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19/04/2018
Rhabdoviridae
	Essa ordem Mononegavirales engloba todos os vírus de quaisquer hospedeiros que possuam genoma constituído de uma única fita simples de ARN com polaridade negativa. Contem oito famílias, dentro as quais está inserida a Rhabdoviridae.
	O nome Rhabdoviridae relaciona-se com o nome da espécie viral de maior importância, que seria o vírus da raiva. “Rhabdo” = bastão, que seria a morfologia desses vírus. Contém dois gêneros: Lyssavirus e Vesiculovirus (de maior importância médica em nosso país).
	O Lyssavírus contém 14 espécies, sendo a mais importante o vírus da Raiva. Lyssa significa virulência, que é uma das características mais observáveis da Raiva. Todos possuem potencial patogênico muito parecidos. Zoonose com Manifestação Neural.
	O Vesiculovírus contém 16 espécies, sendo destacadas Alagoas vesiculovirus e Indiana vesiculovirus. Tem como principal espécie os vírus da Estomatite vesicular. Uma zoonose com característica epidemiológica e clínica completamente diferente da Raiva: Manifestação cutânea. A estomatite vesicular é muito importante por ser clinicamente indistinguível de outra doença Febre Aftosa. Essa é a principal importância do estudo do Vesiculovírus.
	São doenças febris agudas, que se caracterizam pela presença de vesículas ou bolhas que tendem a romper-se e muitas vezes coalescem, ou seja, se fundem e formam uma única área erosiva (úlcera). Acontecem principalmente em região genital, perineal, úbere de fêmeas, cavidade oral e coroa de casco. Não são localizações exclusivas. 
Rhabdovírus: Acomete EQUÍDEOS
Picornavírus: NÃO atinge Equídeos.
Nesse quadro, está sendo representado o resultado de uma pesquisa de anticorpos a respeito da Estomatite vesicular no Brasil, em uma região do Maranhão. Temos 7 amostras animais frente a três diferentes variedades de vírus da estomatite vesicular Indiana. C1 refere-se a primeira coleta de sangue, C2 a segunda e SC a soroconversão. O laboratório pesquisou por soroneutralização frente a esses três tipos de vírus Indiana (1,2 e 3). Uma relação entre títulos de anticorpos convalescente comparada com os de fase aguda é igual a 1. A medida que chega no Indiana III, observamos animais com uma relação maior do que 4, mostrando soroconversão diante o antígeno indiana III. Isso demonstra que esse vírus circula no território nacional. Se essa relação for menos que 4, mostra que contato do hospedeiro com o antígeno não é recente, é um valor padrão.
	Ou seja, o gráfica demonstra que os bovinos 2, 3 e 4 tiveram contato recente com o vírus Indiana 3.
Micrografia eletrônica Rhabdovírus provavelmente de Estomatite vesicular. Formato alongado semelhante a um bastão truncado em uma das extremidades. Na verdade, a morfologia é a de uma bala de revólver. É uma família que infecta hospedeiros muito diversos, inclusive vegetais (nesse caso possuem formato mais evidente de bastão). Tamanho varia de 170-200nm.
Esquema Rhabdovírus. São vírus envelopados com capsídeo helicoidal, que está enrolado dentro da partícula viral. Essa disposição do capsídeo com o envelope confere esse aspecto morfológico característico. 
Possuem 5 proteínas estruturais: Proteína G (no envelope, glicoproteína), Proteína M (abaixo do envelope, matriz), abaixo temos o Nucleocapsídeo cujo principal componente estrutural é a Nucleoproteína/Proteína N e associado a esse grupo capsídeo temos duas proteínas: P (fosfoproteína) e L (ARN polimerase ARN dependente desses vírus). Esses vírus precisam ter essa enzima como constituinte estrutural. O genoma deles funciona como molde para o ARN mensageiro e, quem tem a possibilidade de fazer isso é a ARN polimerase ARN dependente. A Proteína P funciona como um cofator para fazer essa catálise da replicação do genoma viral e produção de ARN mensageiro. 
Genoma composto por RNA de fita simples e polaridade negativa. 
Nessa imagem temos, na parte de cima, uma representação esquemática do genoma do vírus, mostrando a sequência em que os genes estão codificados. Temos N, P, M, G e L. E logo abaixo, em verde, temos a expressão desses vírus e sua estratégia replicativa na célula hospedeira. 
	No Rhabdovírus, estratégia de replicação é: a ARN polimerase faz vários tipos moléculas de ARN mensageiros de tamanho subgenômico de polaridade positiva, tendo cada um uma fração do genoma inteiro. Cada fração corresponde cada um dos 5 genes presentes nesse genoma viral. Ou seja, é um ARNm para cada gene, para cada proteína. 
	Isso é diferente de outros vírus que possui o genoma como RNAmensageiro, sendo traduzido como se tivesse uma única informação genética, um único gene, como visto na última aula.
	Essa parte azul no esquema traz a informação de que existe um gradiente de intensidade de expressão desses genes virais, eles não são expressos na mesma quantidade. Aquelas proteínas codificadas mais próximas da extremidade 5’ do genoma são expressos em quantidade menores do que na extremidade 3’. Isso acontece como uma forma de preservar a célula, preservar energia sem produzir proteínas desnecessárias.
	Na parte de baixo do esquema temos uma representação dos tipos de replicação dos Rhabdovírus: Absorção e penetração por endocitose. Sobre os receptores, apresenta grande diversificação. Vírus de estomatite vesicular (VSV) é um modelo viral que absorve praticamente todos os tipos de células, usando diversos tipos de receptores. Já o vírus da raiva são mais seletivos, apesar de existir mais de um receptor conhecido, dentre eles merece destaque o receptor nicotínico de Acetilcolina.
	Após a penetração por fusão de membrana, temos um nucleocapsídeo sofrendo desligamento no citoplasma, e a partir daí essa estratégia de expressão de proteínas é manifestada. Proteína G é traduzida a nível de reticulo endoplasmático. Posteriormente, retículo, depois golgi e finalmente o processo termina e as proteínas são acumuladas. Paralelamente a isso, as demais proteínas estruturais são produzidas em polirribossomos ou polissomos, se combinando e formando o nucleocapsídeo. A combinação entre proteínas N do capsídeo e M do envelope são as principais forças que dirigem o vírus a informação ao seu local de procriamento. Os vírus então são liberados com quebra de seu envelope constituído pela proteína G. 
Vírus da Raiva
	A raiva é um vírus que ataca o sistema nervoso e é fatal, uma vez que os sintomas os envolve. É passado para humanos através da mordida e arranhadura de animais infectados. 
Como ele viaja: se espalha através da saliva do animal infectado, mordida funciona como uma inoculação. 
	Período de incubação em humanos aproximadamente de 2 meses. Pode infectar animais domésticos como cão, gato ou até mesmo raposas, morcegos.
	Se o animal testa positivamente para o vírus, ou se ele não pode ser testado, deve ser administrada a vacina. Se necessário, a vacina deve ser dada logo após transmissão.
	Nos humanos, a vacina deve ser dada em grupos de riscos, não fazendo parte do calendário de vacinação oficial. 
Mordedura/Arranhadura > Se replica no músculo > é reconhecido por receptores nicotínicos de acetilcolina na junção neuromuscular > vírus caminha por axônios > se multiplica em neurônios motores na medula espinhal e rapidamente ascende para cérebro > Cérebro se torna inflamado > vírus caminha por nervos e se multiplica por diversos órgãos (como pele e córnea), estando presença na glândula salivar, pronto para infectar próximo hospedeiro. (espalhamento centrífugo, do centro para periferia)
	Inoculação por aerossóis também pode acontecer e existem alguns casos relacionados a transmissão de órgãos. 
	Já houveram êxito no combate da doença, mas é muito difícil de ser reproduzido. 
Primeira célula permissiva a infecção do vírus da raiva: fibra muscular estriada. Permite aumento do número de vírus no organismo, que aumenta probabilidade dele atingir a região de placa motora, seguindo a infecção para um caminho sem possibilidade de reversão, tanto para animais quanto para humanos.
	Portanto, a quantidade de vírus é um fator muito significante.Quanto mais, maior possibilidade de infecção.

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