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Exemplo de relatório psicossocial

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RELATÓRIO PSICOSSOCIAL
Relatório de acompanhamento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida
IDENTIFICAÇÃO DO ADOLESCENTE: 
Nome: Francisco Edney Gaspar
Data de nascimento: 03/01/2000
Responsável: Eliza Gaspar (mãe)
DESCRIÇÃO DA DEMANDA:
O pai do adolescente é desconhecido, sendo a mãe, Eliza Gaspar, sua única responsável. A família é composta, ainda, por três irmãos. A renda familiar provém do trabalho da mãe como diarista. Apesar de Francisco Edney ter abandonado a escola para trabalhar de pedreiro com o tio, os irmãos frequentam a escola. Por causa do afastamento do jovem da escola, a família perdeu parte do benefício Bolsa Família. A medida socioeducativa de liberdade assistida foi motivada por ato infracional (porte de arma). Conforme relata a mãe, a comunidade onde moram é bastante perigosa e episódios de violência são constantes.
PROCEDIMENTO:
Foram realizados atendimentos, como visitas domiciliares, acompanhamento individualizado e grupal no CREAS e visita à antiga escola do adolescente, nos dias 02, 05, 07 e 08 de junho de 2015.
ANÁLISE:
No primeiro atendimento, o adolescente e sua genitora compareceram ao CREAS. Edney relatou que voltará à escola no semestre seguinte, expressou arrependimento pelo ato infracional e alegou que teria comprado a arma para proteger-se de “inimigos”. A mãe foi mais responsiva ao longo da entrevista e declarou que o filho não faz uso de entorpecentes nem costuma se envolver em confusões.
O segundo atendimento foi uma visita domiciliar por volta das dez e meia da manhã, horário em que o adolescente encontrava-se dormindo e os irmãos estavam na escola. Observou-se que a casa aparenta organização e a convivência familiar aparenta ser harmoniosa. Na ocasião, Edney foi convocado a participar de um grupo de jovens ofertado pelo CREAS, além de comparecer ao acompanhamento individualizado.
No terceiro atendimento, o jovem relatou fazer uso de maconha e de uma mistura de bebida alcóolica com psicotrópicos na companhia de colegas. Afirmou ter controle sobre o uso e esclareceu que paga as substâncias com o dinheiro ganho no trabalho como ajudante de pedreiro. Contou que acha mais útil, para sua vida, o trabalho do que a escola, mas comprometeu-se a retomar os estudos no semestre seguinte. Apesar de parecer calmo e colaborativo, demonstrou pouco interesse em participar das atividades propostas pela equipe psicossocial.
No acompanhamento seguinte foi realizada uma visita à antiga escola de Edney. A diretora da escola de ensino fundamental e médio Fernando Altino, Rita Maria Barbosa, descreveu o adolescente como “problemático, arruaceiro e desinteressado nos estudos”, que evadiu-se da escola mais de uma vez. Contudo, lembrou que Edney tinha uma relação de confiança com o professor de matemática, além de obter boas notas na disciplina.
O jovem não compareceu aos dois encontros subsequentes, ao que a mãe justificou que Edney estava trabalhando devido à complicações na situação financeira da família. Um dos irmãos estava internado com pneumonia e a mãe se encontrava impedida de trabalhar. Conforme relatado por Eliza, o trabalho do adolescente não só garantia a renda da família, mas também o mantinha longe das “más companhias”. 
CONCLUSÃO: 
A Liberdade Assistida é uma medida socioeducativa prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Conforme o Art. 118, a medida é adotada sempre que se configurar como medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente. O Art. 119 incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade competente, a realização dos seguintes encargos: promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e inserindo-os em programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social; supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula; diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho. Entendo que, por hora, o objetivo da medida socioeducativa de liberdade assistida ainda não foi efetivado, mas que pode beneficiar-se de outras medidas socioeducativas como as dispostas no Art. 101, das medidas específicas de proteção à criança e ao adolescente: matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente; e inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e do adolescente.
cidade, 05 de junho de 2018
__________________________________
 autor
 CRP: 00/XXXXX

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