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Direito Constitucional 150 questões

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Curso: 150 questões de Direito Constitucional 
Professor: Jonathas de Oliveira 
 
Curso: Direito Constitucional 
Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira 
Prof. Jonathas de Oliveira 2 de 160 
 www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1- Questões Comentadas ......................................................................... 3 
2- Lista de Exercícios ...........................................................................103 
3- Gabarito .........................................................................................159 
4- Referencial Bibliográfico....................................................................160 
 
 
 
Olá concurseiros! 
 
Vamos nos exercitar um pouco? 
 
O material que vocês têm disponível contempla 150 questões 
comentadas de Direito Constitucional, abrangendo diversos tópicos da 
disciplina, incluindo questões de teor doutrinário, jurisprudencial e, como não 
poderia deixar de ser, da literalidade da nossa Constituição Federal. 
Válido destacar que os comentários e mapas mentais aqui trazidos 
foram extraídos dos nossos cursos específicos, disponíveis em: 
https://www.exponencialconcursos.com.br/categoria/?cat_name=direito-
constitucional 
 
Um excelente estudo a todos! 
 
Comecemos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
150 Questões de Direito Constitucional comentadas 
Curso: Direito Constitucional 
Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira 
Prof. Jonathas de Oliveira 3 de 160 
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1- (CESPE / STJ – Conhecimentos Básicos / 2015) 
Julgue o item subsecutivo, acerca da República Federativa do Brasil. 
A Constituição é instituto multifuncional que engloba entre seus objetivos a 
limitação do poder e a conformação e legitimação da ordem política. 
Resolução: Correto. A Constituição é a lei máxima do Estado e tem como 
alguns de seus objetivos limitar os poderes do próprio Estado e dos 
particulares e estabelecer as diretrizes da ordem política. 
 
2- (FGV / Estágio Forense no MPE – RJ / 2014 / 
Adaptada) Julgue o item a seguir: 
O sistema jurídico brasileiro adota o princípio da supremacia constitucional. 
Segundo os juristas pátrios e, principalmente, a jurisprudência do STF, o 
referido princípio informa-nos que o intérprete deve ter em conta que as 
normas constitucionais encontram-se posicionadas no topo do ordenamento 
jurídico e configuram o fundamento de validade de todas as demais normas do 
sistema que estejam em posição hierárquica inferior. 
Resolução: Correto. O princípio da Supremacia da Constituição postula que a 
Lei Fundamental (Constituição) do Estado se encontra na parte mais elevada 
do ordenamento jurídico, de modo que nenhuma norma pode contrariar suas 
disposições normativas. Este princípio orienta toda interpretação da 
Constituição, lei fundamental do Estado, que não pode ser contrariada por 
nenhuma outra norma. 
Todo o corpo legislativo do nosso ordenamento (e o agir público é 
vinculado à existência de lei prévia que o autorize) em última instância extrai 
seu fundamento de validade da Lei Maior, a Constituição Federal. Temos 
configurada, portanto, a seguinte relação hierárquica: 
 
 
Norma Hipotética 
Fundamental*
Constituição Federal 
1988
Lei federal
Atos normativos 
infralegais
1- Questões Comentadas 
 
É a ideia lógica 
que sustenta o 
plano jurídico-
positivo 
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Questões comentadas 
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Prof. Jonathas de Oliveira 4 de 160 
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3- (FGV / Estágio Forense no MPE – RJ / 2014 / 
Adaptada) Julgue o item a seguir: 
O preâmbulo constitucional, dada a sua importância no quadro constitucional, 
possui superior hierarquia às normas constitucionais constantes do corpo 
permanente da Constituição da República Brasileira. 
Resolução: Errado. São três as posições apontadas pela doutrina em relação 
ao preâmbulo, vejamos: a) tese da irrelevância jurídica: o preâmbulo está 
no âmbito da política e não possui relevância jurídica; b) tese da plena 
eficácia: o preâmbulo tem a mesma eficácia jurídica das demais normas 
constitucionais; c) tese da relevância jurídica indireta: o preâmbulo tem 
parte das características jurídicas da Constituição Federal, entretanto, não 
deve ser confundido com as demais normas jurídicas desta. 
O Supremo Tribunal Federal ao enfrentar a questão concluiu que o 
preâmbulo constitucional não se situa no âmbito do direito, mas no 
âmbito da política, transparecendo a ideologia do constituinte. Desta forma, o 
STF adotou, expressamente, a tese da irrelevância jurídica. 
 
4- (CESPE / Polícia Rodoviária Federal / 2013) No 
que se refere aos princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 
(CF) e à aplicabilidade das normas constitucionais, julgue o item a seguir. 
Decorre do princípio constitucional fundamental da independência e harmonia 
entre os poderes a impossibilidade de que um poder exerça função típica de 
outro, não podendo, por exemplo, o Poder Judiciário exercer a função 
administrativa. 
Resolução: Errado. A independência dos Poderes não se confunde com a 
completa segregação destes. Muito pelo contrário. No Brasil, a separação 
entre Executivo, Legislativo e Judiciário se dá de forma abrandada. Disso 
deriva a possibilidade de que, além de suas funções típicas, cada qual exerça 
funções atípicas correlatas aos demais. Senão vejamos: 
Poder Funções típicas Funções atípicas 
 
Executivo 
1- Provimento direto de bens e 
serviços públicos, atos de 
administração, chefia de Estado e 
de governo 
- Legislar 
- Julgar 
 
Legislativo 
1- Elaboração de leis 
2 - Fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e 
patrimonial do Poder Executivo 
- Administrar 
- Julgar 
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Judiciário 
1- Instituir a coisa julgada com 
base na aplicação da legislação 
- Administrar 
- Legislar 
 
5- (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento / 
2015) Com a ascensão científica e institucional do direito constitucional, 
vimos o surgimento do chamado "Novo Constitucionalismo", que possui alguns 
traços marcantes, com exceção de: 
a) a acentuação da dualidade dos ramos do direito público e do direito 
privado. 
b) passagem da Constituição para o centro do sistema jurídico, em que 
passou a desfrutar de supremacia formal e material. 
c) filtragem constitucional, pois, com a passagem da Constituição para o 
centro, passou ela a funcionar como a lente, o filtro através do qual se deve 
olhar para o Direito de uma maneira geral. 
d) o triunfo do direito constitucional, que deve ser a “janela" através da qual 
se olha o mundo. 
e) o modo de desejar o mundo, ou seja, o direito constitucional passou a ser 
não somente um modo de olhar e pensar o Direito, mas também um modo de 
desejar o mundo: fundado na dignidade da pessoa humana, na centralidade 
dos direitos fundamentais, na busca por justiça material, na tolerância e no 
respeito ao próximo. 
Resolução: Alternativa A. Temos as seguintes características do 
neoconstitucionalismo: 
 
No neoconstitucionalismo, os vetores constitucionais baseados no 
primado da dignidade humana e em seus direitos e garantias fundamentais 
espraia-se para as relações individuais. Assim, este promove alterações tanto 
C
O
N
S
T
IT
U
IÇ
Ã
O
É o centro do sistema
É norma jurídica dotada de imperatividade e 
superioridade
Sua carga valorativaé a dignidade da pessoa humana 
e seus direitos fundamentais
Tem eficácia irradiante em relação aos Poderes do 
Estado e diante dos particulares
Deve efetivamente concretizar os valores nela 
presentes
Deve promover a garantia de condições existenciais 
dignas
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nas relações de direito público quanto naquelas reguladas pelo direito privado. 
Não há acentuação de dualidade como proposto no enunciado. 
 
6- (CESPE / Técnico do MPU / Área de 
Administração / 2013) No que se refere à CF, julgue o item a seguir. 
Todas as normas presentes na CF, independentemente de seu conteúdo, 
possuem supremacia em relação à lei ordinária, por serem formalmente 
constitucionais. 
Resolução: Correto. Conciliando o conceito de supremacia da Constituição de 
Kelsen e, sabendo que no Brasil se adota o critério formal de Constituição, 
temos que, qualquer norma (regra ou princípio) constitucional será 
hierarquicamente superior à legislação infraconstitucional (leis 
ordinárias, complementares, decretos, resoluções etc.). 
 
7- (FGV / Auditor Fiscal Tributário da Receita 
Municipal de Cuiabá / 2015) Analise o fragmento a seguir. 
“Sempre que uma norma jurídica comportar mais de um significado possível, 
deve o intérprete optar por aquele que melhor realize o espírito da 
Constituição, rejeitando as exegeses contrárias aos preceitos constitucionais.” 
Assinale a opção que indica o princípio de interpretação constitucional a que o 
fragmento se refere. 
a) Princípio da Unidade da Constituição. 
b) Princípio da Interpretação Conforme a Constituição. 
c) Princípio da Supremacia da Constituição. 
d) Princípio da Força Normativa da Constituição. 
e) Princípio da Concordância Prática. 
Resolução: Alternativa B. 
Tal princípio é aplicado nos casos em que a interpretação de uma 
mesma norma pode produzir significados diversos (normas 
polissêmicas). O intuito é conduzir a interpretação desta ao sentido mais 
compatível com o texto constitucional, afastando-a dos vieses 
inconstitucionais e conservando-a no sistema normativo. 
Ou seja, sempre que uma norma jurídica comportar mais de um 
significado possível, deve o intérprete optar por aquele que melhor realize o 
espírito da Constituição, rejeitando as exegeses (entendimentos, 
interpretações) contrárias aos preceitos constitucionais. 
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Válido destacar que a interpretação conforme não é utilizável quando 
a norma impugnada admite sentido unívoco. 
Esta técnica pode ser com redução de texto ou sem redução de 
texto. 
 
8- (CESPE / Advogado da União / 2015) Julgue o 
item a seguir, relativo a normas constitucionais, hermenêutica constitucional e 
poder constituinte. 
Diferentemente do poder constituinte derivado, que tem natureza jurídica, o 
poder constituinte originário constitui-se como um poder, de fato, inicial, que 
instaura uma nova ordem jurídica, mas que, apesar de ser ilimitado 
juridicamente, encontra limites nos valores que informam a sociedade. 
Resolução: Correto. Comumente temos o poder originário descrito como 
segue: 
 
Todavia, a característica de ilimitado do poder originário deve ser vista 
de forma relativizada, uma vez que, em último caso, este poder pode ser 
“contido” por (ou interpretado com) filtros de natureza social (como, por 
exemplo, a cultura política da nação). 
Vale dizer, do ponto de vista jurídico, o poder originário é ilimitado. 
Porém, do ponto de vista metajurídico (para além do Direito), não. 
 
9- (FCC / Juiz do Trabalho Substituto do TRT da 1ª 
Região / 2015) Thomas Paine afirmou "A vaidade e a presunção de governar 
para além do túmulo é a mais ridícula e insolente das tiranias". Partindo-se 
das premissas de que a Constituição é feita para durar (estabilidade), mas que 
O poder 
constituinte 
originário
(de 1º grau) é:
Inicial  precede a ordem jurídica. O Direito do Estado 
começa a partir dele e não antes.
Ilimitado  O Direito porventura anterior (conjunto 
normativo do Estado anterior) não lhe serve de molde. 
É livre para criar e inovar o ordenamento. 
OBS.: por outro lado, valores suprapositivos (religiosos 
e éticos, por exemplo) que inspiram a nação, 
certamente lhe servem como parâmetro1.
Incondicionado  é um poder político, uma força 
social pré-jurídica.
Permanente  não se esgota após editada e outorgada 
ou promulgada a Constituição. Pelo contrário, é latente 
ao longo da existência do Estado.
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a imutabilidade absoluta é um risco à sua legitimidade, especialmente perante 
as gerações futuras (adaptabilidade), tem-se que o mecanismo institucional 
que, de maneira informal, permite a modificação do sentido e do alcance do 
texto constitucional positivado é a: 
a) Revisão constitucional. 
b) Mutação constitucional. 
c) Reforma constitucional. 
d) Assembleia constituinte. 
e) Emenda constitucional. 
Resolução: Alternativa B. 
Um exemplo bastante citado de mutação constitucional é o art. 5º, XI, 
da CF/88: 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por 
determinação judicial; 
Quando a Constituição foi promulgada, o conceito de casa era bem mais 
restrito do que hoje, limitado ao seu sentido ordinário de residência ou 
domicilio. 
No entanto, atualmente, a interpretação, tanto jurisprudencial como 
doutrinária, que se é dada, é bem mais ampla, abrangendo, por exemplo, 
quartos de hotel, trailers e até mesmo locais de trabalho. 
 
10- (FCC / Analista do MPU / Área Administrativa / 
2007) Conforme a doutrina dominante, a Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988 é classificada como: 
a) formal, escrita, outorgada e rígida. 
b) formal, escrita, promulgada e rígida. 
c) material, escrita, promulgada e imutável. 
d) formal, escrita, promulgada e flexível. 
e) material, escrita, outorgada e semi-rígida. 
Resolução: Alternativa B. Vide nosso resumo. 
TIPOLOGIA CF/88 
Origem Promulgada 
Forma Escrita 
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Extensão Analítica 
Conteúdo Formalmente 
Constitucional 
Modo de elaboração Dogmática 
Alterabilidade Super rígida / Rígida 
Dogmática Eclética 
Correspondência com a 
realidade (ontologia) 
Pretende ser normativa 
Sistema Principiológica 
Origem de sua decretação Autônoma 
Finalidade Dirigente 
 
11- (FCC / Analista Judiciário do TRE – SE / 2015) 
Provavelmente, a decisão política que conduziu à promulgação da constituição, 
ou desse tipo de constituição, foi prematura. A esperança, contudo, persiste, 
dada a boa vontade dos detentores e destinatários do poder, de que tarde ou 
cedo a realidade do processo do poder corresponderá ao modelo estabelecido 
na constituição. 
O trecho acima, retirado da obra de um importante constitucionalista do 
século XX, corresponde à descrição de uma constituição: 
a) normativa. 
b) balanço. 
c) semântica. 
d) nominal. 
e) analítica. 
Resolução: Alternativa D. Conforme vimos previamente, caso a realidade 
fático-socialcorresponda ao disciplinado na Constituição, teremos um modelo 
de Constituição NORMATIVA. De outra via, caso a disciplina constitucional 
ainda busque correspondência esta realidade, teremos uma Constituição 
NOMINATIVA (ou NOMINAL). 
 
12- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – PI / 2016 / 
Adaptada) Julgue o item abaixo. 
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Em razão da sua natureza meramente administrativa, o TCU não poderá 
exercer o controle de constitucionalidade incidental de uma lei ou de atos do 
poder público quando do julgamento de seus processos. 
Resolução: Errado. Segundo a Súmula n.° 347 do STF, "o Tribunal de 
Contas, o exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade 
das leis e dos atos do Poder Público". 
Válido ressaltar que a referida regra sumular foi aprovada na Sessão 
Plenária de 13.12.1963, num contexto constitucional diferente do atual, então 
não se surpreendam se um dia for revista! 
Isso porque até o advento da Emenda Constitucional n° 16, de 1965, 
que introduziu em nosso sistema o controle abstrato de normas, admitia-se 
como legítima a recusa, por parte de órgãos não-jurisdicionais, à aplicação da 
lei considerada inconstitucional. 
 
13- (FCC / Analista Judiciário do TST / Área 
Judiciária / 2012) Renato ajuizou ação de indenização contra Pedro, julgada 
procedente em primeiro grau e confirmada pelo Tribunal de Justiça. Interposto 
Recurso Especial pelo demandado, cujo processamento é admitido, o Superior 
Tribunal de Justiça declarou a inconstitucionalidade da lei que fundamenta a 
demanda, que é assim julgada improcedente. Tem-se, no caso, exercício de 
controle da constitucionalidade 
a) abstrato. 
b) difuso. 
c) concentrado. 
d) transverso. 
e) coletivo. 
Resolução: Alternativa B. Perceba-se que a ação principal não se destinava a 
averiguar a constitucionalidade da lei trabalhista. A ação era de natureza civil 
visando à obtenção de indenização. Todavia, prejudicialmente 
(incidentalmente), o STJ acabou sendo levado a apreciar a natureza 
constitucional da ação. 
 
14- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – MT / 2015) 
Acerca do direito constitucional, julgue o item que se segue. 
Compete ao Congresso Nacional suspender a execução, no todo ou em parte, 
de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF. 
Curso: Direito Constitucional 
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Resolução: Errado. A competência não é do Congresso Nacional, mas apenas 
do Senado Federal. 
 Em sede de controle difuso, podemos ter os seguintes resultados, se 
declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo: 
 
 
15- (CESPE / Analista Legislativo da Câmara dos 
Deputados / 2014) Julgue os próximos itens, referentes à ação direta de 
inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade. 
A ação declaratória de constitucionalidade é instrumento de controle difuso de 
inconstitucionalidade das leis. 
Resolução: Errado. A ação declaratória de constitucionalidade (ADC) é 
instrumento do controle concentrado de constitucionalidade. 
 
REGRA
(questão levada ao exame 
de juiz ou tribunal)
Inter partes
(a decisão só vincula as 
partes em disputa)
Ex tunc (retroativa)
OBS.: Pode haver 
modulação dos efeitos
EXCEÇÃO
(apenas possível quando a 
questão é levada ao STF)
Inter partes ou Erga
omnes
(a decisão vincula a todos 
no caso do art. 52, X)
Ex nunc (prospectiva)
OBS.: Excepcionalmente 
pode ser ex tunc para a 
administração pública
(Decreto 2.346/97)
Controle 
concentrado
Ação Declaratória 
de 
Constitucionalidade 
(ADC)
Ação Direta de 
Inconstitucionalidade 
(ADI)
ADI 
genérica
ADI por 
omissão 
(ADO)
Arguição de 
descumprimento
de preceito 
fundamental 
(ADPF)
Representação 
Interventiva 
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16- (FGV / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 
2010) Não possui legitimidade para propor ação direta de 
inconstitucionalidade: 
a) a mesa da Câmara dos Deputados. 
b) a mesa do Senado Federal. 
c) a mesa do Congresso Nacional. 
d) a mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal. 
e) a confederação sindical de âmbito nacional. 
Resolução: Alternativa C. O rol dos legitimados ativos para propor ADI é 
taxativo: 
 
 
17- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 19ª Região / 
Área Judiciária / 2014 / Adaptada) Atenção: Para responder à questão, 
considere as disposições da Constituição Federal. 
Projeto de lei de iniciativa parlamentar dispondo sobre aumento da 
remuneração dos empregados públicos da Administração direta federal foi 
aprovado pelo Congresso Nacional, tendo sido sancionado e promulgado pelo 
Presidente da República. Meses depois, o Presidente da República ajuizou ação 
direta de inconstitucionalidade − ADIN em face da lei, sustentando que estaria 
Pessoas
Presidente da República
Governador do Estado ou DF
Procurador-Geral da República
Mesas
Senado Federal
Câmara dos Deputados
Assembléia Legislativa (ou Câmara 
Legislativa do DF)
Instituições
Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil
partido político com representação no 
Congresso Nacional
confederação sindical ou entidade de 
classe de âmbito nacional
Curso: Direito Constitucional 
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eivada de vício material e formal de inconstitucionalidade, este último em 
razão de tratar de matéria de iniciativa legislativa privativa do Presidente da 
República. Com base neste exemplo, julgue a assertiva que segue: 
Há vício formal de inconstitucionalidade, podendo o Presidente da República 
propor ADIN, em que pese tenha sancionado a lei impugnada. 
Resolução: Correto. O STF entende que a sanção do Chefe do Executivo no 
decurso do processo legislativo (de “confecção de leis”) não convalida vício de 
iniciativa, ou seja, não torna o errado (do ponto de vista jurídico formal) certo 
(válido e eficaz). 
 Além disso, não há impedimento para que o Presidente reverta seu 
posicionamento e exerça sua legitimidade ad causam mesmo que tenha 
previamente sancionado a lei. 
 
18- (FCC / Analista do CNMP / 2015) Em relação à 
eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais, é correto afirmar: 
a) As normas constitucionais de aplicabilidade direta, imediata e integral, que 
admitem norma infraconstitucional posterior restringindo seu âmbito de 
atuação, são de eficácia plena. 
b) As normas constitucionais de aplicabilidade diferida e mediata, que não são 
dotadas de eficácia jurídica e não vinculam o legislador infraconstitucional aos 
seus vetores, são de eficácia contida. 
c) As normas constitucionais de aplicabilidade direta, imediata e integral, por 
não admitirem que norma infraconstitucional posterior restrinja seu âmbito de 
atuação, são de eficácia contida. 
d) As normas constitucionais que traçam esquemas gerais de estruturação de 
órgãos, entidades ou institutos, são de eficácia plena. 
e) As normas constitucionais declaratórias de princípios programáticos, que 
veiculam programas a serem implementados pelo Poder Público para 
concretização dos fins sociais, são de eficácia limitada. 
Resolução: Alternativa E. 
a) As normas constitucionais de aplicabilidade direta, imediatae integral, que 
admitem norma infraconstitucional posterior restringindo seu âmbito de 
atuação, são de eficácia plena. 
b) As normas constitucionais de aplicabilidade diferida e mediata, que não são 
dotadas de eficácia jurídica e não vinculam o legislador infraconstitucional aos 
seus vetores, são de eficácia contida. As normas de eficácia contida são 
dotadas de eficácia jurídica (assim como as demais), além de terem 
aplicabilidade direta, imediata, mas não integral. 
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c) As normas constitucionais de aplicabilidade direta, imediata e integral, por 
não admitirem que norma infraconstitucional posterior restrinja seu âmbito de 
atuação, são de eficácia contida plena. 
d) As normas constitucionais que traçam esquemas gerais de estruturação de 
órgãos, entidades ou institutos, são de eficácia plena limitada. 
 
19- (FGV / Auditor Substituto do TCE – RJ / 2015 / 
Adaptada) A Câmara de Vereadores de determinado município aprovou 
projeto de lei e o encaminhou ao Chefe do Poder Executivo, que vetou uma 
parte do projeto e sancionou a outra, terminando por promulgar a lei 
municipal. Em suas razões de veto, que ainda pendem de apreciação pela 
Câmara de Vereadores, argumentou o Chefe do Poder Executivo que a parte 
do projeto por ele vetada é inconstitucional. À luz desse quadro, um renomado 
advogado elaborou parecer defendendo que o veto parcial ao projeto foi 
equivocado, pois, nessa parte, o projeto mostrava-se constitucional. Acresceu, 
ainda, que o vício de inconstitucionalidade recaía justamente sobre a parte 
sancionada. 
Considerando o sistema brasileiro de controle de constitucionalidade e que o 
STF admite o manejo de mandado de segurança contra projetos de Lei 
tendentes a abolir direitos fundamentais, os quais fazem parte do conceito de 
preceito fundamental, é correto afirmar que a proposta de emenda à 
constituição, ainda que seja tida como dissonante de cláusulas pétreas, não 
pode ser impugnada via arguição de descumprimento de preceito 
fundamental. 
Resolução: Correto! Lembremos que para que seja ajuizada ADPF, não basta 
que haja lesão ou ameaça a preceito fundamental. Também é necessário que 
não exista outra forma eficaz de impugnar os efeitos do ato indesejado 
(princípio da subsidiariedade). Uma vez que, no contexto do fato narrado, 
admite-se a impetração de mandado de segurança, afasta-se a ADPF. 
 
20- (FGV / Auditor Fiscal Tributário Municipal de 
Cuiabá – MT / 2015) O subsecretário de Fazenda do Município X expediu 
uma portaria determinando aos auditores fiscais que não aplicassem a lei 
complementar que alterou o Código Tributário Nacional, por entender que a 
mesma era flagrantemente inconstitucional. Considerando a situação descrita, 
assinale a afirmativa correta. 
a) O subsecretário de Fazenda agiu corretamente, pois o Poder Judiciário não 
detém o monopólio do controle de constitucionalidade e leis inconstitucionais 
não devem ser cumpridas. 
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b) O subsecretário de Fazenda agiu de forma equivocada, pois ao Poder 
Judiciário é reservado o controle de constitucionalidade das leis. 
c) O subsecretário de Fazenda agiu de forma equivocada, pois, tendo em vista 
o princípio de interpretação constitucional da presunção de constitucionalidade 
das leis, essas jamais podem ser desconsideradas, até que haja a declaração 
de inconstitucionalidade, pelo Poder Judiciário. 
d) O subsecretário de Fazenda agiu de forma equivocada, pois, embora seja 
possível ao Poder Executivo exercer o controle de constitucionalidade das leis, 
somente o chefe deste poder pode determinar a não aplicação de uma lei que 
julgue inconstitucional. 
e) O subsecretário de Fazenda agiu corretamente, pois a recusa ao 
cumprimento de leis inconstitucionais é um corolário do Princípio da 
Supremacia da Constituição. 
Resolução: Alternativa D. Trata-se de questão interessante, de um ponto 
ainda não totalmente pacificado. 
Muito embora o controle de constitucionalidade seja atribuição do 
Judiciário, parte expressiva da doutrina entende que é admissível ao Chefe do 
Poder Executivo (vedada a atuação de agente hierarquicamente inferior, como 
Secretário, nesse sentido) deixar de aplica lei que considere inconstitucional. 
Como expõe o Juiz Flávio da Silva Andrade (Revista CEJ, Brasília, Ano XV, n. 
52, p. 11, jan./mar. 2011), faz-se necessário o preenchimento dos seguintes 
requisitos: 
a) tratar-se de caso em que, exercendo o direito de interpretação no 
caso concreto, de maneira motivada, o Chefe do Executivo venha a 
deparar-se com situação de manifesta inconstitucionalidade de modo 
que se torne evidente a necessidade de repudiar a lei para prestigiar a 
supremacia da Carta Constitucional. Nessas hipóteses, o ocupante da 
Chefia do Poder Executivo não pode ter tido a oportunidade de vetar a 
lei reputada inconstitucional, pois, do contrário, seria incongruente 
recusar o cumprimento de norma que ele mesmo considerou 
constitucional; b) ... por se tratar de medida extremamente grave e 
com ampla repercussão nas relações entre os Poderes, apenas ao Chefe 
do Poder Executivo pode ser assegurada essa prerrogativa, negando-se 
a possibilidade de qualquer funcionário administrativo subalterno 
descumprir a lei sob a alegação de inconstitucionalidade. ... fora das 
situações acima, o Chefe do Poder Executivo, ou mesmo um funcionário 
de nível hierárquico inferior, só poderá deixar de aplicar uma lei se sua 
inconstitucionalidade já tiver sido reconhecida pela Corte competente, 
em sede de controle abstrato ou difuso, exigindo-se, neste caso, a 
formação de jurisprudência que dê respaldo ao repúdio da norma legal. 
 
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21- (FGV / Técnico do Ministério Público Estadual do 
Rio de Janeiro / 2016) De acordo com o art. 97 da Constituição da 
República Federativa do Brasil, “somente pelo voto da maioria de seus 
membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais 
declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público”. 
Determinado juiz de direito, após ler esse preceito, que somente faz menção a 
tribunais, e constatar que nenhum comando expresso na Constituição o 
autorizava a realizar o controle de constitucionalidade, negou requerimento 
formulado pelo Ministério Público em sede de ação civil pública. No caso 
concreto, o Ministério Público pretendia que o juiz de direito deixasse de 
aplicar uma norma que considerava inconstitucional, o que teria influência 
direta na resolução do problema concreto. 
À luz da sistemática constitucional, o controle de constitucionalidade 
pretendido pelo Ministério Público é considerado: 
a) difuso, podendo ser realizado pelo juiz de direito; 
b) concentrado, somente podendo ser realizado por tribunal; 
c) abstrato, podendo ser realizado pelo juiz de direito; 
d) difundido, somente podendo ser realizado por tribunal; 
e) concreto, somente podendo ser realizado por tribunal. 
Resolução: Alternativa A. 
 A eficácia erga omnes (geral) não pode ser determinada por juiz 
monocrático. No entanto, o juiz singular pode sim declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, com efeitos inter partes, num 
determinado caso concreto. 
Ademais, a cláusula de reserva de plenário (art.97 da CF/88: somente 
pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do 
respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade 
de lei ou ato normativo do Poder Público) somente se aplica aos órgãos 
colegiados do Judiciário. 
 A decisão do juiz não vincula de forma alguma os tribunais. Seus efeitos 
limitam-se às partes da lide (disputa). 
 
22- (FGV / Procurador de Paulínia – SP / 2016) O 
Prefeito Municipal vetou determinado projeto de lei flagrantemente dissonante 
da Constituição da República Federativa do Brasil, isso por violar os seus 
alicerces estruturais. Ao apreciar as razões de veto, a Câmara Municipal 
decidiu não mantê-lo, o que resultou na promulgação e consequente 
publicação da lei municipal X. Inconformado com esse estado de coisas, o 
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Chefe do Poder Executivo solicitou que a Procuradoria do Município realizasse 
estudo a respeito da melhor forma de impugnar a lei municipal X perante o 
Poder Judiciário. A Procuradoria elaborou um alentado parecer, no qual 
examinou todos os aspectos afetos ao caso concreto. À luz do sistema 
brasileiro de controle de constitucionalidade, é correto afirmar que a lei 
municipal X: 
a) está sujeita ao controle concentrado de constitucionalidade perante o 
Tribunal de Justiça, que examinará a sua compatibilidade com a Constituição 
da República. 
b) não pode ser submetida, por meio de qualquer dos instrumentos 
disponíveis, ao controle concentrado de constitucionalidade perante o 
Supremo Tribunal Federal. 
c) somente pode ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade 
perante o Tribunal de Justiça, que examinará a sua compatibilidade com a 
Constituição Estadual. 
d) somente pode ser objeto de controle difuso de constitucionalidade, que 
será realizado por qualquer órgão do Poder Judiciário. 
e) pode ser submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal, por meio da 
arguição de descumprimento de preceito fundamental, que analisará a sua 
compatibilidade com a Constituição da República. 
Resolução: Alternativa E. É cabível o controle concentrado de lei municipal 
em face da CF por meio de ADPF, não cabendo ao tribunal de justiça estadual 
exercer o controle de constitucionalidade da lei municipal (assim como de 
demais outros atos normativos expedidos por aquele ente) quando o 
parâmetro de controle é a Constituição Federal. 
 
23- (CESPE / Analista Judiciário do TRT da 8ª Região 
/ 2016) Assinale a opção correta a respeito dos princípios fundamentais na 
Constituição Federal de 1988 (CF). 
a) A dignidade da pessoa humana é conceito eminentemente ético-filosófico, 
insuscetível de detalhada qualificação normativa, de modo que de sua 
previsão na Constituição não resulta grande eficácia jurídica, em razão de seu 
conteúdo abstrato. 
b) O valor social do trabalho possui como traço caracterizador primordial e 
principal a liberdade de escolha profissional, correspondendo à opção pelo 
modelo capitalista de produção. 
c) A valorização social do trabalho e da livre-iniciativa não alcança, 
indiscriminadamente, quaisquer manifestações, mas apenas atividades 
econômicas capazes de impulsionar o desenvolvimento nacional. 
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d) O conceito atual de soberania exprime o autorreconhecimento do Estado 
como sujeito de direito internacional, mas não engloba os conceitos de 
abertura, cooperação e integração. 
e) A cidadania envolve não só prerrogativas que viabilizem o poder do cidadão 
de influenciar as decisões políticas, mas também a obrigação de respeitar tais 
decisões, ainda que delas discorde. 
Resolução: Alternativa E. Questão interessantíssima! De fato, a cidadania se 
traduz tanto na ideia de participação política (votar e ser votado) como na 
previsão de diversas formas de participação do indivíduo na vida pública, 
como sujeito ativo de direito e de deveres. 
 A alternativa “A” é errada, pois, a dignidade da pessoa humana é 
princípio matriz dos direitos fundamentais e, desta forma, lhes serve de norte, 
não apenas sob o prisma ético-filosófico, como jurídico-pragmático. 
 O problema na opção “B” é que o valor social do trabalho visa a 
primeiramente assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da 
justiça social. O escopo aqui não é apenas capitalista (liberal), mas carrega 
traços de um Estado social. 
 O entendimento acima nos ajuda a também compreender o erro da 
opção “C”. A valorização social do trabalho e a livre iniciativa visam a 
proporcionar liberdade na atuação econômica (dentro dos valores da justiça 
social). Não há, portanto, restrição quanto às atividades econômicas a serem 
desenvolvidas pelos particulares, desde que lícitas. 
 Por fim, a alternativa “D” erra, pois, a República Federativa do Brasil 
rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da cooperação entre os 
povos para o progresso da humanidade. Além disso, buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
24- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 23ª Região / 
2016) Ao dispor sobre os Princípios Fundamentais da República Federativa do 
Brasil, a Constituição prevê, expressamente, como (1) fundamento, (2) 
objetivo e (3) princípio de relações internacionais da República: 
a) (1) Fundamento - a soberania 
(2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a solução dos conflitos 
pela arbitragem 
b) (1) Fundamento - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa 
(2) Objetivo - a garantia do desenvolvimento nacional 
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(3) Princípio de relações internacionais da República - a cooperação entre os 
povos para o progresso da humanidade 
c) (1) Fundamento - a cidadania 
(2) Objetivo - a promoção de formas alternativas de geração de energia 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a independência 
nacional 
d) (1) Fundamento - a dignidade da pessoa humana 
(2) Objetivo - a proteção da infância e da juventude 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a concessão de asilo 
político 
e) (1) Fundamento - o parlamentarismo 
(2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária 
(3) Princípio de relações internacionais da República - a defesa da paz. 
Resolução: Alternativa B. Mais uma questão literal. Note-se que é lugar 
comum (em todas as bancas isso se repete) tentar confundir os fundamentos, 
objetivos fundamentais e princípios nas relações internacionais. 
 No entanto, isso é facilmente vencível após algumas revisões. 
 Vamos organizar nossas ideias conforme o quadro resumo abaixo. 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 
FUNDAMENTOS 
 
OBJETIVOS 
PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS 
I- Soberania 
II- Cidadania 
III- Dignidade da 
pessoa humana 
IV- Valores 
sociais do 
trabalho e da 
livre iniciativa 
V- Pluralismo 
político 
I- Construir uma 
sociedade livre, justa e 
solidária 
II- Garantir o 
desenvolvimento nacional 
III- Erradicar a pobreza e 
a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e 
regionais 
IV- Promover o bemde 
todos, sem preconceitos 
de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer 
outras formas de 
discriminação 
I- Independência nacional 
II- Prevalência dos direitos 
humanos 
III- Autodeterminação dos povos 
IV- Não-intervenção 
V- Igualdade entre os Estados 
VI- Defesa da paz; 
VII- Solução pacífica dos conflitos 
VIII- Repúdio ao terrorismo e ao 
racismo 
IX- Cooperação entre os povos 
para o progresso da humanidade 
X- Concessão de asilo político 
 
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25- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 23ª Região / 
2016) Os chamados direitos de primeira geração (ou dimensão) surgiram no 
século XVIII, como consequência do modelo de Estado Liberal. São exemplos 
de direitos de primeira geração ou dimensão: 
a) direito à vida e direito à saúde. 
b) direito à liberdade e direito à propriedade. 
c) direito à igualdade e direito à cultura. 
d) direito ao lazer e direito à moradia. 
e) direito à saúde e direito ao meio ambiente saudável. 
Resolução: Alternativa B. Questão bem simples. Os direitos de 1ª dimensão 
são aqueles que marcam um distanciamento entre cidadão e Estado, 
garantindo àquele, formas básicas de proteção contra o poder arbitrário deste. 
São os direitos que se consolidaram com as revoluções burguesas. No 
entanto, ainda não cuidavam de aspectos como a igualdade material, os 
direitos sociais e outros aspectos relativos à sociedade (coletivamente 
considerada). Relevante aqui relembrar: 
 
 
26- (FGV / Auditor Fiscal Tributário da Receita 
Municipal de Cuiabá – MT / 2015 / Adaptada) Julgue o item a seguir. 
1ª dimensão:
LIBERDADE – Direitos civis e políticos 
(primeira dimensão)
Delimitação do individual e do público.
Transição entre Estado Autoritário e 
Estado Liberal de Direito.
Direitos de resistência/oposição perante o 
Estado.
2ª dimensão:
IGUALDADE – Direitos sociais, 
econômicos e culturais (SEC -
segunda dimensão)
Transição entre Estado Liberal e 
Estado Social.
Igualdade real e não meramente 
formal.
3ª dimensão:
FRATERNIDADE –
Direitos coletivos e 
difusos 
(desenvolvimento, 
meio ambiente 
equilibrado, 
comunicação etc.)
Transição entre 
Estado Social e 
Estado Democrático.
Proteção do gênero 
humano.
4ª dimensão: 
Democracia direta, 
pluralismo e acesso à 
informação
5ª dimensão: 
Paz (universal), 
direitos virtuais, 
transconsitucionalismo
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Os direitos e garantias fundamentais são inalienáveis e indisponíveis. 
Resolução: Como regra correto. 
E por que como regra? Imaginem, por exemplo, a participação de 
indivíduos em certos realitys shows. Tal participação potencialmente ocasiona 
uma restrição a direitos fundamentais dos participantes, como à intimidade e 
mesmo à liberdade! Todavia, importante observar que, cada vez mais, a 
doutrina e jurisprudência entendem que a maior parte dos direitos 
fundamentais não é absoluto, podendo ser restringidos pela lei, ou em 
situações excepcionais, desde que preenchidos alguns requisitos, como a 
temporariedade (a restrição não pode ser permanente) e a voluntariedade (o 
indivíduo não pode ser forçado ou coagido a deles abrir mão), dentro de um 
contexto de razoabilidade a ser aferido caso a caso. 
 
27- (CESPE / Técnico do Seguro Social – INSS / 
2016) A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir. 
Em decorrência do princípio da igualdade, é vedado ao legislador elaborar 
norma que dê tratamento distinto a pessoas diversas. 
Resolução: Errado. A igualdade não deve se limitar ao seu aspecto formal, 
admitindo também que seja dado tratamento desigual aos desiguais a fim de 
alcançar a isonomia material. 
Essa linha de raciocínio também serve de parâmetro para a aplicação 
das denominadas discriminações positivas ou ações afirmativas. 
 
28- (FCC / Oficial de Defensoria Pública – SP / 2015) 
Márcio, Oficial de justiça da Defensoria do Estado de São Paulo, necessita 
cumprir um mandado na residência de Simone. Para o efetivo cumprimento do 
mandado Márcio precisa entrar no interior da residência. Quando chega ao 
local, às 19 horas e 45 minutos, Simone não permite a sua entrada, afirmando 
que seus filhos estão dormindo e que, se ele desejar, retorne outro dia em 
horário diurno. Neste caso, de acordo com a Constituição Federal, 
considerando que não há flagrante ou situação de urgência, Márcio deverá: 
a) retornar outro dia, em horário diurno, uma vez que Simone está apenas 
exercendo seu direito constitucional consistente na inviolabilidade domiciliar. 
b) requerer força policial, uma vez que a Constituição Federal lhe permite a 
entrada na residência de Simone até às 21 horas. 
c) requerer força policial, uma vez que a Constituição Federal lhe permite a 
entrada na residência de Simone até às 20 horas. 
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d) requerer força policial, uma vez que a Constituição Federal lhe permite a 
entrada na residência de Simone em qualquer horário, tendo em vista a 
autorização do Poder Judiciário através de competente mandado. 
e) retornar no dia seguinte até às 17 horas, uma vez que Simone está apenas 
exercendo seu direito constitucional consistente na inviolabilidade domiciliar. 
Resolução: Alternativa A. Nos termos da Constituição Federal: 
 
 
 Devemos destacar que é majoritário o entendimento de que o termo 
"dia", para fins da garantia constitucional insculpida no art. 5.º, XI, segue o 
critério físico-astronômico, ou seja, compreende o interstício que vai da aurora 
ao crepúsculo (não segue um intervalo fixo, como, por exemplo, entre 6h e 
18h). 
 
29- (FCC / Oficial de Defensoria Pública – SP / 2013) 
Considere os seguintes crimes: 
I. Tortura. 
II. Terrorismo. 
III. Racismo. 
IV. Ação de grupos armados (civis ou militares) contra a ordem constitucional 
e o Estado Democrático. 
Nos termos da Constituição Federal brasileira, detêm as características de 
“inafiançável e imprescritível” os crimes descritos em: 
a) II e III, apenas. 
b) I, III e IV, apenas. 
c) III e IV, apenas. 
d) I e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
Quando o 
domicílio pode 
ser adentrado?
COM
consentimento 
do morador
Sempre
SEM
consentimento 
do morador
Qualquer hora
Flagrante
Desastre
Socorro
De Dia
Determinação 
Judicial
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Resolução: Alternativa C. Como todas as condutas acima são inafiançáveis, 
nos termos do art. 5º, XLII, XLIII e XLIV, bastando encontrar aquele que é 
imprescritível. 
Neste sentido, lembrarmos que, imprescritível, somente RAGA 
(Racismo + Ação de Grupos Armados)! 
 
 
30- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 1ª Região / 
Área Judiciária / 2013) Ao disciplinar o direito de propriedade como um 
direito fundamental, a Constituição da República prevê que: 
a) a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse 
social, procede-se, em regra, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos em lei complementar. 
b) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar 
de propriedade particular, asseguradaao proprietário indenização posterior, se 
houver dano. 
c) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, não será objeto de 
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, 
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento. 
d) a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio vitalício para 
sua utilização, além de proteção temporária para criações industriais, 
propriedade das marcas, nomes de empresas e outros signos distintivos, 
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico 
do País. 
e) o direito de herança é garantido, sendo a sucessão de bens de estrangeiros 
situados no País sempre regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge 
ou dos filhos brasileiros. 
Resolução: Alternativa B. Vejamos o que não condiz com nossa Carta. 
a) a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse 
social, procede-se, em regra, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos em lei complementar na Constituição. 
Crimes 
Inafiançáveis e 
Imprescritíveis
Racismo
Ação de grupos armados 
civis ou militares contra a 
ordem constitucional e o 
Estado Democárico 
Inafiançáveis e 
Insuscetíveis de graça ou 
anistia (H3T)
Hediondo
Tortura 
Tráfico
Terrorismo
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c) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada 
pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos 
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de 
financiar o seu desenvolvimento. 
d) a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio vitalício 
temporário para sua utilização, além de proteção temporária para criações 
industriais, propriedade das marcas, nomes de empresas e outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico 
e econômico do País. 
e) o direito de herança é garantido, sendo a sucessão de bens de estrangeiros 
situados no País sempre regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge 
ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal 
do "de cujus". 
 
31- (FGV / Analista Judiciário do TJ – BA / 2015) 
João necessita, com urgência, de uma certidão pública com informações sobre 
o montante de uma dívida tributária em face do fisco estadual para juntar em 
um processo judicial. Dirigiu-se à repartição pública competente para solicitá-
la, mas foi informado, por funcionário local, de que a repartição estava em 
reforma e, por esse motivo, a certidão só poderia ser expedida em um prazo 
mínimo de dois meses. Em face da urgência de João, o remédio constitucional 
adequado para proteger seus direitos é: 
a) o habeas data. 
b) a ação popular. 
c) o mandado de segurança. 
d) o mandado de injunção. 
e) a ação civil pública. 
Resolução: Alternativa C. 
Apesar do inciso XXXIII do art. 5º, assegurar o direito à informação de 
interesse particular ou de interesse coletivo, ele não se confunde com a 
informação protegida pelo habeas data, que é sempre relativa à 
pessoa do impetrante (HD 87-AgR/DF). 
O direito à informação que se exerce naquele inciso é mais 
amplo que o exercido por meio de habeas data e pode dizer respeito a 
diversos conteúdos que não referentes a própria pessoa do impetrante. 
Nesse sentido, para a proteção do direito (amplo) líquido e certo de 
receber informações de órgãos públicos, o remédio adequado é o mandado de 
segurança! 
 
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32- (FCC / Técnico Judiciário do TRE – RS / Área 
Administrativa / 2010) No que se refere aos direitos e garantias 
fundamentais, é certo que: 
a) qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular, respondendo o 
autor, com ou sem má fé, pelas custas judiciais e pelo ônus da sucumbência. 
b) o mandado de segurança coletivo poderá ser impetrado por partido político 
com representação das Assembleias Legislativas ou na Câmara Legislativa. 
c) o habeas data, face à sua natureza, é restrito à retificação de dados quando 
não se prefere fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
d) para os fins do mandado de segurança, o responsável pela ilegalidade 
também pode ser o agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público. 
e) o mandado de injunção é sempre cabível nas hipóteses de alguém se achar 
ameaçado de sofrer coação em sua liberdade por ilegalidade ou abuso de 
poder. 
Resolução: Opção D. Aos erros! 
a) qualquer pessoa cidadão é parte legítima para propor ação popular, 
respondendo o autor, com ou sem salvo má fé, pelas custas judiciais e pelo 
ônus da sucumbência. 
b) o mandado de segurança coletivo poderá ser impetrado por partido político 
com representação das Assembleias Legislativas ou na Câmara Legislativa no 
Congresso Nacional. 
c) o habeas data, face à sua natureza, é restrito destina-se também à 
retificação de dados quando não se prefere fazê-lo por processo sigiloso, 
judicial ou administrativo. 
d) para os fins do mandado de segurança, o responsável pela ilegalidade 
também pode ser o agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público. 
e) o mandado de injunção habeas corpus é sempre cabível nas hipóteses de 
alguém se achar ameaçado de sofrer coação em sua liberdade por ilegalidade 
ou abuso de poder. 
 
33- (FGV / Analista do IBGE / 2016) De acordo com o 
texto da Constituição da República de 1988 e com a doutrina de Direito 
Administrativo, o mandado de segurança é: 
a) ação de fundamento constitucional pela qual se torna possível proteger o 
direito líquido e certo do interessado contra ato do Poder Público ou de agente 
de pessoa privada no exercício de função delegada; 
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b) remédio constitucional cabível quando houver falta de norma 
regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania; 
c) meio processual previsto na Constituição para assegurar o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou 
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
d) instrumento constitucional à disposição de qualquer cidadão que visa a 
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural; 
e) demanda de ordem constitucional à disposição de qualquer cidadão para a 
restituição da verdade sobre fato juridicamente relevante com a retificação de 
dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo. 
Resolução: Alternativa A. É a correta definição do writ, nos termos do art. 
5º, LXIX, da CF/88. 
 As demais opções dizem respeito a outros remédios constitucionais: B – 
mandado de injunção; C – habeas data; D – ação popular; E – habeas data. 
 
34- (CESPE / Auditor da FUB / 2015) Julgue o item 
subsecutivo, acerca dos direitos e deveres individuais e coletivos, dos direitos 
sociais, dos direitos de nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos 
políticos. 
Embora não esteja previsto expressamente na CF, o princípioda proibição do 
retrocesso social significa que, uma vez regulamentado dispositivo 
constitucional de índole social, o legislador não pode retroceder, revogando ou 
prejudicando o direto já reconhecido. 
Resolução: Correto. Trata-se de mais uma “construção” (lógica) doutrinária, 
segundo a qual direito fundamentais conquistados e consolidados por uma 
sociedade não podem ser, posteriormente, de alguma forma, limitados, 
suprimidos ou extintos do ordenamento jurídico. A teoria da vedação ao 
retrocesso por muitas vezes é denominada efeito cliquet. O termo cliquet, de 
origem francesa, é uma onomatopeia que representa o barulho das “presilhas” 
que os alpinistas usam ao fazer uma subida. 
 
35- (FCC / Técnico Judiciário do TRE – PB / 2015) 
Dentre os direitos fundamentais sociais consagrados pela Constituição Federal, 
não se encontra arrolado o direito: 
a) ao transporte. 
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b) à saúde. 
c) à vida. 
d) à moradia. 
e) à segurança. 
Resolução: Alternativa C. O direito à vida é individual, não social. 
 São direitos sociais: 
 
 
36- (FCC / Técnico Ministerial do MPE – PB / 2015) 
Viviane é viúva e tem quatro filhos e todos a ajudam financeiramente. 
Ronaldo, 17 anos, trabalha como empacotador no supermercado “Bom 
Amigo”, Rodineia, 16 anos, trabalha como garçonete na lanchonete “Mais 
cinco”, Kassia, 14 anos, é aprendiz de cozinheira e Linda, 13 anos, trabalha 
como aprendiz de corte e costura. Considerando que nenhum dos trabalhos é 
noturno, perigoso ou insalubre, a Constituição Federal está sendo respeitada 
para: 
a) Ronaldo e Kassia, apenas. 
b) todos os filhos. 
c) Ronaldo e Rodineia, apenas. 
d) Ronaldo, Rodineia e Kassia, apenas. 
e) Kassia, apenas. 
Direitos sociais
Educação
Saúde
Alimentação
Trabalho
Moradia
Transporte
Lazer
Segurança
Previdência social
Proteção à maternidade e à infância
Assistência aos desamparados
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Resolução: Alternativa D. Linda tem apenas 13 anos, assim, de acordo com a 
CF/88, não poderia exercer nenhum tipo de trabalho, nem na condição de 
aprendiz. 
 
 
37- (ESAF / Técnico Administrativo da ANAC / 2016) 
Considera-se direito dos trabalhadores urbanos e rurais, nos termos da 
Constituição Federal: 
a) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 
anos de idade em creches e pré-escolas. 
b) remuneração do serviço extraordinário superior, no máximo, em cinquenta 
por cento à do normal. 
c) aviso prévio proporcional tendo como base o valor do vencimento básico. 
d) repouso semanal remunerado aos domingos. 
e) irredutibilidade do salário, exceto o que dispuser o contrato de trabalho. 
Resolução: Alternativa A, conforme estatui o art. 7º, XXV, da CF/88. 
 Vejamos os erros. 
b) remuneração do serviço extraordinário superior, no máximo mínimo, em 
cinquenta por cento à do normal. 
c) aviso prévio proporcional tendo como base o valor do vencimento básico ao 
tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei. 
d) repouso semanal remunerado preferencialmente aos domingos. 
e) irredutibilidade do salário, exceto o que dispuser o contrato de trabalho 
salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. 
 
38- (CESPE / Técnico Judiciário do TRT – GO / 2015) 
Quanto ao conceito de Constituição e aos direitos individuais e de 
nacionalidade, julgue o seguinte item. 
São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 
brasileira que esteja no exterior a serviço do Brasil ou de organização 
internacional. 
Trabalho
Noturno, perigoso 
ou insalubre
Vedação completa à 
menores de 18 anos
Não noturno, 
perigoso ou 
insalubre
Possível para maiores
de 16 anos
Possível para menores
de 16 e maiores de 14
anos, como aprendiz
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Resolução: Errado. Consoante a doutrina, serviço da República Federativa do 
no Brasil não é somente o serviço diplomático ordinário afeto ao Executivo 
Federal, compreendendo outros derivados dos poderes da União, estados e 
municípios, inclusive das autarquias. Também constitui serviço da República 
Federativa do no Brasil, o serviço de organização internacional de que o Brasil 
faça parte. 
Todavia, nossa questão tratou “organização internacional” de forma 
genérica, o que simplesmente extrapola o teor do texto constitucional. 
 
39- (FGV / Técnico da Defensoria Pública Estadual – 
RO / 2015 / Adaptada) Ernesto, filho de pais brasileiros, nascido e 
registrado em repartição brasileira na República do Paraguai, ao atingir a 
maioridade, decide vir para o Brasil. Ao chegar neste País, consulta um 
Defensor Público a respeito dos seus direitos. É correto afirmar que Ernesto: 
a) pode optar, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira; 
b) somente pode obter a nacionalidade brasileira se for naturalizado; 
c) é considerado brasileiro nato pelo simples fato de seus pais serem 
brasileiros; 
d) somente pode optar pela nacionalidade brasileira se os seus pais estavam, 
no Paraguai, a serviço do Brasil; 
e) somente terá reconhecida a nacionalidade brasileira se o Paraguai oferecer 
reciprocidade ao Brasil. 
Resolução: Alternativa A. Brasileiro nascido no exterior pode ser considerado 
juridicamente brasileiro nato caso (i) ao menos um dos progenitores esteja a 
serviço do Brasil, (ii) desde que sejam registrados em repartição brasileira 
competente ou (iii) venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, 
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. 
Observem que Ernesto já é maior de idade, conforme o enunciado. E, 
portanto, pode optar, em qualquer tempo (depois de atingida a maioridade), 
pela nacionalidade brasileira. 
 
40- (FCC / Analista Judiciário do TRF da 3ª Região / 
2016) Abenebaldo, originariamente holandês, solicitou e obteve a sua 
naturalização brasileira no ano de 2014. Após o decurso de um mês do 
encerramento do processo de naturalização, apurou-se que em 2011, em seu 
país natal, Abenebaldo esteve comprovadamente envolvido em tráfico ilícito 
de entorpecentes. Sendo assim: 
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a) a naturalização será automaticamente cassada, devendo Abenebaldo ser 
imediatamente extraditado. 
b) a naturalização será automaticamente cassada, devendo Abenebaldo ser 
imediatamente deportado. 
c) Abenebaldo poderá ser extraditado, vez que o crime ocorreu antes de sua 
naturalização, o que não seria possível caso o delito tivesse sido praticado 
após tal ato. 
d) Abenebaldo não poderá ser extraditado, vez que o crime ocorreu antes de 
sua naturalização. 
e) Abenebaldo poderá ser extraditado, independentemente de o crime ter sido 
praticado antes ou após a sua naturalização. 
Resolução: Alternativa E. A naturalização não será automaticamente 
cassada, porém, mediante processo judicial, será declarada a perda da 
nacionalidade de Abenebaldo, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional, podendo este ser extraditado, nos termos do art. 5.º, LI, da CF/88. 
 
41- (FCC / Técnico de Controle Externo do TCE – AP / 
2012) O alistamento eleitoralé facultativo para os: 
a) estrangeiros. 
b) maiores de sessenta e cinco anos. 
c) conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório. 
d) analfabetos. 
e) maiores de dezesseis anos e menores de vinte e um anos. 
Resolução: Alternativa D, nos termos do art. 14, §1º, II, “a”, da CF/88. 
 Conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório e 
estrangeiros são inalistáveis. Errados os itens “A” e “C”. 
 Em relação aos itens “B” e “E”, o erro é que a CF torna o voto 
facultativo para maiores de setenta anos e para maiores de dezesseis e 
menores de dezoito anos. 
 
42- (FGV / Técnico da Defensoria Pública Estadual – 
RO / 2015) Para que uma pessoa possa exercer qualquer mandato eletivo, é 
necessário que preencha alguns requisitos previstos na Constituição da 
República. Dentre eles, encontra-se a exigência de que: 
a) tenha no mínimo dezesseis anos; 
b) esteja filiada a partido político há, no mínimo, cinco anos; 
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c) tenha nível superior; 
d) seja aprovada no exame realizado antes da posse; 
e) tenha providenciado o seu alistamento eleitoral. 
Resolução: Alternativa E. Literalidade do art. 14, §3.º. 
 
43- (CESPE / Técnico Judiciário do TRE – MS / Área 
Administrativa / 2013) De acordo com a CF, assinale a opção correta 
acerca da perda e da suspensão de direitos políticos. 
a) A incapacidade civil relativa enseja a perda dos direitos políticos. 
b) O cancelamento de naturalização por sentença de que ainda caiba recurso 
acarreta a suspensão dos direitos políticos. 
c) O cumprimento de prestação alternativa a obrigação a todos imposta é 
causa de suspensão dos direitos políticos. 
d) A condenação criminal contra a qual ainda caiba recurso dá ensejo à perda 
definitiva dos direitos políticos. 
e) A condenação pela prática de ato de improbidade administrativa dá causa à 
suspensão dos direitos políticos. 
Resolução: Alternativa E. Passemos aos erros. 
a) A incapacidade civil relativa enseja a perda dos direitos políticos. Não há 
previsão expressa de perda ou suspensão. 
b) O cancelamento de naturalização por sentença de que ainda caiba 
recurso acarreta a suspensão dos direitos políticos. Não há previsão expressa 
de perda ou suspensão. 
Para ser 
eleito é 
preciso
a nacionalidade 
brasileira
o pleno exercício dos 
direitos políticos
o alistamento eleitoral
o domicílio eleitoral 
na circunscrição
a filiação partidária
a idade mínima de:
35 anos para Presidente e Vice-
Presidente da República e Senador
30 anos para Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito 
Federal
21 anos para Deputado Federal, 
Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz
18 anos para Vereador
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c) O cumprimento de prestação alternativa a obrigação a todos imposta é 
causa de suspensão dos direitos políticos. Perda. 
d) A condenação criminal contra a qual ainda caiba recurso dá ensejo à 
perda definitiva dos direitos políticos. Não há previsão expressa de perda ou 
suspensão. 
 
44- (ESAF / Técnico Administrativo do DNIT / 2013) 
Assinale a opção incorreta. 
a) Estão previstas entre as condições de elegibilidade a nacionalidade 
brasileira, o alistamento eleitoral e pleno exercício dos direitos políticos. 
b) Para o exercício do direito de propor ação popular, é necessário o 
alistamento eleitoral. 
c) Apesar de terem o direito de votar, os maiores de dezesseis anos e 
menores de dezoito anos e os analfabetos não são elegíveis. 
d) Em algumas situações, para ratificar ou rejeitar ato legislativo, a população 
é convocada para votar em plebiscito. 
e) A incapacidade civil absoluta gera suspensão dos direitos políticos. 
Resolução: Alternativa D. Para ratificar ou rejeitar alguma decisão usamos o 
Referendo, ou seja, ele é posterior ao ato. Já o plebiscito é anterior ao ato, é 
uma consulta prévia. 
A alternativa “A” está correta. De acordo com o art. 14, §3º, da CF/88. 
 
 
O item “B” também acerta visto que para propor ação popular é necessário 
ser cidadão. Aqui cabe ressaltar que Cidadão ≠ Pessoa. Cidadão, nos termos 
constitucionais, é quem faz o alistamento eleitoral. 
A opção “C” é a literalidade do que diz o § 4º do art. 14 da CF/88. 
A opção “E” também é a literalidade do que diz o art. 15, II, da CF/88 
 
Condições de Elegibilidade
- Nacionalidade brasileira
- Pleno exercício dos direitos políticos
- Alistamento Eleitoral
- Domicílio Eleitoral na circunscrição
- Filiação Partidária
- Idade mínima exigida para cada cargo
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45- (FCC / Defensor Público Estadual – MA / 2015) 
Tramita perante as Casas do Congresso Nacional um projeto de decreto 
legislativo que visa à convocação de plebiscito para que o eleitorado de todo o 
Estado do Maranhão se manifeste sobre a criação, a partir do 
desmembramento de determinados Municípios de seu território, do chamado 
Estado do Maranhão do Sul. A proposição em questão é: 
a) compatível com a Constituição da República, que exige, para a formação de 
novo Estado, além da realização de plebiscito, aprovação do Congresso 
Nacional, por lei complementar. 
b) incompatível com a Constituição da República, pois a criação de ente 
político, nos moldes propostos, constituiria exercício de direito à secessão, em 
violação à forma federativa de Estado, assegurada como cláusula pétrea no 
texto constitucional. 
c) incompatível com a Constituição da República, pois o Congresso Nacional 
não possui competência para convocar plebiscito de âmbito regional, sob pena 
de ofensa à autonomia do Estado a ser atingido com a medida pretendida. 
d) incompatível com a Constituição da República, no que se refere à 
população a ser consultada em plebiscito, posto que deve se restringir à dos 
Municípios a serem desmembrados do Estado. 
e) compatível com a Constituição da República, que exige, para a formação de 
novo Estado, além da realização de plebiscito, a divulgação de estudos de 
viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei. 
Resolução: Alternativa A. Literalidade do disposto no §3º do art. 18. Basta 
fixarmos determinadas palavras-chave: população diretamente 
interessada + plebiscito + Congresso Nacional + Lei complementar. 
 Válido ainda apontar a seguinte distinção: 
Reorganização territorial de 
Estado-membro 
Reorganização territorial de 
Município 
 Lei complementar federal 
 Independe de Estudo de 
Viabilidade 
 Demanda plebiscito 
 Lei estadual dentro de período 
determinado por Lei 
complementar federal 
 Depende de Estudo de 
Viabilidade 
 Demanda plebiscito 
 
46- (CESPE / Procurador do Ministério Público junto 
ao TCU / 2015 / Adaptada) Segundo a jurisprudência predominante do 
STF, determinadas normas da CF/88 voltadas à União são consideradas de 
observância obrigatória para os demais entes da Federação, 
independentemente de previsão constitucional expressa para essa extensão, 
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ao passo que outras, ao contrário, são tidas como não obrigatórias e até 
mesmo vedadas a esses mesmos entes. 
Diante de tais circunstânciasjulgue o item abaixo. 
Embora não previsto expressamente, o princípio da simetria determina que 
todas as normas da CF voltadas à União devem, sem exceção, ser aplicadas 
também aos demais entes federativos, especialmente nos casos em que o 
texto constitucional for silente sobre tal extensão. 
Resolução: Errado. 
Por exemplo, a CF/88 prevê em seu art. 86, §4.º, que o Presidente da 
República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por 
atos estranhos ao exercício de suas funções, assim, possui irresponsabilidade 
penal relativa. 
Ou seja, em caso de crimes comuns, o Chefe do Executivo Federal, 
enquanto não cesse a investidura na presidência, apenas pode ser 
responsabilizado caso a infração tenha correlação com o exercício das funções 
presidenciais. Por exemplo, se o Presidente da República resolve agredir 
fisicamente um desafeto de infância, sem nenhum motivo, não poderá ser 
responsabilizado penalmente durante seu mandato. 
“Ok, entendi professor. Então, por simetria, os Governadores e Prefeitos 
também têm essa prerrogativa.” 
Errado. A irresponsabilidade penal relativa é um exemplo de norma não 
simétrica. 
Outro exemplo mais explícito de norma não totalmente simétrica é a 
estrutura do Poder Legislativo. 
Em âmbito federal, ele é bicameral (duas Casas, vale dizer, a Câmara 
dos Deputados e o Senado Federal). 
Já no âmbito dos Estados, DF e Municípios, ele é composto por apenas 
uma Casa (Assembleia Legislativa, Câmara Legislativa e Câmara Municipal, 
respectivamente). 
Deste modo, ao contrário do que aduz o enunciado, não são todas as 
normas da CF voltadas à União que devem, sem exceção, ser aplicadas 
também aos demais entes federativos. 
 
47- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 9ª Região / 
2015) A competência legislativa em matéria ambiental é concorrente entre a 
União e os Estados-membros. Isso significa dizer que: 
a) os Municípios não podem, em nenhuma circunstância, legislar acerca da 
matéria. 
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b) cabe à União editar a lei geral acerca da matéria, podendo os Estados-
membros editar normas próprias, que prevalecerão sobre aquela nos limites 
espaciais de seu território. 
c) a edição de lei federal acerca do tema limita a liberdade legislativa dos 
Estados-membros, que deverão respeitar os contornos traçados por aquela 
norma. 
d) enquanto não for editada a lei federal, os Estados-membros têm plena 
liberdade legislativa, sendo certo que, sobrevindo aquela, caso algum 
dispositivo se mostre incompatível com regra traçada pela lei estadual esta 
última será considerada automaticamente revogada. 
e) ocorrendo divergência entre o teor da lei federal e da lei estadual, a 
preponderância de uma ou outra dependerá da natureza do interesse tutelado 
no caso concreto. 
Resolução: Alternativa C. Vejamos as demais. 
a) os Municípios não podem, em nenhuma circunstância, legislar acerca da 
matéria. O município é competente para legislar concorrentemente sobre meio 
ambiente com a União e o Estado no limite do seu interesse local e desde que 
tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais 
entes federados. 
b) cabe à União editar a lei geral acerca da matéria, podendo os Estados-
membros editar normas próprias, que prevalecerão sobre aquela nos limites 
espaciais de seu território suplementares. 
d) enquanto não for editada a lei federal, os Estados-membros têm plena 
liberdade legislativa, sendo certo que, sobrevindo aquela, caso algum 
dispositivo se mostre incompatível com regra traçada pela lei estadual esta 
última será considerada automaticamente revogada suspensa. 
e) ocorrendo divergência entre o teor da lei federal e da lei estadual, a 
preponderância de uma ou outra dependerá da natureza do interesse tutelado 
no caso concreto. Em se tratando de legislação concorrente, a premência será 
da lei de normas gerais editada pela União. 
 
48- (FGV / Agente de Fiscalização do TCM – SP / 
2015 / Adaptada) Na medida em que a existência da lei orgânica municipal 
está prevista na Constituição da República, sujeitando-se aos balizamentos ali 
estabelecidos, é correto afirmar que: 
a) as matérias passíveis de serem regulamentadas pela lei orgânica municipal 
podem ser restringidas pela Constituição Estadual, que pode uniformizar, 
livremente, a legislação dos Municípios situados em seu território. 
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b) a lei orgânica municipal, como projeção da autonomia municipal, deve 
disciplinar a organização municipal consoante os balizamentos estabelecidos 
pela Constituição da República, não sendo possível que a Constituição Estadual 
o faça. 
c) as matérias passíveis de serem regulamentadas pela lei orgânica municipal 
podem ser livremente ampliadas pela Constituição Estadual, com o uso do 
instituto da delegação de competências legislativas. 
d) a relação de sujeição normativa decrescente identificada entre a 
Constituição da República, a Constituição Estadual e a lei orgânica municipal 
faz com que a última possa ser livremente comprimida pela expansão das 
duas primeiras. 
Resolução: Alternativa B. O Município possui autonomia para criar sua Lei 
Orgânica, a qual estabelecerá as diretrizes básicas da organização política do 
ente. Deve-se destacar que não é possível que a Constituição Estadual 
discipline a organização municipal, sob pena de violar sua autonomia, não 
havendo que se falar, necessariamente, em hierarquia de uma sobre a outra. 
Por essa razão principal, rejeitamos os itens “A” e “D”. 
Quanto ao item “C”, destacamos que o delineamento das competências 
dos entes está disposto na Constituição Federal, não podendo, por exemplo, a 
Constituição dos Estados, ampliar as atribuições normativas dos entes 
municipais. 
 
49- (ESAF / Técnico Administrativo – DNIT / 2013) 
Em relação à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal, é 
correto afirmar que: 
a) estão entre as matérias de competência legislativa privativa da União 
desapropriação, registros públicos, propaganda comercial, juntas comerciais e 
proteção à infância e à juventude. 
b) são bens dos Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, 
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as 
decorrentes de obras da União. 
c) estão entre as matérias de competência legislativa concorrente da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios orçamento, procedimento em matéria 
processual, desapropriação e trânsito e transporte. 
d) compete aos Municípios e ao Distrito Federal explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei. 
e) ao Distrito Federal são atribuídas as competências reservadas aos Estados 
e aos Municípios, inclusive organizar e manter o seu Ministério Público e o seu 
Poder Judiciário. 
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Resolução: Alternativa B. Questão bastante literal, como costumam ser as 
desse trecho da Constituição Federal. 
a) estão entre as matérias de competência legislativa privativa da União 
desapropriação, registros públicos, propaganda comercial, juntas comerciais e 
proteção à infância e à juventude. 
c) estão entre as matérias de competência legislativa concorrente da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios orçamento,

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