrafo único do CTN, deixa expresso que ainda que a instituição do IR é da União , a responsabilidade pertencem aos entes que arrecadam e retêm (sendo o destinatário) na fonte o IR 
principio da simetria/ interpretação extensiva. 
Súmula 447: "Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores". 
Na relação abaixo, de transferências intergovernamentais de receitas tributárias, MARQUE
as da União para os Estados/DF (1), 
as da União para os Municípios (2)
e as dos Estados/DF para os Municípios (3):
(3) 50% do IPVA (art. 158, III, CF) - as dos Estados/DF para os Municípios
(1) 20% dos impostos de competência residual; (Art. 157, II, CF)as da União para os Estados/DF
(2) 50% do ITR; (Art. 158, II, CF)as da União para os Municípios
(1) 21,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; (Art. 159, I, a, CF)as da União para os Estados/DF
(3) 25% do ICMS; (art. 158, IV, CF)dos Estados/DF para os Municípios
(2) 22,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação; (Art. 159, I, b, CF)as da União para os Municípios
(2) 70%do IOF sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial. (Art. 153, §5º, II, CF) as da União para os Municípios
AULA 7
Governador de um Estado da Federação propõe Ação Direta de Inconstitucionalidade contra emenda constitucional que cria um imposto sobre toda e qualquer movimentação financeira, inclusive as realizadas por pessoas jurídicas de direito público e que entraria em vigor imediatamente. Incialmente, os argumentos da afronta a duas limitações constitucionais ao poder de tributar, a saber a imunidade recíproca (vedação à imposição de impostos entre os entes federativos) e anterioridade (obrigatoriedade de aguardar até o exercício financeiro para que se possa cobrar o tributo) parecem corretas. Mas há uma preliminar questionada: a possibilidade de se questionar a constitucionalidade de dispositivo constitucional. Analise a questão e indique o posicionamento do Supremo Tribunal Federal
ADI 926, IPMF..., pois vinculava receita de imposto, sendo que este não poderia. 
Além disso, o IPMF tributada quem era imune, assim, o STF acabou com o IPMF, surgindo posteriormente a CPMF
Questão objetiva (FGV-2015) O Presidente, representando	 a República Federativa do Brasil, celebra tratado internacional com outros dois Estadossoberanos, com o objetivo de incrementar a prestação de serviços de tecnologia para grandes projetos de infraestrutura. O acordo internacional, após todos os trâmites legislativos impostos pela ordem jurídica interna e internacional, passa a produzir seus efeitos, dentre os quais a isenção de todos os impostos incidentes nessa operação. Considerando que esses serviços estão incluídos na lista anexa da Lei Complementar nº 116/2003 e a jurisprudência do STF, é correto afirmar que o tratado é:
B (x) constitucional, pois a vedação constitucional se volta à União, nada impedindo que a República Federativa do Brasil, na qualidade de pessoa jurídica de direito público externo, celebre tratados e acordos internacionais de Direito Tributário; Nesse caso, o tratado será constitucional, pois a vedação da isenção heterônoma que alude a CF no art. 151, III é para União (presidente na qualidade de chefe de governo), no caso do tratado apresentado na questão o Presidente age na qualidade de chefe de estado, não alcançando a referida vedação 
C ( ) constitucional, pois, nos termos da Constituição Federal, os tratados e convenções internacionais sobre tributação, desde que aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais;Atenção à letra C o erro da alternativa  é dizer que essa determinação está expressa na CF/88, quando na verdade está no próprio CTN. Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
AULA 8Parte inferior do formulário
O Município de Angra dos Reis promulga lei em 30.05.2006, estabelecendo a incidência do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) sobre as embarcações alienadas no território municipal, já que esses bens são garantidos por hipoteca, o que demonstraria a natureza imobiliária das embarcações. Ester efetua alienação de uma embarcação para Moisés (ambos domiciliados naquele Município, mediante contrato lavrado em cartório no dia 30.05.2007. Ester apresenta impugnação na via administrativa, pleiteando o seu direito de não pagar o tributo em tela. Examine o caso, em suas várias nuances, sob a ótica das normas do CTN sobre interpretação.
Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.
Questão objetiva (FAURGS-2015) No que se refere à legislação tributária, assinale a alternativa que contém afirmativa correta. 
A (X )Leis expressamente interpretativas não podem ser aplicadas a atos ou fatos pretéritos se contrariarem orientação favorável aos contribuintes já firmada pelos Tribunais Superiores. 
B ( )Os conceitos utilizados pela Constituição da República para outorgar competência impositiva 
AULA 9
Lei federal, publicada no ano passado, majora alíquotas do Imposto de Renda incidente em determinadas importações e determina a incidência sobre o exercício passado cuja declaração será feita neste exercício. Neste caso, inicia-se forte discussão sobre o tema da segurança jurídica e dos princípios tributários atinentes. Para verificação da constitucionalidade do tema, apresente o entendimento do STF e sua evolução até os dias atuais. 
Súmula 584 STF –Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração é constitucional a lei em questão. (é controvertido)
A lei do IR , no momento da declaração pode ser aplicado ao fato passado Art. 1º da Lei 7988/89
a súmula 584 do STF autoriza a aplicação da legislação tributária vigente no exercício da declaração ainda que alcance fatos geradores ocorridos no exercíciofinanceiroanterior. Insta salientar que o RecursoExtraordinário592.396, reconheceu a inconstitucionalidade da aplicação retroativa da lei, que no caso era o art. 1o da Lei 7.988/89.
Questão objetiva (FUNDATEC-2015) Quanto aos princípios da legalidade e da anterioridade tributária, analise as assertivas abaixo: I. O princípio da legalidade tributária aplica-se a todos os tributos, mas se admite a alteração da alíquota de certos impostos federais, de caráter extrafiscal, desde que sejam atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei. II. Reserva absoluta de lei tributária designa a exigência de que a Administração Tributária se paute rigorosamente pelos ditames legais, não adotando condutas contrárias à legislação tributária. III. A anterioridade de exercício e a nonagesimal são aplicáveis a todos os tributos, de forma cumulativa, excetuadas hipóteses previstas taxativamente no texto constitucional. IV. Majoração de alíquota do ICMS, determinada por lei publicada em 1º de novembro de um ano, pode ser aplicada em 1º de janeiro do ano subsequente. Após a análise, pode-se dizer que: 
C ( ) Estão corretas apenas as assertivas I e III. 
AULA 10
O Estado do Rio de Janeiro decide alterar a sua legislação tributária relativa ao ITCMD para aumentar as alíquotas do imposto e, portanto, aumentar sua arrecadação. Em função disso, aumenta a alíquota do imposto para 4,5% (quando se tratar de transferências realizadas em montante de até 400.000 unidades fiscais de referência) e de 5% (quando se tratar de transferências em montante superior a 400.000 unidades ficais de referência). Contribuinte questiona a alíquota progressiva do tributo diante de falta de autorização expressa da Constituição neste sentido. Assim tratando, analise como se posiciona o Supremo Tribunal Federal sobre o assunto. 
Deve ter expressa na Constituição a autorização para o aumento do ITCMD, pela mesma não há progressão, porém o entendimento do STF/ RE 562045, reconhece possibilidade de cobrança progressiva de imposto do ITCMD (que é um imposto real) mesmo sem que esta progressividade esteja expressamente prevista na CF/88.
Questão objetiva O Decreto nº 3.000/99, conhecido na prática por RIR/99, estabelece, em seu art. 1º , que: “O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza será cobrado e fiscalizado de conformidade com o disposto neste Decreto.” Ao contemplar a cobrança do Imposto Renda sobre toda e qualquer forma de renda e provento, nos limites da Lei, o artigo está contemplando o critério da 
. 
C (xx ) generalidade.
AULA 11
CASO CONCRETO O Supermercado Vende Bem propõe uma ação para anular uma cobrança de ICMS que desconsiderava créditos de ICMS decorrentes do consumo de energia elétrica que, segundo o contribuinte, a energia elétrica utilizada para a comercialização de seus produtos não podia ser confundida com aquela utilizada para o uso ou consumo, pois a energia elétrica utilizada nas áreas comerciais (dentro dos supermercados) seria indispensável ao desempenho das atividades do estabelecimento, tais como na conservação de produtos congelados e refrigerados, na fabricação de pães e biscoitos, sendo posta em uso para proveito dos consumidores finais que não podem comprar às escuras. Neste sentido, como deve se manifestar o tribunal? 
Principio da não cumulativade o valor pago numa operação deve ser deduzido da outra, lei 11672/08; LC 87/86 convenio em ICMS 66/88 RMS 28248.
Foi entendido que antes do advento desta lei, não poderia haver a compensação de um valor com o outro (princípio da não cumulatividade não valia aqui), ainda que houvesse convenio. No entanto foi logo depois a LC 102/00 inadmitiu novamente e compensação (supermercado é apenas revendedor, e não consumidor final)
somente a partir da entrada em vigor da Lei Complementar 87/96ficou autorizado o creditamento relativo a bens destinados ao ativo fixo e ao uso e consumo do estabelecimento comercial. Anteriormente à edição da referida norma, as regras relativas à compensação de créditos referentes ao ICMS estavam dispostas no Convênio ICMS 66/88, que expressamente vedava tal creditamento, Por outro lado, o § 1º do art. 20 da Lei Complementar 87/96 restringiu expressamente as hipóteses de creditamento do ICMS à entrada de mercadorias que façam parte da atividade precípua do estabelecimento, Com relação aos valores de ICMS pagos na conta de energia elétrica, o endimento da corte que julgou o RMS 28248 tem entendido que não há possibilidade de seu creditamento por parte de estabelecimento comercial, em virtude de não se poder considerar o uso daquela como insumo nesses casos. (Trecho do RMS28248)
Questão objetiva O princípio da não cumulatividade é 
B ( xx) princípio de tributação por meio do qual se pretende evitar a assim chamada “tributação em cascata” que onera as sucessivas operações e prestações com bens e serviços sujeitos a determinado tributo.
AULA 12
Caso Concreto O Estado de Pernambuco, de forma a incrementar sua arrecadação tributária e ampliar a sua receita, decide criar alíquota diferenciada para veículos de fabricação estrangeira importados ao Brasil. Esta alíquota é maior do que as dos veículos nacionais. Desta forma, encaminha a proposta à sua assessoria jurídica que após pesquisa à jurisprudência das Côrtes Superiores lhe dá parecer. O parecer mais adequado deve ser em que sentido? 
Principio da não diferenciação art152 CR, Governo de Pernambuco não poderia decidir alíquota diferenciada para carros importados e os produzidos em território nacional. 
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido da impossibilidade dos Estados-membros e do Distrito Federal estabelecerem alíquotas de IPVA diferenciadas entre veículos nacionais e importados RMS 13502
Questão objetiva Sobre as limitações ao poder de tributar, assinale a alternativa correta: 
D (X ) É vedado ao Município de Vila Velha instituir tributo diferenciado sobre serviços prestados por estabelecimentos domiciliados no Município de Vitória.Principio do não confisco ou princípio da não-diferenciaçã
AULA 13 –
A prefeitura do município de Rio Branco enviou carnê de IPTU para a Locadora de Veículos Localizada em terreno da Infraero ao lado do Aeroporto Internacional Plácido de Castro. A Locadora promoveu ação anulatória e o processo se encontra hoje no STF aguardando julgamento de recurso extraordinário. Neste sentido, apresente os argumentos favoráveis ao fisco e ao contribuinte. 
Quando a infraero utiliza o próprio terreno, esta imune a tributação e o STF xx a imunidade extensiva também ao terceiro que utiliza o terreno da infraero para exploração comercial, entendendo hipótese de posse precária. (resposta professor)
De acordo com acórdão do RE 601720 ,
 “O particular concessionário de uso de bem público não pode ser eleito, por força de lei municipal, para figurar com o sujeito passivo de obrigação tributária referente a IPT U, porquanto sua posse é precária e desdobrada,ao passo que o imóvel qualificado como bem público federal,ainda que destinado à exploração comercial, remanesce imune aos tributos fundiários municipais, por força do artigo 150, VI, „a‟, da ConstituiçãoFederal”,Eu deixaria essa resposta
AULA 14
A legislação do Imposto de Renda da Pessoa Física atribui ao contribuinte uma série de
obrigações e deveres. Analise os dispositivos abaixo elencados e indique sua natureza
específica. Em seguida, identifique o ato normativo que pode tratar de cada uma das
matérias e o regime jurídico ao qual devem se submeter.
Lei 7.713/1988 - Art. 3º O imposto incidirá sobre o rendimento bruto, sem qualquer dedução, ressalvado odisposto nos arts. 9º a 14 desta Lei.Obrigação tributária principal –prestação o tributo Deve ser instituído por lei ordinária .Submete-se às regras do Direito Tributário
B) Lei 7.713/1988 - Art. 53. Os juros e as multas serão calculados sobre o imposto ou quota, observado o
seguinte:
a) quando expresso em BTN serão convertidos em cruzados novos pelo valor do BTN no
mês do pagamento;
b) quando expresso em BTN Fiscal, serão convertidos em cruzados novos pelo valor do
BTN Fiscal no dia do pagamento.
Obrigação tributária principal prestação jurosem multa. Deve ser instituído por lei ordinária
Submete-se às regras penais
C) Instrução Normativa 1613/2016
Art. 2º Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de
2016, a pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2015:
I - recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi
superior a R$ 28.123,91 (vinte e oito mil, cento e vinte e três reais e noventa e um
centavos);Obrigação tributária acessória (– comportamento do contribuinte de Prestardeclaração.Podeserinstituídoporqualqueratonormativo.Submete-se às regras de Direito Administrativoe Tributário.
Questão objetiva
(FUNDATEC-2014) É correto afirmar que:
A ( ) Dado que a obrigação tributária seja acessória, não é possível a sua ocorrência sem
a existência de obrigação tributária principal a ela relacionada.
B (x ) O objeto da obrigação tributária é a prestação, variando essa apenas em relação ao
seu objeto art.113
C ( ) No caso de haver uma obrigação tributária principal, somente poderá haver uma
prestação como seu objeto.
D ( ) Na hipótese de ter sido pago o tributo previsto em lei, não é necessário o
atendimento a exigência de obrigação tributária acessória.
E ( ) As penalidades pecuniárias tributárias são oriundas apenas dos casos de pagamento
em atraso
AUL
AULA 15
Em processo administrativo discute-se a base de cálculo do ISSQN incidente sobre a prestação de 
Serviçode transportecoletivode passageiros.Oponto central do problemaéseabasedecálculopara efeito do recolhimento do ISSQN seria o preço efetivamente pago pelo usuário no ato da compra e venda dos bilhetes (seja vale-transporte ou passagem escolar), posição adotada pelo contribuinte ou se o vigentenomomentoposterioremquesedáaefetiva prestação,posiçãoadotadapeloFisco. 
Considerandoquenomomentoemquesedeuaefetiva prestaçãoopreçojáestariamajorado,qualoseu parecerjurídicosobreotema? Qualdos elementos referenteaofatogeradorintegralestáem discussão? 
O STJ entendeu que a base de calculo do Iss seria o preco efetivamente pago pelo usuário no ato da compra do bilhete seja vale transporte ou passagem escolar , e não o vigente no momento posterior e em que se da a efetiva prestação. Agravo e Resp 89695
Assim, mostra-se indevido o recolhimento do tributo sobre a diferença verificada quando da majoração da tarifa de transporte ocorrida entre a compra do bilhete antecipado e a efetiva prestação do serviço, pois o momento da incidência do fato gerador é o da compra das passagens.
Precedentes citados:AgRgnoAREsp 89.695-RS 
Questão objetiva 
Tendocomoreferênciao dispostonoCTN,assinaleaopçãocorreta.
A( x )A capacidade tributária passiva é plena e independe da capacidade civil. 
AULA 16
Filipe sócio da sociedade FILIPE & FERNAND A LTDA com intuito de prestigiar seus funcionáriosResolveram pagar o 15o salário (criado por eles). Diante disso a sociedade por falta de planejamento ficou em dificuldades financeiras motivo que levou ao inadimplemento do IRPJ.O patrimônio da sociedade não era suficiente para arcar com a dívida tributária e a Receita Federal do Brasil resolveu redirecionar a 
execução fiscal contra o sócio Filipe. Responda se Filipe é parte legitima para figurar no polo passivo da execução, invocando os fundamentos que sustentam a relação jurídica de direito material.
Artigo 135, CTN, o teor da Súmula 430 do STJ: O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por sisó,a responsabilidadesolidáriadosócio-gerente, assim se o debito foi corretamente declarado, Felipe não sera responsabilizado, no entanto seo debito não foi corretamente declarado e Felipe for o sócio gerente sera responsabilizado com seu patrimônio pessoal
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado
Súmula 435 - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.»
Questão objetiva
A responsabilidade tributária por sucessão 
D( x) é solidária como contribuinte nas hipóteses de fusão, cisão e incorporação de empresa, salvo se havia prova de quitação dos tributos no ato e não entraram como passivo no negócio jurídico.

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