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Técnicas Cirúrgicas Sistema Reprodutor Masculino e Feminino

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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Métodos de controle populacional não cirúrgicos 
Progestágenos utilizados nas fêmeas (hormônios) possuem uma serie de efeitos colaterais – principalmente os uterinos. 
Os agentes esclerosantes utilizados principalmente nos machos fazem uma cauterização química das vias espermáticas. 
Métodos de controle populacional cirúrgicos (esterilização precoce)
Idade ideal pra castração é a partir de 4-5 meses na fêmea é importante realizar antes do primeiro cio para baixar a incidência de tumores de mama. 
Ovariossalpingohisterectomia (OSH) é a retirada das estruturas entre o ovário e próximo a cervix.
Ovariectomia/Ooforectomia é a retirada somente do ovário, indicada em situações de problemas na anestesia em que a retirada total das estruturas não foi realizada, a permanência do útero é uma porta aberta para infecções no pós-operatório.
Histerectomia é a retirada do útero em situações como: piometra, neoplasia. 
A cirurgia de castração realizada a partir de uma seriotomia muito pequena não é indicada, pois as estruturas delgadas da cavidade podem se confundir devido à visualização reduzida pelo pouco espaço.
Indicações: espaços pequenos entre os cios, dermatopatias hormonais, cesáreas como histerotomia (abertura e fechamento do útero), fetos mumificados (não tem contaminação, apenas os macerados).
O animal sucumbe rápido a piometra fechada.
Histerocele gravídica – o animal pode ser gestado na região inguinal se o ligamento redondo (que tem a inserção na região inguinal) for curto. Deve ser monitorado perto da hora do parto para a realização da cesárea, pois os fetos não vão conseguir realizar a descida por essa região durante o trabalho do parto – estado que deve ser evitado, pois os fetos e a mãe vão entrar em sofrimento.
Fetos macerados têm maior tamanho devido ao gás, são esverdeados e têm o cheiro fétido; já os fetos mumificados ressecam e diminuem de tamanho. 
Ligadura em 8 ou por transfixação 
Deve-se inibir hemorragia de um vaso no sentido do seu fluxo. Fazer ligadura ao redor do vaso > nó duplo > nó simples. Fios com memória alta não são indicados, mas se for necessário sua utilização deve-se atar mais um nó. A passagem do sangue é interrompida teoricamente – capilares e vasos de alto calibre e presença de muita gordura na região do vaso exigem uma ligadura de segurança. Uma ligadura de segurança deve ser feita distalmente (após a ligadura). Transfixação: Perfurar o vaso com a agulha e o fio > cruzar o fio ou atar o nó de um lado > dar volta ao redor do vaso com os dois cabos do fio > atar o nó definitivamente do outro lado. O sangue não passa, pois a atadura foi feita dos dois lados e não tem como “escorregar” – se a ligadura ficou frouxa, essa transfixação segura o fluxo sanguíneo que escapar. 
A proximidade da veia renal esquerda e da veia testicular/ovariana esquerda é arriscada na utilização do “ganchinho”.
O ligamento suspensório vai até o ovário, passa próximo ao rim e fica na 12ª costela, em alguns animais ele pode ser rompido sem a utilização de instrumentais (através de esgarçamento). Seguindo um ângulo de aproximadamente 90º está o Complexo Arteriovenoso Ovariano (nutrição e drenagem do ovário) que pode ser ligado diretamente – o que permanece no animal é a mais proximal, ao redor; e mais distalmente é a ligadura de segurança. O que sai pode ser uma ligadura ao redor (desperdício de fio) ou fica numa pinça e sai do animal.
Entre a ligadura por transfixação e o que sai (ligadura ou pinça) se faz a incisão. A ligadura por transfixação nesse caso se faz ao redor das estruturas, envolvendo o ligamento mesovario e podendo envolver ou não o ligamento suspensório. A colocação da pinça mais distal ao ovário pode ser realizada em procedimentos de ooforectomia. 
Imediatamente anterior a cervix. Artéria e veia uterinas correm paralelas e juntas ao útero – ligadura individual é importante. A transfixação no corpo do útero inclui até a mucosa ao redor e; somente quando não houver contaminação – caso em que também se faz a Parker-Kerr. Quando houver contaminação deve-se utilizar somente a Parker-Kerr – mantém as pinças e são feitas duas suturas que são seromusculares e não ganham a luz do órgão; utilizada também como uma forma de vedação. 
A omentalização impede a aderência dos órgãos ao se fazer apenas um ponto no local de sutura. Sempre fazer ligadura de transfixação em cada ponto de trabalho que a artéria e veia uterinas abrangem. 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Abscessos prostáticos podem causar as hérnias perianais – correção da hérnia e orquiectomia para redução dos níveis hormonais, auxiliando também no tratamento de neoplasias na região. Na base do osso peniano são concentrados os cristais relacionados com a formação de cálculos urinários. 
Indicações: distúrbios hormonais; abscessos e hiperplasia prostática benigna; neoplasia prostática; hipoplasia testicular; traumas (orquites e epididimites comuns em grandes animais); prolapso de uretra consequente de estimulo hormonal que leva ao comportamento de monta – leva a irregularidades na uretra e alterações no fluxo de urina que predispõe à retenção de urina e formação de cristais e cálculos urinários; anorquidismo; monorquidismo; criptorquidismo (mono ou bilateral, inguinal ou abdominal – termorregulação ineficaz); hemangiossarcoma testiculares; comportamentos como agressividade, marcação de território; hérnia perianal por hiperplasia prostática.
Planos anatômicos
Pele
Túnica dartos
Fáscia espermática
Túnica vaginal parietal e visceral
O primeiro plano anatômico incisado é a pele, e o rafiado (suturado) é a túnica vaginal visceral, que engloba tudo o que vai ser trabalhado na orquiectomia e vasectomia. O peritôneo se reflete na bolsa escrotal e se contém inserido na túnica vaginal. 
O cordão espermático (conteúdo da túnica vaginal parietal) é constituído por: fáscia espermática, túnica vaginal visceral, músculo cremáster, ducto deferente (onde se realiza a vasectomia), artéria testicular, plexo pampiliforme (resfria o sangue da artéria testicular) e nervo testicular. 
Técnicas de orquiectomia 
TCCC (Testículo coberto, Cordão Espermático coberto pela Túnica Vaginal) – ao ligar o cordão espermático, toda a túnica vaginal vai envolver cordão e testículo sem estar incisada. O cordão é ligado sem acesso direto às suas estruturas e as estruturas do testículo. Visualização parcial das estruturas; em animais jovens a túnica vaginal é transparente, o que facilita a visualização. 
TDCC – incisão na túnica vaginal, o testículo é visualizado diretamente e as estruturas do cordão. A túnica nem sempre é tão transparente para a visualização total de suas estruturas. A transfixação do cordão pra efetuar a ligadura é feita englobando a túnica vaginal na altura do cordão – que vai permanecer coberto. 
TCCD – incisão na túnica vaginal e ligadura do cordão espermático sem túnica vaginal, diretamente nas estruturas do cordão. 
TDCD – todas as estruturas expostas através da túnica vaginal e visualizadas diretamente. No momento da ligadura do cordão tudo está descoberto. Cavidade peritoneal em contaminação com o meio externo (forma de risco ascendente) e hérnia entero escrotal – alças intestinais na bolsa escrotal (forma de risco descendente). Fecha-se parcialmente se quiser preservar as estruturas, e totalmente se a orquiectomia for realizada. 
Vias de acesso da orquiectomia
Pré escrotal – inguinal
Escrotal – incisão bilateral ou na rafe
Perineal – maior risco de contaminação. Necessita da realização da bolsa de tabaco, que deve ser retirada após o término da cirurgia. 
Celiotomia – quando há retenção do testículo. 
Orquiectomia Pré-Escrotal
Todo o cordão espermático está disponível na região subcutânea – acesso fácil, exceto em animais obesos. Tracionar levemente o testículo com a mão depositada sobre a região – sente-se o cordão deslizando sobre os dedos. Incisar a túnica vaginal parietal para chegar ao ducto deferente. Na vasectomia pré-escrotal, realiza-se o mesmo acesso, o ductodeferente é transeccionado e a ligadura é feita nas duas extremidades. Gera menor edema e contaminação.
Orquiectomia Escrotal 
Na incisão bilateral, quando se faz apenas um ponto de orientação da sutura e não uma sutura completa, permite a drenagem de qualquer serosidade no pós operatório – não utilizar se o animal permanecer em ambiente contaminado ou o cuidado no pós operatório não for o ideal. A incisão da pele e túnica dartos é feita na rafe e depois passada a cada lado

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