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Citoesqueleto II: Filamentos intermediários Luana Borba luanaborba@biof.ufrj.br biocelxerem2016.2@gmail.com Senha: biocelxerem UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO POLO DE XERÉM DISCIPLINA: BIOLOGIA CELULAR 2016.2 Filamentos de actina (microfilamentos) diâmetro de 5-9 nm Filamentos intermediários diâmetro de 10 nm Microtúbulos diâmetro de 25 nm + proteínas motoras, reguladoras e adaptadoras Componentes do citoesqueleto Suporte e resistência mecânica Posição das organelas e transporte intracelular Forma da superfície celular e locomoção da célula Componentes do citoesqueleto Os filamentos intermediários desempenham um papel estrutural importante, fornecendo suporte mecânico para as células e os tecidos. Os filamentos intermediários Ao contrário dos filamentos de actina e dos microtúbulos, os filamentos intermediários não estão envolvidos diretamente com o movimento da célula. Os filamentos intermediários - Ausente em plantas e protozoários. - Presente em vertebrados, nematódeos e moluscos → Células de maior tamanho - Estão presentes no citoplasma da célula → rede - São estruturas resistentes e “duráveis”. Filamentos intermediários estão presentes apenas em células grandes Filamentos intermediários são formados por diversas proteínas Os filamentos intermediários são formados por diversas proteínas, expressas em diferentes tipos celulares. From: Intermediate Filaments. The Cell: A Molecular Approach. 2nd edition. Cooper GM. Sunderland (MA): Sinauer Associates; 2000. Pelo menos 6 grandes grupos de proteínas formam filamentos intermediários Mais de 50 diferentes proteínas que formam filamentos intermediários já foram identificadas e classificadas em 6 grupos: Desmossomo → junções célula-célula filamentos de queratina + desmoplaquinas + caderinas Filamentos de queratina ancoram as células epiteliais Filamentos de queratina ancoram as células epiteliais Hemidesmossomo → junções célula- matriz filamentos de queratina + plectinas + integrinas Filamentos de queratina formam desmossomos Afib = anchoring fibril; Afil = anchoring filament; Col- dermal collagen fiber; IP = inner plaque; KF = keratin filaments; LD = lamina densa; LL = lamina lucida; SBDP = sub-basal dense plate Filamentos de queratina formam hemidesmossomos Queratinas também estão presentes nas fibras do cabelo, por exemplo. From: Intermediate Filaments. The Cell: A Molecular Approach. 2nd edition. Cooper GM. Sunderland (MA): Sinauer Associates; 2000. Pelo menos 6 grandes grupos de proteínas formam filamentos intermediários Vimentina= vermelho Actina = verde Vimentina está presente em diferentes tipos celulares. Os filamentos de vimentina ajudam a sustentar a membrana plasmática e a definir a posição do núcleo e outras organelas. Suporte mecânico Citoarquitetura Vimentina está presente em diferentes tipos celulares. From: Intermediate Filaments. The Cell: A Molecular Approach. 2nd edition. Cooper GM. Sunderland (MA): Sinauer Associates; 2000. Pelo menos 6 grandes grupos de proteínas formam filamentos intermediários Desmina é muito expressa em células musculares, onde conecta-se ao Disco Z e mantem sua integridade estrutural → não participa diretamente da contração, apenas dá suporte à estrutura do sarcômero. Desmina ajuda a manter a estrutura do sarcômero From: Intermediate Filaments. The Cell: A Molecular Approach. 2nd edition. Cooper GM. Sunderland (MA): Sinauer Associates; 2000. Pelo menos 6 grandes grupos de proteínas formam filamentos intermediários Proteína acídica glial fibrilar está presente em células da glia From: Intermediate Filaments. The Cell: A Molecular Approach. 2nd edition. Cooper GM. Sunderland (MA): Sinauer Associates; 2000. Pelo menos 6 grandes grupos de proteínas formam filamentos intermediários Verde: periferina; vermelho: neurofilamento NF-L; azul: núcleo. Periferina está presente em alguns neurônios From: Intermediate Filaments. The Cell: A Molecular Approach. 2nd edition. Cooper GM. Sunderland (MA): Sinauer Associates; 2000. Pelo menos 6 grandes grupos de proteínas formam filamentos intermediários Distribuem-se ao longo dos axônios sustentação e transporte axonal Podem atingir grande comprimento. Proteínas de neurofilamento: - proteína de baixo peso molecular (NF-L), - proteína de peso molecular médio (NF-M) - proteína de alto peso molecular (NFH) - α-internexina Neurofilamentos são encontrados em neurônios Verde: microtúbulo; vermelho: neurofilamento α-internexina; zul: núcleo. Neurofilamentos são importantes para o transporte pelo axônio From: Intermediate Filaments. The Cell: A Molecular Approach. 2nd edition. Cooper GM. Sunderland (MA): Sinauer Associates; 2000. Pelo menos 6 grandes grupos de proteínas formam filamentos intermediários Laminas nucleares compoem o envelope nuclear. Diferentemente das outras proteínas que formam filamentos intermediários, as laminas formam uma rede ortogonal. Laminas nucleares são encontradas em todas as células do corpo Associando-se com a cromatina. (B ro ers et al 2 0 0 6 ) As laminas nucleares se distribuem pela face interna do núcleo Laminas nucleares são formadas pelas laminas A, B e C Laminas associam-se com a cromatina! From: Intermediate Filaments. The Cell: A Molecular Approach. 2nd edition. Cooper GM. Sunderland (MA): Sinauer Associates; 2000. Pelo menos 6 grandes grupos de proteínas formam filamentos intermediários Nestina é expressa durante as fases iniciais do desenvolvimento Nestina é expressa durante a neurogênese e durante o desenvolvimento de células musculares. Nestina sozinha não é capaz de formar filamentos → associa-se com outras proteínas (ex: vimentina). Apesar de serem proteínas diferentes, todas as proteínas que forma filamentos intermediários possuem em comum sua organização estrutural. A estrutura das proteínas que formam os filamentos são semelhantes Formação do filamento intermediário 1 2 3 Formação do filamento intermediário 4 5 8 tetrâmeros → 1 filamento filamento protofilamento Estrutura em forma de corda supertorcida, dobrável e resistente a quebra Filamentos intermediários são mais estáveis do que filamentos de actina e microtúbulos → não exibem o fenômeno de treadmiling ou instabilidade dinâmica. Proteínas que formam filamentos intermediários podem ser modificadas por fosforilação e isso regula sua associação e disassociação. A dinâmica dos filamentos intermediários é regulada por fosforilação Exemplo: fosforilação das laminas nucleares por CDKs (cinases dependents de ciclinas) durante o fim da mitose desfaz o envelope nulear. Os filamentos intermediários estão organizados em uma rede elaborada, que se extende do núcleo até a membrana plasmática. Queratina e vimentina ligam- se ao envelope nuclear e auxiliam no posicionamento e ancoramento do núcleo dentro da celula. Diferentes proteínas se associam para formar uma complexa rede Filamentos intermediários também se associam com outros componentes do citoesqueleto, tais como filamentos de actina e microtúbulos. Os filamentos intermediários associam-se com outros componentes do citoesqueleto Plectina (verde) interliga os filamentos intermediários (azul) a microtúbulos (vermelho), filamentos de actina e a miosina II. From: Intermediate Filaments The Cell: A Molecular Approach.2nd edition. Cooper GM. Sunderland (MA): Sinauer Associates; 2000. Animais transgênicos que não expressam corretamente o gene da queratina apresentam graves alterações na pele Mutações no gene da queratina tornam a pele mais sensível Mutações no gene da queratina tornam a pele mais sensível Na Epidermólise Bolhosa Simples, os indivíduos apresentam mutações em genes da queratina → filamentos de queratina não são capazes de se organizar corretamente → a pele torna-se mais sensível ao estresse mecânico. Se os filamentos de queratina não se formam corretamente, as junções também não. A importância dos filamentos de queratina em hepatócitos Filamentos de queratina parecem modular o transporte de glicose estimulado por insulina → mutações estariam relacionadas a falhas na resposta a insulina. Alterações em neurofilamentos podem induzir disfunções em neurônios motores, como acontece na esclerose amiotrófica lateral. Ocorre acúmulo de neurofilamentos O acúmulo de filamentos intermediários também causa danos Mais filamentos intermediários! Capítulo 16 – O citoesqueleto. Biologia Molecular da Célula, 2008. Bibliografia
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