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Litisconsórcio: Pluralidade de Partes no Processo

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Litisconsórcio
Somente a lei pode autorizar a formação do litisconsórcio.
Litisconsórcio é o vínculo que, nos casos previstos em lei, prende vários autores ou réus num só processo, pela comunhão de interesses, para discutirem uma só relação jurídica material. É a pluralidade de partes num mesmo processo. 
Litisconsórcio, e ocorre quando duas ou mais pessoas litigam, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente (NCPC, art. 113, caput). Trata-se de cumulação subjetiva (de partes) no processo. 
Se forem autoras, o litisconsórcio será ativo; se forem rés, o litisconsórcio será passivo; se ambas, ocorrerá litisconsórcio bilateral ou misto.
Mas o litisconsórcio não se restringe à principal relação jurídica processual. Pode haver litisconsórcio em incidentes processuais; pode haver litisconsórcio em um recurso. Por isso, é melhor dizer que o litisconsórcio é uma pluralidade de sujeitos em um polo de uma relação jurídica processual.
Princípios que regem o litisconsórcio
Princípio da economia processual: Consiste na economia de recursos financeiros, custas, além da redução do número de processos. Possibilita, numa mesma relação processual, que o Poder judiciário resolva a situação de vários sujeitos, com uma mesma prestação jurisdicional.
Princípio da autonomia dos litisconsortes (NCPC, Art. 117)
Tal princípio é tratado no NCPC, em seu Art. 117. Mas tal disciplina aplica-se, por disposição legal, apenas ao litisconsórcio simples, e não ao unitário. 
Assim, os litisconsortes serão considerados em suas relações como litigantes distintos, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. Exemplo prático: se no litisconsórcio simples, um contestar e outro não, a revelia só ocorre ao que não contestou, não prejudicando o outro. 
Mas tal regra não é absoluta, há exceção no litisconsórcio unitário, uma vez que a decisão deverá ser uniforme para os litisconsortes, razão pela qual não haverá como fazer com que a atuação de cada um se dê de forma autônoma da atuação dos demais. Não há como conferir autonomia as respectivas condutas processuais.
Neste sentido, "como regra, os atos ou omissões de um litisconsorte não prejudicam o outro. No caso de litisconsórcio unitário, para tanto, faz-se indispensável sua anuência. 
Contagem de prazos processuais na hipótese de litisconsórcio: art. 229, CPC.
Classificação do litisconsórcio
Quanto à posição: 
Ativo, passivo ou misto 
Litisconsórcio ativo é aquele que possui vários autores, e passivo aquele que contém vários réus. O litisconsórcio será misto quando possuir, ao mesmo tempo, vários autores e réus.
Quanto ao momento da formação: 
Quanto ao momento da formação:
Litisconsórcio inicial e ulterior (intercorrente ou incidental)
Ocorre litisconsórcio inicial quando ele é formado logo na propositura da ação. Em regra, o litisconsórcio se forma por vontade do autor, quando propõe a ação, sendo ele quem decide quem serão as partes no processo, ao elaborar a petição inicial.
Ocorre litisconsórcio ulterior (intercorrente ou incidental) quanto o litisconsórcio se forma no curso da ação, ou seja, após a sua propositura, podendo ser facultativo ou necessário. De três maneiras pode surgir o litisconsórcio ulterior: 
a) em razão de uma intervenção de terceiro (chamamento ao processo e denunciação da lide, por exemplo); 
b) pela sucessão processual (o ingresso dos herdeiros no lugar da parte falecida, NCPC, art. 110); 
c) pela conexão ou continência (arts. 55 a 58 do CPC), se impuserem a reunião das causas para processamento simultâneo".
d) por determinação do juiz, nas hipóteses de litisconsórcio passivo necessário (simples ou unitário), não indicado na inicial".
Uma situação curiosa é a do litisconsórcio necessário ulterior. Se isso ocorrer no polo passivo, a solução parece simples: basta o juiz mandar citar os demais litisconsortes. 
Mas no polo ativo, apenas não haverá problema se todos os litisconsortes estiverem de acordo, e ajuizarem juntos a demanda. O problema é se um deles se recusar, daí o juiz, antes de citar os réus, deve citar o litisconsorte faltante, que tem duas opções: “citado, o litisconsorte necessário poderá escolher entre figurar no polo ativo, partilhando dos interesses dos demais litisconsortes; ou no polo passivo, quando não estiver de acordo com o postulado por eles. Nesta hipótese, havendo litisconsórcio necessário, a exigência de participação estaria satisfeita, tanto se o litisconsorte estiver num polo quanto noutro.
Salienta-se que “o litisconsórcio incidental ou ulterior ocorre quando o litisconsorte não é indicado na petição inicial, e poderá se formar das seguintes maneiras: a) em razão de uma intervenção de terceiro, como ocorre no chamamento ao processo (...) e na denunciação da lide (...); b) pela sucessão processual, quando os herdeiros ingressam no feito sucedendo a parte falecida (...); c) pela conexão (...), se determinar a reunião das demandas para processamento conjunto; 
Quanto à obrigatoriedade da formação
Facultativo:
Ocorre quando existe opção entre formá-lo ou não. Pode ser simples (sem exigência de resultado igual para todos) ou unitário (sentença igual para todos, a exemplo de ação movida por condôminos, na forma do Código Civil, art. 1314). O mais comum é que o litisconsórcio facultativo seja também simples, sendo necessário que exista uma conexão (ou conexidade) entre as pretensões, tais como dispostas no NCPC, art. 113.
Necessário:
Art. 114: pq a lei obriga
Art. 114: legislação impõe
Art. 190: por força do negócio processual
Trata-se da obrigatoriedade da formação do litisconsórcio, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo (NCPC, art. 114).
Sobre o litisconsórcio necessário, importante evidenciar que a "obrigatoriedade da formação do litisconsórcio pode ser dada pela lei ou pela relação jurídica. São exemplos de litisconsórcio necessário por disposição de lei: a) CPC 246, §3º, manda citar os confinantes na ação de usucapião de imóvel; b) LAP 6º, que manda citar o funcionário que autorizou a prática do ato impugnado, bem como a pessoa jurídica de direito público ou privado a que ele pertence; c) CPC 73 §1º, que manda citar ambos os cônjuges em ação na qual se discutam fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou atos praticados por eles (v.g., fiança - CC 1647 III). São exemplos de litisconsórcio necessário por força da relação jurídica: a) todos os partícipes de um contrato, para a ação anulatória do mesmo contrato, porque a sentença que decidir a lide não poderá anular o contrato para um dos contratantes e declará-lo válido para os demais que eventualmente não estivessem no processo como partes. Não sendo obrigatória a formação do litisconsórcio, este se caracteriza como facultativo, cujos casos mais comuns são enumerados no CPC 113".
Quanto ao regime de tratamento
Unitário – art 116
Ocorre quando a sentença deva ser idêntica a todos os que estejam no mesmo polo do processo, ou seja, quando a solução do litígio deva ser igual para todos. Ressalta-se que "o litisconsórcio unitário é a unidade da pluralidade: vários são considerados um.
De acordo com o NCPC, Art. 116, o litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
No litisconsórcio unitário, a sentença tem que ser igual para todos. Em síntese: no regime do litisconsórcio unitário, se o ato é benéfico, favorece a todos; e se é prejudicial, só será eficaz se praticado por todos.
**********Vale a pena destacar que “o litisconsórcio unitário, em regra, é também necessário. Afinal, se a relação única e incindível tem vários titulares, todos serão afetados caso ela seja atingida. Por isso, é preciso que todos participem do processo. Excepcionalmente, porém, o litisconsórcio unitário poderá ser facultativo,se a relação jurídica uma e incindível, apesar de ter vários titulares, puder ser postulada ou defendida em juízo por apenas um. Como há a possibilidade de que só um afore a demanda, se mais de um o fizer o litisconsórcio será facultativo e unitário. Mas, se a relação é de todos, ela só poderá ser defendida por apenas um no campo da legitimação extraordinária concorrente, pois somente aí se permite que alguém vá a juízo defender algo que não é só dele, mas de outros. É o que ocorre, por exemplo, no condomínio” (Código Civil, art. 1314).
Simples
Cada um dos litisconsortes é tratado como parte autônoma. A decisão final do processo pode ser diferente para cada um dos litisconsortes.
É quando a sentença não é idêntica para todos os litisconsortes, quando o juiz não está obrigado a proferir sentença uniforme para todos.
O litisconsórcio simples poderá ser necessário, quando a lei determina a sua formação, ou facultativo, nas hipóteses prevista no NCPC, art. 113.
	
a) necessário-simples: a formação do litisconsórcio é obrigatória, mas a decisão não será uniforme par todos os litisconsortes. Nas ações de divisão e demarcação, assim como na ação de usucapião, o litisconsórcio é necessário (a lei exige a participação de todos os confrontantes), mas as pretensões de cada um dos demandantes podem ser decididas de forma diferente.
b) necessário-unitário: a formação do litisconsórcio é obrigatória e a decisão será uniforme para todos os demandantes. Na ação de anulação de casamento proposta pelo Ministério Público (Código Civil, art. 1549), marido e mulher devem ser citados (litisconsórcio necessário) e o casamento, caso o pedido seja julgado procedente, será nulo para ambos os cônjuges.
c) facultativo-simples: a formação do litisconsórcio fica a critério do autor e a decisão não é uniforme par todos os litisconsortes (hipóteses do NCPC, Art. 113);
d) facultativo-unitário: a formação do litisconsórcio não é obrigatória, mas a decisão será uniforme para todos os litisconsortes. Na ação proposta por mais de um condômino para reivindicar o bem comum (litisconsórcio facultativo), a decisão terá que ser uniforme para todos os condôminos (litisconsórcio unitário). O mesmo ocorre em ação proposta por acionistas que visam anular a assembleia geral de uma sociedade anônima, cuja solução necessariamente terá que ser uniforme para as partes e nas ações coletivas propostas em litisconsórcio por mais de um legitimado.
Multitudinário
Verifica-se a existência de litisconsórcio multitudinário quando existe uma quantidade muito grande de autores ou réus num mesmo processo
E para que sejam evitadas lides com número excessivo de participantes, o que na prática dificulta o andamento do processo, e para evitar que com isso tal ação seja interminável (imagine-se uma ação com 200 réus), o legislador faculta ao juiz a limitação do litisconsórcio, nos termos do NCPC, Art. 113, §1º.
Desta forma, o juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
De acordo com o que estabelece a CF, em seu art. 5º, LXXVIII, “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação
Tal limitação de partes “faz-se por meio do desmembramento do processo em tantos quantos forem necessários para que permaneça apenas um número razoável de participantes em cada qual. 
Todos os processos que, em decorrência do desmembramento, se formarem correrão perante o mesmo juízo ao qual foi distribuído o processo originário. 
O desmembramento pode ser feito de ofício pelo juiz. Se isto não ocorrer, as partes podem requerer. O(s) réu(s) pode fazê-lo no prazo de resposta, sendo que o pedido de desmembramento interrompe o prazo para defesa, que só começará a correr quando as partes forem intimadas da decisão do juiz.

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