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DPOC E REABILITAÇÃO PULMONAR

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RESUMO
O objetivo deste estudo é abordar a reabilitação pulmonar e a doença obstrutiva crônica, sinais e sintomas, fisiopatologia, epidemiologia, diagnósticos e tratamentos da DPOC.3	
DPOC é uma doença que acomete os pulmões, causando uma dificuldade respiratória. É causada 85% pelo tabagismo.2
A DPOC tem dois componentes o enfisema pulmonar – destruição dos alvéolos e a bronquite crônica – inflamação dos brônquios.2
Palavras-chave: DPOC. REABILATAÇÃO PULMONAR. TABAGISMO
ABSTRACT
The objective of this study is to address pulmonary rehabilitation and chronic obstructive disease, signs and symptoms, pathophysiology, epidemiology, diagnoses and treatments of COPD.3
COPD is a disease that affects the lungs, causing respiratory distress. It is caused 85% by smoking.2
COPD has two components: pulmonary emphysema - destruction of the alveoli and chronic bronchitis - inflammation of the bronchi.2
Keywords: COPD. PULMONARY REPLACEMENT. TOBAGO
INTRODUÇÃO
DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é uma enfermidade respiratória que se caracterizada pela presença de obstrução crônica ao fluxo aéreo, não sendo totalmente reversível está associada a uma resposta inflamatória do pulmão.1,2,3
Os pacientes com DPOC podem apresentar hiperinflação pulmonar que enfraquece os músculos respiratórios e recrutam os músculos acessórios da inspiração, causando desvantagem na mecânica respiratória e disfunção muscular esquelética, e levando à perda de massa muscular, dispneia, ruídos adventícios reduzidos e perda de peso.1,2,3
Pessoas com DPOC se tornam sintomáticas durante a meia idade, função pulmonar normalmente declina com a idade, redução da capacidade vital e volume expiratório. É causa importante de morbidade e mortalidade. Pode incluir doenças que causam oobstrução do fluxo aéreo (ex. enfisema e bronquite crônica).1,2,3
 Enfisema Pulmonar é caracterizado pela inflamação e destruição dos alvéolos, além de alteração no funcionamento dos alvéolos restantes deixando o pulmão cheio de buracos que retém o ar. Notamos uma hiperinsuflação mantida dos pulmões devido ao ar que nunca sai por completo.1,2,3
Figura 1 – Enfisema Pulmonar
Fonte: http://www.fisioterapiaparatodos.com/p/enfisema-pulmonar/enfisema-pulmonar-2/
Bronquite Crônica lesão pulmonar se localiza nos brônquios e bronquíolos tornando os cronicamente inflamados, espessos e com constante produção de muco.1,2,3
O paciente com bronquite crônica apresenta sintomas como: falta de ar, cansaço, tosse crônica com expectoração.1,2,3
Figura 2 – Brônquio normal x Bronquite Crônica
Fonte: https://solucaoperfeita.com/magnesio/bronquite-cronica/
Fatores de risco DPOC - cigarro, fumaça e sustâncias químicas. Cerca de 85% dos casos são causados pelo tabagismo. Deficiência da proteína alfa – antitripsina (produzida no fígado e secretada na circulação sanguínea para ajudar a proteger os pulmões) causada por fatores genéticos.1,2,3
Exposição passiva à fumaça do cigarro, histórico de tuberculose, asma crônica, exposição à fumaça de carros, chaminés, uso frequente de fogo para cozinhar sem a ventilação adequada, recorrência de infecções nas vias aéreas inferiores quando criança.1,2,3
DPOC no Brasil ocupa a 5° posição entre as principais causas de morte e a 5° causa de internação pelo SUS.1,2,3
DPOC grave internados na UTI mortalidade de 15-25%, chegando a 30% em pacientes acima de 65 anos.1,2,3
FISIOPATOLOGIA DA DPOC
É uma doença inflamatória crônica das vias aéreas com aumento das células inflamatórias, resposta inflamatória anormal.1
Aumento nas dimensões dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais com perda das paredes alveolares e recuo elástico dos pulmões, enfisema. Secreção excessiva de muco nas vias aéreas, bronquite crônica.1
Figura 3 – Fisiopatologia da DPOC
Fonte: http://www.luzimarteixeira.com.br/fisiopatologia-da-dpoc/
EPIDEMIOLOGIA DA DPOC
Em 2003 foi realizado um estudo de prevalência de DPOC na cidade de São Paulo, foi baseado em uma randomização de áreas e casas, incluindo pessoas acima de 40 anos e aplicação de questionário de sintomas e realização de espirometria pré e pós-broncodilador no domicilio.2
 A prevalência da DPOC segundo a espirometria, foi de 15,8% na população com idade igual ou superior a 40 anos o que representa uma população entre 5.000.000 e 6.900.000 indivíduos com DPOC no Brasil.2
SINAIS E SINTOMAS
Dispneia progressiva
Limitação progressiva aos exercícios 
Alterações no estado mental
Diminuição do débito cardíaco
Diminuição da massa muscular e perda de peso (eventualmente) 
Lábios ou unhas azuladas (cianose)
O muco pode ser claro, branco, amarelo ou esverdeado
Hipersecreção de muco
Disfunção ciliar
Limitação de fluxo de ar
Hiperinsuflação pulmonar 
Principais da DPOC: dispneia, tosse crônica, produção de muco.1
 
Figura 4 – Indicadores fundamentais para a consideração de um diagnóstico de DPOC Fonte: http://www.luzimarteixeira.com.br/diagnostico-da-dpoc/
EXAMES DIAGNÓSTICOS DA DPOC
Gasometria arterial
Contagem de hemoglobina e eritrócitos 
Radiografia de tórax 
Espirometria
Teste de caminhada de 6 minutos1
TRATAMENTO DPOC
Estabelecer o diagnóstico de DPOC
Otimizar a função do pulmonar
Orientar o paciente a parar de fumar
Broncodilatadores
Corticoides
Reabilitação pulmonar (atendimento multidisciplinar)
Oxigenioterapia
Suporte ventilatório mecânico 
Aerossol
Vacinação1
No tratamento da exacerbação aguda DPOC deve fazer com que os pacientes voltem a sua condição inicial o mais rápido possível, sem risco de mortalidade.1,2
Um dos maiores desafios médico quando ele atende um paciente com obstrução do fluxo aéreo é diferenciar a DPOC da asma. Uma vez estabelecido o diagnóstico da DPOC o médico deve estabelecer se o paciente possui uma causa incomum para essa DPOC, como a deficiência de alfa-antitripsina ou outras causas. 1,2
As terapias adicionais para os indivíduos apresentando o estágio final da DPOC incluem o transplante de pulmão e a cirurgiã de redução do volume pulmonar, na qual pequenas porções do pulmão enfisematoso são removidas para reduzir a hiperinsuflação e melhorar a mecânica pulmonar do tecido remanescente.1,2
OTIMIZAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR
7.1- DPOC ESTÁVEL
A terapia broncodilatadora é recomenda para pacientes com DPOC estável pois embora a obstrução do fluxo aéreo do enfisema seja irreversível, a maioria dos pacientes (dois terços) apresenta uma melhora da obstrução do fluxo aéreo após o tratamento.1 
Anticolinérgicos e simpaticomiméticos também podem melhorar o fluxo aéreo em pacientes com DPOC.1
Outras opções de tratamento para otimizar a função pulmonar incluem a administração de corticosteroides e metilxantinas. Os corticosteroides sistêmicos podem apresentar uma melhora significativa no fluxo aéreo (6% a 29%) dos pacientes com DPOC estável.1
O tratamento com metilxantina oferece uma pequena broncodilatação adicional em pacientes utilizando broncodilatadores inaláveis.1
7.2- EXARCEBAÇÕES AGUDAS 
Elementos importantes no tratamento da exacerbação aguda da DPOC causada por uma bronquite purulenta incluem a suplementação de oxigênio para manter a saturação arterial maior que 90%, broncodilatadores inaláveis, antibióticos orais e corticosteroides sistêmicos.1,4
 	Para pacientes com hipercapnia e acidemia respiratória aguda, o médico também deve determinar se deve instituir a assistência ventilatória.1,3
	Enquanto a intubação e a ventilação mecânica tem sido as abordagens preferidas, os estudos mais recentes sugerem que a ventilação não invasiva com pressão positiva pode ser uma alternativa atraente para determinados pacientes com exacerbações agudas da DPOC.1,3
MAXIMIZAÇÃO DO ESTADO FUNCIONAL
Nos pacientes sintomáticos com DPOC estável, a maximização de sua capacidade de realizar as atividades diárias é uma prioridade.1,3
Tratamentos medicamentosos para maximizar o estado funcional incluem a administração de broncodilatadores para melhorar o máximopossível a função pulmonar é considerar o tratamento com metilxantina, baseando no fato de que essas drogas podem diminuir a dispneia e aumentar o estado funcional mesmo na ausência de aumento do fluxo aéreo.1,3
A reabilitação pulmonar global é uma estratégica adicional importante para a melhoria do estado funcional.1,3
PREVENÇÃO DA PROGRESSÃO DA DPOC E AUMENTO DA SOBREVIDA 
A interrupção do tabagismo é um fator muito importante, uma vez que o tabagismo é reconhecido como o principal fator de risco para a aceleração da obstrução do fluxo aéreo nos 15% dos tabagistas que são “sensíveis”.1
Entre os tratamentos disponíveis da DPOC somente a suplementação de oxigênio demostrou prolongar a sobrevida.1
Estratégias preventivas como as vacinas anuais contra a influenza e antipneumocócica são recomendadas para todos os pacientes com patologias debilitantes como a DPOC.1
 
REABILITAÇÃO PULMONAR
Quanto mais sobrevivem pessoas a doenças agudas, mais aumenta o número de indivíduos com doenças crônicas, doenças tais que estão associadas com um amplo número de incapacidades fisiológicas, psicológicas e sociais.1,4
Um grupo importante é aqueles com doenças cardiopulmonares crônicas. Os pacientes portadores dessa doença sofrem com limitações fisiológicas, que podem resultar em uma qualidade de vida insatisfatória.1,4
É um programa multidisciplinar individualizado que tem como objetivo estabilizar e reverter fisiopatologia quanto psicopatologia, para que assim o paciente recupere a maior capacidade funcional possível e melhore sua condição de vida.1,4
Ela visa controlar e aliviar complicações e sintomas do comprometimento respiratório e tende a ensinar os pacientes como atingir a capacidade máxima para realizar suas atividades diárias.1,4
O PRP - Programa de Reabilitação Pulmonar os principais benefícios do PRP é melhoria da deambulação e outras atividades físicas, controle das infecções, melhora da condição ventilatória e cardíaca, reduz custos médicos globais, reduz hospitalizações e consequentemente dias acamados, e melhora da qualidade de vida.1,4
Para introduzir o paciente de DPOC ao PRP é necessária uma confirmação diagnóstica, a ausência de qualquer doença debilitante que não permita a participação do paciente no programa, o paciente deve apresentar estabilidade clínica, é necessário cessar o tabagismo.1,4
O que já se conhece é que o PRP não muda a eficiência de trocas gasosas, não muda o peso corporal, não altera parâmetros da espirometria nem muda relação de gases artérias no repouso, sabe se também que exercícios de ventilação em pacientes portadores de DPOC são ineficazes por conter um consumo de oxigênio para uma determina quantidade de ventilação excessiva.1,4 
Já se tem evidências de que os pacientes com maior probabilidade de serem beneficiados com esse programa são os portadores de DPOC, outras indicações importantes são os pacientes com asma brônquica e bronquite associada, pacientes que apresentam efeitos obstrutivos e restritivos ventilatórios, pacientem que possuem problemas crônicos de limpeza mucociliar, e pacientes que mostram limitações ao exercício em razão de dispneia severa.1,4
 É importante também ressaltar que o programa apresenta algumas contraindicações em relação a paciente, como a instabilidade cardíaca, neoplasmas malignas que envolvem o sistema respiratório, pacientes portadores de artrite ou anormalidades neuromusculares severas.1,4
Exercícios reeducação de técnicas respiratórias que pode ser por respiração diafragmática que envolve o treinamento do paciente para o uso de seu diafragma enquanto se relaxam os músculos acessórios.1,4
Essa técnica proporciona o aumento de volume de ar corrente, diminuição da capacidade residual funcional e aumento da captação máxima de 02 pelo paciente ou também por respiração com lábios franzidos.1,4
Que visa ajudar o paciente a prevenir o aprisionamento de ar devido ao colabamento das pequenas vias aéreas durante a expiração, assim promove o maior intercâmbio gasoso nos alvéolos. Ensina-se o padrão de respiração nasal/oral.1,4
Treinamento dos músculos inspiratórios que tem como objetivo melhorar a força e resistência dos músculos inspiratórios, assim diminui os sintomas de dispneia e fadiga e melhora a capacidade física para o exercício.3,1
A respiração é feita através de um aparelho mecânico onde se controlar a resistência inspiratória medida em porcentagem.1,4
Condicionamento físico que pode ser com exercícios de membros superiores (exercícios aeróbicos) que geralmente utiliza-se treinamento com exercícios suportados e não suportados onde podemos usar bastões ou por exercícios de membros inferiores (exercícios aeróbicos) que podem ser feitos através de caminhada, bicicletas e esteiras ergométricas.1,4
METODOLOGIA
O estudo foi realizado a partir de diversas pesquisas sobre DPOC e reabilitação pulmonar, em artigos científicos, internet e no livro de fisioterapia respiratória.
CONCLUSÃO
A DPOC é uma doença pulmonar grave, causada principalmente por uma exposição constante e prolongada ao tabagismo. 
De início pulmonar o processo inflamatório atua na musculatura esquelética, hipertrofiando a fibra e causando intolerância ao exercício físico. Podem ocorrer ainda doenças associadas com a bronquite crônica e enfisema pulmonar.
Cessar o tabagismo é o melhor caminho na busca pela melhoria da qualidade de vida do doente porque diminuindo a incapacidade física, a hipoxemia, e revertendo a intolerância ao exercício, reintegra o indivíduo na sociedade e na sua vida independente.
Reabilitação pulmonar é um programa multidisciplinar individualizado que tem como objetivo estabilizar e reverter fisiopatologia quanto psicopatologia, para que assim o paciente recupere a maior capacidade funcional possível e melhore sua condição de vida. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Scanlan, C L. Wilkins, R L. Stoller, J K. (2000) Fundamentos da terapia respiratória de Egan (7ª edição) Manoele Editora.
Nascimento, Oliver: DPOC. BRASIL: Portal Novartis; 2012-2013. Disponível em: https://portal.novartis.com.br/o-que-e-dpoc.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Doenças respiratórias crônicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
Jardim José. Pneumoatual: Reabilitação pulmonar. Outubro 2014. Disponível em: http://www2.unifesp.br/dmed/pneumo/Dowload/Reabilitacao%20PulmonarPnAtual.pdf.

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