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Gestão financeira Avançada E-book 1

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Ivoneti da Silva Ramos
Gestão financeira 
avançada
030303
Sumário
CAPÍTULO 1 – Gestão de Investimentos............................................................................05
Introdução ....................................................................................................................05
1.1 Aspectos gerais da administração financeira ...............................................................05
1.1.1 O papel da administração financeira .................................................................05
1.1.2 A relação da área financeira com as áreas de economia e contabilidade ..............07
1.1.3 A importância do planejamento financeiro .........................................................08
1.2 Processo de orçamento de capital ..............................................................................10
1.2.1 Gastos de capital ............................................................................................11
1.2.2 Orçamento de capital .....................................................................................12
1.2.3 Fluxos de caixa operacional e terminal ..............................................................15
1.3 Técnicas de análise de investimentos ..........................................................................17
1.3.1 Payback .......................................................................................................18
1.3.2 Valor Presente Líquido (VPL) ..............................................................................20
1.3.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) ............................................................................23
Síntese ..........................................................................................................................26
Referências Bibliográficas ................................................................................................27
05
Capítulo 1 
Introdução
A gestão de investimentos auxilia investidores na escolha da melhor alternativa para aplicação 
de seus recursos, diante das diversas modalidades de investimentos à disposição no mercado.
 Você já parou para pensar se todo gasto é um investimento? Observe o caso, por exemplo, da 
aquisição de uma moto. A moto perde valor em função da depreciação, além disso, tem uma 
série de despesas relacionadas, tais como gastos com documentação, tributos, seguro, revisões, 
etc. Se você comprar uma moto para uso pessoal, ou seja, se a moto não será utilizada para 
atividade que gere receita, então essa aquisição poderá gerar mais custos que benefícios. 
Por outro lado, se a moto é adquirida como meio de obtenção de renda, como no caso do re-
presentante comercial que precisa atender a uma carteira maior de clientes para amplificar seus 
rendimentos, então é possível calcular se o benefício da receita realizada com essa atividade 
supera os custos. Nessa segunda perspectiva, a moto pode ser considerada um investimento.
Os recursos que as pessoas e as empresas possuem para aplicação em gastos de capital são 
limitados. Por isso, os investimentos necessitam de critérios para serem realizados. Nesse con-
texto, qual o papel da gestão financeira? Quais são os principais motivos que levam aos gastos 
de capital? Como se tomar uma decisão de investimento? Estas são algumas questões que você 
aprenderá a resolver.
Bons estudos!
1.1 Aspectos gerais da administração financeira
Você conhece a definição de finanças e o papel da administração financeira? Sabe identificar 
as ciências correlatas a essa área? Pode falar sobre a importância do planejamento financeiro? 
Bem, se você ainda tem dúvidas, este é o momento para esclarecê-las. 
A administração financeira auxilia na gestão do dinheiro e, para isso, conta com a inter-relação de 
conhecimentos de áreas afins, como economia e contabilidade. E para que a gestão possa maxi-
mizar os recursos das empresas, é necessário realizar o planejamento financeiro, que procura iden-
tificar as necessidades de crescimento da empresa, as dificuldades e as prioridades para ajustes. 
A seguir, você conhecerá alguns elementos básicos da administração financeira. 
1.1.1 O papel da administração financeira
De acordo com Gitman (2010, p. 4), finanças é “a arte e a ciência da gestão do dinheiro”. Tam-
bém pode ser adjetiva, como na expressão “finanças corporativas”, de Assaf Neto e Lima (2010, 
p. 1) e se ocupa com os processos, as instituições, os mercados e os instrumentos necessários 
para a circulação do dinheiro entre as pessoas, as empresas e os órgãos governamentais. 
Nesse ínterim, surge a administração financeira, atividade que elabora processos de gestão 
(decisões) com o objetivo de maximizar os retornos financeiros dentro de um limite de liquidez 
Gestão de Investimentos
06 Laureate- International Universities
Gestão financeira avançada
desejável no mercado, assegurando, assim, uma maior eficiência no processo de captação de 
recursos de capital (financiamento) e a melhor alocação desses recursos (investimentos). 
Conforme Assaf Neto e Lima (2010), as decisões de investimentos têm como meta a criação de 
valor para a empresa, enquanto as decisões de financiamento objetivam a escolha das melhores 
fontes e estrutura de custeio, de forma que preservem a capacidade de pagamento da empresa. 
Um gestor financeiro moderno deve ter visão dos ambientes interno e externo à empresa, além da 
capacidade de gerenciar e interpretar dados e informações para prever comportamentos e ações 
futuras (ASSAF NETO; LIMA, 2010). 
Gitman (2010) destaca que, nas pequenas empresas, a função financeira geralmente é desempe-
nhada pelo departamento de contabilidade, mas, à medida que a empresa cresce, essa função 
passa a ligar-se diretamente ao presidente da empresa, supervisionada pelo diretor financeiro (chief 
financial officer – CFO), que tem, subordinados a si, o tesoureiro e o contador-chefe (controller). 
Para que você entenda melhor o papel dessas duas figuras centrais nas finanças, saiba que o te-
soureiro é responsável pela gestão de atividades financeiras, tais como: planejamento financeiro 
e captação de fundos; tomada de decisões de investimento; gestão de caixa; gestão de ativida-
des de crédito; gestão do fundo de pensão; e administração da área de câmbio. O controller 
(contador-chefe) lida com atividades contábeis, tais como: contabilidade gerencial; gestão de 
assuntos fiscais; contabilidade financeira; e contabilidade de custos (GITMAN, 2010). 
Gitman (2010) pontua que o gestor financeiro deve manter o foco em três itens: o orçamento de 
capital, que está relacionado com os investimentos de longo prazo da empresa; a estrutura de ca-
pital, que define as decisões de financiamento de longo prazo da empresa; e a administração de 
capital de giro, que é uma atividade diária para garantir que a empresa mantenha suas operações.
Salientamos que, nas empresas de capital aberto, o gestor financeiro toma decisões pelos acio-
nistas da empresa e, nesse caso, “o objetivo da administração financeira é maximizar o valor 
atual da ação existente” (ROSS et al., 2012, p. 9). Você poderia perguntar por que o objetivo 
da administração financeira é maximizar o valor da ação e não maximizar o lucro da empresa. 
De acordo com Gitman (2010), objetivar apenas a maximização dos lucros pode trazer riscos à 
administração financeira, uma vez que essa ação ignora a distribuição dos resultados no tempo, 
os fluxos de caixa disponíveis aos acionistas e os fatores de risco.
Em função do exposto, a relação entre os administradores e acionistas é denominada relacio-
namento de agência, que, de acordo com Ross et al. (2012, p. 11), é estabelecida sempre que 
alguém, denominado principal, contrata outra pessoa, denominado agente, para representar 
seus interesses. Porém, a relação entre o principal e o agente podeser conflituosa, e surge o 
“problema de agência”. Na visão de Gitman (2010), o problema de agência é a probabilidade 
de que gestor financeiro possa colocar o seu interesse acima dos interesses da empresa.
Veja um exemplo em que Ross et al. (2012) retrata o problema de agência: suponha que a em-
presa deseja fazer um novo investimento que vai impactar positivamente no valor da ação, mas 
este é um empreendimento altamente arriscado. Os acionistas vão querer fazer o investimento 
em função do impacto no valor da ação, mas, em função dos riscos, o gestor financeiro pode 
não aceitar o investimento. 
Conflitos à parte, para cumprir com o objetivo da empresa, podemos pensar em uma função 
denominada de administração financeira, utilizada na interação com as demais áreas de respon-
sabilidade dentro de uma empresa, tais como a economia e a contabilidade, para assim fazer 
previsões úteis e tomar decisões.
07
Você sabe o que significa dizer que uma empresa disponibilizou ações para venda no 
mercado? A ação é uma cota, parte do capital de uma empresa. Quando necessitam 
de recursos financeiros, as empresas podem disponibilizar essas cotas para venda no 
mercado. A ação ordinária confere ao acionista direito à participação nos resultados 
da empresa e direito a voto nas assembleias. Por sua vez, a ação preferencial concede 
o direito prioritário na distribuição dos dividendos e no reembolso do capital, mas não 
o direito a voto.
NÓS QUEREMOS SABER!
1.1.2 A relação da área financeira com as áreas de economia e contabilidade
O estudo de finanças evoluiu e tornou-se complexo, o que significa dizer que, nos dias atuais, 
o gestor financeiro precisa entender sobre avaliação de risco, novas formas de atuação no mer-
cado, gestão baseada em valor, governança corporativa, fatores jurídicos, entre outros (ASSAF 
NETO; LIMA, 2010). Porém, tradicionalmente, as duas áreas que mais interagem com a gestão 
financeira são as áreas de economia e contabilidade. 
Segundo Gitman (2010), a administração financeira pode ser vista como uma forma de econo-
mia aplicada, uma vez que os gestores financeiros precisam compreender o arcabouço econô-
mico e estar atentos para as consequências da variação dos níveis de atividade econômica e das 
mudanças de política econômica. 
O gestor financeiro precisa estudar a melhor alocação dos recursos, dado sua escassez, procuran-
do a fonte mais barata de fundos para investir na melhor e mais eficiente combinação de ativos.
Por isso, é necessário realizar análises micro e macroeconômicas. No âmbito da microecono-
mia, os gestores financeiros preocupam-se com a análise de oferta e demanda, das estratégias 
de maximização de lucro e com a teoria da formação de preços, enquanto que, nos aspectos 
macroeconômicos, atentam para as questões de inflação, taxa de juros, nível de atividade e de 
legislação tributária (GITMAN, 2010). 
O princípio econômico fundamental usado na administração financeira é a análise marginal, ou 
seja, o princípio de que uma decisão financeira deve ser tomada somente quando os benefícios 
adicionais superarem os custos adicionais. 
Na Contabilidade, o gestor financeiro necessita analisar uma série de relatórios que o auxiliam a 
visualizar o alcance das metas da empresa, tais como a Demonstração de Resultado de Exercício 
(DRE), que é um relatório contábil das vendas, dos custos operacionais e dos encargos finan-
ceiros de uma empresa, por meio do qual obtém informações sobre a lucratividade; o Balanço 
Patrimonial (BP), que é um demonstrativo contábil, o qual revela ativos, passivos e o patrimônio 
líquido de uma empresa e apresenta informações sobre o resultado, bem como a posição finan-
ceira da empresa; e o Fluxo de Caixa (FC), que apresenta informações sobre entrada e saída dos 
recursos financeiros (GITMAN, 2010).
As demonstrações e os relatórios contábeis fornecem base para analisar antecipadamente:
•	 o nível de lucratividade e desempenho financeiro global para o próximo ano;
•	 subsídios para o cálculo de índices, tais como liquidez, atividade, endividamento e 
lucratividade;
•	 tomada de medidas de ajustes. Por exemplo, se o lucro da DRE projetada for muito baixo, 
08 Laureate- International Universities
Gestão financeira avançada
pode-se pensar em corte nos custos ou aumento nos preços, ou se o nível projetado 
de duplicatas é muito elevado, é possível instituir mudanças na política de crédito da 
empresa (GITMAN, 2010).
Em suma, auxiliado por conhecimentos de áreas correlatas, o gestor financeiro poderá elaborar 
o planejamento necessário para alcançar as metas e os resultados estabelecidos pela empresa.
1.1.3 A importância do planejamento financeiro
O planejamento financeiro é uma ferramenta que permite ao gestor analisar e projetar o cres-
cimento da empresa, identificar possíveis ajustes para alcançar os resultados pretendidos pela 
empresa e tomar decisões em termos de investimentos e financiamentos. Gitman (2010) definiu o 
planejamento financeiro como um aspecto importante para o funcionamento e a sustentação da 
empresa, uma vez que fornece diretrizes para dirigir, coordenar e controlar ações na consecução 
dos objetivos da empresa.
Para Ross et al. (2012), a empresa deve considerar dois fatores de viabilidade no processo de 
decisões financeiras: o fator econômico, uma vez que a agregação de valor econômico se verifi-
ca quando o lucro operacional supera o custo total de capital da empresa; e o fator financeiro, 
caracterizado pela harmonia entre as saídas de caixa e as entradas de caixa, que requerem com-
patibilidade entre as decisões de investimentos e de financiamentos.
O planejamento financeiro leva em consideração que existem riscos associados às decisões 
financeiras, dos quais destacamos o risco econômico ou operacional e o risco financeiro. No pri-
meiro caso, os riscos refletem as decisões de investimento. Trata-se do risco inerente à atividade 
da empresa e às características do mercado em que atua, como, por exemplo: sazonalidade da 
demanda, tecnologia, variação no crescimento econômico e nas taxas de juros, etc. No segundo 
caso, os riscos refletem as decisões de financiamento e da capacidade da empresa em honrar 
suas dívidas no prazo contratado (ROSS et al., 2012).
Pode-se realizar um planejamento financeiro para o curto prazo (operacional) e para o longo 
prazo (estratégico). Na perspectiva do planejamento de curto prazo, Gitman (2010) coloca que 
pode-se, por exemplo, estimar o tempo necessário para a produção, quantificar a matéria-prima, 
estimar as necessidades de mão de obra direta e as despesas operacionais. Com essas infor-
mações, é possível projetar a demonstração do resultado, o orçamento de caixa, desenvolver o 
plano de financiamento em longo prazo, o plano de investimento de capital e ainda projetar o 
balanço da empresa.
No planejamento de longo prazo, de acordo com Gitman (2010), a empresa pode embasar as 
decisões de investimentos e de financiamentos. Em um cenário de mudanças socioeconômicas 
e políticas, torna-se necessário revisar esses planos constantemente, sendo que, quanto mais 
sazonal a receita da empresa, mais curto o prazo de revisão do planejamento.
Se a meta do planejamento financeiro for projetar a lucratividade da empresa, Gitman (2010) 
indica a utilização de demonstrações históricas, sendo necessário, no mínimo, analisar as de-
monstrações financeiras do ano anterior e previsões de vendas para o próximo ano.
No caso da decisão de investimentos, o planejamento financeiro trata do processo de orçamento 
de capital e da aplicação das técnicas de análise de investimentos. De acordo com Hoji (2014, 
p. 168), o investimento é a aquisição de ativo que “gera resultados econômicos durante sua vida 
útil (vida econômica, ou duração)”. Hoji cita como exemplo a aquisição de empresa, expansão 
de operação, implantação de software, etc.
09
Emtermos de planejamento financeiro, é necessário (CASAROTTO; KOPITTKE, 2010): 
1. dimensionamento do investimento fixo: cálculo da necessidade de terrenos, construções 
civis, equipamentos de produção, instalações e infraestrutura administrativa;
2. projeção de custos e receitas: as receitas consideram o programa de produção multiplicado 
pelo preço de mercado dos produtos, obtido no estudo de mercado, enquanto que 
os custos consideram as definições de custos fixos e custos variáveis, despesas fixas e 
despesas variáveis;
3. financiamento: fontes e quantidade de recursos para financiar o projeto;
4. outras despesas e desembolsos: as depreciações e as amortizações de despesas pré-
operacionais, como projetos e treinamentos e as amortizações de financiamentos. Os 
juros serão considerados neste item, uma vez que permitem diferenciar o fluxo de caixa 
do projeto do fluxo de caixa do acionista;
5. projeção de fluxos de caixa: realizado com base na projeção de resultados, com a 
apuração das receitas e despesas;
6. aplicação de técnicas de análise de investimentos: prazo de retorno do investimento 
(payback), Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR).
Também é necessário levar em conta o alerta de Hoji (2014, p. 167): 
As decisões de investimentos devem ser tomadas com base em informações cuidadosamente 
analisadas, pois comprometem os recursos da empresa por longo tempo e seu retorno efetivo 
pode ser somente estimado no presente, o que gera incertezas.
No caso da decisão de financiamento, o planejamento financeiro trata de questões tais como o 
custo de capital, a estrutura de capital e a criação de valor para a empresa. Quanto ao custo de 
capital, podemos calcular o custo do capital próprio e o custo médio ponderado para a empresa, 
uma vez que o custo de capital de terceiros é uma variável definida pelo mercado.
A gestão da estrutura de capital da empresa envolve a decisão por financiar a atividade com 
recursos próprios ou com recursos de terceiros. Na literatura, existem abordagens que se con-
trapõem sobre a existência de uma estrutura ótima de capital, mas há a concordância de que 
realizar o planejamento financeiro pode minimizar efeitos de possíveis erros da decisão da estru-
turação do capital em uma empresa.
A criação de valor para a empresa deve contar com os benefícios econômicos futuros esperados 
de caixa em contraposição com o custo de oportunidade dos proprietários de capital (ROSS et 
al., 2012).
Ross et al. (2012, p. 12) destaca que, quando uma empresa utiliza um financiamento com ta-
xas menores do que o retorno obtido na sua aplicação, alavanca favoravelmente o retorno dos 
acionistas: “a diferença entre a taxa de retorno do investimento e o custo da dívida é transferida 
aos acionistas: quando positiva, eleva o retorno dos proprietários, e quando negativa, reduz os 
seus ganhos”. 
Dentro do planejamento financeiro, também temos que acrescentar os estudos relacionados ao 
risco e retorno e a mercados derivativos.
No primeiro caso, o planejamento trata das questões como risco e retorno de ativos individuais 
e de carteira de ativos, por meio da aplicação de medidas matemáticas e estatísticas para o cál-
10 Laureate- International Universities
Gestão financeira avançada
culo do risco. No caso dos mercados derivativos, planejam-se compras de ativos financeiros e de 
ativos reais por meio dos mercados a termo, mercado futuro e mercado de opções.
Enfim, o planejamento financeiro é a ferramenta que pode auxiliar o gestor nas tomadas de 
decisões na empresa com vistas a agregar valor tanto para o acionista/proprietário quanto para 
o mercado.
A Revista de Ciências da Administração tem como foco a divulgação da produção 
científica nesta área e oferece um espaço aberto para o desenvolvimento de estudos 
de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais. Você pode acessá-la em: 
https://periodicos.ufsc.br/index.php/adm. Ao entrar no portal, é necessário criar login 
e senha para acessar a revista.>
NÃO DEIXE DE LER...
1.2 Processo de orçamento de capital
A gestão financeira envolve, entre outros elementos, a decisão de investimentos, para a qual é 
de substancial importância a elaboração do orçamento de capital. Mas como podemos orçar o 
capital para aplicar em investimentos? Quais os principais motivos para realizar gastos de capi-
tal? Quais fluxos de caixa devemos considerar?
O orçamento de capital é um elemento-chave em finanças. Ele vai apontar para a empresa ou 
investidor o quanto de capital será necessário para o desembolso inicial do projeto, que seria o 
fluxo de caixa inicial. Além disso, é por meio do orçamento que podemos visualizar os fluxos de 
caixa operacional e terminal. 
Figura 1: Orçamento de capital como ferramenta de gestão financeira
Fonte: Shutterstock (2015) 
11
Dentro desse contexto, que tal você saber mais sobre os gastos de capital e o processo de orça-
mento de capital, com destaque para os fluxos de caixa operacional e terminal?
1.2.1 Gastos de capital
Você já refletiu sobre o que leva uma empresa a realizar gastos de capital? Você pode elaborar 
essa resposta por meio do estudo dos motivos dos gastos de capital.
Gasto de capital é um desembolso de recursos financeiros mediante o qual a empresa espera 
obter benefícios em um período superior a um ano. Diferencia-se do gasto operacional, que é 
um desembolso que deve gerar benefícios por um prazo inferior a um ano (GITMAN, 2010).
Os principais motivos da realização de gastos de capital podem ser conferidos no quadro 1.
Motivo Descrição
Expansão
 Aquisição de ativos imobilizados, como imóveis e instalações 
de produção.
Substituição
Reposição ou substituição de ativos obsoletos ou desgastados. 
Sempre que uma máquina exige um reparo importante, o gas-
to com o reparo deve ser comparado ao gasto que seria feito 
para substituir a máquina e aos os benefícios da substituição.
Renovação
Reconstrução, reforma ou ajuste de um ativo imobilizado. Por 
exemplo, uma instalação física poderia ser renovada com a 
substituição da fiação elétrica e a adição de ar condicionado. 
Outros
Desembolsos de propaganda, pesquisa e desenvolvimento, 
consultoria de gestão e novos produtos, instalação de contro-
le de poluição e segurança, entre outros.
Quadro 1: Principais motivos para a realização de gastos de capital
Fonte: Gitman (2010)
Assaf Neto e Lima (2010) também trataram desse tema, do qual destacam três motivos: 
1. A expansão ou ampliação do volume de atividades é justificada quando a capacidade 
máxima de produção e vendas de uma empresa for insuficiente para atender à demanda 
atual e, nessa situação, as aquisições são normalmente efetuadas em termos de máquinas, 
equipamentos, instalações ou na aquisição de outras empresas.
2. A substituição ou reposição de ativos fixos costuma ocorrer em empresas maduras em 
suas atividades, ou seja, os ativos fixos já atingiram um grau de obsolescência e desgaste 
pelo uso.
3. Outros ou outras origens, que são investimentos que objetivam a geração de benefícios 
futuros originados na maior eficiência e controle das operações, adequações do 
planejamento estratégico, incremento nas vendas, entre outros.
Assaf Neto e Lima (2010) acrescentam outro motivo de gasto de capital: arrendamento ou aqui-
sição, que se refere à utilização de bens fixos sob a forma de arrendamento ou leasing, ou até 
12 Laureate- International Universities
Gestão financeira avançada
mesmo a aquisição definitiva. Nesse processo de decisão, é necessário fazer um comparativo 
entre os desembolsos e os benefícios ao longo tempo de uso dos ativos fixos.
Ainda sobre o quadro 1, Gitman (2010) apresenta o motivo renovação, que é uma alternativa 
à substituição e pode envolver a reconstrução, a reforma ou o ajuste de um ativo imobilizado. 
O autor destaca que, para aumentar a eficiência,tanto a substituição quanto a renovação de 
máquinas podem ser soluções adequadas.
Isso significa que, se você decidir fazer um gasto de capital, deverá realizar a análise financeira 
desse gasto e, para isso, será necessário iniciar pelo orçamento de capital. 
1.2.2 Orçamento de capital 
O orçamento de capital, ou orçamento de investimentos, pode ser compreendido como um 
programa de aplicação de longo prazo vinculado ao plano estratégico da empresa que trata de 
investimentos permanentes (HOJI, 2014). 
Investimentos permanentes são recursos aplicados para manutenção das atividades operacio-
nais e que produzem resultados no longo prazo, dos quais são exemplos: terrenos e edificações; 
máquinas e equipamentos; marcas e patentes; gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos 
produtos e processos; participação em empresas controladas ou coligadas, etc. Assim, podemos 
considerar os investimentos permanentes como imobilização fixa, que corresponde ao conjunto de 
bens tangíveis ou intangíveis vinculados ao processo produtivo (HOJI, 2014; ASSAF NETO, 2010). 
Vale ressaltar que, de acordo com Gitman (2010), os investimentos de natureza financeira e em 
caráter temporário, tais como aplicações de curto prazo no mercado financeiro, não são consi-
derados no orçamento de capital.
Por meio da elaboração de um orçamento de capital, é possível determinar o valor do investi-
mento inicial, ou seja, os valores que serão desembolsados inicialmente pela empresa em um 
novo empreendimento. Assaf Neto (2010, p. 167) destaca que o valor do desembolso inicial 
“refere-se ao volume gasto de capital (saída efetiva de caixa) e direcionado à geração de resul-
tados operacionais futuros”.
Observe o exemplo no quadro 2 para entender a determinação do investimento inicial de uma empresa. 
Custo instalado da máquina proposta R$
Custo da máquina proposta 250.000,00
Custo de instalação 10.000,00
Custo total instalado – proposto e depreciável (A) 260.000,00
Recebimentos depois do imposto de renda com a venda da máquina atual R$
Recebimentos com a venda da máquina atual 150.000,00
Imposto sobre a venda da máquina atual 44.160,00
Recebimentos totais depois do imposto – atual (B) 105.840,00
Variação do capital de giro líquido (C) 11.000,00
Investimento inicial (Ii) 165.160,00
Quadro 2: Exemplo de determinação de investimento inicial
Fonte: adaptado de Gitman (2010) e Assaf Neto (2010)
13
No exemplo observado no quadro 2, a projeção é para a aquisição de uma máquina em subs-
tituição à máquina atual. Para o cálculo, é necessário considerar o valor recebido na venda da 
máquina atual (R$ 150.000,00) e o respectivo imposto gerado na transação (R$ 44.160,00), 
chegando ao valor do recebimento total depois do imposto (R$ 105.840,00), bem como o 
impacto no capital de giro líquido (R$ 11.000,00), para então chegar ao total do investimento 
inicial. Perceba que o desembolso inicial do projeto poderia atingir R$ 260.000, mas, após a 
apuração dos valores, o investimento inicial fica em R$ 165.160,00.
Memória de cálculo: (A) – (B) + (C) = (Ii) = 260.00,00 – 105.840,00 + 11.000,00 = R$ 165.160,00.
Importante observar que, se o orçamento for realizado por consultoria externa, é necessário en-
tão considerar o custo do consultor no investimento inicial. 
No tocante à gestão do orçamento de capital, Gitman (2010) afirma que a gestão é realizada 
em etapas, conforme segue:
1. Geração de propostas: compreende estudos realizados por profissionais da área de 
projetos ou por equipes designadas na empresa.
2. Revisão, análise e tomada de decisão: compreende a análise da proposta tendo em 
vista os objetivos da empresa e a viabilidade econômico-financeira do projeto.
3. Implantação e acompanhamento: compreende verificar, durante a implantação, se 
os recursos estão empregados conforme planejado e ao final do projeto verificar se os 
benefícios ficaram nos patamares inicialmente traçados.
Se o investimento estudado estiver contextualizado em uma empresa em operação, é importante 
que a etapa da geração da proposta tenha participação de equipes que atuam na área dentro 
da empresa, que podem sugerir as melhores técnicas ou formas de aproveitamento dos recursos. 
Muitas vezes as empresas apresentam necessidades de investimentos em diversas áreas, mas, 
como normalmente operam em condições de racionamento de capital, precisam limitar o nú-
mero de projetos que podem ser escolhidos. Em função dessa limitação, tanto Gitman (2010) 
quanto Assaf Neto (2010) destacam que, no processo de definir em qual projeto alocar recursos, 
é importante considerar que existem projetos independentes e projetos mutuamente exclusivos. 
a) Projetos independentes: são aqueles em que o fluxo de caixa não tem relação uns 
com os outros, ou seja, a aceitação de um dos projetos não elimina o outro (GITMAN, 
2010). Podemos citar o exemplo da compra de máquinas para o setor produtivo X e 
compra de veículos para o setor comercial Y, em que a opção pelo projeto X não elimina 
a possibilidade de optar pelo projeto Y. 
b) Projetos mutuamente exclusivos: são os que têm a mesma função e, por isso, a 
aceitação de um dos projetos elimina todos os outros (GITMAN, 2010). Poderá ocorrer 
de um projeto ser dependente do outro, como, por exemplo, o projeto de construção de 
uma fábrica L e o projeto de equipar a fábrica para o funcionamento M. Nesse caso, a 
empresa ou o investidor precisará optar pelos projetos L e M, uma vez que um necessita 
do outro para que a produção seja viável. 
No momento da escolha, seja pelo projeto “a” e/ou “b”, o valor do investimento inicial deverá 
estar calculado o mais próximo do real possível, para que as opções possam de fato significar 
retornos financeiros para a empresa ou o investidor. 
Nesse contexto, podemos abordar o orçamento de caixa, que tem a finalidade de apresentar com 
antecedência uma previsão de situação financeira futura e assinalar se haverá sobras ou falta de 
caixa, para que se possa melhor administrar os recursos. 
14 Laureate- International Universities
Gestão financeira avançada
O orçamento de caixa é uma ferramenta que auxilia na organização da entrada e saída dos re-
cursos financeiros da empresa ou do projeto. Quando elaborado para períodos curtos, pode ser 
também nomeado de Projeção de Fluxo de Caixa (HOJI, 2014). 
O fluxo de caixa pode ser representado por diagramas, conforme na figura 2:
Entradas
de caixa
Saídas
de caixa
$2.000
$10.000
Final do ano
0
1 2 3 4 5 6 7 8
$2.000
$2.000
$2.000
$2.000
$2.000
$2.000
$2.000
Figura 2 – Diagrama de representação de entradas e saídas de caixa (fluxo de caixa)
Fonte: Gitman (2010)
As setas para baixo representam as saídas de caixa e as setas para cima representam as entradas 
de caixa. O modelo de caixa acima é denominado “fluxo de caixa convencional” e é um dos mais 
utilizados nas análises financeiras.
A Projeção do Fluxo de Caixa pode ser feita para um período de controle definido pela empresa, 
sendo recomendado pelo menos três meses de projeção. Quanto melhor for a previsibilidade, 
melhor será a maximização dos recursos financeiros.
NÃO DEIXE DE VER...
O vídeo Fluxo de Caixa e Controles Financeiros do Negócio apresenta o case de um 
supermercado que busca o controle para seu fluxo de caixa, mostrando conselhos de 
um consultor na área financeira. Para assistir, acesse a página da TV Sebrae, disponível 
em: http://tv.sebrae.com.br/media/vZuDR/. 
Além do investimento inicial, outros fluxos serão gerados por meio da expectativa da entrada e 
saída de recursos e devem ser orçados. Por isso, você estudará na próxima seção os conteúdos 
relacionados aos fluxos de caixa operacional e terminal.
Você sabe se a análise internacional de orçamento de capital difere da análise nacional? 
De fato, difere, porque as entradas e saídas de caixa ocorrem em moeda estrangeirae 
porque os investimentos no exterior envolvem riscos políticos significativos. Entenda so-
bre esse assunto a partir da leitura de “Administração Financeira Internacional”, capítulo 
18 do livro Princípios da administração financeira (GITMAN; LAWRENCE, 2010).
NÓS QUEREMOS SABER!
15
1.2.3 Fluxos de caixa operacional e terminal
Na gestão de investimentos, um elemento imprescindível é o dimensionamento das entradas e 
saídas de caixa, sendo que a confiabilidade sobre os resultados do investimento depende em 
grande parte do acerto da projeção desses fluxos. 
O fluxo de caixa pode ser entendido como o conjunto de entradas e saídas de dinheiro, ou seja, 
a movimentação financeira na empresa, que permite que se visualize o que ocorre com as finan-
ças ao longo do tempo (ASSAF NETO, 2010). Podemos assinalar que, se tratando de fluxos de 
caixa, temos as seguintes categorias (GITMAN, 2010):
1. Fluxos iniciais de caixa: fluxos de caixa inicialmente resultantes do projeto. Geralmente 
são representados por saídas de caixa (investimento inicial).
2. Fluxos de caixa operacionais: fluxos gerados pelo projeto durante seu funcionamento. 
Esses fluxos costumam ser positivos.
3. Fluxos de caixa terminais: também chamados de fluxos de caixa residuais, resultam da 
liquidação do projeto. São comumente positivos.
Esta seção tratará dos itens 2 e 3 assinalados acima. 
As atividades são classificadas por sua natureza da seguinte forma: Operações, Investimentos 
e Financeiras. Esse modelo, denominado Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), possibilita a 
apuração imediata do resultado, seja superávit ou déficit de caixa, em cada atividade (HOJI, 
2014). Com relação aos fluxos de caixa operacionais, consideram-se relevantes as atividades 
operacionais da empresa, ressaltando como exceção os custos com depreciação e amortização, 
uma vez que estão relacionadas a atividades de investimentos.
O quadro 3 apresenta o padrão de cálculo de fluxo de caixa operacional:
Lucro Operacional Bruto (antes do Imposto de Renda) R$
(-) Imposto de Renda (IR) R$
(=) Lucro Operacional Líquido após IR R$
(+) Depreciação R$
(=) Fluxo de Caixa Operacional R$
Quadro 3: Modelo padrão para cálculo do fluxo de caixa operacional
Fonte: ASSAF NETO (2010)
Esse modelo pode ser adaptado em planilha de acordo com seus conhecimentos em Excel, ou 
você pode se inspirar em modelos gratuitos como as planilhas demonstradas em http://planilha-
-financeira-italo-software.softonic.com.br/.
O resultado operacional é sempre apurado antes dos encargos financeiros (ASSAF NETO, 2010), 
e as atividades de investimentos estão relacionadas à aplicação dos recursos necessários para a 
operacionalização da empresa ou do projeto. Os ganhos e perdas são alocados como resultado 
não operacional, dentro do próprio grupo de Investimentos (HOJI, 2014).
Levando em consideração que nas empresas em operação os fluxos de caixa operacionais são 
estudados do ponto de vista incremental, vamos analisar um caso de substituição de máquinas 
16 Laureate- International Universities
Gestão financeira avançada
e equipamentos, quando podemos tratar as entradas operacionais de caixa sob o ponto de vista 
incremental. Observe o quadro 4: 
ENTRADAS OPERACIONAIS DE CAIXA
Ano
Máquina Proposta 
(1) 
Máquina Atual 
(2)
Caixas incrementais relevantes
 (1) - (2) 
 (3)
1 R$ 164.000,00 R$ 137.200,00 R$ 26.480,00 
2 R$ 83.200,00 R$ 125.520,00 R$ 57.680,00 
3 R$ 162.400,00 R$ 106.800,00 R$ 55.600,00 
4 R$ 151.200,00 R$ 90.000,00 R$ 61.200,00 
5 R$ 151.200,00 R$ 78.000,00 R$ 73.200,00 
6 R$ 8.000,00 R$ 0,00 R$ 8.000,00 
Quadro 4: Entradas de Caixa Operacionais Incrementais
Fonte: adaptado de Gitman (2010)
Como você viu no quadro 4, os fluxos denominados de caixas incrementais relevantes demons-
tram as entradas de caixa oriundas da diferença entre a receita advinda da nova máquina (má-
quina proposta) e a máquina atual. Esse fluxo incremental é utilizado na estimativa dos resultados 
do novo investimento.
Os fluxos de caixa terminais (residuais) podem ser compreendidos como o resultado do encerra-
mento e da liquidação de um projeto no final de sua vida útil (GITMAN, 2010). A expressão “vida 
útil” refere-se à vida econômica do projeto, que contabilmente corresponde ao tempo estimado 
de duração do bem ou direito, em termos de sua capacidade física ou circunstancial de uso ou 
exploração econômica, sendo que, por sua natureza mutável e de limitações da vida, devem ser 
depreciados, amortizados ou exauridos. Se, ao final do projeto, a vida útil do bem ou direito não 
estiver esgotada, deverá ser estabelecido um valor residual, que fará parte do fluxo de caixa final 
do projeto (ASSAF NETO, 2009; GITMAN, 2010; ROSS et al., 2012).
Os fluxos de caixa terminais (residuais) são calculados após o desconto do Imposto de Renda, ex-
cluindo as entradas operacionais que ocorrem no último ano do projeto, como demonstra a figura 3. 
$26,480
$221,160
$57,680 $55,600 $61,200
$55,000
73,200
$128,200
Fluxo de caixa �nal
Entrada de caixa operacional
Fluxo de caixa total
0
1 2 3 4 5
Figura 3: Exemplo de fluxo de caixa terminal
Fonte: Gitman (2010)
17
No fluxo de caixa apresentado anteriormente, podemos identificar o investimento inicial no ano 
(zero), diversos fluxos de caixa nos anos de 1 a 4 e, ao final, no ano 5, temos o balanço do 
projeto, considerando o fluxo normal do ano mais o fluxo de caixa da liquidação do projeto, que 
pode ser oriundo, por exemplo, da venda dos equipamentos e materiais permanentes.
Dessa forma, o acompanhamento das entradas operacionais de caixa e dos fluxos gerados du-
rante o processo e ao final das atividades é mais uma ferramenta para que a empresa consiga 
realizar análises que permitam maximizar o investimento de seus recursos financeiros.
1.3 Técnicas de análise de investimentos
Para calcular os valores que permitem decidir entre dois ou mais investimentos, aplicamos técni-
cas de análise, também denominadas técnicas de orçamento de capital. 
Você sabe quais são as melhores análises que auxiliam na decisão de investimentos? É preciso 
considerar o valor do dinheiro no tempo? Quais os critérios para aceitar ou rejeitar uma proposta 
de investimento? Você poderá ponderar sobre as respostas neste tópico.
As três técnicas mais usuais são: Payback, Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retor-
no (TIR). As técnicas mais utilizadas consideram o valor do dinheiro no tempo e apresentam o 
enfoque de aceitação-rejeição que diz respeito à avaliação de propostas de investimentos para 
determinar se atendem ao critério mínimo de aceitação da empresa e o enfoque de classificação, 
sendo que este envolve ordenar as propostas com base em uma medida predeterminada, tal 
como a taxa de retorno.
Figura 4: Calculadora financeira como instrumento facilitador do cálculo de viabilidade econômico-financeira
Fonte: Shutterstock (2015)
Os cálculos são bastante facilitados com o uso de calculadoras financeiras, mas, para efetuá-los, 
precisamos compreender os conceitos e a lógica que envolve cada uma das técnicas de análise 
de investimentos.
18 Laureate- International Universities
Gestão financeira avançada
1.3.1 Payback 
Payback é uma das técnicas de orçamento de capital utilizadas em análise de investimentos. Con-
siste em encontrar o tempo necessário para que a soma dos fluxos de caixa líquidos periódicos 
seja igual ao investimento inicial do projeto, ou seja, é o período em que o valor do investimento 
é recuperado(HOJI, 2014). 
É preciso considerar duas ressalvas de Hoji (2014) quanto a essa técnica:
1. este método não considera os fluxos de caixa gerados durante a vida útil do investimento 
após o período de payback e, portanto, não permite comparar o retorno entre dois 
investimentos;
2. deve-se utilizar o fluxo de caixa em valor presente, pois o fluxo de caixa em valores 
correntes não considera o valor do dinheiro no tempo, o que, nas palavras de Hoji (2014), 
produzirá falso resultado.
De acordo com Gitman (2010), para calcular o valor presente, é necessário utilizar uma taxa 
mínima de atratividade, também conhecida como custo de capital ou custo de oportunidade, 
que simboliza o retorno mínimo que deve ser gerado pelo projeto para que não se altere o valor 
aplicado pelos investidores (GITMAN, 2010).
Observe a equação do Payback: 
Em que:
I = investimento inicial
FC = fluxo de caixa regular
O critério de aceitação para um projeto que é analisado por meio do payback é o tempo de 
retorno do capital. Projetos com período de recuperação do capital menores são preferíveis. De 
acordo com Gitman (2010, p. 339): 
•	 se o período de payback for menor que o período máximo aceitável de recuperação, o 
projeto será aceito;
•	 se o período de payback for maior que o período máximo aceitável de recuperação, o 
projeto será rejeitado.
19
Veja a aplicação do formulário de acordo com um exemplo adaptado de Gitman (2010). Con-
sidere que a empresa Delta está decidindo entre dois projetos A e B, de acordo com os dados 
do quadro 5: 
Projeto A Projeto B
Investimento Inicial R$ 42.000,00 R$ 46.000,00 
Ano Entradas Operacionais de Caixa
1 R$ 14.000,00 R$ 9.000,00 
2 R$ 14.000,00 R$ 9.000,00 
3 R$ 14.000,00 R$ 9.000,00 
4 R$ 14.000,00 R$ 9.000,00 
5 R$ 14.000,00 R$ 9.000,00 
Quadro 5: Aplicação do método Payback
Fonte: adaptado de Gitman (2010)
Com esses dados, pode-se realizar o cálculo do Payback para os dois projetos.
Payback do Projeto A: Pb = = 42.000,00/14.000,00 = 3, ou seja, o investimento será recu-
perado em três anos.
Payback do Projeto B: Pb = = 46.000,00/9.000,00 = 5,11, ou seja, o investimento não será 
recuperado no período de 5 anos, que é a vida útil do projeto.
Para aperfeiçoar os resultados auferidos por meio da técnica do Payback, você pode calcular o 
Payback atualizado. Assaf Neto (2009) afirma que, se descontarmos os fluxos de caixa ao valor 
presente, podemos ter valores mais confiáveis para a análise financeira. Veja o cálculo utilizando 
o exemplo do quadro 5 e uma taxa mínima de atratividade de 10%/ano:
Valor atual dos Fluxos de Caixa Projeto A = 14.000,00 / 1,1 + 14.000,00 / (1,1)2 + 14.000,00/
(1,1)3 + 14.000,00/(1,1)
4 
 + 14.000,00/(1,1)
5 = 727,27 + 11.570,25 + 10.518,41 + 
9.562,19 + 8.692,90 = R$ 53.071,01
Payback Atualizado Projeto A = R$ 42.000,00 / R$ 53.071,01 = 0,79/ano
Observe que o valor dos fluxos de caixa atualizados do Projeto A (R$ 53.071,01) ultrapassou o 
valor do investimento inicial (R$ 42.000,00) dentro do período de vida útil do projeto. Portanto, 
é um projeto aceitável.
Valor atual dos Fluxos de Caixa Projeto B = 9.000,00 / 1,1 + 9.000,00 / (1,1)2 + 9.000,00/
(1,1)3 + 9.000,00/(1,1)
4 
 + 9.000,00/(1,1)
5 = 8.181,82 + 7.438,02 + 6.761,83 + 6.147,12 
+ 5.588,29 12. = R$ 34.117,08
Payback Atualizado Projeto B = R$ 46.000,00 / R$ 34.117,08 = 1,35/ano
Observe que, nesse caso, o valor dos fluxos de caixa atualizados do Projeto B (R$ 34.117,08) 
não alcançou o valor do investimento inicial (R$ 46.000,00) dentro do período de vida útil do 
projeto. Portanto, é um projeto inviável, considerando a vida útil de 5 anos.
Assim, pelo Payback Atualizado, resultados acima de 1 demonstram um projeto inviável econo-
micamente.
20 Laureate- International Universities
Gestão financeira avançada
Nessa perspectiva de análise, você verá outro método de cálculo de viabilidade econômico-
financeira na próxima seção, que considera o valor do dinheiro no tempo, o Valor Presente 
Líquido (VPL).
O Sebrae promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável de micros e 
pequenas empresas e é uma fonte de conhecimentos teóricos e práticos na área fi-
nanceira, entre outras. Na área de finanças do Portal Sebrae, você encontrará mais 
informações para complementar seus estudos. Acesse em: http://www.sebrae.com.br/
sites/PortalSebrae/tipoconteudo/financas?codTema=3.
NÃO DEIXE DE LER...
1.3.2 Valor Presente Líquido (VPL)
Analisar alternativas de investimentos requer o conhecimento de métodos efetivos de cálculo 
do retorno da aplicação dos recursos. Em finanças, um dos métodos muito utilizados é o Valor 
Presente Líquido (VPL), que é a diferença entre o valor presente dos fluxos líquidos de caixa e o 
valor presente do investimento inicial (ASSAF NETO, 2009).
Segundo Gitman (2010, p. 342), o VPL “é considerado uma técnica sofisticada de orçamento 
de capital”, sendo que uma das vantagens de aplicação do VPL é que este considera o valor do 
dinheiro no tempo e, tal qual no cálculo do Payback Atualizado, também no cálculo do VPL é 
utilizada uma taxa mínima de atratividade.
Veja a equação do VPL representada na figura 5, em que:
FCo = investimento inicial.
Fc1, n = fluxos de caixa ao longo dos períodos de vida útil do projeto.
i = taxa mínima de atratividade.
VPL = - Fc0 + Fc1 + Fc2 ... Fcn 
(1+i)1 (1+i)2 (1+i)n
Figura 5 – Equação do Valor Presente Líquido (VPL)
Fonte: adaptado de Gitman (2010) e Ross et al. (2012)
Na equação do VPL, somam-se os valores dos fluxos de caixa gerados ao longo do tempo, des-
contados ao valor presente, e desse valor desconta-se o investimento inicial. Para a interpretação 
dos resultados, é preciso considerar os seguintes critérios de decisão:
•	 Se o VPL for maior que R$ 0,00: o projeto deve ser aceito.
•	 Se o VPL for igual a R$ 0,00: o projeto é indiferente.
•	 Se o VPL for menor que R$ 0,00: o projeto deve ser rejeitado.
21
Gitman (2010) destaca que, quando o VPL é maior que R$ 0,00, o investidor obterá retorno su-
perior ao seu custo de capital. Veja o cálculo ilustrado utilizando o exemplo adaptado de Gitman 
(2010). Considere que a Empresa Delta precisa avaliar duas alternativas de investimentos com 
os seguintes dados:
Projeto A: 
Fc0 = R$ 42.000,00
Fluxo de caixa do período de 1 a 5 = R$ 14.000,00
Taxa Mínima de Atratividade: 10%
VPL = - 42.000,00 + [14.000,00/(1,1) + 14.000,00/(1,1)2 + 14.000,00/(1,1)3 + 14.000,00/
(1,1)4 + 14.000,00/(1,1)5 ]
VPL = - 42.000,00 + 53.071,00
VPL = R$ 11.071,00
Você tem uma opção ao cálculo acima por meio da utilização da calculadora financeira. Tendo 
em vista que as teclas da calculadora financeira normalmente estão em inglês, nesse caso, em 
vez de VPL, você deve considerar a tecla NPV (Net Present Value). Na calculadora financeira, o 
lançamento é feito da seguinte forma, representada no quadro 6:
DADOS FUNÇÃO
42.000,00 CHS* g Cfo
14.000,00 g Cfj
5 g Nj
10 I
 f NPV
Resultado 11.071,01
Quadro 6: Projeto A
Fonte: elaborado pela autora (2015)
* a tecla CHS (change sinal) troca o sinal de positivo para negativo no momento do cálculo, 
preservando o sinal negativo do investimento inicial na equação do VPL.
Projeto B: 
Fc0 = R$ 46.000,00
Fluxo de caixa do período de 1 a 5 = R$ 9.000,00
Taxa Mínima de Atratividade: 10%
VPL = - 46.000,00 + [9.000,00/(1,1) + 9.000,00/(1,1)2 + 9.000,00/(1,1)3 + 9.000,00/(1,1)4 
+ 9.000,00/(1,1)5 ]
22 Laureate- International Universities
Gestão financeira avançada
VPL = - 46.000,00 + 34.117,08
VPL = - R$ 11.882,92
Observe a representação da calculadora financeira no quadro 7:DADOS FUNÇÃO
46.000,00 CHS g Cfo
9.000,00 G Cfj
5 G Nj
10 I
 F NPV
Resultado - 11.882,92
Quadro 7 – Projeto B
Fonte: elaborado pela autora (2015)
VPL PROJETO A R$ 11.071,01
VPL PROJETO B - R$ 11.882,92
Quadro 8 – Síntese dos projetos A e B
Fonte: elaborado pela autora (2015)
O VPL do Projeto A resultou em valor positivo, ou seja, VPL > 0, assim, aceita-se o projeto. Por 
outro lado, rejeita-se o Projeto B, uma vez que resultou em valor negativo, ou seja, VPL<0. 
Assaf Neto (2009) traz uma análise complementar ao uso das técnicas de orçamento de capital: 
o cálculo do Índice de Lucratividade (IL) ou Índice do Valor Presente (IVP). O autor diz que o IL é 
uma variante do VPL e é determinado pela divisão dos fluxos de caixa líquidos pelo valor presente 
do investimento inicial.
IL = Valor presente dos Fluxos de Caixas Líquidos / Valor presente do investimento inicial
Critérios de decisão:
•	 Se IL for maior que 1, o projeto deve ser aceito (VPL > 0).
•	 Se IL for igual a 1, o projeto é indiferente (VPL = 0).
•	 Se IL for menor que 1, o projeto deve ser rejeitado (VPL < 0).
A ressalva feita por Assaf Neto (2009) quanto ao uso do IL é de que, se a análise for para escolha 
de projetos mutuamente excludentes, é preciso cautela, uma vez que esse método não dimensio-
na a escala do investimento nem a distribuição dos fluxos de caixa no tempo.
23
1.3.3 Taxa Interna de Retorno (TIR)
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma técnica de orçamento de capital classificada por Gitman 
(2010, p. 344) como “sofisticada” e de cálculo muito mais difícil do que o VPL. A TIR tem duas 
características básicas: 
1. A TIR é a taxa de desconto que iguala o VPL de uma opção de investimento a R$ 0,00. 
2. A TIR é a taxa “i” na equação do VPL.
Ainda segundo Assaf Neto (2009), TIR é a taxa de desconto que iguala as entradas com as saídas 
previstas de caixa.
Observe a figura 6, que representa a equação da TIR, em que:
FCo = investimento inicial.
Fc1, n = fluxos de caixa ao longo dos períodos de vida útil do projeto.
i = TIR.
VPL = - Fc0 + Fc1 + Fc2 ... Fcn 
(1+i)1 (1+i)2 (1+i)n
Figura 6: Equação da Taxa Interna de Retorno (TIR)
Fonte: adaptado de Gitman (2010) e Ross et al. (2012)
Quanto aos critérios de decisão, temos:
•	 Se a TIR for maior que a Taxa Mínima de Atratividade, a indicação é de que o projeto 
deve ser aceito.
•	 Se a TIR for igual à Taxa Mínima de Atratividade, o projeto é indiferente.
•	 Se a TIR for menor que a Taxa Mínima de Atratividade, a indicação é de que o projeto 
deve ser rejeitado.
Segundo Gitman (2010), esses critérios asseguram ao investidor obter pelo menos o retorno exigido.
Utilize os dados dos Projetos A e B da empresa Delta para calcular a TIR. Em função da dificul-
dade de realizar o cálculo da TIR, que necessita da resolução de um polinômio de grau n ou 
uma técnica complexa de tentativa e erro, utilize o recurso da calculadora financeira. Para isso, 
utilizaremos a tecla IRR (Internal Return Rate). Observe a representação nos quadros a seguir.
24 Laureate- International Universities
Gestão financeira avançada
DADOS FUNÇÃO
42.000,00 CHS g Cfo
14.000,00 g Cfj
5 g Nj
 f IRR
Resultado 19,9%
Quadro 9: TIR do Projeto A
Fonte: elaborado pela autora (2015)
DADOS FUNÇÃO
46.000,00 CHS g Cfo
9.000,00 g Cfj
5 g Nj
 f IRR
Resultado -0,73%
Quadro 10: TIR do Projeto B
Fonte: elaborado pela autora (2015)
TIR PROJETO A 19,9%
TIR PROJETO B -0,73%
Quadro 11: Síntese dos projetos A e B
Fonte: elaborado pela autora (2015)
Quanto ao critério de decisão, o projeto A é aceitável, uma vez que a TIR > Taxa mínima de 
atratividade: 19,9% > 10%. Enquanto que o projeto B deve ser rejeitado, pois TIR < Taxa mínima 
de atratividade: -0,73% < 10%. 
Você também pode calcular o VPL e a TIR no programa Excel. Siga o tutorial disponível no link: 
<https://www.youtube.com/watch?v=zPhIe3XT7GY>. 
Depois do que estudou até aqui, você deve estar se perguntando: qual técnica pode ser 
considerada melhor? VPL ou TIR? 
Do ponto de vista teórico: Gitman (2010) fundamenta que, em base teórica, o cálculo do VPL é 
a melhor técnica de orçamento de capital, e a justificativa está no fato de que o seu uso supõe 
que qualquer entrada intermediária de caixa gerada pelo investimento é reinvestida ao custo de 
capital referenciado pelo investidor. Assaf Neto (2009, p. 336) alerta que o VPL não apura dire-
tamente a rentabilidade do projeto: “ao descontar todos os fluxos de entradas e saídas de caixa 
de um investimento por uma taxa e desconto mínima aceitável pela empresa, o VPL expressa, em 
última análise, o seu resultado (riqueza) econômico atualizado”.
25
Do ponto de vista prático, Gitman (2010) afirma que, apesar da superioridade teórica do VPL, 
os analistas de investimentos costumam optar pelo uso da TIR, em função de uma preferência em 
trabalhar com taxas de retorno e não com os retornos monetários propriamente ditos.
Ao final, salienta-se que uma avaliação de investimentos poderá ser muito mais conclusiva se 
utilizarmos uma combinação dos diferentes métodos apresentados.
John Maynard Keynes é um pensador clássico da área econômica que, entre outros 
temas, escreveu sobre investimentos. Keynes trabalhou com a ideia de que existe uma 
“taxa de desconto” que iguala o valor presente dos retornos dos ativos ao longo do 
tempo ao preço de oferta do ativo, ou seja, à aplicação inicial. O autor definiu essa 
taxa como “eficiência marginal de capital”, que hoje conhecemos como Taxa Interna 
de Retorno (TIR). Para o autor, o empresário toma a decisão de investir comparando a 
taxa de retorno esperada do investimento com o custo de oportunidade do capital (Taxa 
mínima de Atratividade). Conheça o pensamento de Keynes sobre a teoria dos investi-
mentos por meio da leitura do capítulo 11 do livro Teoria Geral do Emprego, do Juro e 
da Moeda. Uma versão traduzida pode ser encontrada em: http://www.afoiceeomar-
telo.com.br/posfsa/Autores/Keynes,%20John/Keynes%20-%20Os%20economistas.pdf.
VOCÊ O CONHECE?
26 Laureate- International Universities
Síntese
Na gestão financeira das empresas, é fundamental observar a gestão dos investimentos e, para 
tanto, você estudou neste tema:
•	 Os aspectos da administração financeira, que tem destaque na tomada de decisão da 
empresa, visando a maximizar o retorno financeiro, a liquidez e uma maior eficiência na 
captação e alocação dos recursos para investimentos. 
•	 A relação com as demais ciências, que subsidiam com informações como nível de atividade 
produtiva, taxas de juros, inflação e relatórios de resultados da produção da empresa, que 
são relevantes para a tomada de decisão empresarial. 
•	 O planejamento financeiro, por meio do qual a empresa analisa e projeta o seu 
crescimento, ajusta os resultados pretendidos e toma decisões na área de orçamento de 
capital.
•	 O processo de orçamento de capital, que apresentou os motivos para realizar os gastos de 
capital da empresa, dos quais cinco foram destacados: expansão, substituição, renovação, 
arrendamento e outras origens. O orçamento de capital permite à empresa realizar o 
levantamento das informações necessárias para proceder à análise dos investimentos. 
•	 Os fluxos de caixa operacional, que relaciona a fase de operações da empresa, fluxo de 
caixa terminal, que é apurado ao final de sua vida útil. Ambos complementam os dados 
necessários à aplicação das técnicas de análise de investimentos.
•	 Técnicas de análise de investimentos: Payback, mediante o qual calculamos o tempo 
necessário para o valor do investimento ser recuperado; o Valor Presente Líquido (VPL), 
por meio do qual calculamos se os fluxos líquidos de caixa trazidos ao valor presente 
compensam o investimento inicial;e a Taxa Interna de Retorno (TIR), por meio da qual 
temos a dimensão do retorno do investimento. Mediante a aplicação dessas técnicas, o 
empresário pode tomar decisões melhores relacionadas a gastos de capital.
Síntese
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Referências
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Bibliográficas

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