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Mandalas uso terapeutico

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PSICOLOGIA TRANSPESSOAL 
MANDALAS – USO TERAPÊUTICO 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado 
ao Instituto Humanitatis como requisito para 
obtenção de certificado em Psicologia 
Transpessoal. 
 
 
Grupo Amaranthus - Phoenix 
Vinhedo/SP – 2012 
 
 
1 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
INSTITUTO HUMANITATIS 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL 
 
 
 
Elzimar Scalise 
Elisete Bissiato 
Marta Santiciolli 
Juliana Gameleira Curi 
Adilson Yamashita Lopes 
Joanete Mariano Rosa 
 
 
 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO 
 
 
Vinhedo / SP 
 
2012 
 
 
2 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecemos a Deus pelo chamado e acolhimento ao 
 curso de Psicologia Transpessoal e a oportunidade de 
 nos encontrarmos neste planeta Terra, para mais uma 
 vez termos a certeza de que “Nenhum de nós é tão 
bom quanto todos nós juntos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
ÍNDICE 
Introdução 4 
O Uso de Mandalas na Psicologia Analítica 6 
Arteterapia 9 
Função do Terapeuta 10 
A Psicologia Transpessoal e as Mandalas 11 
O que são Mandalas? 12 
Tipos de Mandalas 13 
Como Usar as Mandalas 14 
Para que servem as Mandalas 15 
Elementos da Mandala 16 
Mandalas – Uso Terapêutico 18 
Mandala – Caminho para a Cura _______________________________ 19 
Bases Terapêuticas 20 
Função Terapêutica das Mandalas 23 
Técnicas Terapêuticas das Mandalas 24 
Atividade Proposta – Vivência com Mandalas _____________________ 26 
Anexos: 
Anexo I – Mandala Pessoal 28 
Anexo II – Mandalas e os Chakras 29 
Anexo III – O Uso de Mandalas no Budismo Tibetano _______________ 31 
Anexo IV – Autoras: 
Nise da Silveira 34 
Celina Fioravanti 36 
Considerações Finais 37 
Referências Bibliográficas 39 
Fontes da Internet 40 
Capa – Mandala Talismânica Nome Amaranthus 41 
Contra capa – Foto do Grupo Amaranthus 43 
 
 
 
 
4 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO 
 
INTRODUÇÃO 
 
 “A expansão da consciência é a realização mais importante para toda a 
humanidade, neste momento de nossa evolução. Se tomamos uma atitude 
expansiva é porque queremos expandir a nossa consciência para percebermos 
a totalidade das questões e dos assuntos que nos dizem respeito e nos 
afetam... A atitude expansiva nos faz progredir e abraçar com desenvoltura 
todas as possibilidades ao nosso alcance... Faça coisas que podem te dar 
desenvoltura: dance, pinte, cante, escreva, faça o que expande seu contato 
com a Alma”. (Sônia Café - O Livro das Atitudes II – pág.63) 
 
E na busca do autoconhecimento, da expansão da consciência, fomos buscar 
na pintura de Mandalas o contato com nossa Alma. Com nossa Essência 
Divina. 
 
A palavra MANDALA vem do sânscrito de origem hindu, e quer dizer "círculo 
mágico”, um círculo de energia. Ela é constituída por desenhos geométricos - 
basicamente círculos, quadrados e triângulos - que se entrelaçando uns aos 
outros e/ou a imagens simbólicas formam um grande círculo contendo várias 
imagens significativas. A Mandala é a expressão visual do retorno à Unidade 
pela delimitação de um espaço - o espaço dentro do círculo - símbolo do 
"espaço sagrado". 
Este espaço então é preenchido com várias imagens representativas das mais 
variadas ligações simbólicas, resultando numa representação gráfica da 
relação dinâmica entre o Homem e o Cosmo. Desde os tempos mais remotos 
até os dias de hoje as Mandalas são usadas como focos de meditação, para 
atrair abundância material e sorte nos negócios, para amenizar as dificuldades, 
para captar energia, harmonizar o ambiente e transformar vibrações negativas 
em positivas. 
 
 
5 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
Este trabalho tem por objetivo o conhecimento da utilização da mandala como 
uso terapêutico e, consequentemente, como instrumento de cura. Enfoca a 
confecção e pinturas de mandalas como um recurso arteterapêutico que auxilia 
o homem no processo de autoconhecimento, equilibrando as emoções, 
proporcionando efeitos curativos no nível físico, mental e espiritual. 
 
Jung descobriu o poder curativo dos símbolos e das imagens arquetípicas em 
sua própria experiência e em sua clínica, ao atender seus clientes. 
De acordo com Raíssa Cavalcanti, ele entendeu “... que o ego tem... 
necessidades muito fortes de segurança, de estabilidade, de autoafirmação, 
etc... provenientes dos sentimentos de fragilidade e de inferioridade...” e, que, 
“... o ego cria o seu próprio mundo, mas é um mundo ameaçador, inseguro e 
imperfeito, do qual precisa defender-se constantemente...” “As imagens 
sagradas presentes nas mais diversas mitologias, constituem o patrimônio da 
humanidade e estão armazenadas no inconsciente coletivo. Jung acreditava 
que essas imagens fazem parte da alma do homem e possuem um grande 
poder transformador e renovador...” (O Retorno do Sagrado – pág. 151). 
 
 
“As Mandalas são desenhos mágicos, que exploram não somente a 
criatividade como também auxiliam a organizar o interior de quem faz, com 
dedicação e perseverança...”, ou seja, desenhar ou somente pintar uma 
mandala, desenvolve nossa concentração além de prevenir o estresse, 
permitindo assim uma maior organização da vida psíquica, trazendo 
consequentemente maior harmonia, calma e equilíbrio para nossas atividades 
diárias. 
 
O trabalho com as mandalas, além de possibilitar o autoconhecimento e a 
conquista da unidade interior e exterior, também nos ajuda a aumentar a 
percepção e a intuição e nos traz a certeza de que “mexe” com nossas 
emoções e com nosso inconsciente, fazendo com que sejamos mais criativos e 
individualmente mais livres, uma vez que nos ajuda a entrar em sintonia com 
nosso potencial interior aceitando e enriquecendo nosso imaginário. 
Portanto, “... toda busca para compreender o caminho da espiritualidade, para 
transcender o raciocínio lógico e deixar desabrochar o conhecimento intuitivo, 
seja através da simbologia, da arte ou da religião, é uma tentativa de buscar a 
cura e a perfeição. Dessa forma, a confecção de mandalas como um recurso 
favorável na mudança da energia da psique e no equilíbrio das emoções... 
pode levar ao encontro com os mistérios da alma e à busca do 
autoconhecimento...” (Rosângela Pellosi de Freitas – Faculdade FIZO, SP – 2007). 
 
 
 
 
 
 
6 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
O USO DE MANDALAS NA PSICOLOGIA ANALÍTICA DE JUNG 
 
Carl Gustav Jung (1875-1961) psiquiatra suíço, e fundador da Psicologia 
Analítica, também conhecida como Psicologia Junguiana ou Psicologia 
Complexa, quando conheceu a obra de Freud, identificou-se com grande parte 
de suas idéias. Ao se conhecerem, a admiração foi mútua, pois Freud 
rapidamente recebeu o jovem como seu colaborador e um dos defensores de 
suas idéias. Corresponderam-se durante alguns anos, mas a parceria durou 
pouco, pois Jung mostrava-se insatisfeito com algumas das posições de Freud, 
especialmente a teoria da libido e sua relação comos traumas. 
Dessa forma, a Psicologia Analítica foi desenvolvida com base na experiência 
psiquiátrica de Jung, nos estudo de Freud e nas suas correspondências, no 
amplo conhecimento que Jung tinha das tradições da alquimia, da mitologia e 
do estudo comparado da história das religiões, e as quais ele veio a 
compreender como autorepresentações de processos psíquicos inconscientes. 
Mas ao contrário de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um 
repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas também como um 
sistema, vivo em constante atividade, passado de geração em geração, 
contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas 
segundo funções coletivas e herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não 
é composto por memórias herdadas, mas sim por pré-disposições funcionais 
de organização do psiquismo. Jung criou além de inconsciente coletivo, outros 
conceitos, como Anima, Animus, Persona, Sombra, Self (ou Si-Mesmo), 
Sincronicidade, e Individuação. Foi na Individuação que ele obteve ajuda 
criando mandalas. 
manda = essência + la = conteúdo, 
ou seja, “o que contém a essência” o “o círculo da essência”. 
 
Para Jung “A palavra sânscrita mandala significa “círculo” no sentido habitual 
da palavra”. No âmbito dos costumes religiosos e da Psicologia, designa 
 
7 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
imagens circulares que são desenhadas, pintadas, configuradas plasticamente, 
ou dançadas. 
A mandala, uma tradição oriental, foi introduzida na psicologia por C. G. Jung 
através de suas pesquisas sobre seu simbolismo, o que também contribuiu 
para torná-las acessíveis ao público em geral. Foi quando se identificou uma 
relação entre o material espontâneo dos sonhos dos indivíduos que 
atravessavam crises interiores e os estranhos símbolos encontrados nos 
desenhos mandálicos. 
O tema mandala é observado nas obras básicas e complementares de Jung. 
Nesse sentido, ele recorreu à imagem da mandala para designar uma 
representação simbólica da psique, cuja essência nos é desconhecida. Jung e 
seus discípulos verificaram que as imagens são utilizadas para consolidar o ser 
interior ou para favorecer a meditação em profundidade. Explicam que a 
contemplação de uma mandala pode inspirar a serenidade e ajudar a 
reencontrar um sentido e ordem na vida. Verificaram que a mandala produz o 
mesmo efeito quando aparece espontaneamente nos sonhos do homem 
contemporâneo que ignora essas tradições religiosas orientais. 
Jung verifica então, que a mandala possui dupla eficácia: conservar a ordem 
psíquica, se ela já existe; ou restabelecê-la, se ela desapareceu. Neste último 
caso, exerce uma função estimulante e criadora. 
Vários autores, entre eles Jung, Chevalier e Gheerbrant, Samuels, Shorter e 
Plaut, oferecem-nos auxílio para a compreensão da conceituação da mandala, 
que pode ser compreendida como círculo mágico, símbolo do centro, da meta e 
do si-mesmo, enquanto totalidade psíquica, de centralização da personalidade 
e produção de um centro novo nela. 
Diz Jung: 
"... as mandalas não provêm dos sonhos, mas da imaginação ativa... As 
melhores e mais significativas são encontradas no âmbito do budismo 
tibetano... Uma mandala deste tipo é assim chamada ´yantra´, de uso ritual, 
instrumento de contemplação. Ela ajuda a concentração, diminuindo o campo 
psíquico circular da visão, restringindo-o até o centro." (Jung, C. G., 2002, p. 352). 
E prossegue dizendo: "Este centro não pensando como sendo o `eu´, mas se 
assim se pode dizer, como o ´si mesmo´. Embora o centro represente, por um 
lado, um ponto mais interior, a ele pertence também, por outro lado, uma 
periferia ou área circundante, que contém tudo quanto pertence a si mesmo, 
isto é, os pares de opostos, que constituem o todo da personalidade.”. 
 
8 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
 
E é nesse contexto que Jung, na obra citada, verifica que o centro, 
primeiramente, pertence à consciência, depois, ao assim chamado 
inconsciente pessoal e, finalmente, a um segmento de tamanho indefinido 
chamado inconsciente coletivo, cujos arquétipos são comuns a toda 
humanidade. Jung utilizou as mandalas como instrumento conceitual para 
analisar e assentar as bases sobre as estruturas arquetípicas da psique 
humana. Ele considerava que o comportamento humano se molda de acordo 
com duas estruturas básicas da consciência: a individual e a coletiva. A 
primeira se aprenderia durante a vida em particular; a segunda se herdaria de 
geração em geração. 
De outro lado, como fenômeno psicológico, aparece de maneira espontânea 
em sonhos e em certos estados conflitivos e até psicóticos. A ocorrência 
espontânea em indivíduos permite à investigação psicológica um estudo mais 
aprofundado de seu sentido funcional. 
Jung ainda sinaliza que a mandala pode aparecer em estados de dissociação 
psíquica ou de desorientação. E que, quando existe um estado psíquico de 
desorientação, devido à irrupção de conteúdos incompreensíveis do 
inconsciente, observa-se tal imagem circular, a qual compensa a desordem e a 
perturbação do estado psíquico: “Trata-se evidentemente, de uma ‘tentativa de 
auto cura da natureza’” (Jung, 2002, p. 385). 
Jung aplicou este método em sua própria vida e silenciou sobre o resultado de 
suas pesquisas consigo mesmo e com seus pacientes durante treze anos e 
pode constatar que é possível pintar quadros extremamente complexos, cujo 
verdadeiro conteúdo nos é totalmente desconhecido. Afirma que enquanto se 
pinta o quadro se desenvolve por ele mesmo, às vezes até contrariando a 
 
9 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
intenção consciente. Começou a utilizar o método da imaginação ativa, a partir 
de 1916, mas só em 1928, em As relações entre o eu e o inconsciente, foi que 
o delineou. Para provar que as mandalas surgem espontaneamente e não por 
sua sugestão de sua própria fantasia, somente em 1929, pela primeira vez, 
mencionou as mandalas em um comentário que chamou de O Segredo da Flor 
de Ouro. 
Por isto, a psicóloga Radmila Moacanin (1999, p. 30) explicita que: “Jung observou 
que as mandalas surgem espontaneamente quando a psique está em processo 
de reintegração, em seguida a momentos de desorientação psíquica, como 
fator compensador da desordem. Portanto, Jung entende a mandala como uma 
tentativa de auto cura, inconsciente, a partir de um impulso instintivo, no qual o 
“molde rigoroso” imposto pela imagem circular com um ponto central compensa 
a desordem do estado psíquico”. Conclui a autora que: “... a mandala é um 
arquétipo da ordem, da integração e da plenitude psíquica, surgindo como 
esforço natural de auto cura”. 
Dentre os arquétipos, o mais importante é justamente aquele que Jung chamou 
de Self ou Si Mesmo. O Self expressa à totalidade do homem e aparece sob 
diferentes aspectos, um dos quais é a mandala. A propósito, recordemos, que 
Jung adotou a expressão mandala para descrever desenhos circulares que 
fazia com seus pacientes, associando a mandala com o Self, o centro da 
personalidade como um todo. Neste contexto, a Arteterapeuta Suzanne F. 
Fincher (1998, p. 26) afirma que Jung, em suas pesquisas, mostrava o impulso 
natural para vivenciar o potencial humano e realizar o padrão da personalidade 
genuína. Por essa razão, Jung chamava esse impulso natural de 
“Individuação”. 
 
ARTETERAPIA 
.Arteterapia é o uso da arte como terapia, e consiste em um elemento 
terapêutico que facilita o acesso a todos os sentidos do ser humano dentro de 
diferentes níveis de consciência. Estimula a expressividade, espontaneidade, 
comunicaçãoe principalmente o trabalho com potencial humano de 
criatividade. A Arteterapia propicia um canal de comunicação, claro e seguro 
que possibilita identificar os sentimentos, os bloqueios, melhorar a autoestima, 
resgatar confiança e ajudar nos processos de transformação das pessoas. 
Tem finalidade curativa, ou seja, a energia psíquica transforma-se numa 
imagem, que através de símbolos vai configurando-se e surgindo conteúdos 
internos profundos. O principal objetivo da Arte Terapia é a criatividade e o 
autoconhecimento e não o aprendizado técnico e a produção de obras de arte. 
Através da compreensão profunda de si somada a uma abordagem criativa da 
vida e por meio da combinação de várias atividades, a arte promoverá 
mudanças internas e a superação de problemas, podendo levar ainda a um 
 
10 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
estado de equilíbrio natural, onde você olha para si e para o mundo, 
construindo símbolos que libertam emoções e idéias. 
Margaret Naumburg e sua irmã Florence Cane são consideradas as 
precursoras da Arteterapia e da arte da educação como método de 
psicoterapias e pedagogia. No Brasil, Nise da Silveira se embasou 
teoricamente em Jung e trabalhou com oficinas expressivas, onde eram 
tratados pacientes esquizofrênicos, proporcionando oportunidades de 
expressarem seus desejos e emoções. 
E, segundo Rosângela Pellosi de Freitas (Faculdade FIZO – SP, 2007), a Arteterapia 
trabalha primordialmente com o fazer artístico – como desenhar, pintar 
espontaneamente sem julgamentos – em toda sua abrangência, e cuja 
expressão se dá através de imagens e símbolos. “(...) A pintura, o desenho e 
toda expressão gráfica ou plástica, bem como a música, a dança, a expressão 
corporal e dramática forma um instrumental valioso para o indivíduo 
reorganizar sua ordem interna e, ao mesmo tempo reconstruir a realidade... (...) 
Em escolas, a Arteterapia é empregada através do processo criativo, cujo 
desenvolvimento trabalha o medo da expressão, do julgamento, ansiedade, 
autoestima, segurança em grupo”. 
Na Arteterapia não existe barreira quanto à faixa de idade ou sexo, podendo 
atender crianças, adolescentes, adultos, terceira idade, portadores de 
deficiência e especiais em geral – individuais ou em grupo. Este trabalho 
quando realizado, permite confirmar através de observação, estudo e pesquisa, 
a eficácia do trabalho arteterapêutico, tendo como caminho de cura, a mandala, 
que representa a unidade e totalidade a psique. Confirma-se o poder da 
mandala, como símbolo e um recurso arteterapêutico eficaz na busca do 
autoconhecimento e com a poderosa força de ser um instrumento curativo. 
 
FUNÇÃO DO TERAPEUTA 
O Arteterapeuta é um cuidador do outro que, com um olhar atento e observador 
estabelece uma relação amorosa com o grupo ou o individuo, como também é 
o facilitador que auxilia na escolha do material, acolhe e escuta as queixas da 
pessoa, sem julgá-la. A ele cabe o papel de escutar, procurando não 
interpretar e, interferir o menos possível; porém, sempre estimulando o 
paciente a entrar em contato com a sua obra artística, pois ela é a 
representação de seus conteúdos internos. O terapeuta deverá junto a seu 
cliente, contextualizar o significado do símbolo, considerando os aspectos 
dinâmicos pertinentes à singularidade de cada ser. 
Em um ambiente seguro e acolhedor o Arteterapeuta convida o individuo a 
entrar em contato com seus sentimentos, usando como ferramenta a arte e 
suas diversas formas de expressão. 
 
 
11 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
De acordo com Marcia Tabone, “... é vital que o terapeuta esteja consciente de 
seu próprio estágio de autotranscedência e tenha conhecimento experiencial 
de todo o espectro da consciência para atuar e acompanhar como um guia o 
processo psicoterapêutico que se desenrola. O que realmente define o 
contexto transpessoal é a capacidade do terapeuta em comunicar, através de 
suas atitudes, a confiança necessária para ajudar o cliente a explorar os 
domínios transpessoais”. 
O Arteterapeuta coloca à disposição o material e escolhe a técnica de acordo 
com a necessidade de seu cliente, despertando as potencialidades que cada 
um traz. 
 
“O trabalho desenvolvido pelo Arteterapeuta é o de estimular o cliente a fazer, 
observando durante a execução do trabalho, a linguagem verbal e corporal, 
sem o compromisso com a estética. O fazer artístico abre um canal mais 
intuitivo e perceptivo, amplia a consciência, transforma, pois no momento da 
criação, permitindo que elementos assustadores da personalidade – medos e 
angústias – sejam expressos no desenho, na pintura, na argila, na poesia, na 
dança, na colagem, sendo essas, ações de libertação”. (Rosângela Pellosi de Freitas – 
Faculdade FIZO, SP 2007). 
 
A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL E AS MANDALAS 
Mandalas são circunferências, algumas simples outras elaboradas, em cujo 
interior existe um centro de onde tudo parte ou para onde tudo converge, que 
expressa à totalidade do Universo e da alma humana. Na Psicologia, ela 
representa a unidade e a totalidade da psique, abrangendo o consciente e o 
inconsciente. 
 
O estudo e interpretação de Mandala pedem um conhecimento aprofundado de 
seu simbolismo “... cujas raízes perdem-se na trama secreta das primordiais 
experiências filosófico-religiosas da gnose indo-tibetana, budista e hindu...”. 
Todavia, vamos nos deter apenas em algumas premissas introdutórias 
essenciais, para demonstrar como a finalidade terapêutica destes símbolos 
representam, para a psicologia transpessoal, uma das vias mais eficazes de 
desenvolvimento da consciência. 
 
Mandala é simultaneamente uma forma eficaz de “interiorização gradual” e de 
“harmonização” das estruturas conscientes e inconscientes, favorecendo – 
através da visualização espontânea e em forma de desenho e cores – o aflorar 
de vivências profundas, cuja elaboração pode permitir uma mais ampla 
sabedoria da própria vivência individual. Como já observava Jung , a iniciação 
ao Mandala representa uma experiência psicológica fundamental, difundida 
não somente no oriente, mas também no ocidente. 
 
 
12 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
Jung publicou numerosos desenhos realizados por seus pacientes, cuja 
estrutura geométrica é simétrica evocam também a linguagem harmoniosa da 
cor, usada na técnica dos Mandalas orientais. O estudo a alquimia ocidental e 
oriental, conjuntamente à sua amizade pessoal com o grande sinólogo Richard 
Wilhelm, entre abriram-lhe os horizontes infinitos do I Ching, o livro das 
Mutações, o antiquíssimo oráculo do saber, baseado na lei da harmonia dos 
contrários. Estas pesquisas permitiram-lhe afirmar: “A união dos opostos, em 
um nível mais alto da consciência... não é um fenômeno racional e muito 
menos um ato de vontade, mas é um processo de desenvolvimento psíquico 
que se exprime em símbolos”. 
 
Desenhar ou colorir mandalas é uma maneira de trabalhar nosso universo 
interior de forma criativa. É uma atividade que ajuda a reunir energias 
dispersas e melhora a concentração, fazendo com que o individuo enxergue 
com mais clareza seus processos interiores e desperte sua criatividade. 
Entre alguns dos recursos técnicos que podem ser utilizados na Psicoterapia 
Transpessoal, podemos citar os símbolos. Embora eles “... fazem parte do 
instrumental das psicoterapias convencionais – como as abordagens 
psicanalítica, analítica, gestáltica, existencial ou psicodramática – se 
compreendidos... sob a perspectiva do que pode ser chamado de “potencial 
ampliado”, seu uso pode facilitar as metas transpessoais...” (A PsicologiaTranspessoal – 
pag. 111 – cap.4 – Márcia Tabone). 
Como a Psicologia Transpessoal visa buscar técnicas que ajudem o indivíduo a 
“... transcender o ego e viver a plenitude do ser...” as mandalas, através de 
várias técnicas, também auxiliam nesta busca, fazendo com que o indivíduo 
obtenha o autoconhecimento e a cura de suas emoções. 
 
De acordo com Rosângela Pellosi de Freitas, “durante a confecção de uma 
mandala, o homem experimenta a sensação de beleza, harmonia, equilíbrio e 
prazer... e como técnica arteterapêutica, a mandala harmoniza o interior do 
indivíduo e ajuda na busca de paz interior. A mandala... tem a poderosa força 
de ser um instrumento curativo nos níveis material e espiritual do homem”. 
 
O QUE SÃO MANDALAS? 
De acordo com Celina Fioravanti, “... uma mandala representa o universo. No 
seu interior se abrigam as forças da natureza, representadas num simbolismo 
perfeito. Cada mandala cria um campo de poder, um espaço sagrado, onde 
essas energias se instalam”. 
O ponto principal da mandala é o seu centro, ao redor do qual o desenho se 
desenvolve. Também chamado de campo de desenvolvimento do desenho da 
mandala, é fechado por uma linha contínua e circular, dividindo o espaço em 
parte interior e parte exterior. 
 
13 
MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
O espaço interior, onde as formas se desenvolvem é chamado de sagrado; 
aquilo que está fora desse espaço é chamado de profano. A linha circular que 
fecha este espaço é, portanto, o limite entre o divino e o mundano, entre a 
consciência (fora) e a inconsciência (dentro), entre e espírito e a matéria; ou 
seja. A linha circular é uma fronteira. 
O ponto central representa a essência da mandala, representa uma existência 
superior. A fonte de toda criação, Deus. O círculo expressa a totalidade do 
universo e da alma. 
 
 
TIPOS DE MANDALAS 
 
Podemos classificá-las em: espontâneas, racionais, origem, finalidade e 
formação da mandala. 
 
Espontâneas: são mandalas que nascem do inconsciente, sem uma 
elaboração mental. Por exemplo, desenhar um simples ponto no papel e ao 
redor dele criar formas livres. Existe um movimento crescente que estimula a 
formação deste tipo de mandala, porque elas afloram do inconsciente 
“mostrando”, para um terapeuta, o que acontece com o indivíduo que a faz. 
Racionais: são mandalas criadas a partir de uma simbologia com finalidade 
determinada. Como as mandalas pessoais, por exemplo, que através do nome 
e data de nascimento são direcionadas para o autoconhecimento e 
desenvolvimento pessoal do indivíduo. São elaboradas pela razão. Na maior 
parte das vezes são montadas sem muita inspiração consciente. 
 
Origem: dentro desta categoria elas costumam ser classificadas em orientais e 
ocidentais. 
No Oriente, a criação das mandalas quase sempre tem motivações religiosas e 
fazem parte de um ritual, com a finalidade de movimentar as energias das 
divindades. São as chamadas de “Yantras” e muitas vezes são traçadas no 
chão com pós coloridos e outros elementos, como flores e incensos. 
No Ocidente são criadas para uso arquitetônico e decorativo, servem mais para 
enfeitar, e poucos têm noção de sua importância vibracional. 
 
Finalidade: as mandalas são usadas de maneira sagrada e profana. Seu uso 
sagrado é na construção de templos, como as rosáceas cristãs, que enfeitam 
catedrais. Já o uso profano são as mandalas desenhadas em roupas, jóias, 
logotipos, janelas e desenho dos pisos das casas. 
 
Formação: nesta categoria, as mandalas são classificadas em: base numérica, 
formas geométricas e cores. Sobre esses elementos falaremos posteriormente 
explicando cada um deles. 
 
 
 
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COMO USAR AS MANDALAS 
 
Existem muitas maneiras de aproveitar a energia emanada pelas mandalas. 
Entre elas podemos citar: 
 
1)olhar as mandalas: uma mandala pede, em primeiro lugar, um contato 
visual. Olhar para ela é a primeira maneira de receber suas emanações 
positivas. É nesse momento que sua estrutura começa a agir em nosso interior 
e gera as modificações energéticas para as quais ela está programada. 
 
2)colorir mandalas: para colorir uma mandala com objetivo de receber 
determinada vibração, é interessante conhecer um pouco sobre a influência 
das cores. Mas, também é possível colorir de modo espontâneo, deixando que 
as cores usadas sejam resultados de inspiração momentânea. 
A prática de colorir mandalas é terapêutica e pode transformar estados 
emocionais ou físicos negativos. A influência curativa da mandala atua sem 
que se perceba; ela é resultado do campo de força criado pela mandala. 
 
3)mandalas dinâmicas: são as chamadas mandalas em movimento, 
encontradas muito na internet e em cd’s. É um sistema muito utilizado na 
meditação com mandalas. Elas têm uma energia tão ativa quanto às outras, 
mas têm também uma dinâmica de atuação mais acentuada. Segundo Celina 
Fioravanti, “... suas vibrações agem mais prontamente e o trabalho interior é 
acelerado...”. 
 
4)mandalas em três dimensões: outra maneira de receber a energia das 
mandalas é criar mandalas que saem do limite do papel. Para quem tem 
habilidade manual e sabe trabalhar com madeira ou argila, por exemplo, essa é 
uma boa opção para criar. 
 
5)mandalas em rituais: essas mandalas fazem parte da tradição oriental, que 
até hoje se utilizam das mesmas para fazer rituais. São desenhadas em um 
espaço sagrado e fazem parte de um ritual para as divindades às quais estão 
relacionadas. Como exemplo, podemos citar os círculos de pedra Stonehenge - 
construído na planície de Salisbury, sul da Inglaterra - que, segundo 
historiadores, acredita-se que era utilizado para estudos astronômicos, mágicos 
ou religiosos. 
 
NOTA: “Stone=pedra henge=eixo. Stonehenge: é um alinhamento megalítico 
da Idade do Bronze, localizado na planície de Salisbury, próximo a Amesbury, 
no condado de Wiltshire, no sul da Inglaterra. É um círculo de pedras britânico, 
e até hoje é incerta a origem da sua construção, bem como sua função, mas 
acredita-se que era usado para estudos astronômicos, mágicos ou religiosos” 
(www.wikpédia). 
 
 
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PARA QUE SERVEM AS MANDALAS 
 
A finalidade primeira de uma mandala é trazer “ordem ao caos interior” de uma 
pessoa, uma vez que ela é utilizada como instrumento para o desenvolvimento 
pessoal e espiritual com a finalidade de restabelecer a saúde interior e exterior. 
Pode ser utilizada para cura emocional, que refletirá positivamente no estado 
físico, trazendo mais saúde e vigor. É proporcionar o autoconhecimento e 
equilibrar a saúde psíquica, ampliando a consciência, fazendo com que o 
indivíduo encontre sua essência divina, seu Eu Superior. 
Desde os tempos mais remotos até os dias atuais, as mandalas são usadas 
como: focos de meditação, para atrair abundância material, para amenizar as 
dificuldades, captar energia, harmonizar o ambiente e transformar vibrações 
negativas em positivas. 
 
Mas, ela também é utilizada na decoração de ambientes e na arquitetura. 
Muitas vezes o Feng Shui indica a necessidade de uma mandala para 
determinado fim de energização, uma vez que ela poder curar ambientes – 
como o familiar e o de trabalho. Também pode ser utilizada para preparar um 
espaço especial para meditar ou fazer sessões de cura, como massagem ou 
reiki. 
A catedral de Brasília, por exemplo, assim como outras catedrais, usa a 
mandala para criar um ambiente sagrado e especial. Muitos templos usam a 
geometria sagrada e a forma circular para fazerem suas construções e, assim,formarem uma aura protetora e especial no lugar. 
 
A mandala também trabalha os aspectos pessoais: físico, emocional e 
energético. No aspecto físico, promove o bem estar, o relaxamento e previne o 
estresse. No aspecto emocional, pode trabalhar conteúdos oriundos de 
emoções antigas, atuais ou futuras, porque ela sinaliza as emoções que irão 
surgir. No aspecto energético ela ativa, energiza e irradia, podendo harmonizar 
ambientes físico ou pessoal carregados negativamente. 
 
Na área da saúde, podem ser utilizadas para:- 
-Psicologia: relaxamento, tranquilidade, centramento, concentração, harmonia, 
criatividade, imaginação, lembrança e interpretação dos sonhos. 
 
-Terapia Ocupacional e Fisioterapia: motricidade, coordenação motora, 
relaxamento, concentração, criatividade e imaginação. 
 
-Medicina: melhoramento de doenças causadas por tensão (enxaqueca, stress, 
do coração, pressão alta, alcoolismo, asma, bronquite, etc.) ou por motricidade 
(reumatismo, artrite). 
 
-Esoterismo: meditação, contemplação, lembrança e interpretação dos sonhos 
e vidas passadas, harmonia. 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
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Para qualquer finalidade que se queira alcançar trabalhando com mandalas 
tem que se desenvolver a perseverança, disciplina, persistência e a força de 
vontade. Trabalhar com elas é uma forma carinhosa de abrir o coração para a 
criatividade, a intuição e o amor. 
 
 
 
ELEMENTOS DA MANDALA 
 
Vamos falar agora, sobre cada um dos elementos que compõem uma mandala, 
para saber qual é a sua influência no desenho e quais vibrações que cada um 
emana. 
 
Os números na mandala 
Para um estudioso das mandalas, o conhecimento dos números é essencial. 
Toda mandala é estruturada na divisão do espaço circular em setores. 
A divisão do espaço interior da mandala determina os números atuantes do 
desenho. São eles que formam a base numérica de uma mandala. 
Quem desenha uma mandala pode ou não ter consciência da divisão que usa, 
mas depois de feita, ela passa a vibrar de acordo com sua base numérica, 
tenha ela sido desenhada intencionalmente ou não. 
Quando se usa uma mandala com fins terapêuticos, a base numérica dela 
define o tipo de energia que ela distribui. Assim uma mandala com três 
divisões, por exemplo, contém vibrações muito diferentes daquela com cinco 
divisões. 
O três é um número de comunicação que não fica limitado ao que já existe, ele 
é criativo e gera crescimento. É um símbolo da busca espiritual e seu verbo é 
criar. 
Já o cinco está relacionado à leveza, fluidez, alegria. As mandalas com esta 
base são possuidoras de uma vibração que acentua a necessidade de ser livre. 
 
Formas geométricas 
São as formas geométricas da mandala que, na maior parte das vezes, criam 
as vibrações numéricas das mesmas. Então, uma mandala de vibração três 
terá, muito provavelmente, um triângulo, e uma mandala com base quatro, um 
quadrado. Mas isso não é regra. Outras formas não geométricas podem definir 
a base numérica da mesma. 
Como formas geométricas podemos citar: círculo, triângulo, quadrado, 
pentágono, pentagrama, hexágono, estrela de seis pontas e os polígonos 
estrelados. 
 
Cores nas mandalas 
As cores dentro da mandala têm uma função altamente estimulante e 
terapêutica. São elas que modificam a alteração da mandala no plano físico e 
também no plano mais sutil. O simbolismo das cores e seu poder vibratório cria 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
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uma força que define grande parte da atuação vibracional da mandala. Chega 
a ser quase a metade de sua influência. 
A cromoterapia através das mandalas tem excelente indicação. Ela permite 
realizar a recomposição dos corpos mais sutis, o que é essencial numa terapia. 
Todas as perdas de fluídos podem ser compensadas através do tratamento 
com cores. 
As cores são raios enviados de um plano superior, sua origem é divina. 
É essencial conhecer as energias emanadas pelas cores para saber como elas 
irão atuar numa mandala. 
 
Cor vermelha: é estimulante e ativa. Afasta a depressão, tira o desânimo e 
traz poder no plano material. É a cor das paixões, da sensualidade e da 
sexualidade. Entretanto, em uma mandala ela precisa ser bem usada porque 
em certos ambientes, pode trazer irritação ou impulsividade. O vermelho 
providencia o acréscimo do elemento fogo no organismo. 
 
Cor amarela: representa o Sol, a luz, a alegria. É uma cor ativadora e dinâmica 
que age, acentuadamente, sobre os processos mentais, gerando aceleração e 
mudanças nos pensamentos. O amarelo traz muitas idéias, afasta as idéias 
fixas e aumenta a capacidade de raciocínio. É a cor da inteligência, do estudo 
e da criatividade. Quando aparece em uma mandala, deve ser bem observada 
sua colocação, porque pode gerar instabilidade ou excessiva produção mental. 
O amarelo providencia acréscimo de elemento ar no organismo. 
 
Cor azul: sua influência é calmante e traz equilíbrio. Também traz paz, 
harmonia e serenidade. Quando esta cor aparece em uma mandala, precisa 
estar em harmonia com o conceito numérico para não ter sua atuação 
enfraquecida por formas com as quais ela não combina. O azul providencia 
acréscimo do elemento água no organismo. 
 
Cor laranja: sua influência é restauradora e regeneradora. Traz recuperação 
depois de um processo destrutivo e uma capacidade de refazer o que não está 
certo. É a cor da reconstrução, da correção e da melhora. Quando o laranja 
aparece em uma mandala, sua energia deve ser usada para mudar situações, 
pensamentos e ações desgastadas. 
 
Cor verde: a influência do verde é calmante, corretiva e curadora. Melhora 
qualquer estado físico negativo e cura o corpo. Da mesma maneira cura a alma 
quanto está abatida. Quando uma mandala tem a cor verde, suas vibrações 
são sempre curativas e, seja em que nível for, é benéfica para todos. O verde 
providencia o acréscimo de elemento terra no organismo. 
 
Índigo: a vibração do índigo é das mais poderosas; ela beneficia as pessoas 
mais no campo das energias sutis do que na área da materialidade. Sua 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
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atuação é superior ao violeta. Ela estimula a intuição e a capacidade de 
perdoar. 
Não se usa o índigo quando há alguma limpeza orgânica, porque ela pode 
ativar o processo, gerando uma crise intensa na eliminação. 
O terapeuta usa o índigo para pacientes em crise espiritual ou emocional. Atua 
bem em terapias para pessoas com desespero, obsessão, obstáculos, vivência 
de perda afetiva, perseguição. 
 
Lilás: sua influência é profundamente espiritual, mística e religiosa, atuando 
sobre quem está espiritualmente desequilibrado, descrente e sem conexão 
com as forças divinas. É uma cor capaz de desinfetar e esterilizar no plano 
material e no plano mais sutil, evitando que energias indesejadas se instalem. 
Quando uma mandala tem a cor lilás, ela limpa e isola os ambientes em que 
está. 
 
A partir do que foi estudado quanto aos elementos de uma mandala, podemos 
concluir que: mandala é, na verdade, um campo de força no qual as 
emanações da base numérica, das formas geométricas e das cores são 
poderes vibracionais atuantes. 
 
 
MANDALAS – USO TERAPÊUTICO 
 
 
 
“O trabalho com mandalas auxilia o ser humano na sua busca interior. Este 
trabalho explora a intuição e a criatividade, contribuindo para realizações 
assertivas do que se almeja. Traz à tona a individualidade humana com total 
consciência de si e do mundo. 
Olhar para a vida dentro da mandala possibilita organizar, prospectar, 
transcender e renovar pequenosatos que constroem a maior obra de arte: a 
sua vida”. (Renascimento – Núcleo de Desenvolvimento Humano e Espiritual). 
 
Através de uma mandala é possível despertar a intuição e direcionar a energia 
mental para determinado objetivo harmonizando: intuição, vontade e razão, 
estabelecendo assim, um caminho que alcance um maior nível de consciência. 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
A contemplação de determinada mandala auxilia a desbloquear emoções e 
sentimentos a fim de elevar nosso estado interior ou mesmo ativar e canalizar 
determinados tipos de energias. 
 
O uso terapêutico das mandalas está quase sempre relacionado ao 
desbloqueio e/ou ao despertar de sentimentos e sensações que temos 
dificuldades para lidar ou manifestar exteriormente. 
“O trabalho com mandalas reúne técnicas de psicologia analítica e Arteterapia, 
com o objetivo de levar o indivíduo a detectar pontos em desequilíbrio em sua 
organização psicofísica, alcançando uma maior integração da sua 
personalidade... A contemplação de uma mandala pode inspirar a serenidade e 
ajudar a reencontrar um sentido e ordem de vida, sendo capaz de conservar a 
ordem psíquica, se ela já existe; ou restabelecê-la, se ela desapareceu, 
exercendo uma função estimulante e criadora”. (www.belieyourself.worpress.com/mandalas) 
 
“A expressão artística em forma de mandala ajuda o indivíduo na organização 
e no fortalecimento da psique, além de facilitar o contato com a essência divina 
e auxiliar na canalização de energias curativas. Traçar a maneira de ser com 
lápis ou pincel, com as cores e formas, sobretudo mandalas, organiza 
internamente o ser, levando-o a entrar em contato profundo com seus 
sentimentos e a ter uma maior consciência de si e do mundo que o “cerca””. 
(www.foxitsoftware.com) 
 
 
“Joan Kellog, psicóloga e terapeuta artística americana, trabalhou em Maryland 
(Maryland Psychiatric Research Center), nos USA, nos anos setenta, fazendo 
terapia artística com pacientes terminais que seriam submetidos à terapia 
psicodélica de pico. Ela começou a descobrir que estes pacientes produziam 
mandalas espontaneamente. Começou a estudar as mandalas (cores, formas, 
símbolos) e a comparar as várias mandalas com baterias de testes 
psicológicos a que estes pacientes tinham se submetido. Desta forma, Joan 
Kellog depois de alguns anos de muita pesquisa desenvolveu o teste da 
mandala... deu continuidade aos estudos de mandalas de Jung e percebeu que 
a mandala nos ajuda a recorrer a reservatórios inconscientes de forças que 
possibilitam uma reorientação para o mundo exterior. Desenhar um círculo 
talvez seja algo como desenhar uma linha protetora ao redor do espaço físico e 
psicológico que identificamos como nós mesmos. O círculo que desenhamos 
contém – e até atrai – partes conflitantes de nossa natureza. Mas, mesmo 
quando faz um conflito vir à tona, o ato de criar uma mandala produz uma 
inegável descarga de tensão”. (www.foxitsoftware.com) 
 
 
MANDALA – CAMINHO PARA A CURA 
 
“O homem ao buscar uma relação harmônica com a natureza, deixa fluir 
sentimentos como o perdão, desapego, liberação e amor nas suas relações, e 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
abre as portas para o Sagrado, para a cura e, por conseguinte, fecha-se para o 
desequilíbrio, a dor e o medo. Mesmo no enfrentamento de um mundo agitado 
e apressado, como é o mundo dos homens desta época atual é possível 
encontrar o Caminho da Cura... O poder da cura está dentro de nós. Se 
buscarmos o silêncio, o estado de meditação, se procurarmos nos ouvir e 
conseguirmos escutar nossa alma saberemos o que é preciso fazer para 
deflagrar o processo de cura”. (Rosângela Pellosi de Freitas –FIZO, SP– 2007). 
 
Diante disto, à confecção de mandalas torna-se um meio eficaz para se 
conectar com o coração e assim, estabelecer um ponto de equilíbrio e um 
vínculo com o Universo. 
Jung declara que: “... A contemplação de uma mandala inspira a serenidade, o 
sentimento de que a vida reencontrou seu sentido e sua ordem...”. Ele afirmava 
também, que “... ao fazer uma mandala, o indivíduo trabalha a própria alma, 
podendo vir a resolver os seus conflitos e ansiedades ao expressar, na forma 
simbólica, suas questões internas...”, e Joan Kellog afirma que “... ao criar uma 
mandala, gera-se um símbolo revelador acerca de quem o indivíduo é...”. 
 
Na década de 40 Nise da Silveira, inconformada com as práticas psiquiátricas 
utilizadas na época, criou uma seção de terapia ocupacional no Centro 
Psiquiátrico Pedro II, no Rio de Janeiro e, através da Arteterapia os resultados 
positivos não demoraram a aparecer. Ela resolveu então, escrever para Jung, 
enviando várias imagens produzidas por seus pacientes – “... imagens 
inusitadas... símbolos que a intrigam... imagens... circulares ou próximas do 
círculo... semelhantes... a representação de divindade em religiões orientais 
(mandalas)...” – e obteve a resposta de que eram mesmo mandalas e “... 
correspondiam ao potencial auto curativo da psique em oposição... ao estado 
de confusão psíquica do ser, uma manifestação do inconsciente, para 
compensar a situação caótica vivida por esses indivíduos”. (Rosângela Pellosi de Freitas 
–FIZO, SP – 2007). 
 
Ao criar, o indivíduo não precisa falar a respeito de sua vivência, traduzir os 
pensamentos e as emoções em palavras. Ele tem mesmo que viver a 
experiência e incorporá-la ao seu ser sensível, conhecê-la por dentro. Ao criar, 
o artista modifica seu estado interno, interagindo com os materiais e vivências. 
 
 
BASES TERAPÊUTICAS 
Como acontece a cura? 
 
“Sob o ponto de vista físico, a cura acontece quando uma função do corpo que 
estava alterada é estabelecida. No entanto, para o espiritualista, a cura é vista 
como um processo de reabilitação da energia menos densa do corpo e uma 
correção na alma. Isto porque para o espiritualista a doença começa na alma, a 
partir dali ela provoca alterações...” no campo energético, ““... para terminar 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
aparecendo como sistemas orgânicos no corpo físico. É por essa razão que 
quando se trabalha a cura integral, começa-se pelo atendimento da alma, para 
depois atender à aura e finalmente o físico”. (Celina Fioravanti) 
 
Como sabemos, a doença começa na alma. Ali ela atua com maior ou menor 
intensidade por um bom período. Sabemos também que ninguém adoece 
imediatamente porque é impaciente, por exemplo. São anos de impaciência e 
irritação decorrente de uma maneira negativa de sentir as coisas, que acabam 
por lesar o nosso corpo físico. 
Sabemos também, que há a cura através de remédios alopáticos. Há a cura 
através da cirurgia que trata um órgão lesado. Há a cura que é oferecida por 
alguém que tem um dom nas mãos para afastar a dor e recuperar a energia. 
Há a cura da alma, que acontece quando se corrige pensamentos, palavras e 
atos. Enfim, são tantas as formas de cura justamente porque são muitos os 
males do corpo e da alma. 
 
Entre as formas de cura existentes, podemos destacar os fluídos de cura, que 
possuem características próprias e aplicações específicas. Para cada um dos 
três corpos – alma, aura e físico – existe um fluído de cura adequado. São eles: 
 
Fluídos energéticos: são fluídos que possuem a capacidade de repor com 
rapidez a energia material do corpo. Eles agem com certa rapidez para dar 
uma melhoria orgânica, mas não curam efetivamente, porque as causas que 
estão na alma e na aura não são atendidas por eles. 
Entre os fluídos energéticos podemos destacar: a luz do Sol, a água do mar, de 
fontes termais, da chuvae dos rios, o contato com a terra e a argila, os toques 
físico, os alimentos. 
 
Fluídos vibrantes: possuem a capacidade de reordenar o corpo vibracional ou 
áurico, modificando sua estrutura. “Eles são muito conhecidos atualmente e 
são cada vez mais usados com bons resultados pelos terapeutas holísticos e 
tradicionais. Sempre se recomenda o uso de um fluído vibrante associado a um 
fluído divino para também haver a correção da alma”. 
Entre os fluídos vibrantes podemos citar: as mandalas, as cores e a 
cromoterapia, os sons e a musicoterapia, os aromas e a aromaterapia, todo 
tipo de prana, principalmente o que é absorvido pela respiração. 
 
Fluídos divinos: possuem a qualidade mais sutil entre os diversos fluídos 
curativos. São ativados pela força divina contida dentro de nós e isso é feito 
pela mente humana que possui amor. São acessados por qualquer um que 
tenha a intenção correta e estão à disposição de todos. 
Entre os fluídos divinos citamos a oração, a água energizada ou fluidificada e a 
imposição das mãos sobre o doente. A instrução espiritual e a modificação 
interior são muito necessárias para ajudar e facilitar a atuação dos fluídos 
divinos. 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
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Antes de estudarmos a aplicação terapêutica das mandalas é necessário 
entender que espécie de energia elas contêm para a cura. E como vimos, as 
mandalas estão inseridas nos fluídos vibrantes, com capacidade de agir 
sobre a aura e o corpo físico, mas que elas precisam da ajuda de um fluído 
divino para atuar com mais força. Portanto, as mandalas processam a cura 
física, a cura energética e a cura espiritual. 
 
Existem três categorias de fluídos de cura e, portanto, três corpos que 
necessitam desses fluídos: o corpo físico, o corpo áurico ou vibracional e o 
corpo espiritual ou alma. 
Corpo físico: por suas características materiais, este corpo recebe ajuda 
imediata de um fluído energético. No entanto, para que haja cura permanente, 
deve-se também atender a aura e o espírito. 
 
Corpo áurico: por suas características mais sutis, pode ser muito beneficiado 
pela aplicação de um fluído vibrante, refletindo uma mudança imediata em suas 
condições vibracionais. 
 
Corpo espiritual: por suas características mais mentais que materiais ou sutis, 
recebe um fluído divino e a ajuda de que precisa para se recuperar. Ao mudar 
o corpo espiritual, o corpo físico e áurico melhora também. 
 
Nota: a atuação dos fluídos sutis de cura acontecem por meio de trocas; ou 
seja, a energia de qualidade inferior instalada em um corpo é trocada por 
energia de qualidade superior. Mas também temos que entender que essa 
troca só é possível quando há intervenção divina, quando queremos obter a 
cura, quando acreditamos nela, quando a merecermos e quando respeitamos o 
livre arbítrio. Não adianta recebermos os fluídos necessários à nossa cura, se 
não mudarmos nossos pensamentos, sentimentos e nossa maneira de ser. 
 
Celina Fioravanti exemplifica: “... uma pessoa está afetada na alma pelos 
fluídos venenosos da inveja. Ela busca ajuda na cromoterapia e recebe bons 
fluídos, que aliviam os sintomas físicos presentes, pois retiram a má energia 
acumulada pelo sentimento negativo da inveja e a trocam pela luz colorida. 
Mas, se ao sair do tratamento a pessoa já volta a deixar que a inveja seja parte 
de suas emoções ou pensamentos, muito em breve ela voltará ao estado 
vibratório anterior e a troca que havia sido feita é anulada”. 
Concluímos então que para acontecer à cura pelos fluídos é necessário ter: fé, 
força de vontade, mérito e ajuda espiritual. 
 
“É o curador que precisa estar atento a estes fatores para ajudar quem o 
procura, orientando e apoiando as tentativas que o doente faz de 
aprimoramento espiritual... À medida que o curador e o doente se aproximam, 
é necessário mostrar a quem está mal, como à doença acontece e como 
grande parte da responsabilidade pela cura depende dele. Só o doente pode 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
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mudar as vibrações da sua alma com rapidez, usando para isso uma alteração 
em suas atitudes, bem como mantendo uma vigilância constante sobre suas 
palavras e pensamentos.” (Celina Fioravanti). 
 
 
FUNÇÃO TERAPÊUTICA DAS MANDALAS 
 
 
De acordo com Celina Fioravanti: “Praticamente todas as correntes 
terapêuticas podem incorporar o trabalho vibracional com mandalas. Desde a 
medicina mais tradicional até as terapias inovadoras, todas as linhas de cura 
física e mental recebem das mandalas um acréscimo substancial. Elas têm 
uma energia positiva com propriedades curativas que surpreende a todos os 
curadores”. 
 
Celina relata que, em um dado momento de sua vida, estava em estado 
depressivo e que encontrou na “atividade diária” de colorir mandalas um 
excelente recurso terapêutico: “Aprendi a usar a energia das mandalas num 
momento de vida muito especial, com que eu sentia que era necessário mudar 
minhas vibrações... A rotina de colorir mandalas aos poucos me trouxe força 
para criar novas estruturas dentro da minha vida, que me ajudaram a sair do 
ponto onde estava. Com a continuidade, ocorreram alterações mais profundas 
na minha energia e meus caminhos foram se tornando muito definidos. 
Comecei então, a saber, o que queria fazer com os vários aspectos da minha 
existência, principalmente com relação à necessidade interna de ser produtiva”. 
 
Em seu trabalho, numa casa de apoio espiritual, quando encontrava alguém 
com as energias desordenadas, Celina dava um desenho de mandala e pedia 
para a pessoa que fizesse várias cópias e colorisse diariamente, por meia hora. 
Segundo ela os resultados foram fantásticos. Ela entendeu então, que colorir 
mandalas era algo que as pessoas faziam com prazer e que mantinham como 
rotina terapêutica por tempo suficiente para se curarem. 
Comprovou também que “... as mandalas provaram ser muito eficientes no 
tratamento de depressão, síndrome do pânico, falta de ligação com Deus, 
vícios e outras aflições da alma”. 
 
Segundo Jung, “... a produção artística, em especial a mandala, se constitui 
numa forma de estimular a concentração, a imaginação e a criatividade, o que 
apresenta dupla eficácia: conservar a ordem psíquica ou restabelecê-la. Assim, 
as imagens das mandalas são utilizadas para consolidar o eu interior e 
favorecer a meditação em profundidade”. 
 
 
 
 
 
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TÉCNICAS TERAPÊUTICAS DAS MANDALAS 
 
Desenho 
Na história da humanidade, encontramos o desenho como uma das formas 
mais observadas pelo homem para registrar suas emoções, sentimentos e 
ações. Esta preferência é observada antes mesmo do início dos símbolos que 
antecedem a escrita, indicando assim que a comunicação por meio do desenho 
é uma forma de linguagem básica e universal. 
A técnica do desenho da mandala pode ser aplicada a qualquer indivíduo, não 
há limite de idade ou patologia, desde que haja uma mínima capacidade de 
elaboração. Pode ser desenvolvida individualmente ou em grupo. Está voltada 
para o desenvolvimento da criatividade, atuando como um complemento na 
formação dos indivíduos. 
O desenho trabalha a coordenação motora, possibilitando uma reestruturação 
interna, porque trabalha a percepção, o caminhar de um ponto até se 
transformar em linhas. 
“Para a Psicologia Analítica, essa forma de linguagem não verbal, pode ser útil 
principalmente se pensarmos em desenho. Nesta abordagem utiliza-se de 
vários meios para chegar à resolução do conflito e, o desenho pode dar ao 
terapeuta uma visão da dinâmica inconsciente do paciente”. (RosângelaPellosi de 
Freitas – Faculdade FIZO – Uberlândia, MG – 2007). 
De acordo com Carl G. Jung: “O desenho é uma busca de cura. Traz à luz 
todos os elementos dispersos e também tenta ajuntá-los no vaso. A idéia de 
receptáculo é arquetípica. É encontrada em toda a parte, sendo motivo central 
de quadros inconscientes. É a idéia do círculo mágico desenhado em volta de 
alguma coisa que deve ser impedida de fugir ou deve ser protegida”. 
 
Pintura 
“Pintar mandalas é mais do que um exercício estético. A escolha das cores fala 
de quem pinta”. (www.geocites.ws/espiritualidadesdi/mandalas_a_paz_interior.htm) 
Uma boa aplicação terapêutica das mandalas é a técnica de colorir mandalas. 
Esta técnica tem como objetivo de trabalhar o universo interior e desta forma, o 
paciente tem a oportunidade de transformar as tensões e os medos em um 
momento tranquilizante, fazendo a mente entrar em um estado de relaxamento. 
A cor é sensação. Provoca a sensibilidade e a intuição e, traduz a emoção. Ela 
permite ao indivíduo exercitar novas maneiras de olhar a si mesmo e a tudo 
que o rodeia. A pintura é uma das técnicas onde as emoções e sentimentos 
fluem com maior facilidade. 
Há sempre uma programação das cores que o Arteterapeuta deve fazer 
previamente, para que a terapia alcance os objetivos e fixe resultados. Assim, 
quando for tratar do corpo físico, por exemplo, ele deve escolher uma cor de 
acordo com o problema que vai ser tratado e depois da melhora, deve utilizar, 
sempre, a cor azul para fixar os resultados obtidos. 
 
 
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Mosaico 
É uma técnica simples que exige organização e paciência, permitindo o uso de 
diversos materiais, como sementes, conchinhas, madeira, emborrachado, 
botões, azulejos, casca de ovos e outros. O mosaico é uma técnica para o 
indivíduo colar, organizar e assim, os seus conteúdos internos se reestruturam, 
por isso é indicado principalmente para quem tem dificuldade de juntar e 
associar. 
A Arteterapia entende que trabalhar com pedaços separados, dá oportunidade 
ao indivíduo de poder juntar e construir um novo momento. A princípio provoca 
uma desestruturação, portanto deve ter cuidado ao usá-la como técnica. 
 
Colagem 
A técnica de colagem pode ser feita com diversas texturas de papéis, tecidos e 
outros. Ela permite a integração, a organização e é uma atividade que 
estrutura. Colar é ligar uma coisa à outra; é estabelecer vínculo. 
Simbolicamente o ato de recortar ou rasgar papéis e posteriormente reuni-los, 
colá-los, recompondo-os, correspondem subjetivamente à vivência de cortes, 
rupturas, reparação, reorganização e estruturação. 
A colagem favorece a organização de estruturas pela junção e a articulação de 
formas prontas. Ao separar papéis, gravuras, sementes, contas que estão 
misturadas dá-se a oportunidade ao indivíduo de escolher, discernir e 
reconhecer o que é dele e o que é de outro. 
 
Meditação 
Existem muitas técnicas diferentes de meditação e todas elas começam com 
exercícios para concentrar a atenção em uma imagem mental, eliminado focos 
de atenção. O estado de tranquilidade mental gerado pela meditação traz muita 
harmonia e é relaxante, ajudando a reencontrar o verdadeiro equilíbrio físico e 
emocional. 
Na Terapia com mandalas, a meditação é uma constante uma vez que os 
desenhos ajudam a estabilizar a mente e levam naturalmente ao estado de 
meditação. Usar as mandalas para ensinar a dominar a mente é interessante, 
porque os benefícios terapêuticos são muitos. Em todos os tipos de meditação 
uma mandala pode ser usada, nem que seja apenas para ajudar na 
concentração inicial. 
 
Há dois tipos básicos de meditação: a estabilizadora e a analítica. 
 
-meditação estabilizadora: o método utilizado para estabilizar a mente é 
dirigir a atenção para um único ponto concentrando ali a mente, abandonando 
todos os outros pensamentos através da observação daquilo que é focalizado. 
Para isso uma mandala funciona perfeitamente, pois ela servirá como um foco 
visual perfeito. 
 
 
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PSICOLOGIA TRANSPESSOAL – ANO 2012 INSTITUTO HUMANITATIS 
 
-meditação analítica: neste método de meditação a mente se volta para o 
interior e passa a fazer uma análise de vários conceitos sobre um assunto 
determinado. É como se a mente estudasse todos os aspectos de uma 
questão, não pensando em outra coisa. Com uma mandala, a meditação 
analítica se volta aos símbolos e significados contidos na mandala, bem como 
ao que ela desperta emocionalmente. 
 
 
Para a prática terapêutica com as mandalas, devemos escolher as mandalas 
que são mais facilitadoras para o nível de capacidade de domínio da mente. 
 
 
 
ATIVIDADE PROPOSTA: VIVÊNCIA COM MANDALAS 
 
Como vivência para o grupo optamos pela construção de mandala com o uso 
de sementes (elemento terra). 
A técnica de uso de sementes é simples e permite a interação e integração do 
grupo, exigindo organização e paciência de cada elemento. É uma atividade 
que estrutura, dando a oportunidade ao indivíduo de escolher, compor, dividir, 
juntar e construir um novo momento. 
O fato de colar as sementes na fabricação da mandala permite estruturar. Colar 
é ligar uma coisa a outra. É estabelecer vínculo. 
Ao separar as sementes que estão misturadas, dá-se a oportunidade ao 
indivíduo de escolher, discernir e reconhecer o que é dele e o que é do outro. 
 
 
Material utilizado: 
-papel A1 
-bastidor 
-lápis de cor 
-cola 
-sementes variadas. 
 
Atividade: todos sentados no chão, num grande círculo, formando uma 
mandala humana, com o material à sua frente. 
 
Como fazer a mandala: 
Início: relaxamento com respiração e olhos fechados. 
 
 
Facilitador fala: 
Vamos agora fechar nossos olhos, e relaxar. Sentir nossa respiração. Sentir o 
ar entrando pelas nossas narinas e percorrendo todo nosso corpo... e vamos 
 
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pensar qual valor humano nós precisamos praticar mais? O que nos falta? O 
que estamos mais precisando? 
 
 
 
O Sai Baba promove no mundo uma educação de valores humanos baseados 
na Verdade, Retidão, Paz, Amor e Não violência. Mas nós podemos ir além e 
subdividir esses valores em outros, como por exemplo: A Verdade, que gera a 
honestidade e a sinceridade. 
 
Nós vamos hoje fazer uma mandala de sementes, cujo elemento é a terra, e 
ela mexe com nossas sensações. As sementes são as sementes da vida, dos 
potenciais, das virtudes. E elas vão representar em nós isso tudo, essas 
qualidades, esses dons, que nós estamos precisando exercitar mais. 
 
Agora respire profundamente, e deixe que venha a sua tela mental a imagem 
de uma mandala de sementes. Qual forma ela tem? Quais cores ela tem? 
 
Abra seus olhos e faça sua mandala pessoal. 
 
Após a construção da mandala, o facilitador sugere que façam duplas para 
troca de experiência. Depois sugere que a experiência seja feita de forma 
geral, ou seja, no grupo como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS 
ANEXO I - MANDALA PESSOAL 
 
A Mandala Pessoal servindo como foco de contemplação ou meditação ajuda a 
canalizar determinados tipos de energias a fim de equilibrar nosso estado 
físico, mental, emocional e espiritual já que as figuras e símbolos que entram 
na sua composição expressam e vibram as energias específicas da pessoa. 
A Mandala Pessoal é um ”retrato personalizado” extremamente útil como fonte 
de concentração einspiração para reequilibrar fluxos internos e externos, para 
gerar mais harmonia entre o consciente e o inconsciente, levando a pessoa a 
se sentir mais centrada e com uma maior compreensão sobre si mesma, além 
de sintonizá-la melhor com as correntes construtivas e evolutivas da vida e do 
cosmo. 
 
A contemplação ou meditação tendo como base a Mandala da Prosperidade, 
por exemplo, facilita a concentração para focar e fixar a vibração da 
abundância ajudando a canalizar nossos esforços para realizar nossas metas 
materiais. 
Mandalas direcionadas desenvolvidas especialmente para sintonizar 
determinada frequência como a harmonia familiar, a abundância material, a 
concentração, a força, a proteção, o poder, etc. podem ser instrumentos úteis 
para canalização da energia mental harmonizando vontade, intuição e razão, a 
fim de alcançar determinada meta. 
A Mandala Pessoal funciona também como um talismã pessoal podendo atuar 
como defesa e proteção, pois nela está contido toda a simbologia 
representativa daquele determinado ser humano. 
 
 É elaborada através do nome e data de nascimento da pessoa, do signo que 
nos informa a cor do fundo da mandala, dos Chakras e suas cores, do planeta, 
do elemento, incorporando dessa forma, desenhos e figuras geométricas que 
dizem respeito à pessoa. 
 
Ela pode ser colocada em casa no setor da Espiritualidade indicado pelo Feng 
Shui e a aplicação do Ba-guá. 
É importante ressaltar que: “Só a determinação inquebrantável pode conduzir a 
pessoa à Meta Suprema”. (Tamina Thor) 
 
 
 
 
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ANEXO II - MANDALAS E OS CHAKRAS 
“Na terapia há um tema muito importante que se relaciona com as Mandalas: 
os chakras. Os dois assuntos estão intimamente ligados pelas formas e pelas 
cores, pois um chakra é também uma Mandala”. (Celina Fioravanti) 
Os chakras são centros de energia e é através deles que passam todas as 
formas de vibração com as quais se tem contato. Há sete principais chakras no 
corpo e o bem estar físico e espiritual de cada pessoa depende deles, uma vez 
que são eles que regulam as energias que cada um recebe e emana. Quando 
há equilíbrio de energia, um chakra gira no sentido horário e de forma contínua. 
Mas, se há desequilíbrio, ele gira lentamente e às vezes chega a interromper 
seu movimento. Há ocasiões que o chakra está tão desarmônico que gira no 
sentido oposto ou se acelera. 
Segundo Celina Fioravanti em seu curso “Técnicas Terapêuticas com 
Mandalas – Volume V”, os chakras atuam nos níveis: físico, energético e 
espiritual. Suas desordens interferem no bem estar orgânico, na energia sutil e 
na alma. “Os orientais nos trouxeram o maravilhoso conhecimentos dos 
chakras e eles também nos deram a forma deles como Mandala”, diz ela, 
então, as mandalas representam o desenho tradicional dos chakras. 
Em seu livro “Mandalas – Como Usar a Energia dos Desenhos Sagrados”, 
Celina Fioravanti dedicou um capítulo especialmente às mandalas e seu 
relacionamento com os chakras. Foram desenhadas sete mandalas e cada 
uma delas está relacionada com um centro de energia (chakra). “Cada 
mandala... tem uma programação que a prepara para atuar sobre um dos 
centros de energia dos nossos corpos físico e sutil. A influência de uma 
mandala estará, portanto, limitada ao centro de energia que lhe corresponde”. 
Como ilustração, vamos discorrer sobre o 5º chakra com desenho de Vagner 
Vargas. 
5º CHAKRA – LARÍNGEO OU GARGANTA – VISUDHA 
Este centro de energia é chamado de chakra da garganta. Sua denominação 
oriental é Visudha. No corpo humano sua posição é na área da garganta. Está 
ligado às glândulas tireóide e paratireoide. 
Dons: entre as funções deste centro de energia, podemos citar tudo o que está 
ligado à comunicação. A fala, o ouvir, a escrita, a maneira de se fazer entender 
e de compreender os outros. A criatividade, a assimilação de vibrações 
protetoras, a responsabilidade consigo e com os outros são também assuntos 
relacionados com este chakra. 
Reações Negativas: as desordens deste chakra acontecem quando a pessoa 
se comunica mal, fala palavras pesadas, deixa de ouvir o que os outros têm 
para falar, está sempre discutindo, fala demais, faz intrigas e fofocas, não 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
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guarda segredos. Há outras atitudes que também podem influir negativamente 
sobre este chakra: assumir muitas responsabilidades, fugir ou adiar quando 
precisa fazer escolhas, dominar outras pessoas, ceder com facilidade às 
tentações que a vida oferece. 
Corpo Físico: reflete as atitudes negativas que ferem o chakra, apresentando 
alguns males. Os principais pontos atingidos no corpo são a garganta e os 
ouvidos, resfriados e alergias constantes, doença na língua, na tireóide, nas 
cordas vocais, na boca em geral. 
Cromoterapia: para acalmar e ordenar: azul 
 para ativar: amarelo 
 
Mantra: HAM Cor do Chakra: azul 
 
MANDALA DO 5º CHAKRA – CHAKRA DA GARGANTA – VISUDHA. MANDALA ORIENTAL COMPLETA COM O 
NOME DO CHAKRA NO CENTRO, DESENHADO COM LETRA EM SÂNSCRITO. 
 
“Todas as mandalas podem ajudar a tratar os chakras, não apenas as 
Mandalas Orientais que os representam. Qualquer Mandala, ao ser colorida 
com a cor certa, produz efeitos sobre o chakra que está desordenado. Um 
efeito adicional pode ser obtido em a Mandala colocada sobre o chakra, depois 
de pronta.” (Celina Fioravanti). 
“O uso do mantra acontece quando se faz a meditação com a Mandala oriental 
do chakra e deve ser bem explicado, para que a emissão do som seja correta e 
seja feita como parte da técnica de respiração, no momento da expiração”. 
(Celina Fioravanti) 
 
Resumindo as técnicas 
1.Colorir qualquer Mandala com a cor indicada para harmonizar o chakra. 
2.Colorir a Mandala Oriental relacionada com o chakra e sua cor 
correspondente. 
3.Meditar com a Mandala Oriental correspondente ao chakra. 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
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4.Colocar a Mandala Oriental do chakra, colorida, sobre o ponto físico 
correspondente. 
5.Emissão de mantra, como parte da respiração, durante a meditação com a 
Mandala Oriental do chakra correspondente. Só com a vibração sonora o poder 
energético da Mandala se torna ativa em toda sua potencialidade. 
 
ANEXO III - O USO DE MANDALA NO BUDISMO TIBETANO 
A palavra tibetana para “mandala”, dkyil-‘khor, significa literalmente “aquilo que 
circunda um centro.” Um “centro” é, aqui, um significado e “aquilo que o 
circunda” - mandala - é um símbolo redondo que representa o significado. No 
entanto, nem todas as mandalas são redondas. 
Há muitos tipos de mandalas, usadas para várias finalidades nas práticas 
budistas do sutra e do tantra. Vamos agora examinar alguns deles. 
Uma mandala externa (phyi’i dkyil-‘khor) é uma representação de um sistema 
de mundo. É usada como uma oferta feita a um professor espiritual quando se 
pede para dar um ensinamento, para conferir um conjunto de votos ou para 
conferir um empoderamento tântrico (iniciação tântrica). 
A mandala oferecida pode consistir de uma tigela de fundo achatado segurada 
com o lado de baixo em cima, com três montes de grãos crus ou jóias, 
colocadas umas sobre as outras sobre a sua superfície e contida dentro de 
anéis concêntricos progressivamente menores. É coroada com um diadema 
ornamental. 
 Jogo de mandalas tradicionais tibetanas 
Alternativamente, a oferta da mandala pode ser feita com as mãos em mudra, 
com os dedos entrelaçados numa determinada forma. 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
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 Oferta de mandala feita com as mãos em mudra 
Sua Santidade o XIV Dalai Lama disse frequentemente que também podemos 
imaginar a mandala externa representando o planeta terra, o sistema solar, a 
galáxia ou o universo, como a ciência moderna hoje os concebe. Não faz 
diferença. O importante é que a oferta da mandala representa a voluntariedade 
de dar tudo no universo para receber ensinamentos, votos ou 
empoderamentos. 
A oferta repetida de uma mandala externa constrói também a força positiva 
requerida para irmos além do nosso nível de compreensão atual e 
progredirmos para um nível mais profundo. 
A base para rotular ou imputar (gdags-gzhi) o mundo simbólico da mandala 
durante o ritual do empoderamento pode ser: 
 
1)Uma mandala de tecido (ras-bris-kyi dkyil-‘khor), que é uma representação 
bidimensional do palácio e do ambiente, um tanto como um plano arquitetural, 
pintada numa peça de tecido ou de papel e colocada geralmente dentro de 
uma moldura de madeira quadrada pintada e decorada, com lados abertos e 
um telhado. 
 
 Mandala de Kalachakra pintada em tecido 
 
 
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2)A mandala de areia pulverizada (rdul-phran-gyi dkyil-‘khor), que é uma 
representação do palácio e do ambiente feita com areia colorida pulverizada e 
colocada geralmente no mesmo tipo de moldura de madeira em que a mandala 
de tecido é colocada. 
 
 Fazendo uma mandala de areia de Guhyasamaja 
3)Uma mandala de estabilidade mental (bsam-gtan-gyi dkyil-‘khor), que é 
manifesta a partir da concentração absorta (Ting-nge-‘dzin, sânsc. samadhi) do 
mestre tântrico. 
 
4)mandala tridimensional (blos-blangs), feita geralmente de madeira ou de 
metal, que pode ser usada alternativamente. 
 
 Mandala 3D tradicional Kalachakra no Palácio de Potala 
Palace, Lhasa, Tibete. 
Os cinco elementos externos e corpóreos – terra, água, fogo, vento e espaço – 
são representados frequentemente pelos discos-mandala simbólicos com as 
formas e as cores determinadas pela convenção budista. Por exemplo, um 
disco-mandala amarelo e quadrado representa o elemento terra. 
No sistema Kalachakra, discos-mandala redondos simbólicos de quatro corpos 
celestiais envolvidos em eclipses – a lua, o sol, Rahu e Kalagni (os nós, do 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
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norte e do sul, da lua) – representam quatro gotas de energia sutil dentro do 
corpo sutil. Estas são as gotas-energia do estado acordado, do estado de 
sonho, do estado de sono profundo e do quarto estado ou estado supremo. 
 
 
ANEXO IV - AUTORAS 
 
NISE DA SILVEIRA 
 Foi uma renomada médica psiquiatra brasileira e aluna de 
Carl Jung, que dedicou sua vida à psiquiatria e manifestou-se radicalmente 
contrária às formas agressivas de tratamento de sua época, tais como o 
confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinoterapia e 
lobotomia. Em seu trabalho no "Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II", no 
Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, a Dra. Nise luta contra as técnicas 
psiquiatricas que considera agressivas aos pacientes. 
Por sua discordância com os métodos adotados nas enfermarias, recusando-se 
a aplicar eletrochoques em pacientes, Nise da Silveira é transferida para o 
trabalho com terapia ocupacional, atividade então menosprezada pelos 
médicos. Assim em 1946 funda nesta instituição a "Seção de Terapêutica 
Ocupacional". 
 
No lugar das tradicionais tarefas de limpeza e manutenção que os pacientes 
exerciam sob o título de terapia ocupacional, ela cria ateliês de pintura e 
modelagem com a intenção de possibilitar aos doentes reatar seus vínculos 
com a realidade através da expressão simbólica e da criatividade, 
revolucionando a Psiquiatria então praticada no país. 
 
Em 1952, ela funda o Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro, 
um centro de estudo e pesquisa destinado à preservação dos trabalhos 
produzidos nos estúdios de modelagem e pintura que criou na instituição, 
valorizando-os como documentos que abrem novas possibilidades para uma 
compreensão mais profunda do universo interior do esquizofrênico. 
 
 
 
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MANDALA – USO TERAPÊUTICO GRUPO AMARANTHUS – PHOENIX 
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Pioneira da psicologia junguiana no Brasil 
 Os estudos de Jung sobre mandalas atraíram a 
atenção de Nise da Silveira para suas teorias sobre o inconsciente. Através do 
conjunto de seu trabalho, introduziu e divulgou no Brasil a psicologia junguiana. 
Interessada em seu estudo sobre os mandalas, tema recorrente nas pinturas 
de seus pacientes, ela escreveu em 1954 a Carl Gustav Jung, iniciando uma 
proveitosa troca de correspondência. 
Jung a estimulou a apresentar uma mostra das obras de seus pacientes que 
recebeu o nome "A Arte e a Esquizofrenia", ocupando cinco salas no "II 
Congresso Internacional de Psiquiatria", realizado em 1957, em Zurique. Ao 
visitar com ela a exposição, a orientou a estudar mitologia como uma chave 
para a compreensão dos trabalhos criados pelos internos. 
Para Nise, a terapia ocupacional era uma psicoterapia não verbal, única e 
apropriada à reabilitação de psicóticos. Ela ressaltava o alcance desta terapia 
para além das formas convencionais de psicoterapia (verbais), ao constatar 
que a comunicação com os esquizofrênicos graves só poderia ser feita 
inicialmente em nível não verbal. 
 A terapia ocupacional permitia a eles, segundo suas próprias palavras, "a 
expressão de vivências não verbalizáveis que no psicótico estão fora do 
alcance das elaborações da razão e da palavra". Nise não aceitava que os 
esquizofrênicos tivessem embotamento afetivo, pois, acreditava que a Terapia 
Ocupacional negava eloquentemente esta afirmação, pois, toda aquela 
produção artística seria uma demonstração cabal da preservação da 
afetividade nestes doentes, embora guardadas em seu íntimo, como que 
protegida. 
Dentro desta perspectiva, o psicótico não era apenas uma relação de sintomas 
positivos e negativos, era preciso proporcionar ao paciente um ambiente onde 
ele pudesse encontrar o suporte afetivo que o ajudasse a retornar ao mundo 
externo. Temos aí o fundamento da psiquiatria de Nise e percebe-se 
claramente seu pioneirismo no movimento da psiquiatria antiasilar. 
 
 
 
 
 
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CELINA FIORAVANTI 
 Celina Fioravanti em vida foi escritora e taróloga. 
Estudou na Universidade Federal do Paraná, onde se formou em Belas Artes e 
fez Licenciatura em Desenho. Desde 1988 passou a dedicar-se exclusivamente 
ao trabalho espiritualista. Hoje, sua obra literária é vasta, incluindo mais de 30 
livros místicos, espíritas e de autoajuda, publicados em três países. Como 
taróloga, possuiu nível de Grão Mestre, segundo os parâmetros internacionais. 
Ela acreditava que cada pessoa é capaz de encontrar por si o caminho que a 
levará a realizar sua evolução espiritual e que pode fazer isso sem seguir 
qualquer espécie de guru. Sempre mostrou aos seus alunos como pensar 
livremente, como respeitar as crenças alheias e como crescer na luz. 
Considerava o Tarô uma ferramenta para ativar a intuição e deixar que o 
inconsciente possa se expressar. A oração era a sua maior aliada. Usou as 
Mandalas como terapia. Foi uma peregrina por fé. Buscou aprender na Antiga 
Tradição Cabalista. Foi uma sacerdotisa lunar, mãe e esposa. Viveu para servir 
e fez isso com paixão. 
 
No dia 02 de abril de 2007, ela deixou este plano para continuar o seu trabalho 
no mundo espiritual, sempre

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